Sim para a Paixão escrita por Heloise_Yanki


Capítulo 8
Rotina


Notas iniciais do capítulo

Oi gente linda, pois comoprometido ai está mais uma cap. este é em homenagem aos meus leitores assiduos.

Um beijão a todos e espero que gostem.



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Dormi bem toda a noite, acordei cedo e não me lembrava de nenhum possível sonho, mas isso não importava, eu estava feliz e livre por dentro. Levantei, tomei uma ducha bem demorada, vesti uma roupa leve que a minha mãe deixou preparada pra mim, (é claro que uma calça jeans básica, uma bota de salto fino, e uma bata de manga comprida, bem básica, só podia ser coisa da minha mãe, pois a tia Alice teria extrapolado) Apesar do tempo frio que fazia no meio do outono uma das características que eu apreciava nesse meu corpinho de meia vampira era de não sentir frio, então não tinha porque perder a pose só por estar cheia de cascos. Ri com esse pensamento.

 

-Está se parecendo cada dia mais com a Alice minha pequena – “Eu sei pai, é a convivência.”  Respondi em pensamento, já que ele comentava o meu pensamento não tinha o porque de responder em voz alta.

 

Terminei de me arrumar, peguei a minha mochila e sai em direção à sala quando senti o seu cheiro, passei dez anos ao lado dele e ainda assim o seu cheiro fazia maravilhas em mim. Escutei meu pai rosnar, ‘desculpe pai, é que meu instinto fala mais alto” acalmei o meu pai e pensamento. Mas quando eu o vi, ao lada da moto, com uma bermuda de sarja escura, uma regata branca (só para lembrar, desde que eu atingi a maturidade aos 7 anos, meu pai proibiu expressamente o Jack de andar por ai sem camisa, antes eu não entendia o motivo, sempre tivemos intimidades, mas agora olhando bem para ele eu podia cogitar algumas possibilidades) Um óculos escuro, e os braços cruzados no peito, era uma das imagens mais lindas que eu já tinha presenciado, fiquei perdida em meio ao detalhes do seu corpo, até que cheguei ao rosto e me deparei com o sorriso mais lindo do universo.

 

-Oi meu anjo – e ainda por cima esse deus grego me chamava de anjo, só podia ser o Jack, o meu Jack. – Vim aqui só pra te dizer um oi.

 

-Como assim, você não vai a aula hoje?

 

-Não, tenho que resolver umas coisas na reserva, mas se o seu pai não se importar, eu poderia ir te buscar na escola para darmos uma volta por La Push, já faz algum tempo que você não vai lá. O que acha Edward?

 

-Pode ser, mas quero que voltem cedo. – “Obrigada pai” pensei.

 

O Jack não nos acompanhou até a escola, só esperava que o dia passasse rápido. Na hora do almoço, minha mãe, nada discreta, tocou no assunto da minha menstruação, por mais que não tivéssemos segredos em família, tocar nesse assunto com os meus tios ali, principalmente o Tio Emm, na escola não parecia uma boa idéia. Mas por incrível que possa parecer, não sei se pelo olhar do meu pai ou pelo cutucão da tia Rose, ele não fez nenhuma piada.

 

-Pelos dois Nesse – Tive que rir, nem mesmo nas mais profundas meditações filosóficas meu pai deixava de me responder.

 

-Pelos dois o que Ed – e a minha mãe deixa de ser curiosa, desse pensamento até o meu pai rio.

 

-Bella, a Nesse comentou que pela primeira vez o Emn não fez nenhuma piadinha. É claro que ela percebeu que isso foi por causa do cutucão da Rose e do meu olhar nada convidativo.

 

Depois da explicação do meu pai todos acabamos rindo, é claro que da cara do meu tio, que por sinal não gostou muito da idéia, a principio, mas depois o tio Jazz deu um jeitinho de deixar o clima leve.

Depois do almoço as aulas passaram mais lentamente, acho que era por causa da ansiedade de rever o meu Jack. A minha ultima e torturante aula foi de literatura, mas pelo menos eu tinha com que conversar, na ultima aula antes do meu piti eu havia conversado com uma garota que se chamava Cris espero que ela ainda queira conversar comigo. Cheguei na sala ainda vazia, me lembrei que eu estava andando um pouco rápida para uma humana, preciso me lembrar disso. Sentei numa cadeira no canto ,  bem ao fundo da sala, logo que a Cris chegou ela me viu e veio se sentar ao meu lado.

 

-Oi – cumprimentou ela timidamente.

 

-Oi, tudo bem –eu tinha que parecer simpática se queria alguma amiga por aqui.

 

-Ei, você está melhor? Ontem você saiu mais cedo, seu irmão disse que não estava passando bem?

 

-Estou bem, na verdade eu tive uma crise de cólicas- fiz uma careta ao lembra da cena, na verdade a dor não era tamanha, mas era irritante. Com a minha cara ela pareceu entender a situação – Então minha irmã me levou para casa.

 

-Bom você não perdeu muita coisa, mas foi estranho, você saiu da sala, logo o seu namorado foi atrás e a Jany ficou esterica, parecia que tinha levado um tapa na cara, na verdade foi hilariante. – Eu parei de escutar quando ela falou namorado.

 

-Perai, você disse namorado? Eu não tenho namorado.

 

-Sério, pensei que o Jack fosse seu namorado, tipo assim, eu sei que sua família é unida, seu irmão com a irmã do Jack, a Alice com o gêmeo loiro, e a gêmea com o seu outro irmão, então pensei que... Deixa pra lá, me desculpe... é que...

 

- Não precisa se desculpar, eles realmente estão juntos, mas eu o Jack, não é bem assim.

 

-Tem certeza?

 

-Sim, bom pelo menos não ainda – dei um risinho tímido e ela entendeu na hora.

 

-Não tenha medo de admitir o que sente, e ele com certeza te adora, veja só como ele olha pra você. E o jeito que ele ficou quando você saiu da sala, caramba, se algum garoto tivesse essa mesma atitude em relação aminha pessoa eu ficaria muito feliz.- Ela terminou com um semblante triste, poxa ela era muito bonita para uma humana, tinha os olhos verdes, cabelos pretos levemente ondulados até a cintura, um corpo bem delineado, se vestia bem, era inteligente.

 

-Que isso Cris, com certeza tem um monte de gatinhos de olho em você.

 

-Quem me dera Nesse, eu nunca nem ao menos beijei na boca. Ninguém me vê assim não.

 

-Isso porque você não permite que eles te olhem de verdade. – Alem de ser a minha única amiga, ela era demais.

 

-Não Nesse, isso porque não tem o que ver. – Ela não tinha muita auto estima, isso eu poderia mudar.

 

-Cris, me conta uma coisa. Você gosta de fazer compras???

-Gostar eu até gosto, mas não tenho muita paciência de ficar escolhendo roupas, ou acessórios.

 

-Pois eu tive uma maravilhosa idéia, espera só um pouquinho. – Peguei o meu celular, aproveitando o momento que o professor ainda não estava na sala de aula, e liguei para a minha tia.

            -Alô.(AL)

            -Alice, eu preciso de um favor. (NS)

            -E o que seria meu anjo. (AL)

            -Preciso fazer umas comprinhas com uma amiga, você pode nos ajudar (NS)

            -Claro, que tamanho ela tem , que tipo de gostos, alta, magra, meio cheinha, cor dos olhos, tipo de cabelo. (AL)

            -Calma Ali, não surta antes do tempo, e é só amanhã depois da aula, liguei só para garantir que você iria. Beijos (NS)

 

Desliguei o telefone e vi uma Cris me olhando ceticamente.

 

-O que foi, minha irmã adora compras.

 

-Nesse, nem sei se vou poder ir, e mesmo se puder a minha mesada não daria nem para o inicio do surto da sua irmã. –Tudo bem que a Alice gostava de surtar, mas ela estava com mais medo de não ter dinheiro para gastar, isso era piada pra mim e com certeza para tia Alice.

 

-Não se preocupe, a Alice pode se controlar, não que eu ache que ela vai fazer isso, mas em todo o caso, ela adora dar uma de estilista e não se preocupa com quem paga a conta.

 

-Isso que eu quero dizer, não tenho dinheiro suficiente pra alegrar a sua irmã.

 

-E quem disse que você vai pagar alguma coisa.

 

-Não quero que pague nada pra mim, eu tenho um pouco, e acho que se eu pedir para a minha mãe ela me adianta alguma coisa. – Não tinha como argumentar com ela ali no meio da sala de aula, mas ela não gastaria o seu dinheiro com roupa nenhuma, pelo  menos não quando saísse comigo e com a Alice.

 

-Tudo bem então, você fala com a sua mãe hoje, e amanhã depois da aula vamos ao shopping, nós três. Você muda o visual, a Alice se diverte e eu fico um pouco mais com a minha amiga. O que você acha?

 

-Sua amiga??? – Ela pareceu indecisa

 

-É isso que somos, não é. Afinal você é a única por aqui que conversa comigo, além da minha família. Então acho que somos amigas.

 

-É acho que sim...Nesse você e sua família são muito ligados não è? – Bom não era bem uma pergunta, mas ela queria respostas.

 

-Sim, famílias com pessoas tão diferentes umas das outras e principalmente do resto do mundo, devem se unir, senão não podem ser uma família – eu queria que ela entendesse, mas não podia contar a verdade.

-Eu entendo, minha família também é unida, mas não é tão grande como a sua. – Senti que ela queria dizer mais alguma coisa, mas neste momento o professor nos interrompeu.

 

-Então Srta. Cullen, poderia nos falar mais sobre o modelo literário utilizado por Bran Stoker, na obra Drácula.

 

-Pois não professor. Assim com a maioria das obras literárias dos séculos 18 e 19, Abrahan Stoker, mais popularmente conhecido por Bran Stoker, utiliza-se de epistolas,  ou seja correspondências narrativas destinadas a outras pessoas, que muitas vezes respondem na mesmo forma, deixando em evidencia estritamente o ponto de vista do personagem que a escreveu. Muito apreciada até hoje por diversos autores, também denota uma série de acontecimentos mundiais, podendo assim o autor trabalhar com momentos diferentes, locais diferentes, tendo em comum apenas o assunto abordado nas epistolas. Aprecio muito esse tipo de obra, mesmo sendo mais complexo o seu entendimento é muito interessante. – Falei tudo calmamente, dando ênfase no meu conhecimento, eu sei que era covardia falar assim com um professor, que era no mínimo 70 anos mais jovem que o meu pai, sem falar no meu avô, que por sinal conheceu pessoalmente Bran Stoker, mas foi ele quem pediu.

 

-Muito bem Srta. Cullen, percebo o seu vasto conhecimento na área literária, mas poderia se manter em silencio, pois nem todos aqui tem a mesma facilidade. – Depois do meu showsinho ele ficou com vergonha. Que dó.

 

-Depois a gente conversa Cris, antes que o Professor de um surto em plena sala de aula.

 

-Ou que resolvam deixar você dar aula no lugar dele, pelo menos voe sabe mais sobre esse tema do que ele. – Depois dessa rimos em silencio.

 

O restante da aula passou bem rápido, acho que o professor ficou com medo de perguntar mais alguma coisa pra quem quer que fosse, por mim tudo bem, não seria um professor qualquer me intimidaria. Sai apressada, mas mantendo o rítimo mais parecido com o dos humanos possível. Quando cheguei no estacionamento o Jack já me esperava ao lado da sua moto, logo que me aproximei, ele abriu o seu melhor sorriso e veio me abraçar.

 

-Oi minha linda... Como foi a aula hoje?

 

-Bom tirando a de literatura, que foi a ultima, foi bem, mas lentas demais.

 

-O que teve nessa aula que a fez diferente das outras?

 

-Bom nessa aula eu conversei um pouco com a Cris, e depois o professor tentando chamar a minha atenção pediu que eu explicasse o modelo literário utilizado por Bran Stoker na obra Drácula, então eu expliquei da melhor forma possível, mas acho que ele não gostou, pareceu meio intimidado.

 

-Isso porque ele nunca tinha visto essa obra pelo ângulo que você colocou – Disse o meu pai entrando na conversa – e por sinal mocinha aula de literatura não é o melhor lugar para ficar de conversa.

 

-Eu sei pa.. Ed – opss, quase me esqueci que aqui ele era o meu irmão – só que a aula estava chata e eu precisava falar com a Cris, afinal ele é a única que fala comigo aqui.

 

-Claro meu anjo, não se preocupe, falar durante a aula é normal, não é Edward – minha mãe veio em meu socorro – afinal não foi assim que nos conhecemos????

 

-É mas não precisava deixar o professor chamar a atenção dela, apesar que a cara dele quando você começou falar não tem preço. – Meu pai fazendo piada, acho que a Convivência com meu tio não esta fazendo bem para ele.

 

-Desde quando você passou a espionar além de ouvir os outros?

 

-Não espionei ninguém, apenas vi a cara dele na mente dos outros alunos, e não é a convivência com o Emm que me faz feliz assim. – Lançou um olhar carinhoso para a minha mãe.

 

-Bom gente o papo ta bom mas estamos perdendo um tampo que é precioso. Vamos Nesse? –Só o Jack para interromper assim e ainda mais com esse sorriso.

 

-Não traga ela tarde, amanhã ainda tem aula e ela precisa descansar.  E por sinal, me faz um favor Jack, já faz três dias que a Nesse não come, então convença-a de se alimentar.

‘’Paiiii, não precisa me tratar como criança.” Meu pai só riu do meu pensamento, é lógico que eu não faria uma cena ali, ainda mais o chamando de pai.

 

-Não se preocupe Edward, antes de sair eu pedi para a Raquel capricha num lanchinho para nós. – E ainda por cima deu uma piscadinha para o meu pai, vê se eu mereço uma coisa dessas.

 

-Ih Jack, eu acho que o Edward prefere a Bella a você. – Só o meu tio para dizer uma coisas dessas a essa hora.

 

-Vamos Jack, antes que me peçam o impossível. –Dei um beijinho em cada um da minha família e antes do Jack dar a partida na moto acenei para a Cris, mas com a intenção que a tal de Jany visse também. Seguimos então para La Push...


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Notas finais do capítulo

Bom se eu continuar assim inspirada mais tarde tem mais...

Por favor comentem...



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