The New Avenger escrita por Dark Sweet


Capítulo 13
Correr e se esconder


Notas iniciais do capítulo

Hey! Voltei, muchachos!
Dessa vez foi rápido, né?
Aqui está um capítulo. Pequeno, eu sei, mas é apenas pro decorrer da história. O outro, provavelmente, será maior.
Boa leitura!



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 Vendo os Vingadores naquela situação, eu tive a confirmação de que tínhamos um problema e tanto.

Por mais que eles estivessem um pouco melhores de quando eu sai do Cais de Sucata para ajudar Tony, sabia que o que a Wanda tinha mostrado a eles ainda estava os afetando.

E ainda por cima, Ultron fugiu novamente e com a amostra de vibranium em mãos. Pois é, foi uma surra e tanto.

Agora o que mais me partia o coração era Bruce. Ele estava encolhido no chão do Quinjet com um cobertor, enquanto virava de um lado para o outro, mostrando que ele estava acabado.

Maria Hill tinha falado com Tony por uma pequena tela. Ela trouxe informações a respeito do ataque e disse que os noticiários eram a única coisa que parecia amar os Vingadores. A prisão de Bruce estava sendo debatida o que me fez xingar meio mundo.

O cara era um herói e por causa de uma bruxa maldita ele corria o risco de ser "preso". Ele é o Hulk, não é? Duvido muito que ele ficaria preso por muito tempo. Todo mundo tem um mau momento. O de Bruce foi hoje, gente. Pronto.

Hill também falou que bom a se fazer nessa situação era ficar em modo furtivo. Como eu ouvi: correr e se esconder. Pelo menos até que tivéssemos notícias sobre o Dom Aço.

Não sabia muito bem para onde estávamos indo, mas como ouvi Clint dizer para Stark estamos a caminho de um refúgio.

Olhando para Bruce mais uma vez eu suspirei e levantei. Por mais que eu tenha caído de uma altura de sei lá quantos metros de altura e quase morrido, eu estava bem. Estranhamente bem. Acho que por causa do meu fator de cura avançado, não sei. Continuei caminhando ao meu propósito.

Quando ele percebeu qual era minha intenção, virou para o lado. Isso não me abalou, pelo contrário: só me fez querer mais ainda conversar com ele.

Sentei ao seu lado no chão.

—Sai daqui. Não quero te machucar de novo. – ele disse com a voz rouca.

—Tecnicamente você não me machucou. Chegou perto, mas não foi dessa vez. – falei olhando para frente.

—Por esse motivo você deveria ficar bem longe de mim. –

—Esquece, Bruce. Não vou te deixar se culpar por tudo isso, ok? Eu também não te dizer que isso não é culpa sua, porque você não vai acreditar que eu sei. – falei olhando para o homem ao meu lado.

—Sabe que isso acabou de contradizer o que você falou antes, não sabe? –

—Sei. Acho que é a poeira ainda afetando minha cabeça. – soltei uma risada. – Olha, Bruce, o que estou querendo dizer é que isso não é culpa sua. Talvez você não acredite, porque eu mesma não acredito quando alguém diz que a culpa não foi minha em relação a algo. Mas a questão é que tudo isso é culpa daquela bruxa maldita. –

—As pessoas viram o Hulk, Melinda. Como ele realmente é. – suspirei e segurei o rosto de Bruce entre minhas mãos.

—Olha, Verdão, você destruiu aquela cidade? Sim. Você machucou e pode até ter matado alguns civis? Sim. Você quase me machucou? Sim. A culpa foi sua? Não. Se você não quer acreditar, tudo bem. Isso cabe somente a você. Agora você tem que se decidir: vai ficar aí choramingando porque não conseguiu se controlar ou vai fazer algo a respeito? –

Ignorando a sensação de estar sendo hipócrita – até porque, quando era comigo eu não conseguia fazer nada além de me culpa por algo que, claramente, não era minha culpa – continuei com a minha missão particular de fazer Bruce Banner entender que aquilo não era culpa dele.

—Mesmo eu tendo quase te matado, você ainda quer me fazer aceitar que a culpa não foi minha? – sorri recolhendo minhas mãos.

—Eu matei o meu pai e minha avó passou todos esses anos querendo me fazer aceitar que a culpa não foi minha por ter matado o filho dela. Então, sim, Bruce. Mesmo você tendo feito o que fez, quero te fazer acreditar que a culpa não foi sua, porque não foi e você sabe disso. – falei dando um beijo na bochecha dele e levantando. – Agora tenta dormir, ok? Você teve fortes emoções e segundo o Piu-Piu ali falta algum tempo para chegarmos em qualquer lugar aí. –

—Não vai dormir? –

—Vou. Eu estou mesmo precisando de um cochilo. Acredita que eu só dormi apenas cinco horas? –

—Ah, eu acredito. – ele respondeu sorrindo. Olhei para o restante do time.

—Vocês deviam ir dormir também. – falei atraindo a atenção deles. – Estão com uma cara horrível. Parece até que estão de ressaca. – soltei uma risada para aliviar a tensão. – Eu posso cantar uma canção de ninar se quiserem. Eu conheço uma muito boa e... – senti a mão de Tony no meu ombro.

—Acredito que isso não será necessário, Pirralha. – soltei um grunhido.

—Já falei que pirralha é a sua... –

—Por favor, não xingue as velhinhas alheia! – ele me interrompeu erguendo as mãos para o alto.

—Parece que vocês conseguiram fazer o pessoal dormir. Ou eles estão cansados demais ou vocês dois são tão chatos a ponto deles preferirem irem dormir.– a fala de Barton me fez voltar a encarar Bruce, Natasha, Steve e Thor. Eles já se acomodavam no Quinjet para dormir. Mesmo eu tendo a certeza de que, talvez, eles não conseguiriam dormir de fato.

—Cuidado com as palavras, Legolas. Lembre-se que sou eu quem paga seu salário. –

—Meus bebês me obedeceram. – limpei uma lágrima imaginária do meu rosto. – Deixaram a mamãe aqui muito orgulhosa. –

—Sabe, Tony, se a Melinda tivesse dúvidas da paternidade dela, você poderia fazer um teste de DNA. – Tony e eu nos encaramos por um tempo, até que fizemos uma careta soltando um ruído de nojo com a boca.

Clint riu.

***

Pela manhã, quase tarde, eu acho – odeio não ter um relógio por perto –, o Quinjet pousou em uma fazenda. Saímos do avião e fizemos uma pequena caminhada pequena até uma casa.

Clint ajudava Natasha a andar. Acho que entre todos, ela foi a mais afetada. Soltei um rosnado baixinho. Mais um motivo para bater na Malévola do Mal.

—Que lugar é esse? – escutei Thor questionar assim que subimos na varanda.

—Um refúgio. – Tony respondeu.

—Tomara que seja. – Clint falou abrindo a porta e entrando na casa.

Olhei a fazenda ao redor e, por um milésimo de segundo, me imaginei casando e com filhos. Porém, como eu disse, foi por um milésimo de segundo. Cruz credo! Quero minha vida de solteira para sempre.

Voltei a olhar para onde era a entrada da casa e segui os Vingadores. Passamos pelo hall de entrada e foi então que meus olhos se arregalaram em demonstração de surpresa quando escutei o Gavião Arqueiro falar:

—Querida, cheguei. –

—Mas o que? – falei incrédula. Então quanto mais entrava, mais o interior da casa aparecia. E junto com o interior da casa, uma mulher. Morena, bonita e grávida. – Gente do céu! Clint vai ser papai! – Tony me encarou antes de voltar a encarar a cena a nossa frente também surpreso.

Clint falava algo sobre visitas e não ter avisado sobre pedir desculpas, algo assim. Eu ainda tentava entender a cena quando a linda boquinha dele pressionou a linda boquinha da mulher.

—Ele não tinha um caso com a Nat? – sussurrei para Tony que não me respondeu. Será que eu entendi tudo errado, meu povo?

—Ela deve ser uma agente nova. – Tony explicou olhando para Thor.

—Senhores... – arqueei a sobrancelha o encarando com os braços cruzados. – E senhoritas... – dei um sorriso agradecendo pela parte que me tocava. – Esta é Laura. – o Robin Hood apresentou.

—Sei o nome de todos vocês. – então me encarou. – Menos o seu. –

—Ah, Melinda. Prazer, amiguinha. Então quer dizer que foi você quem fisgou o coração do Legolas aí, hein? – sorri colocando as mãos na cintura. A mulher deu um sorrisinho. Passos soaram pela casa, o que fez Clint separar da esposa.

—Aqui vem eles. – ele disse separando da mulher e dando uns passos.

—Papai! – novamente o olhar incrédulo estava estampado na minha cara. Uma menina de 8 anos, talvez, pulou no colo de Clint. Outra pessoa também entrou na sala logo após a menina. Um menino de 13 anos, eu acho. Não tenho certeza.

—Ok. Me amarrota que estou passada. – murmurei lembrando de uma expressão brasileira que se encaixou perfeitamente na ocasião.

—Eles são... mini-agentes. – Stark explicou enquanto Clint matava a saudade dos filhos.

—Você trouxe a tia Nat? – a menina perguntou ao pai. Nesse momento Natasha pareceu despertar.

—Por que você não me abraça e descobre? – ela falou indo até a garotinha e a pegando no colo. Certo. Pelas reações incrédulas dos rapazes ao meu lado, só a Natasha sabia disso. Ok, então.

—Sentimos por aparecer assim. – Steve pediu educadamente.

—Teríamos ligado, mas estávamos ocupados não sabendo que existiam. – Tony falou sarcasticamente e nenhum pouco educadamente. Ok, eu entendo o lado dele. Se eu que nem faço parte dos Vingadores estou frustrada por não saber disso, imagina eles?

—Fury me ajudou a escondê-los quando me juntei. – Barton explicou. Ele abraçava a mulher e o filho. – Oculto da S.H.I.E.L.D. e queria manter assim. É um bom lugar para nos escondermos. –

—Querida. Estava com saudades. – Nat falou para Laura, indo até ela.

—Ok, eu já posso pirar? Então quer dizer que o Clint tem uma família? Com esposa e filhos? E nenhum de vocês sabiam disso? Que doideira! – falei sozinha. Thor saiu da casa e Steve foi logo atrás. Prevejo treta, talvez?

—Melinda, você quer tomar banho? – Laura perguntou atraindo minha atenção.

—Banho? Com água quentinha? – perguntei na maior cara de pau. Ela riu.

—Sim, temos água quentinha. E eu posso te emprestar uma roupa minha. – sorri.

—Eu aceito. Só que em relação a roupa acho que terá que ser uma quando você não estava buchuda, sabe? – novamente outra risada. – Ué, gente. Eu estou contando alguma piada? – perguntei confusa.

—Ela é assim mesmo. Você vai gostar dela. – Clint falou para a esposa que assentiu.

—Vem. Vou te mostrar onde fica o banheiro e te entregar uma toalha. – ela disse indo em direção à escada.

—Clint, só por precaução, ela não tem nenhum tipo de treinamento não, né? Porque eu fiquei traumatizada depois que lutei com você e não estou afim de apanhar de novo por um agente Barton só que de sexo diferente. – falei gerando uma risada nele e na mulher.

—Pode confiar, Melinda. – Barton falou fazendo-me encarar a esposa dele.

 

—Você não tem um arco e flecha, tem? – ela sorriu.

—Acho que você terá que confiar em mim, Melinda. – suspirei e subi a escada, seguindo a buchuda. Entramos em um quarto de casal, que provavelmente era o dela com o Gavião Arqueiro, e foi até o closet. – Não me lembro do Clint ter me falado que tinha integrantes novos. –

—Ah. Eu... não faço parte dos Vingadores. – falei olhando para o chão.

—Não? Por quê? – ela me olhou sobre o ombro.

—Eu sou apenas uma adolescente, Laura. Agora eu deveria estar em casa, estudando para a prova de matemática que teria amanhã. – cruzei os braços.

—E por que está aqui em vez de lá? – Laura vinha em minha direção com uns pedaços de pano nas mãos.

—Porque o vilão dessa história matou uma pessoa que eu amava. Não posso deixar que isso aconteça com outras famílias. – respondi com um sorriso de lado. A sra. Barton também sorriu e me entregou a toalha e uma roupa.

—Quantos anos você tem? –

—17. – ri vendo o olhar surpreso.

—Ok. O banheiro fica no final do corredor. – ela falou com a mão na enorme barriga.

—Obrigada. – disse dando as costas e indo em direção ao banheiro. Eu realmente estava precisando de um banho.

Espero que Clint ganhe bastante como Vingador, porque minha cabeça está um turbilhão de pensamentos e quando eu entro no banho assim, não saio tão cedo.

***

Eu não demorei muito tempo no banho. Talvez uma hora e meia. Mas só talvez. Se eu estivesse com meu celular ou qualquer aparelho que tocasse música, eu teria passado mais tempo.

Acontece que agora eu estava no quarto da filha do Gavião Arqueiro. O irmão dela também está aqui. E o que estávamos fazendo? Jogando Banco Imobiliário.

—Você tem irmãos, Mel? – Lila indagou enquanto movimentava sua peça. Essas pestes até que são espertas, meu Deus!

—Sim, dois irmãos. Um de 19 e outro de 9 anos. – respondi jogando o dado e movimentando minha peça.

—Eles sabem que você é uma Vingadora? – foi Cooper quem perguntou dessa vez.

—Eu não sou uma Vingadora. – respondi pela segunda vez no dia.

—Como não? Você não está lutando para salvar o mundo? – Lila perguntou me encarando.

—Sim, mas... – tentei explicar.

—Então você é uma Vingadora, sim. – Cooper me cortou. Suspirei voltando a prestar atenção no jogo. Odeio crianças.

—A questão é: meus irmãos não sabem nem que eu tenho poderes, quem dirá que estou tentando salvar o mundo. Satisfeitos? – falei dando o assunto por encerrado.

—E quais são os seus poderes? – o casal de irmãos perguntaram juntos.

—Energia. – respondi distraidamente.

—Energia? Parece sem graça. – Cooper falou, fazendo-me soltar uma risada e olhar para a porta.

—Eu vou mostrar um pouco a vocês, mas não podem contar a ninguém. Principalmente ao Steve e seus pais. – eles sorriram.

—Não vamos contar. – sorri e movimentei minhas mãos, fazendo eles flutuarem. Não os deixei muito alto do chão, apenas o suficiente para eles se divertirem um pouco.

—Wow! Que maneiro! – ele falou empolgado, rindo. Observando a expressão deles, imaginei como seria a reação de Will. Soltei uma risada e coloquei eles de volta ao chão. – Mas se é energia, como pode fazer a gente voar? –

—Nosso corpo produz energia, vocês não aprenderam isso na escola? – respondi sorrindo.

—E o que mais sabe fazer? – ! garota perguntou curiosa exibindo um sorriso.

—Escudos. Eu consigo fazer tanto um escudo de energia para mim como para outra pessoa. – falei cruzando as pernas. Provavelmente, não iríamos mais jogar.

—Que maneiro! E o que mais? – Lila questionou me olhando com aqueles olhos curiosos. Gente, criança é curiosa mesmo!

—Também eu solto jatos de energia pelas mãos, aparentemente também posso absorver qualquer tipo de energia. Como eletricidade, por exemplo. –

—E o que mais? Você sabe voar? – assenti sorrindo. – Mentira! –

—Verdade verdadeira, pirralho. Eu sei voar, mas vocês precisavam ver. Eu levei cada tombo até pegar o jeito. – disse me recordando da dor de cada tombo.

—Ter poderes deve ser muito legal. – Cooper falou e sua irmã concordou, me fazendo suspirar.

—É, as vezes é legal. – murmurei encarando minhas mãos.

—Como assim as vezes? Você não gosta deles, Melinda? – antes que eu respondesse a pergunta de Lila, alguém bateu na soleira da porta.

—Crianças, me desculpem, mas precisamos conversar com a Melinda. Depois ela pode voltar a brincar com vocês. – Clint falou. Soltei um suspiro de alívio.

—Ah, pai! – os meninos falaram frustrados.

—Não vamos desobedecer o Papai do ano ali. Vamos. – disse juntando as peças do jogo.

—Depois ela brinca com vocês. Vamos todos lá para baixo. – as crianças levantaram e saíram correndo. Levantei e fui até Clint.

—Obrigada. – agradeci passando por ele.

—Não foi nada. Eu sei o quanto crianças gostam de fazer perguntas. – sorri.

—O que aconteceu? – perguntei vendo que a esposa e os filhos estavam na sala e os Vingadores na cozinha.

—Fury quer conversar conosco. – parei no caminho. – O que foi? – o Gavião me encarou.

—Olhando daqui algo me diz que ele não foi com a minha cara. – disse encarando o homem com o tapa olho. Então dei de ombros voltando a andar. – Azar o dele. – Clint riu e entramos na cozinha.

—Estamos todos aqui. – Barton falou. Me sentei ao lado de Romanoff e encarei o ex diretor da S.H.I.E.L.D.

—Oi. Tudo joinha? – sorri erguendo meus polegares afim de provocar ele. O Sr. Pirata me ignorou.

—Ultron tirou vocês da jogada para ganhar tempo. Meus contatos disseram que ele está construindo algo. – ele começou a explicar. Lila passou atrás de mim e entregou um desenho a Romanoff. Sorri observando o papel com o desenho de uma borboleta. – A quantidade de vibranium que ele roubou acho que não seja para só uma coisa. –

—E o próprio Ultron? – Capitão perguntou com os braços cruzados.

—Ele é fácil de encontrar. Está em todos os lugares. – Fury respondeu. – Ele se reproduz mais rápido do que um coelho católico. Mesmo assim isso não nos diz quais são os planos dele. –

—Quer os Códigos Nucleares? – Tony indagou acertando alguns dardos em um alvo na parede.

—Sim, quer. Mas não está tendo nenhum progresso. –

—Eu invadi o Pentágono no colegial em um desafio. – Stark falou deixando de lado os dardos e o alvo.

—Contatei nossos amigos no Nexus sobre isso. – o tapa olho voltou a falar.

—Nexus? – indaguei confusa. – É uma nova rede social? Ou um aplicativo novo? –

—A central mundial da internet em Oslo. – Bruce respondeu atraindo minha atenção. – Todos os bytes de informação passam por lá. O acesso mais rápido no mundo. –

—E o que eles disseram? – Clint perguntou analisando um dardo.

—Ele está focado nos mísseis. Mas os códigos estão sendo mudados constantemente. –

—Por quem? – Stark questionou e bem no momento um dardo passou rente ao seu rosto, acertando o meio do alvo. Ele olhou para Clint que sorriu, dando de ombros.

—Por pessoas desconhecidas. – Fury respondeu.

—Temos um aliado? – Natasha perguntou. Pelo amor de Deus. Diz que sim, porque precisamos de ajuda.

—Ultron tem um inimigo. Isso não é a mesma coisa. – porcaria! – Eu pagaria muito para saber quem é. –

—Talvez eu precise visitar Oslo. Encontrar esse desconhecido. – Tony falou.

—O papo está bom, chefe, mas quando o vi, pensei que tivesse mais do que isso. – Nat voltou a falar.

—Eu tenho. Eu tenho vocês. – ele olhou para os Vingadores. – E acho que você também. – arqueei a sobrancelha.

—Me sinto lisonjeada. – falei sarcasticamente soltando um suspiro enquanto cruzava os braços.

—Antigamente, eu tinha olhos e ouvidos em todos os lugares. Vocês tinham toda a tecnologia que podiam sonhar. Aqui estamos nós, de volta à Terra, com nada além da nossa sagacidade e vontade de salvar o mundo. – ele se aproximou da mesa. – Ultron disse que os Vingadores são os únicos que estão entre ele e a missão dele. Mesmo que ele não admita, a missão dele é destruição global. Tudo isso, destruído. Então, levantem-se. E acabem com o maldito de platina. – ele sentou-se na cadeira.

—O Steve não gosta desse linguajar.  – Natasha brincou.

—É sério mesmo, Romanoff? – ele falou me fazendo rir.

—Afinal, o que ele quer? – Fury perguntou atraindo a atenção de todos.

—Torna-se melhor. – falei olhando para minhas unhas.

—Melhor do que nós. – Steve completou seguindo a mesma linha da meada. – Por isso ele fica construindo corpos. –

—Corpos humanoides. – Tony corrigiu. – A forma humana é ineficiente, biologicamente falando. – de soslaio vi Bruce se aproximar devagar. – Somos obsoletos, mas ele continua insistindo. –

—Quando o programaram para proteger a raça humana você falharam miseravelmente. – Natasha criticou de leve, com um sorriso.

—Ela não precisa de proteção. – Bruce falou. Parece que as engrenagens da cabeça dele estavam começando a funcionar, senhoras e senhores! – Ela precisa evoluir. – ele olhou para todos os presentes. – Ultron vai evoluir. –

—Como? – perguntei.

—Alguém manteve contato com a dra. Hellen Cho? – Bruce falou fazendo todos compreenderem. Ok, todos menos eu. Eu sabia quem era a mulher, mas o que ela tinha a ver com tudo isso?

—Ultron irá usar o Berço Regenerador para criar um andróide. – Tony falou. Oh, céus. Prevejo merda. Muita merda. – Se ele tiver êxito, nós perderemos. –

—Agora a porca torceu o rabo. – Natasha me encarou um pouco confusa, mas não fiz muita questão de explicar a expressão, novamente, brasileira.

—Temos que ir. – Steve falou dando as costas.

Após a pequena reunião e de descobrirmos o que o Robocop do mal planejava, Steve, Clint e Natasha vestiram seu uniforme. Eu iria fazer o mesmo, mas o Capicolé disse que não iria precisar de mim. Eu poderia ficar ofendida, até indignada como na Costa Africana, mas até que aceitei de boa.

—Vou levar a Natasha e o Clint. – Steve explicou colocando seu super escudo nas costas.

—É só reconhecimento. Vou até a Nexus e encontro vocês quando puder. – Tony falou entrando na sala.

—Se Ultron estiver construindo um corpo... – Steve começou em um tom preocupado.

—Será mais poderoso do que nós. Talvez todos nós. Um andróide projetado por um robô.– Tony explicou.

—Sinto falta de quando a coisa mais estranha que a ciência criava era eu. – dei um sorriso pequeno com a fala de Steve.

—Vou deixar o Banner e a Desastrada na a Torre. – abri a boa indignada com a fala de Fury.

—Ei! – fui até eles. – Quem é a desastrada aqui? – foi então que eu tropecei no meio do caminho e quase cai. – Ok, eu sou desastrada, mas tenho nome, ok, sr. Pirata? – coloquei as mãos na cintura. Fury limitou-se apenas a arquear a sobrancelha.

—Posso pegar a stra. Hill? – ele questionou a Tony, me ignorando de novo, enquanto vestia o casaco dele.

—Ela é toda sua. Como sempre. – Tony respondeu.

—O que irá fazer? – Steve perguntou antes que o tapa olho saísse.

—Eu não sei. Algo dramático, espero. – então saiu.

—Melinda, você tem que ir. – Steve me encarou.

—Ué, por quê? – franzi as sobrancelhas. – Ah, sim. Ele é minha carona. Não gosto dele, mas ainda bem que o Bruce vai comigo. Bom, meninos, voltem vivos. – sorri saindo.

New York, aí vamos nós de novo.


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Notas finais do capítulo

Hey! Hey! Hey! E aí? Gostaram? Não gostaram? Comentem!
O outro capítulo acho que só vem amanhã, não sei. Mas ele já está pronto, ok?
Bon revoar!



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