Sangue, Suor, Lágrimas e Estilhaços escrita por Blue Blur


Capítulo 16
Eu Estou Bem Aqui do seu Lado


Notas iniciais do capítulo

Ainda na ilha, após um treinamento intenso, as gems do recém-formado destacamento resolvem se conhecer melhor



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Já era de noite na ilha, as gems passaram a tarde inteira treinando e já haviam entrado pela noite. Elas estavam com alguns ralados e arranhões pelo corpo por causa de um ou outro golpe atingido, mas nada muito sério. No meio do treino, Larimar resolveu intervir, porque estava cansada.

(Larimar): Ô gente, vamos dar uma paradinha, ok? Estamos nisso desde quando o sol estava no céu e agora já escureceu.

(Ônix): Nós precisamos estar preparadas para enfrentar as rebeldes. Nem isso, aliás, nós temos que enfrentar o Esquadrão Platina. São a principal força de ataque dos humanos. Não podemos subestimá-los.

(Larimar): Eu sei, mas eu estou cansada, e vocês também parecem muito cansadas.

(Cornalina Laranja): Nós estamos ótimas.

Apesar do que a Cornalina disse, a aparência das gems estava longe de ser ótima: Jade estava com olheiras, Bixbita com um filete de saliva teimando em escorrer pelo canto da boca, a Cornalina Laranja tinha falado como se estivesse grogue por conta de exagerar no vinho, Celestita estava com o cabelo todo bagunçado e com os olhos teimando em fechar... enfim, elas estavam com uma aparência tão esgulepada que mais pareciam um grupo de solteironas que saíram de uma bebedeira do que soldados de um destacamento de elite.

(Larimar): Olha gente, estamos numa ilha. Os humanos não vão navegar até aqui só para lutar com a gente. Poxa, nós demos tão duro, vamos descansar um pouco e aproveitar a paisagem, está tão bonito.

Apesar de meio ressabiadas, as gems aceitaram o convite. Todas se sentaram na areia, pararam o treinamento e resolveram apenas ficar olhando para o céu.

(Ametista): Ei, dá para ver um monte de sistemas daqui!

(Cornalina): É verdade. Olha, ali estão as três estrelas alinhadas. É lá que fica a colônia da Diamante Amarelo de onde eu vim.

(Bixbita): Os humanos chamam aquelas estrelas de “Três Marias”.

(Ametista): O que são “marias”?

(Bixbita): Não sei.

Celestita achou que seria legal participar daquilo também, então indicou uma outra estrela, muito brilhante, por sinal.

(Celestita, apontando para a estrela): Tá bom sabichona, perto daquela estrela ali tem três planetas. O planeta de onde eu vim ele tinha um ecossistema parecido com o da Terra. Como os humanos chamam aquela estrela?

(Bixbita): Eles chamam de Algol, ou “Cabeça do Demônio”

(Celestita): E o que raios é um “demônio”?

(Ametista, séria): É como eles chamam as criaturas que conseguem a façanha de ser mais vis e sanguinárias que eles.

A fala da Ametista acabou criando um clima de desconforto, que atingiu com mais força a pequena Larimar. Ônix, vendo o desconforto visível da pequena gem, e das outras ao redor, resolveu desviar a atenção como pôde.

(Ônix, apontando para uma constelação): Ei, é impressão minha ou aquelas estrelas ali lembram um robonoide?

(Bixbita, examinando): Robonoide? Mas do que você...? Ah sim, aquelas estrelas ali! Os humanos deram um nome engraçado para elas: “Karkinos”.

(Ônix): Deixe-me advinhar... eles deram esse nome com base em um monstro gigante!

(Bixbita, rindo): Na verdade, foi com base em um animal minúsculo. Um animal com seis patas e duas garras.

(Ônix): Tá brincando, né? Não tem como existir um animal desses em tamanho tão pequeno.

(Bixbita): Mas é sério! A propósito, ali tem um.

Bixbita apontou para um caranguejo de cor alaranjada que andava próximo a elas. Ônix se aproximou do animal, pegou-o e apontou para ele com uma expressão de incredulidade.

(Ônix): Essa porcariazinha aqui é que é o Karkinos?

O caranguejo aparentemente não gostou do tom de voz da Ônix, pois tratou de dar um beliscão no nariz da comandante.

(Ônix): AAAAAIIIIII, BEU DARIZ!!! BICHO DOS IMBERNOS!!! EU BOU ESDILHAXAR VOXÊ!!!

(Esmeralda): Calma, Ônix.

O resultado foi uma comédia e tanto: Ônix disparava a esmo num caranguejo fujão enquanto Esmeralda segurava o canhão dela para o bichinho não ser carbonizado.

(Lignita): Para um grupo de gems cansadas, vocês até que estão bem ativas, hein?

(Ônix): Hahaha, muito engraçado, J3T1.

(Lignita): Ah, por favor, estamos nos divertindo tanto aqui, deixe um pouco de lado essas formalidades. Vocês são minhas amigas, podem me chamar de Jet.

(Jade): Jet, hein...? Até que soa bem.

(Cornalina): É, por que não? Agora vamos te chamar de Jet mesmo.

(Jet): Mas e aí, alguém mais quer trocar o próprio nome por um apelido legal?

(Larimar): Uh, uh, vocês podem me chamar de Lari!

(Jet): Perfeito, Temos a Lari agora. Quem mais? Que tal você, Celestita?

(Celestita, rindo): Esqueça, nenhuma gem nunca me chamou de nomezinho meloso! Está pensando o quê? Eu sou uma máquina de guerra imponente e poderosa!

(Jade): E não se esqueça de covarde e burra!

Outra vez um clima tenso se formou entre as gems, e dessa vez foi a Cornalina que resolveu intervir.

(Cornalina): Quer saber? Melhor a gente cessar a conversa por hora. Vamos só deitar e ficar observando o céu.

(Jade, seca): Ótimo.

As gems começaram a se separar, o suficiente para que algumas não tivessem que olhar outras na cara, mas de forma que ainda pudessem ver umas às outras. Afinal, apesar das trocas de farpas e das desavenças entre algumas integrantes, elas ainda eram soldados num território desconhecido e não podiam se dar ao luxo de se espalhar sem mais nem menos. Cornalina e Jade ficaram num canto da praia, em outro ficou a Ametista, a Bixbita e a Lignita “Jet”, em outro a Ônix e a Larimar e por último, num lugar mais afastado, a Celestita e a Esmeralda.

Ônix notou que Larimar parecia estar chateada com alguma coisa, e aquilo incomodou profundamente a comandante, já que foi ideia da gem azulada unir toda a equipe para um momento de relaxamento que, apesar dos pesares, foi feito com a melhor das intenções. Ônix então resolveu cutucar a gem azulada, que estava deitada com o rosto virado na direção oposta.

(Ônix): Larimar, está tudo bem com você?

(Larimar): ... sim Ônix.

(Ônix): Larimar, olhe para mim, por favor.

Larimar se sentou, abraçando as próprias pernas, mas ainda preferindo olhar para o horizonte ao invés de encarar Ônix.

(Ônix): Larimar, tudo bem, vamos conversar.

(Larimar): Eu só queria que a gente esquecesse um pouco dessa guerra e pudéssemos relaxar um pouco.

(Ônix): Eu sei... e embora não tenha parecido antes, eu fico feliz por você ter feito isso, viu?

(Larimar, ainda triste): Não parece... mesmo quando devíamos relaxar, vocês continuavam discutindo umas com as outras...

(Ônix): Você é novata, não é?

(Larimar): Bom... eu sou da corte da Diamante Azul, e ela me transferiu para o comando da Diamante Rosa temporariamente. Isso tem a ver com ser novata?

(Ônix): Tem, e isso também explica muita coisa. Algumas dessas gems têm assuntos inacabados, alguns um pouco delicados e agora estão obrigadas e conviver juntas. Olha, as coisas vão melhorar, eu prometo.

(Larimar): Ônix... você já lutou contra os humanos?

(Ônix): Já.

(Larimar): Me diz, Ônix, eles são tão horrendos quanto a Ametista disse?

Ônix não sabia o que a Ametista havia contado para a Larimar, mas como Ametista era uma gem terráquea, Ônix imaginava que ela tivesse visto coisas horrendas. Sim, a comandante da unidade havia visto também muitas atrocidades durante a batalha de Zoar, mas aquilo não importava naquela hora. Aquela pequena gem azulada mal havia chegado e ainda estava se adaptando à nova unidade. Seria injusto e até cruel jogar um monte de experiências traumáticas de veteranas em cima dela antes da hora.

(Ônix): Eu lutei contra eles em duas batalhas, mas a única coisa que eu sei... é que eles não têm nada a perder... nada mais importa para eles. É assim que eles lutam.

(Larimar): Entendo.

(Ônix, acariciando os cabelos da Larimar): Escuta, pare de pensar nos humanos. Se concentre no agora, que nem você queria que a gente fizesse mais cedo. Vamos só ficar deitadas e contemplar o céu. Aproveite e me conte um pouco sobre a colônia de onde você veio.

Em outro canto, Celestita e Esmeralda estavam juntas. A gigante azulada estava deitada de costas, com os braços e as pernas bem abertas enquanto que a gem verde estava sentada, abraçando as próprias pernas.

(Esmeralda): Celestita, você devia conversar com a Jade.

(Celestita, indiferente): Para quê?

(Esmeralda): Não te incomoda o jeito como ela fala com você? O jeito que ela te trata na frente das suas companheiras de esquadrão.

(Celestita): Claro que me incomoda.

(Esmeralda): Então, vocês precisam conversar sobre isso. Nós vamos trabalhar juntas, precisamos ser amigas.

(Celestita): Esquece, eu já pensei nisso. Ela está acima de mim na hierarquia, é a protegidinha da Cornalina. Acha que ela liga para mim?

(Esmeralda): Sabe, se você realmente errou com ela, você devia tentar pedir desculpas, mostrar que você sente muito.

(Celestita): Claro, faz todo o sentido. Ela não me respeita como soldado, como construtora de pontes e barricadas, mas vai me respeitar quando eu me humilhar e lamber os pés dela. Por que não, né?

(Esmeralda): ... Celestita?

(Celestita): O que é?

(Esmeralda): Lembra de quando eu pedi desculpas por ter te destratado quando você me salvou na última batalha?

(Celestita): Lembro.

(Esmeralda): Você acha que eu estava me humilhando?

Celestita não respondeu, talvez porque não tivesse pensado em algo à altura. Ao invés disso, preferiu desconversar.

(Celestita): Esmeralda, eu estou cansada. Depois falamos disso.

Alguns minutos depois, Esmeralda voltou a olhar para a companheira. Ela estava com os olhos fechados, com o corpo totalmente imóvel. Era quase como da outra vez, em que as gems ficaram naquele estranho estado de hibernação depois da excruciante batalha da cidade de Zoar. A diferença é que desta vez Celestita meio que havia escolhido aquilo, ao invés de simplesmente desabar de exaustão.

A gem verde se aproximou da sua companheira e começou a cutuca-la. Nenhuma reação. Aquilo era algo que intrigava Esmeralda. Gems normalmente não precisavam de nenhuma forma de descanso. Claro, haviam exceções, como quando uma gem era forçada a trabalhar por horas a fio numa tarefa exaustiva, sem nenhum momento de ócio, mas aquilo era a exceção da exceção.

Mas a Esmeralda parou de pensar naquilo. Vendo Celestita naquele estado dava a impressão daquele estranho estado de hibernação ser incrivelmente relaxante. Esmeralda resolveu deitar de bruços no chão, mas a areia que ficava impregnando em sua viseira e entrando um pouco nos seus olhos começou a incomodá-la. Esmeralda tentou apoiar sua cabeça num tronco, numa pedra, até num coco. O resultado nunca era o que ela queria.

Até que ela resolveu  se aproximar lentamente da Celestita, que ainda estava deitada com os braços e as pernas abertas, quase como se fosse uma estrela-do-mar azul, de maiô e coxas grossas.

(Esmeralda, cochichando balançando o braço da companheira): Ei, Celestita.

Nenhuma resposta. Embora parte dela dissesse que aquela era uma péssima ideia, Esmeralda foi lentamente se esgueirando, até deitar de lado, usando o braço da gem azul como travesseiro. Era incrivelmente macio, e tinha um agradável aroma de coco vindo de algum lugar.

O relaxamento da Esmeralda, porém, não durou nem três minutos: do nada a Celestita rolou sobre ela e a cobriu com os dois braços. Era tipo conchinha, só que era como se um urso tivesse esmagando um filhote de antílope.

(Esmeralda, se sentindo sufocada): Celes... Celestita, me solta! Você está me esmagando!

Celestita pôs uma das enormes mãos na boca da Esmeralda, e falou com ela de um jeito estranho.

(Celestita, cobrindo a boca de Esmeralda): Se acalma... rubi... você por acaso quer que os rebeldes... nos encontrem?

Esmeralda se virou e notou que Celestita ainda estava com os olhos fechados. Ela estava falando enquanto dormia.

(Esmeralda, irritada): Celestita, não tem rebeldes aqui! Estamos na ilha, lembra? E você está me machucando!

A Esmeralda começou a se remexer e a roçar na pedra de Celestita, fazendo com que a gem azulada a segurasse com mais firmeza.

(Celestita, falando enquanto dorme): R-Rubi... chega... minha pedra... rachou... cuidado com ela... nós vamos sair... daqui... desse inferno... eu prometo... zzzzzzzzzzzz

Celestita não respondeu mais nada, caindo em sono profundo e obrigando Esmeralda a passar a noite toda naquela posição desconfortável. Mas, falando honestamente, não era algo tão ruim: pouco a pouco a Celestita foi folgando, até que ficasse algo confortável. Ainda dava para sentir o agradável aroma de coco, e as mechas da Celestita roçando no rosto da gem verde eram bem mais agradáveis que a areia fria e áspera.

Antes de cair de vez no sono, Esmeralda riu ao imaginar sua imensa companheira azulada dava um ótimo casaco.

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Uma explosão enorme ecoa pelo local, despertando Celestita brutalmente de seu sono. Já desperta, ela abre seus olhos, mas tudo o que vê é a escuridão.

(Celestita): Ei, quem está aí!

O som de artilharia explodindo é incessante, junto com ele vêm os gritos de gems rachadas e os brados animalescos que ela reconhece ser de guerreiros humanos:

— UZZZUUUUU!!!!!! UUUUUUUUUUUUUUUU!!!

— WOOOOOOOOOOWWWWWW!!! AAAAAAAAAYYYYYYYYEEEEEEE!!!

— AHUUUUUUUUUU!!! AHHHHHUUUUUUUUU!!!

Ainda cegada pela escuridão que a rodeia, Celestita tenta apalpar o cenário ao redor. Ela sente algumas paredes de terra, reconhecendo imediatamente o lugar onde está: é uma trincheira. Ela primeiro pensa em se manter escondida lá, mas a artilharia começa a explodir mais próxima ainda, então ela resolve sair.

As pernas dela não se mexem, o que obriga Celestita a escalar a parede da trincheira com as mãos. Apesar de seu imenso tamanho, a gem azulada se sente minúscula. Ela ouve o som de explosões, de fogo crepitando, mas não enxerga nada. É quase como se ela estivesse...

Os pensamentos dela são interrompidos por um grito de uma gem que ela não reconhece.

— AAAAAAAHHHHHHHHH!!!

Celestita ouve a gem cair no chão com um baque surdo, sendo seguido pelo grito do que parece ser um guerreiro humano:

— AYAYAYAYAYAYAYEEEEEEEE!!!

Os gritos do guerreiro são intercalados pelo som surdo do que parece ser um machado golpeando as costas da gem caída. Em pânico, Celestita começa a rastejar para longe de onde escuta o som. Enquanto continua, ela ouve o som de blasters sendo disparados, e depois o som inconfundível de uma gem sendo reduzida a uma nuvem de fumaça enquanto sua pedra cai no chão. Ela apalpa a pedra e deduz ser uma lignita, confirmando sua hipótese ao sentir um blaster gem caído ao lado. Celestita pegou a arma e tentou usar como bengala, mas ela se partiu ao meio como um graveto, derrubando a gem cega ao chão

Na queda, Celestita passou a mão involuntariamente por cima da própria pedra e percebeu algo estranho. Decidiu verificar de novo e, se ela tivesse uma espinha, teria gelado: havia uma rachadura horrível, quase dividindo a pedra ao meio. Era por isso que ela não conseguia enxergar nada.

Novamente, uma explosão. Dessa vez, foi tão próxima de Celestita que ela foi arremessada como uma boneca de papel em algo duro e metálico, e incrivelmente grande. A estrutura desconhecida começou a emitir um rangido estranho, como se tivesse envergando, até desabar por cima das pernas de Celestita, fazendo-a gritar de dor.

Estalos começam a ser ouvidos. Celestita passa a mão na própria pedra e sente a rachadura aumentado. Praticamente se estende agora de um lado para o outro. Pouco a pouco, os ruídos da batalha começam a ficar abafados, até chegar num ponto em que ela não ouve mais nada.

(Celestita): SOCORRO!!! SOCORRO!!! MINHA PEDRA ESTÁ RACHANDO!!! NÃO ME DEIXEM AQUI!!!

Mas não há resposta. A voz da gem ferida ecoa pelo campo de batalha silencioso, sem nenhuma resposta audível.

Celestita começa a sentir algo quente e líquido escorrendo pelo seu rosto, intercalado por soluços. A gem fazia força para tirar o escombro de cima, mas era inútil.

Era o fim, Celestita sabia disso. Abraçando o próprio corpo, ela desistiu de vez e se limitou a chorar. Não fazia mais diferença se havia alguém observando ou não. Ela ia se estilhaçar em questão de tempo.

O choro de Celestita foi interrompido por um toque gentil e delicado em seu rosto, limpando suas lágrimas. Tinha alguém tocando na pedra dela, e esse alguém tinha uma bela voz:

— Está tudo bem, você vai ficar bem. Eu vou te levar para casa.

Celestita arregalou os olhos ao reconhecer a voz, era da Esmeralda. Mas quando sua visão retornou, percebeu que a Esmeralda estava bem diferente: seu rosto tinha uma aparência de uma mulher no auge da fase adulta, ao invés das feições um tanto infantis e delicadas. Sem falar que ela agora tinha aproximadamente 3,8 metros de altura, talvez até 4 metros.

Era alta o bastante para carregar a Celestita no colo.

A gem azulada segurou a mão de sua salvadora com firmeza. A outra, por sua vez, retribuiu com um toque leve e delicado.

(Celestita): O-Obrigada.

(Esmeralda): Não há de quê.

Um brilho forte começou a ser emitido pela Esmeralda, forçando Celestita a cobrir os próprios olhos. O brilho era tão forte que até cobriu todo o cenário ao redor.

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Dentro de um cruzador gem, Esmeralda transitava para lá e para cá carregando uma pilha de maquinaria gem pelos corredores da nave. Uma pilha alta o suficiente para cobrir o rosto da pequena gem verde e pesada o bastante para fazê-la andar com dificuldade, como se temesse perder o equilíbrio.

O que de fato aconteceu posteriormente: Esmeralda desabou no chão, espalhando equipamento gem por todo o piso e arrancando risadas de alguns quartzos amarelos, ou citrinas, que observavam tudo.

(Esmeralda, aborrecida): Ei, por que vocês fizeram isso? Não teve graça!

Uma citrina maior, com jeito de líder, tomou a iniciativa.

(Citrina): Não fizemos nada, ô nefritinha, você desabou sozinha feito um injetor pifado. A gente só está aproveitando o show.

(Esmeralda, mais aborrecida ainda): Eu não sou uma nefrita! Eu sou uma esmeralda!

Isso bastou para fazer as outras gems começarem a rir de forma esganiçada!

(Citrina): Você está brincando comigo? Você, uma esmeralda?

(Esmeralda): É claro que sou! Sou uma esmeralda da corte da Diamante Rosa!

(Citrina): E o que uma esmeralda da Diamante Rosa faz numa nave da Diamante Amarelo, carregando essas tralhas para lá e para cá?

(Esmeralda): Bom, é que a Comandante Hessonita pediu esses aparelhos para as gems dela fazerem umas alterações no painel de comando e eu decidi tomar a iniciativa.

(Citrina): Sei... e porque não pediu para sua pérola carregar isso?

Aquela pergunta fez a Esmeralda começar a gaguejar, e a Citrina que estava debochando dela percebeu tudo na hora.

(Citrina): Ah não, eu não acredito... VOCÊ NÃO TEM PÉROLA??? ASHUASHUASHUASHUASHUASHUASHUA!!! UMA ESMERALDA SEM PÉROLA??? ASHUASHUASHUASHAUSHAUSHUA!!!

(Esmeralda, aborrecida): A-A minha pérola está ocupada, droga! O que é que tem de anormal nisso?

(Citrina): De fato, deve estar ocupada tentando descobrir quem é a verdadeira dona dela, já que nunca passaria pela cabeça de uma pérola ter uma dona com metade do tamanho dela!

(Outra citrina): Ou pior: se ela fosse menor que essa esmeralda, ela seria tão baixa que levaria uma hora para escalar o degrau de uma escada!

(Esmeralda, irritada): Escuta aqui, eu sou sua oficial superior! Se acham que eu vou tolerar essa falta de respei...

A Citrina que “liderava” as outras no deboche interrompeu a Esmeralda dando um tapa no rosto dela. O tapa foi tão forte que a gem verde acabou girando e caindo de bruços no chão, com a viseira caindo do seu rosto e sendo pisada e quebrada por outra citrina.

Esmeralda estava se sentindo muito mal. Era sempre assim: ela era encarregada de um trabalho para uma das diamantes, além da Rosa, e um grupo de quartzos vinha zombar dela. O pior era quando as gems acabavam apelando para a agressão física. A gem verde resolveu ignorar tudo aquilo e recolher suas coisas sozinha e sair dali, mas uma outra citrina pisou nos dedos dela, fazendo-a gritar. Depois disso, agarrou a Esmeralda e a ergueu no ar, pressionando as costas dela contra a parede.

(Citrina): Escuta, oficial inferior, eu acho que você não entendeu como as coisas funcionam: aqui não é a corte da Diamante Rosa, é a corte da NOSSA Diamante, a Diamante Amarelo! Aqui não é lugar para gems descoloridas! Mas já que você está aqui, nós podemos ser amigas desde que você siga nossas regras.

A citrina valentona enfatizou bem a última palavra dando um soco na barriga da pequena Esmeralda, fazendo ela se engasgar e ficar sem ar.

(Citrina): Ei, essa nanica é bem macia! Vocês querem experimentar?

— O que está acontecendo aqui?

Antes que continuassem se divertindo às custas da Esmeralda, as citrinas foram interpeladas pela Celestita, que estava com uma feição bem séria.

(Celestita): O que vocês estão fazendo com essa esmeralda?

(Citrina): Esmeralda? Que esmeralda? Essa aqui é só uma nefritazinha descolorida. Nós estamos só mostrando a nave para ela, é novata. Né, nefrita?

Mas era óbvio que Celestita não era burra. Ela conseguia ver claramente que havia algo errado ali.

(Celestita): Mas ela não é uma nefrita, é uma esmeralda! Por que ela está no chão? E por que as coisas dela estão espalhadas?

(Citrina, aborrecida): Mas você é uma intrometida mesmo! Sabia que nós não gostamos de...?

A citrina valentona foi interrompida com um baita murro na cara, desferido pela Celestita, sendo arremessada no chão.

(Citrina, no chão): Peguem ela!

Umas quatro ou cinco citrinas foram para cima da gem recém-chegada, que investiu contra suas atacantes de cabeça baixa. Um amontoado de socos, chutes e vozes praguejando começaram a encher o ar enquanto Esmeralda observava Celestita derrubar, sozinha, as citrinas que antes a estavam perturbando. Em questão de minutos, as valentonas ou haviam dado no pé ou haviam sido poofadas. A líder das valentonas nem tinha terminado de se recuperar da surra quando Celestita arrancou um painel de comunicações da parede e quebrou-o em duas partes na cabeça da Citrina, fazendo restar apenas a pedra dela.

Depois de cuidar das valentonas, Celestita se voltou para ver se a Esmeralda estava bem. A gigante azulada estava com algumas escoriações leves no rosto, um olho meio inchado, um lábio cortado, mas nada que fosse essencialmente grave.

(Esmeralda): Você está machucada.

(Celestita): Não, isso não é nada. Eu já aguentei coisas piores.

(Esmeralda): O-Obrigada por me ajudar.

(Celestita): Escuta, eu não gosto de ver uma das nossas sendo maltratadas por causa de besteiras. Devíamos nos unir contra as Crystal Gems, não ficarmos com esse tipo de comportamento, não acha?

(Esmeralda): Acho sim.

Esmeralda pôs as mãos no rosto da Celestita, acariciando os ferimentos dela enquanto sua pedra brilhava. Depois de curar sua salvadora, Esmeralda se surpreendeu quando notou que a Celestita estava afagando seus cabelos o tempo todo.

Ela também ficou surpresa quando percebeu que a gem azulada estava brilhando intensamente.

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Eram mais ou menos 5:30 da manhã. A penumbra dos primeiros raios de sol já despontava no horizonte. Celestita acordou com uma tontura horrível, e sentia como se seu corpo estivesse com o dobro de peso de quando foi dormir.

(Celestita, tonta): Urgh, minha cabeça! Eu tive outro sonho daqueles...

(Esmeralda): Que sonho?

(Celestita): Ah, um sonho envolvendo eu naquele campo de...

Celestita olhou ao redor e começou a estranhar o fato de ter ouvido a Esmeralda falar, mas não vê-la em lugar nenhum.

(Celestita): Esmeralda, cadê você?

(Esmeralda): Eu estou aqui.

(Celestita): Aqui onde?

(Esmeralda): Aqui, bem do seu lado!

(Celestita, séria): Esmeralda, isso é alguma brincadeira? Porque não tem graça!

(Esmeralda): Mas é sério, eu estou aqui do seu lado!

(Celestita): Então por que eu não estou te vendo?

(Esmeralda, séria): Não está me vendo? Mas como assim, eu já disse que estou do seu lado!

(Celestita, nervosa): Mas que lado? Eu só tenho dois lados e você não está em nenhum!

(Esmeralda, séria): Você está estranha desde que ontem eu deitei do seu lado e você me... agarrou. Minha Diamante...

Esmeralda começou a pensar numa hipótese. Algo totalmente improvável, mas não impossível, e que seria a explicação perfeita para aquilo.

(Esmeralda): Celestita, toque a ponta do seu nariz.

Celestita fez aquilo, mas Esmeralda sentiu um dedo tocar o SEU nariz.

(Esmeralda): Por que você tocou no meu nariz?

(Celestita): Não, eu toquei no meu.

(Esmeralda): Minha Diamante, eu já entendi o que aconteceu! Vou te mostrar!

Esmeralda saiu andando, mas a Celestita por algum motivo a estava seguindo contra sua vontade.

(Celestita): Ei, por que você está me puxando? Pare com isso!

Esmeralda e Celestita chegaram juntas até o mar, e quando viram o reflexo na água, tomaram um susto tão grande que taparam a própria boca com as quatro mãos. Sim, você leu corretamente: quatro mãos.

O mais impressionante é que Celestita e Esmeralda não viram seus reflexos na água. Ao invés disso, viram uma gem totalmente diferente: uma gigante com quatro braços, usando um vestido azul e verde, com a parte do ventre pintada de marrom, bem como pulseiras também marrons e coturnos verdes com detalhes azuis. A pele dela oscilava entre o verde e o azul, com o azul se destacando em algumas partes e o verde em outras. Ela tinha uma altura de mais ou menos 3,2 metros de altura e o físico de uma lutadora peso-pesado de MMA, mas um rosto delicado, com a viseira verde da Esmeralda e as características marcas na bochecha que a Celestita tinha, e um cabelo longo, com um rabo de cavalo trançado (https://pre00.deviantart.net/27aa/th/pre/i/2018/218/4/7/turmalina_paraiba_by_12345laurakarolyne-dcjebds.jpg).

(Celestita): A gente... a gente...

(Esmeralda): ... se fundiu... enquanto dormíamos!

A fusão ficou no mar, admirando o próprio reflexo com um misto de paixão e incredulidade. Ela parecia estar adorando cada segundo daquilo, pela forma como acariciava e abraçava o próprio corpo.

(Fusão): Eu fiquei tão alta... tão forte... tão... linda!

A fusão continuou falando, como se estivesse conversando consigo mesmo.

(Fusão): A gente tem que se separar, agora! Se alguma das outras gems nos ver desse jeito...

(Fusão, abraçando o próprio corpo): Ah não, por favor, vamos ficar assim mais um pouco.

(Fusão): Você tá louca? Não sabe que esse tipo de fusão é proibido?

(Fusão): Mas as outras gems estão dormindo! Nenhuma delas está aqui para nos ver assim.

(Fusão) E eu não vou esperar elas acordarem para...

Duas das mãos da fusão seguraram as outras duas mãos, fazendo a fusão corar de surpresa.

(Fusão): Escuta, só mais um pouco, tá? Isso é algo totalmente novo. Você realmente não está nem um pouco curiosa para experimentar isso?

Aquilo calou a fusão. Então ela começou a andar em direção ao mar, até ficar com água mais ou menos na altura da cintura, o que é considerável para uma fusão de mais de 3 metros.

(Fusão): É engraçado. Se eu estivesse sozinha, já teria afundado.

(Fusão): Você tem medo de água?

(Fusão): Não, não é isso, é que... quando você é uma gem baixinha, você não gosta de se arriscar muito, entende?

(Fusão): Ei, eu estava pensando: A Esmeralda nunca teria coragem de mergulhar, e a Celestita tentaria manter a ordem impedindo qualquer gem que resolvesse se afastar muito da praia para entrar no mar adentro. Mas nenhuma delas está aqui.

A fusão deu um sorriso bem largo antes de mergulhar com tudo na água e começar a nadar. Como ainda estava amanhecendo pouco a pouco, o mar estava escuro, então a fusão começou a projetar duas luzes de suas pedras. A sensação era maravilhosa: era como flutuar pela gravidade zero do espaço sideral, só que rodeada por diversos animais marinhos. A fusão passou tanto tempo nadando que, quando pôs a cabeça para fora da água, o sol tinha acabado de sair.

(Fusão): Sabe, isso foi muito divertido.

(Fusão): Verdade... eu me lembrei agora de uma turmalina paraíba da Diamante Azul que era a melhor amiga de uma lápis-lazúli. A turmalina paraíba adorava quando a lápis-lazúli usava os poderes de hidrocinese para mergulhá-la na água.

(Fusão): Ei, é perfeito!

(Fusão): O quê?

(Fusão): É isso o que nós somos agora: Turmalina.

(Fusão): Tem razão, Turmalina é um nome perfeito.

A fusão começou a correr em direção para a praia, gritando com bastante alegria e rodopiando como uma bailarina, até se jogar de costas sobre a areia. Os raios de sol aqueciam a praia e iluminavam a superfície, o que provavelmente levaria as outras gems a acordarem. Sabendo disso, Turmalina se levantou e começou a limpar a areia que ficou impregnada em seu corpo e seus cabelos.

Enquanto limpava seu novo corpo, Turmalina fitava sua aparência na água enquanto deixava os primeiros raios de sol desenharem sua silhueta na areia da praia. A fusão gem deu um suspiro apaixonado e corou, fechando os olhos em profundo prazer. Turmalina achava seu novo rosto lindo: tinha uma feição delicada e amável, e ela também adorou o novo penteado e os belos lábios carnudos. Além disso, a silhueta alta e musculosa e, ao mesmo tempo, delicada e feminina, fazia ela sentir um misto de sensações, como se fosse ao mesmo tempo imponente como uma torre e delicada como uma flor, poderosa como um couraçado e amável como uma criança. Aquele turbilhão de emoções, porém, foi interrompido por um som de estalo bem alto, fazendo a fusão arregalar os olhos e corar numa expressão de completa incredulidade.

(Turmalina, irritada): Dá licença, “turmalina”! Você acabou de dar uma palmada na minha bunda!

(Turmalina, sem entender nada): Dei não.

(Turmalina): Então de quem são essas mãos aí atrás, hein?

A turmalina olhou para trás e tomou um susto com o que viu: duas das mãos dela estavam apertando com força a própria retaguarda. A surpresa foi tão grande que as gems acabaram se desfundindo e caindo na areia molhada.

(Celestita): Não bastou me dar uma palmada e ainda se achou no direito de me apertar?

Tomada de susto, tanto pela situação constrangedora quanto pela postura intimidadora da Celestita, Esmeralda tropeçou e caiu sentada, continuando a rastejar para trás.

(Esmeralda): Não, eu não fiz isso! Eu fiz?

(Celestita): É claro que você fez! Tá me chamando de mentirosa agora?

Esmeralda começou a gaguejar, tentando entender tudo. Ela não fazia ideia do que dizer porque nem tinha percebido se fez ou não aquele gesto vulgar do qual estava sendo acusada.

(Celestita, séria): Por que você fez isso?

A discussão fez as outras gems acordarem e vendo a gigante azulada se erguendo sobre a Esmeralda, mesmo ambas sendo amigas, fez com que todas fossem defender a menor.

(Cornalina): Ei, calma aí Celestita, o que é que está acontecendo?

(Celestita): É a Esmeralda! Ela...

Antes de terminar a frase, Celestita viu Esmeralda gesticular aflita, como se dissesse “Por favor, seja lá o que eu fiz, desculpa! Mas não vai falar que nós duas nos fundimos ou estamos fritas!”

(Jet): Ela o quê?

(Celestita, irritada): Ela fez uma coisa desagradável para mim, é isso.

(Larimar): O que ela fez?

(Celestita): Não interessa, vamos dizer que ela pôs as mãos em algo que não era da conta dela e ponto final.

(Larimar): Então tá, né?

No meio da discussão, Bixbita apareceu correndo com a linha direta na mão, com cara de que tinha um recado urgente.

(Bixbita): Pessoal, acabei de ser contatada pela Diamante Rosa! Ela vai mandar uma nave com materiais de construção para montarmos uma pequena estação aqui. Temos que nos preparar para a chegada dela.

(Ônix): Vocês ouviram! Temos que estar prontas e alinhadas! Nós somos a Divisão Sigma!

Rapidamente, todas as gems começaram a ir de um lado para o outro para estarem alinhadas quando a nave chegar. Celestita se afastou de Esmeralda sem nem dirigir um olhar para ela, como se nem se lembrasse de que ambas estavam fundidas há poucos momentos atrás, o que deixou a gem menor magoada.


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Notas finais do capítulo

No desenho original, quando duas gems se fundem, o resultado acaba sendo um misto de sensações: há cenas meio estranhas, outras mais emotivas, algumas até cômicas... enfim, foi isso o que eu tentei reproduzir nesse capítulo.

No desenho original, também há ênfase nos atributos divergentes das gems que geralmente se fundem: a Garnet é formada por uma gem emotiva e impulsiva e outra mais fria e racional, a Opal é formada por uma gem refinada e jeitosa e outra mais indisciplinada e rebelde, e assim por diante. Nossa Turmalina, por sua vez, é uma mistura da delicadeza e feminilidade da Esmeralda e da força bruta e agressividade da Celestita, e enquanto fundidas, cada uma aproveita os bons atributos uma da outra: Esmeralda gosta da sensação de ser grande e musculosa enquanto Celestita gosta de ser bela e delicada.

Mas aí, bem, ocorre a cena final. Eu sei que parece um baita fanservice que eu fiz só pelo fato da Celestita ter uma bunda linda, mas vocês acreditariam se eu dissesse que eu fiz isso inspirado numa cena de Madagascar? Bom, isso e também eu achei que seria interessante se, numa fusão, uma das gems desagradasse a outra, provocando a separação. Há também uma coisa que eu quis desconstruir aqui: é que quando você imagina a Celestita, com 2 metros de altura, conversando com uma gem 40 centímetros mais baixa, é de se esperar que você sempre olhe para a Esmeralda como o elo vulnerável da conversa. Eu quis mostrar que, apesar do tamanho imponente e do porte descomunal, a Celestita não deixa de ter vulnerabilidades emocionais. É como certas pessoas na vida real: você vê elas tão ricas, belas, fortes, bem-sucedidas e nem pára para pensar que talvez ela tenha um trauma mal resolvido, um complexo, ou qualquer outra coisa.

Bom, espero que estejam gostando. Vocês ainda vão ver mais um pouco dessas gems de Homeworld e da nova Turmalina. Eu quero desenvolver bem elas, do mesmo jeito que desenvolvi o Amennekht, o Sebek, o Thanos, a Merit, e todo o resto do elenco humano e das Crystal Gems, para que quando chegar mais batalhas, eu deixe todo mundo tenso. Ao invés de torcer pela vitória de um lado, vão torcer para que termine sempre em empate.

Bom, é isso. Espero que estejam gostando. Em breve eu posto mais um capítulo, talvez o último antes de eu voltar a focar nos humanos. Mas antes da despedida, quero deixar duas fanarts das novas gems que apareceram.

Bixbita: https://pre00.deviantart.net/0335/th/pre/i/2017/111/8/f/bixbite__gemsona_by_yukaonuki143-db6nl15.png

Fusão Turmalina: https://pre00.deviantart.net/27aa/th/pre/i/2018/218/4/7/turmalina_paraiba_by_12345laurakarolyne-dcjebds.jpg

O desenho da Turmalina foi feito pela leitora MusaAnônima12345. Se eu deixei de colocar a aparência de alguma gem importante, não deixem de me dar aquela cutucada marota, obrigado.

Fato curioso: entre as gems de Homeworld dessa história, a Celestita é minha favorita. O autor original dela não apenas criou uma ótima história de background para eu me basear como também deu um ótimo design para ela: ela é musculosa sem ser toda virilizada e é bonita sem ser tão apelativa.



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