The New Avenger escrita por Dark Sweet


Capítulo 12
E de repente vem Ultron e te passa uma rasteira


Notas iniciais do capítulo

¡Hola! ¿Cómo están, bebés de mi vida?
Voltei, corações! Rápido, mas não tão rápido, mas ainda sim rápido.
O capítulo chegou e com ele o momento em que Melinda encontra os irmãos Maximoff e, de quebra, ajuda Tony e Verônica com o Hulk. Oi? O que? Eu disse algo?
Boa leitura, bebês!



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 —Melinda, você não pode vir com a gente. –

—Ué, Cap, por que não? – cruzei os braços.

—É, Picolé, por que não? – Tony indagou do bar também cruzando os braços.

—Olha, Melinda, eu quero que saiba que não estou duvidando da sua capacidade. – Steve Fofo Rogers explicou.

—Ah, não? Então estamos fazendo o que aqui? Procurando pistas? – franzi as sobrancelhas.

—Mas acontece que você tem uma vida lá fora. – ele tornou a explicar.

—E vocês não? – arqueei a sobrancelha. – Ou será que para se tornar um Vingador você precisa passar por algum tipo de ritual em que sua vida é tirada de você? – fingi-me confusa.

—Você é uma apenas uma criança, Melinda. – revirei os olhos.

—O termo correto é adolescente, mas como eu tenho algumas atitudes infantis, vou deixar essa passar. – fiz um gesto de dispensa com a mão. Já estava dando tudo errado. Ótimo.

—Sabe o que estamos deixando passar? Que ela é uma adolescente com poderes! – Stark falou vindo até a gente e parando na frente de Steve. Sabe, até que eles formariam um belo casal. – Ela tem poderes, quer nos ajudar e você não quer aceitar a ajuda dela? Você sabe que por mais que eu não goste muito de ajudas, eu reconheço quando preciso de uma. E nós precisamos dos poderes dela. Ela consegue fazer um escudo de energia, Picolé. Tem noção do quanto isso é... – ele se interrompeu e me encarou. – Tira esse sorrisinho aí ou eu paro de tentar te ajudar. – pressionei os lábios tentando esconder o sorriso. Não se é todo dia que Tony Stark elogia você, não é mesmo? – Precisamos dela. –

—Ela é uma criança, Tony! Tem família, tem amigos, tem escola. Tem toda uma vida lá fora e ela pode perder tudo isso se aceitar lutar ao nosso lado. –

—Não, Steve. Eu posso perder tudo isso se não aceitar lutar ao lado de vocês. Ok, eu posso morrer lutando contra o Robocop do mal? Posso, mas se, vejam bem, estou colocando o se, vocês perderem, não será apenas eu quem irá morrer e sim, o mundo todo. Não posso deixar que isso aconteça, Cap. É como você disse: eu tenho família, amigos, escola, uma vida lá fora. E se eu não fizer nada tudo isso pode... acabar. – expliquei mexendo minhas mãos. Eu estava nervosa com toda essa situação. Eles não sabem o que aconteceu para eu escolher lutar ao lado deles e espero que nem precisem saber agora.

—A Melinda aprendeu a controlar os poderes dela. Vimos isso nas filmagens de ontem. – Natasha comentou cruzando os braços. – Fora que também tem uma ótima pontaria e preparo físico. Coulson me mostrou os vídeos do treinamento dela enquanto estava na S.H.I.E.L.D. –

—Ela imobilizou a Nat. Poucas pessoas conseguem isso. – Clint falou fazendo-me sorrir.

—Sorte de principiante. – Natasha e eu falamos ao mesmo tempo.

—Parece que ela está pronta. – o Gavião completou.

—E olha que eu fazia aquilo por diversão. Até que chegou o Bet Dalton e eu soube que tinha que fazer algo. Levar esse treinamento a sério, sabe? Por isso eu passei esses três meses treinando com a Amy e o Tyler. Eu aprendi a controlá-los, melhorei e aprendi algumas técnicas de luta, inclusive a pontaria. Aliás, eu contei para vocês que eu sei voar? –

—Está falando sério? – Bruce questionou um pouco surpreso.

—Legal, né? Antes eu não tinha muito controle, mas então com o decorrer das... coisas eu aprendi. E olha, a sessão é libertadora, meus amigos. – falei com um largo sorriso.

—Seus pais sabem que está aqui? Querendo ir com a gente atrás de Ultron? – Capitão perguntou me encarando. Revirei os olhos e cruzei os braços.

—Claro, né, Capicolé? Acha mesmo que eu faço alguma coisa escondida dos meus pais? –

—Quer que eu fale sobre a festa? – ele rebateu arqueando a sobrancelha.

—Ave desgraçada. – resmunguei baixinho. – Então você sabe ser engraçadinho, Steve? Vejo que senso de humor é uma característica bem visível na sua idade. – retruquei sarcástica.

—Tem algo que estamos deixando passar. – Natasha falou cruzando os braços. Olhei na direção dela e vi que seus olhos estavam semicerrados na minha direção. Droga. – Por que quer participar dessa luta, Melinda? Você sempre fez questão de manter seus poderes ocultos, então por que? – agora a porca torceu o rabo mesmo.

—Ora essa! Ajudar a salvar o mundo, óbvio! O que mais seria, Romanoff? Eu apenas quero mostrar que esses poderes estão aqui por um propósito. E que momento melhor que esse, não? – falei sorrindo.

—Não, não é isso. – caramba.

—Está dizendo que estou mentindo, Natasha? Caramba. Se sua intenção era me ofender, parabéns! Missão feita com sucesso! – disse em tom ofendido. Ok, eu sou uma mentirosa, mas ninguém precisa saber disso.

—Você pode não estar mentindo, Melinda. A vontade de salvar o mundo realmente é verdade, mas tem algo por trás disso, não tem? – novamente o olhar semicerrado. Agora não era só ela, mas todos os Vingadores.

—Eu já falei que odeio o fato de você ser uma super espiã? – resmunguei. Vendo que não tinha escapatória, respirei fundo e olhei para o time a minha frente. – Ultron foi atrás de mim. –

—O que? Ele foi atrás de você? E só agora que você nos conta? – Thor falou sério.

—Eu não queria que vocês soubessem, ok? Eu não queria que... ninguém soubesse. – sussurrei.

—Por que ele foi atrás de você? – Steve indagou fazendo-me suspirar.

—Ele me queria lutando ao lado dele. Minha avó e eu fomos ao mercado e foi quando ele apareceu com mais três robôs. Protegi minha avó, ele veio com aquele papinho para me fazer lutar ao lado dele, eu recusei, ele fez um barulho muito alto e eu não consegui manter o escudo. Então quando dei por mim estava em uma espécie de ilusão, não sei. Onde todos estavam mortos. Não apenas minha família, meus amigos ou vocês. Mas todos. Quando voltei para a realidade tinha duas pessoas. Uma mulher e outro homem com cabelo cinza, não sei o que eles faziam ali, mas provavelmente lutavam ao lado de Ultron. – expliquei rapidamente, mas creio que todos entenderam já que não me pediram para repetir.

—Essas duas pessoas são os irmãos Maximoff, Melinda. Wanda e Pietro são dois aprimorado que se voluntariaram para os experimentos do Strucker. – Steve explicou fazendo-me assentir, compreendendo.

—Certo. Quais os poderes dele? – perguntei curiosa.

—O garoto é um maldito ligeiro e a mulher pode controlar as nossas mentes. – Clint respondeu. Algo me diz que ele não vai com a cara desses irmãos Máximo aí.

—Essa ilusão de todos mortos foi a garota quem criou. – Tony cruzou os braços. – Péssimo hábito entrar na mente dos outros sem pedir licença, eu sei. – ele falou quando viu que minha cara mostrava toda a indignação de ter minha mente invadida por uma bruxa maldita.

—Ao que parece eu vou ter que ter uma conversa muito séria com essa tal de Wanda Máximo aí. – resmunguei cruzando os braços.

—Maximoff, Melinda. – Bruce me corrigiu.

—Sabe, algo me diz que você não está nos contado tudo, Melinda. –

—Caramba, Romanoff! Você não pode deixar esse instinto de super espiã de lado uma única vez? – perguntei aumentando um pouco o tom de voz. Quando ela arqueou a sobrancelha na minha direção, eu dei um sorriso amarelo. – Não me mata, por favor. Saiu sem se querer. –

—Melinda, você precisa nos contar tudo que aconteceu. – O Capitão Gostoso América falou amigavelmente. Respirei fundo.

—Porque eu não aceitei a proposta dele, Ultron matou minha avó. Pronto, contei tudo. – bufei cruzando os braços enquanto olhava para o lado onde não tinha ninguém.

—Oh. Melinda, eu... –

—Não precisa. Está tudo bem. Eu estou bem. – cortei Steve. – Eu só preciso que ninguém fale nada a respeito e continuamos best friends forever. – sorri. – O que acham? –

—É por isso que quer lutar ao nosso lado? Quer se vingar do Ultron? – Capitão perguntou me encarando.

—Eu acho que vingar não é a palavra certa, sabe, Cap? – depois que vi que eu estava errada tentei consertar: – Ok, espera. Talvez seja sim. Só que acontece que eu não quero vingar apenas minha avó, sabe? Eu quero evitar que outras pessoas passem pelo que eu passei. A minha avó morreu porque eu escolhi não lutar ao lado de Ultron. E as outras pessoas? Eu não posso deixar que mais pessoas morram, Steve. Ela morreu por minha culpa, mas as pessoas... –

—Sabe que isso não é culpa sua. – Natasha me cortou. – Não vamos voltar para onde tudo começou, Melinda. – assenti, aceitando por ora.

—Olha, o que eu quero dizer é que se vocês negarem que eu me junte a vocês, isso não irá me impedir de ir atrás do Ultron. Lógico que eu vou demorar um pouco porque sou nova no quesito salvar o mundo, mas eu chego lá.–

—Sabe que se aceitar pode morrer lá, não é? – Rogers falou gentilmente.

—Eu também posso morrer atropelada enquanto volto para casa, então, sim, eu sei. – sorri olhando para o grupo à minha frente. – Então? Vão me ajudar a ajudar vocês, ou eu vou ter que ajudar vocês sem a ajuda de vocês? – coloquei minhas mãos nos bolsos e fiquei balançando meu corpo para frente e para trás.

—Deu um bugue no meu cérebro, sério mesmo. – Clint falou fazendo-me rir.

—Tudo bem, Melinda. Você vem conosco. – sorri largamente.

—Certo. Por onde começamos? –

—Vamos para a Costa Africana. Parece que Ultron está atrás de vibranium e há um contrabandista de armas que, provavelmente, tem o metal em mãos. –

—Espera, espera, espera. Eu estou mais perdida que surdo em um jogo de Bingo. – pedi fazendo gestos com as mãos. – Seu escudo não é feito de vibranium? –

—Sim. E sim, achamos que a última amostra tinha sido usado no escudo, porém, estamos errados. – Tony explicou.

—Oh. Ok, então. Let's go?— começando a caminhar na direção do Quinjet.

—Você vai assim? – franzi as sobrancelhas para a pergunta de Barton. – De regata, short e chinela? – olhei para meu corpo e revirei os olhos, cruzando os braços.

—Me desculpe se eu não tenho um traje especial para lutar contra um robô homicida. Se eu soubesse que iria lutar ao lado dos ilustres Vingadores, teria vindo com meu pijama das Meninas Superpoderosas. Com certeza deve ser mais confortável e apropriado para tal situação. – eu já falei que amo ser sarcástica?

—Vem, eu te empresto uma roupa. – Natasha falou andando em direção ao elevador.

—Vocês têm dez minutos. Sem atrasos. – Steve falou. Pobrezinho. Acho que ele não sabe que eu me atraso que só a bexiga.

—Eu acho que suas roupas irão ficar folgadas em mim, Nat. Não que eu esteja te chamando de gorda, mas acontece que você tem mais corpo que eu. Então, obviamente... – ela me interrompeu:

—Não se preocupe, não é uma roupa minha que vou te emprestar. – soltei um gemido de frustração.

—Ah, não? Então quer dizer que não serei agora que vou experimentar uma das suas roupas super divas? – as portas do elevador abriram e saímos em um andar que eu não sabia explicar direito.

Ok, eu sabia, sim. Era o andar dos uniformes dos Vingadores! Caramba! Não era apenas dos uniformes, mas também de armas e alguns aparatos. Caramba!

—Minha Nossa Senhora do Céu! Que lugar fo... –

—Pega. – Romanoff jogou um pedaço de pano na minha direção. – É do seu tamanho. Espero que goste. – segurei a roupa pela parte superior e dei um gritinho enquanto pulava.

—Está brincando? Isso daqui é perfeito! – falei empolgada sorrindo de orelha a orelha.

O uniforme era quase igual o de Romanoff com uma mistura do da S.H.I.E.L.D. Era um colant na cor cinza, quase preto, e eu estava berrando!

—Natasha, eu te amo! Sério mesmo. – ela sorriu discretamente.

—10 minutos, lembra? – assenti ainda sorrindo. – Tem um local que você pode se trocar e... o que está fazendo? – ela questionou quando me viu tirando a minha regata.

—Ué, estou me trocando. – respondi tirando o short. – Se eu tinha 10 minutos e já perdi uns 3 a 5 minutos, eu não vou correr o risco de colocar a missão por água abaixo por conta de um atraso meu. Eu me troco aqui mesmo. – disse vestindo o macacão.

—Como você está em relação a isso, Melinda? – ela cruzou os braços.

—Estou bem, Nat. Mega super bem. – respondi ainda tentando me vestir com aquele troco que é mais justo que Deus. Minha Nossa!

—Você sabe que eu sei que está mentindo, não sabe? – suspirei e ergui meu tronco. A parte inferior da roupa já foi.

—Como é que você sabe, hein? Eu faço o impossível para parecer a mais normal possível! Eu consegui enganar meu pai. Eu consegui enganar o Coulson! – arregalei os olhos. – Não conta a ele, se não estou morta. –

—Eu não vou contar a ele. – Natasha veio até mim e me ajudou a terminar de me vestir. Coloquei os braços nas mangas compridas e ela ajustou o tecido em meus ombros. –Quando você mente, costuma fazer um gesto quase imperceptível. Eu demorei para achar, admito. – fechei o zíper e a encarei.

—Que gesto? – perguntei e senti ela virando meu corpo em uma direção. A da espelho.

—Eu contaria, mas acho que você não quer que o Tony saiba, certo? – franzi as sobrancelhas e foi quando vi Stark aparecendo em nossas vistas.

—A Melinda tinha razão. As vezes você podia deixar esse seu instinto de super espiã de lado. – ela balançou a cabeça e se afastou. Sorri orgulhosa com o que eu via no espelho e virei-me na direção de Tony. – Sabe, mesmo com aquele short e aquela regata eu não reparei o quando você tem peitos e uma bunda grande. – cruzei os braços.

—E eu acho que eu não deva falar isso a Pepper, certo? –

—Certo. – ele concordou.

—Mas eu não te culpo. Esse uniforme realçou minhas curvas. Ah, se o Tyler me visse agora. – murmurei a última parte com um sorriso no rosto.

—Aqui, Melinda. – Romanoff se aproximou com algumas coisas nas mãos. – Isso daqui são luvas especiais, elas protegem suas articulações. – assenti pegando as luvas e colocando-as. A metade dos meus dedos ficavam do lado de fora o que me fez gostar dessas luvas. E olha que eu não costumava gostar de luvas.

Natasha me entregou também uma arma em um coldre de perna que continha um cartucho reserva de balas. Não que eu esperava usá-la. Eu sei atirar, mas prefiro meus poderes. Irônico, não?

Prendi o coldre e calcei as botas que iam até a metade das minhas panturrilhas e era mais resistente que uma bota comum. E vóilà! Estou pronta para o combate.

—O Capitão está chamando. Chegou a hora. – Tony disse levando a mão até a orelha.

—Eu não ganho um troço desses? – ele olhou para Natasha que deu de ombros. Então Tony foi até o outro lado da sala e voltou com algo na mão. – Canal compartilhado, ok? Sabe como funciona? – coloquei o ponto no meu ouvido e sorri, assentindo.

—Eu costumava usar um desses com os meninos quando ia fazer alguma pegadinha. –

—Ótimo. Então vamos. –

Entramos no elevador e voltamos para o andar onde estávamos antes. Logo fomos em direção ao Quinjet e depois que Steve perguntou, mais uma vez, se eu tinha certeza do que estava fazendo, e minha resposta foi positiva, óbvio, partimos rumo ao Sul da África.

—E Melinda Hunters vai para sua primeira missão com os Vingadores. – falei sorrindo empolgada.

***

—Eu vou matar os Vingadores! – falei demonstrando o quanto eu estava puta da vida. – Como é que eles tiveram coragem de me deixar aqui? Eles acham que meus poderes funcionam assim? Comigo trancada aqui no Quinjet e jatos de energia voando para tudo quanto é lado lá dentro? – bufei cruzando os braços. – Eu estou indignada! Indignada! –

—Acalme-se, Melinda. Se eles precisarem da gente, vão nos chamar. – Bruce falou com um sorriso pequeno. Ele estava bem achando tudo isso engraçado.

—Mas que é injusto é! Eu podia ajudar, sabe muito bem disso. – falei me sentando ao lado dele.

—Eu sei, da mesma forma que eles também sabem. Se precisarem... –

—Eles vão nos chamar. – suspirei. – Código Verde, né? – Bruce sorriu de leve. – Por que você faz de tudo para não participar de uma luta, Verdão? –

—Pelo mesmo motivo que você nunca usou seus poderes. – e com aquilo ele me desarmou por completo. – Da mesma forma que você, também ganhei isso em uma explosão, machuquei pessoas e decidi que nunca mais usaria. Até acontecer o ataque alienígena. –

—É, Bruce, temos mais coisas em comum do que imaginava. Eu falo do excesso de raiva também. – ele riu.

—Você ainda tem aquele Pica-Pau que eu te dei no seu aniversário de 5 anos? – dei um sorriso triste.

—Não. Eu perdi ele na explosão. – o alter ego do Hulk assentiu.

—Que pena. –

—É, uma pena. Eu gostava do Pica-Pau. – sorri. O Vingador retribuiu o gesto e levantou.

—Vou tentar falar com o time. – assenti. Bruce foi até a porta do Quinjet e apertou um botão. – Pessoal? Pessoal, isso é Código Verde? – a única resposta que obtemos foi ruídos. – Melinda, fique aqui. Eu já volto. – a porta do Quinjet foi aberta. Levantei.

—Não, Bruce. Eu vou. – falei me aproximando.

—Não, Melinda. Não posso deixar você ir lá sozinha sem saber o que está acontecendo. – fiz um gesto de dispensa com a a mão. – Relaxa, coração. Eu faço isso todo dia. Parece que isso é um Código Arco-Íris, não? – diante das sobrancelhas franzidas eu resolvi explicar: – Minha cor favorita é preta, mas aí a Natasha chegou primeiro. O azul é do Steve, cinza do Thor, vermelho do Tony, verde é seu e roxo é do Clint. Então eu sou todas as cores juntas e misturadas. Arco-Íris. Sempre gostei de unicórnios mesmo. – sai do Quinjet e olhei para Bruce. – Não sai daí, amor. Eu volto já, já. – disse começando a caminhar.

O cara estava em um navio e, pelo barulho de disparos, eu já o localizei. Ao me aproximar, sentia minhas mãos suarem um pouco por causa do nervosismo. Respirei fundo e tratei de me acalmar. Não é hora para nervosismo, Melinda.

Escutei barulho de disparos e apressei os passos, entrando no navio. Lugar bacana para contrabandear armas. Alguns caras armados que estavam no local apontaram suas armas para mim e eu logo ativei o escudo, erguendo as mãos para o alto.

—Eu estava indo para Paris e me perdi no caminho. Vocês podem me ajudar, por favor? – com os olhares confusos eles se entreolharam, fazendo com que eu acertasse dois dos caras com os jatos. Disparos foram feitos na minha direção fazendo-me acertar o restante dos homens. Se bala de festim dói que só o cacete, não quero nem imaginar a dor de uma bala de verdade.

Quando não havia mais ninguém no lado de fora, eu entrei no cais. Havia homens atirando nos Vingadores, de longe eu via os Irmãos Miseráveis Maximoff. Respirei fundo e me aproximei dos contrabandistas, abatendo eles tanto com meus poderes como com luta corporal. Quando vi que não tinha ninguém por perto levei minha mão até meu ouvido.

—Devo dizer que estou muito indignada por vocês terem me deixado do lado de fora da festinha. – disse e ergui minha mão na direção de outro homem armado, acertando ele com o jato.

—Melinda? O que está fazendo aqui? Eu mandei você ficar no Quinjet! – escutei Steve repreender minha atitude.

—Olha, Capitão, até agora eu estou bem. E vocês precisavam de ajuda pelo visto. – acertei um soco na mandíbula de um homem e quando ele se curvou, uma joelhada no estômago.

—Cadê o Bruce? – Tony questionou.

—Mandei ele ficar no Quinjet, ora essa. – respondi erguendo minha mão e dando um escudo a Steve no momento em que disparos foram feitos na direção dele. Com a outra, acertei os homens com os jatos. O Capicolé me encarou e assentiu.

Natasha e Clint ajudava a abater os atiradores, Thor e Capitão se ocupava tanto com alguns robôs como com a Bruxa e o Papa-Léguas. Foi então que eu vi um robô próximo da tal Wanda falando algo para ela.

Ela se afastou, me deixando intrigada. A Bruxa vai fazer alguma coisa. Então eu voltei a lutar contra os homens nenhum pouco dignos. Minha mão encostou em algo na minha perna atraindo minha atenção. Era a arma. Será que eu uso, será que eu não uso? Ok, vou ficar com os poderes mesmo.

Senti meu rosto ir para o lado com certa brutalidade e ele arder, junto com um filete de sangue que saía do canto da minha boca. Senti outro golpe, agora na minha perna me fazendo cair de joelhos. Olhei para o homem e o atingi com um jato, mandando ele para longe.

—Thor, relatório. – Steve pediu.

—A garota tentou invadir o meu cérebro. Cuidado. Duvido que um humano consiga evitar. – bastou essa frase para que eu ficasse mais alerta possível. Não queria aquela Malévola do Mal fazendo Abracadabra e invadindo minha mente de novo. Então foi isso que Ultron a mandou fazer?

Limpei o sangue que escorria e levantei. Movimentei minhas mãos e alguns homens flutuaram. Sorri e fiz minhas mãos baterem uma na outra, o que fez com que os que flutuavam se chocarem um contra os outros.

Então eu senti uma presença atrás de mim, sorri e me virei dando uma cotovelada na altura da cabeça de quem quer que fosse. Meu olhar encontrou a Bruxa Má Do Oeste que cambaleou, levando a mão no local onde o golpe atingiu ela.

—Ah, oi, amor. Bom te ver de novo. Como vai? – olhei ela da cabeça aos pés. – Caramba. Você é gostosa, hein? E tem ótimo gosta para roupa. Vermelho combina com você, sabia? – passada a dor, ela se recompôs.

—Você fala demais. – revirei os olhos.

—As pessoas costumam me falar isso toda hora. Conte-me algo novo, bebê. Sim! A propósito, não vou deixar você invadir minha cabeça com esses seus Abracadabra, ok? Você não pediu nem licença da primeira vez! Onde está a educação? – ela sorriu.

—Bem aqui. – ela movimentou suas mãos fazendo feixes vermelhos surgirem entre elas. Eita. Ergui minha mão na direção dela e, mais rápido que todas as outras vezes que usei os jatos, eu acertei ela. Assim que consegui realizar tal ato, algo também me acertou, me mandando um pouco para longe.

—Que palhaçada foi essa? – perguntei sem entender nada. Meu olhar encontrou o causador de tal proeza, me fazendo suspirar.

—Não me viu chegando? – o garoto falou cheio de si, o que me fez bufar.

—Ah, é você, Papa-Léguas. Como vai? Correndo muito por aí? Fugindo de Coiotes? Gostei do cabelo. Pode me passar o nome do seu cabeleireiro? – ele não me respondeu, em vez disso saiu correndo. – Aposto que se você transar com alguma mulher, não é ela quem foge pela manhã. – murmurei ainda deitada no chão. Minhas costas doíam, mas ignorei e levantei. Observei o local.

Thor, Steve e Natasha estavam com olhares perdidos, distantes. Merda. A Malévola mexeu com a mente deles. Abati alguns homens que iam para cima deles e escutei um vidro quebrando no andar acima, erguendo as mãos em posição de ataque. Como não vi nada, nenhuma ameaça, baixei elas.

—Quem ainda estiver por aí, temos que ir! – Clint falou. – Pessoal? – ele apareceu, aparentemente bem, no local onde o vidro quebrou.

—Acho que Ultron passou a perna na gente. De novo. – falei olhando para o restante do time.

—Você está bem? – ele me encarou. Assenti.

—A Bruxa Má Do Oeste mexeu com a sua cabeça? – ele negou com a cabeça e veio para o andar de baixo pulando a grade.

—Não vou passar por controle da mente de novo. – tive que concordar com ele. Por mais que eu não soubesse o que aconteceu com ele. – Três anos atrás, Loki usou o cetro para me fazer lutar ao lado dele. Eu não gostei. – assenti e olhei para o time.

—O que fazemos com eles? – perguntei olhando para um terço do time de Vingadores.

—Não podemos fazer muita coisa. – disse indo até Romanoff.

Suspirei e observei os outros dois restantes. Thor por mais que estivesse desnorteado um pouco, ele parecia melhor que Steve. Por isso, fui primeiro no Patriota que estava deitado no chão.

—Steve? Hey. Steve. – ajudei ele a sentar no chão e segurei o seu rosto entre minhas mãos, dando alguns tapas de leve. – Steve, você precisa voltar ao normal, ok? E minha amiga como fica? Eu ficaria feliz se você saísse da jogada aí as chances dela ficar comigo eram maiores, mas veja só: ela escolheu você, Capicolé. Então, volta ao normal. – soltei outro suspiro quando vi que seu olhar continuava perdido. – Beleza. – resmunguei levantando e indo até Thor. – Hey, Grandão. Como está? – sorri fazendo o mesmo com ele que fiz com Steve.

—Estou... bem, Baixinha. – revirei os olhos. Ele não estava nada bem!

—Vou ignorar esse baixinha só por conta das suas condições. Quer ajuda para andar? – indaguei enquanto puxava um pouco a pele ao redor dos olhos dele, observando e ficando encantada com aquelas órbitas azuis.

—Não. Por que está fazendo isso? – dei de ombros soltando o rosto dele e voltando até Steve.

—Acho que vi em um filme. – ajudei o Capitão levantar e passei o braço dele sobre meus ombros.

—Natasha, está na hora da canção de ninar. – franzi o cenho confusa com a fala de Tony.

—Não vai rolar. – Clint respondeu atraindo meu olhar para ele, que fazia com Natasha o mesmo que fiz com Steve. – Vai demorar. A equipe inteira caiu. Não tem nenhum apoio aqui. –

—Vou chamar Verônica. – foi a última coisa que Stark falou. Vendo que esse não era o momento certo para questionar quem diabos era essa tal Verônica, fiquei na minha.

—Hey, Cachinhos Dourados. Tem certeza que não quer ajuda? – perguntei olhando Thor ainda perdido. Céus. O que foi que a tal Wanda Máximo fez com eles? O Deus negou e continuou andando em direção à saída.

Fazendo um pouco mais de esforço nas pernas – afinal, Steve era pesado que só o caramba por conta de todos esses músculos – comecei a andar também em direção à saída.

Quando passei pelo escudo do Capitão, deixei ele de lado um pouco, peguei o escudo e voltei a passar o braço dele ao redor do meu pescoço, ajudando-o a andar.

Então eu tive uma surpresa: Bruce não estava no Quinjet.

—Legolas? – o chamei colocando Steve sentado em uma das poltronas do avião.

—Parece que Bruce perdeu o controle. Deve ter dedo dos Maximoff no meio. –

—Droga. Eu devia ter ficado no Quinjet. – resmunguei sentindo a culpa me consumir. Eu podia ter evitado os Maximoff chegarem perto do Bruce.

—Não se culpe, Melinda. Não foi culpa sua. – ele falou sem me olhar. Barton estava preocupado com Natasha. O que me fazia imaginar, novamente, um romance entre os dois. – Espera. Você disse que sabia voar, não foi? – agora eu consegui atrair o olhar do Piu-Piu.

—Foi. Por quê? –

—O Steve vai me matar quando souber, mas precisa ajudar o Tony. – arregalei os olhos.

—Com o Hulk? – incrédula, eu perguntei.

—Não necessariamente com o Hulk, mas você pode ajudar a proteger os civis com o escudo. Melinda, quando o Bruce perde o controle... – o cortei.

—Eu sei. – suspirei. – Sem bem como é perder o controle. – murmurei saindo do avião.

—Irei ficar com o Quinjet pronto. – assenti e peguei impulso, começando a voar. E novamente, com o decorrer dos fatos não posso aproveitar a vista.

Certo. Como vou achar o Hulk e o Homem de Ferro? Bastou um rugido raivoso e minha pergunta estava respondida. Segui em direção à uma cidade próxima a onde estávamos.

—Caramba! – falei parando no ar e vendo a cidade toda destruída. Bruce esmagava tudo sem se preocupar com o que ou quem estava ao redor dele. – Céus. Não quero nem imaginar como a cabeça dele vai estar depois disso. – murmurei erguendo minhas mãos e fazendo um escudo surgir entre os civis e o Hulk. Disparos eram feitos em direção à Bruce.

Foi então que Tony apareceu com uma armadura enorme. Gente do céu. Como foi que essa armadura chegou aqui? Como eu estava longe não deu muito para entender o que ele falava, então Bruce atacou o Homem de Ferro gigante. Céus. Eu quero uma armadura dessas para mim.

Stark contraatacou, o que fez com que o Hulk fosse para o outro lado acertando um caminhão e jogando algumas caixas para fora.

—Qual é, Tony! Estou tentando ajudar a proteger os civis! Sei que é o Hulk, mas tem como mandar ele para longe daqui? – falei quase gritando.

—Pirralha? O que está fazendo aqui? –

—Pirralha é a sua avó! E eu já falei: estou tentando proteger os civis! – respondi erguendo minha mão em outra direção, já que a luta nunca permanecia na mesma rua.

—Continue fazendo isso. Não podemos salvar todos, mas o máximo de civis que você conseguir proteger, salve-os! – soltei uma resposta positiva e observei a luta. Bruce acabou de enviar uma barra de ferro enorme onde seria o ombro da armadura. – Pelas costas! Golpe baixo, Banner. – Tony falou fazendo-me erguer um escudo sobre as pessoas da... feira? Acho que aquilo é uma feira. Ou era.

Pedaços da armadura começaram a ser arremessados para tudo quanto é lado e atingiria as pessoas, casa não tivesse o escudo. E mano, fica cada vez mais difícil mantê-lo no ar.

Meus olhos se arregalaram quando Stark acertou um soco no Hulk e fez ele ir parar longe. Mais precisamente onde eu tinha erguido o escudo. O impacto foi tão forte que eu não consegui manter o escudo e o vôo.

Sentia meu corpo caindo em uma velocidade alta demais e de jeito nenhum conseguia voltar a voar. Logo atingindo o chão com um força que fez um pequeno buraco no espaço onde cai. Soltei um gemido carregado de dor.

—Cacete! Droga! Merda! Caralho! Meus ossos! Se eu não quebrei nem um osso é porque eu realmente não tenho ossos! – resmunguei sentindo a dor se alastrar pelo meu corpo. Virei um pouco meu rosto, para onde a luta acontecia e vi as pessoas correndo. Homens, mulheres, crianças... Aquilo me fez deixar a dor de lado – e que dor – e levantar.

Tony atingia Bruce com raios propulsores enquanto pedaços de armaduras iam em direção ao braço esquerdo. Rapidamente ergui minhas mãos na direção dele fazendo um escudo surgir para eles no exato momento que Stark e Banner deram um encontrão de soco.

Se eu não tivesse erguido o escudo, provavelmente o impacto teria atingido tudo ao redor. Tony segurou Bruce contra o chão e acertou uma sequência de socos na cara dele, até que o Hulk não se deixou abalar e segurou a mão dele, amassando a armadura. Mais rápido que gato fugindo de água, Tony prendeu o braço de Bruce na armadura. Desativei o escudo entendendo que ele iria se afastar com Bruce da cidade.

Dito e feito. Tony alçou vôo com o Hulk pendurado pelo braço. Contudo, como nada é perfeito, Bruce mudou o percurso. Bufei e também voei na direção deles. Meu olhar encontrou eles indo ao chão.

—Merda! – deixei o vôo de lado, afinal, não queria cair novamente daquele jeito, vi Bruce mandar Tony para longe. O Hulk em vez de ir para cima de Tony foi atrás dos civis. Ergui minhas mãos e ele acertou o escudo. Soltei um grito tentando manter a porcaria do escudo.

Ele aumentava cada vez mais a força e eu sentia algo escorrer pelo meu nariz. Ignorei e continuei protegendo as pessoas.

Vendo que aquilo de nada funcionaria, ele parou e olhou ao redor, parando o olhar em mim.

Merda. O Hulk começou a correr na minha direção o me fez erguer as mãos na altura do rosto, mas eu não acertei ele com jatos de energia. Eu ativei o escudo para me proteger.

—Bruce! – gritei sentindo minhas forças indo embora a cada soco que ele dava no escudo. – Bruce, para! Você não quer fazer isso! Esse não é você! – continuei falando a fim de fazer ele desistir de me matar. Não estava funcionando. – Qual é, Bruce! Você me conhece desde pequena! Para! Isso é aquela Malévola do Mal mexendo com você! Para, Bruce! – nada. Ele não parou. Não chegava nem a hesitar na hora de acertar mais um soco no escudo. Senti o gosto de ferrugem na boca e minhas forças quase sumirem. – Tony! – gritei desesperada. Não pela minha vida, mas sim por Bruce. Ele não iria suportar isso.

Então Tony apareceu e levou Bruce consigo para longe. Desativei o escudo, sentindo minhas forças indo para a China. Cai de joelhos, mas nem eles aguentaram meu peso.

Com a respiração ofegante eu passei minha mão pelo espaço entre minha boca e meu nariz. Olhei minha mão e vi sangue. Soltei o ar com pesar e tentei levantar.

—Os civis. Preciso... proteger... os civis. – com as palmas das mãos eu levantei, mas não aguentei muito tempo, já que cai novamente. Então uma voz invadiu minha cabeça:

—Não, Melinda. Você já fez tudo que podia. – um pouco tonta reconheci o dono daquela voz.

—Robin Hood? – murmurei olhando para o céu. Lá estava o Quinjet, sobrevoando acima de nossas cabeças. – E o Bruce? –

—Stark está cuidando dele. Pelo que vi aqui acabou de jogar ele em cima de um prédio vazio. – ele respondeu e desceu mais o avião. – Estou indo te buscar. –

—Não precisa. Você tem que pilotar o Quinjet. – respondi tentando levantar.

—Melinda, eu ativei o piloto automático. – ele falou e vi a porta se abrindo. Clint apareceu.

—Eu consigo... ir sozinha. – meu corpo não aguentou meu peso e eu cai, contrariando o que acabei de dizer. – Certo. Eu não consigo. –

O Gavião Arqueiro desceu do Quinjet e veio até mim. Passou meu braço ao redor do seu pescoço e me fez ficar em pé, mas nem forças para isso eu tinha mais.

Clint me pegou no colo e caminhou em direção ao Quinjet. Sobre seu ombro eu pude ver a cidade destruída, alguns civis no chão machucados, outros já mortos.

Céus. Como é que o Bruce vai reagir a isso?


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Notas finais do capítulo

Hey! Hey! Hey! E aí? Gostaram? Não gostaram? Comentem!
Melinda foi ajudar Tony com Bruce fora de controle e o Hulk quase matou a bichinha. Pois é, acontece com as melhores pessoas.
E agora? Como será que o Bruce Fofo Banner vai lidar com isso? Ele irá afastar a Melinda? Ele vai abandonar o navio antes do confronto final?
Isso e outros detalhes sexta, no Globo Repórter. Brincadeirinha. É ainda hoje e aqui nesse mesmo canal. Juro solenemente não alienar vocês, ok?
Bon revoar!



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