Agatha 29

PDV RAQUEL (INÉDITO E NECESSÁRIO)

Esperei a reunião estar perto do fim para poder conversar mais a vontade com o Embry, apesar do impriniting que sofremos, não havia um nós, ainda. Recebi a noticia que meu noivo estava vindo como uma bomba em minha vida. Já estava decidida a me abrir definitivamente com o Embry, até por que para mim estava fora de cogitação viver sem ele, mas eu esperava ter ao menos uma semana para agir com calma e poder explicar meus motivos. Infelizmente não foi o que eu previ, com a chegada da comitiva logo pela manhã eu tenho poucas horas para poder conversar e fazer com que o meu lobo entenda a minha realidade e meus motivos. Que os deuses me guiem nessa jornada.

Ainda sentada onde eu conversara com a Agatha fiz um sinal para que ele se aproximasse.

-Oi linda o que foi? Estão tão calada e sozinha. – Embry poderia ser um idiota para todo o mundo, mas comigo ele era perfeito, tínhamos papo, pagação e amor, principalmente amor. Nos entendíamos perfeitamente em nossas diferenças.

-Embry precisamos conversar sério. – Falei evitando encarar seus olhos.

-Claro, amanhã sedo eu vou na casa dos Cullen te buscar, a gente dá uma volta e conversa. – Ele estava extremamente calmo, mas eu não. Além disso amanhã é tarde demais.

-Não, não posso esperar até amanhã. Tem que ser agora. – Falei séria, ele pareceu entender a gravidade do assunto, levantou me estendo a mão.

-Então vamos para outro lugar, está muito Cheio aqui. – Peguei Em sua mão sem hesitar, não tinha medos nem receios físicos em relação a ele. A única coisa que poderia me ferir no momento era ele me deixar.

Andamos cerca de quinze minutos floresta a dentro, paramos perto de uma clareira agora iluminada pela lua cheia.

-Aqui está perfeito Raquel, podemos conversar agora. – Embry se sentou numa pedra e sinalizou para que eu fizesse o mesmo, meu coração só faltava sair pela boca.

-Embry quero que antes de tudo você me escute com atenção. – Ele fez que sim com a cabeça. – Nada do que aconteceu entre nós foi planejado, eu te vi, você me viu e tivemos o impriniting. Simples assim.

-Não estou vendo nada demais nisso meu amor.

-Embry eu pedi para escutar, depois você fala. – Não deixei ele contestar. – Quando me tornei alfa o príncipe do meu povo me propôs casamento. – Deixei ele absorver o que eu havia dito para então prosseguir. – A mulher não vez nem voz de onde eu venho. Os casamentos são sempre arranjados, então meu pai acho uma honra sua filha ser cortejada pelo príncipe. Nunca tive alternativa, só me permitiram vir para os Estados Unidos por causa do tratamento, ou eu nunca poderia dar ao príncipe um herdeiro. Está me entendendo?

-Estou você está dizendo que tem um noivo. Vai voltar para ele não é? – Sua pergunta veio cheia de dor, eu queria gritar para ver se entrava de uma vez por todas na cabeça desse lobo que eu não terei vida longe dele, mas me contive.

-Não Embry, não tenho a pretensão de te deixar. Mas logo pela manhã Hernanés chega com sua comitiva e eu não sei o que falar a ele. Só sei que não vou conseguir viver longe de você. – Mesmo no meu estado de desespero não pude deixar de ficar feliz com o sorriso estampado nos lábios do meu amado. Logo em seguida ele me beijou.

-Eu não te deixaria mesmo se me implorasse. Se quiser eu resolvo as coisas com seu noivo, mas não te deixarei só, nunca. Estamos entendidos?

-Você não entendeu, ele jamais irá te ouvir, não se mesmo eu como alfa da alcatéia serei ouvida. – Segurei Para não derramar as lagrimas que inundavam meus olhos.

- O que podemos fazer então? Fugir, vamos essa noite, agora. – Embry tentava se manter calmo, mas sua voz já era de total desespero.

-Fugir não vai resolver, só irá faze-lo ficar desconfiado e mais irritado ainda. Eu tenho que conseguir um tempo sozinha com ele, tentar conversar e ver o que eu consigo dessa forma. Se eu tentar enfrenta-lo será pior, mesmo eu sendo a alfa a ultima palavra é dele. Não teremos chances e eu jamais permitiria que um de vocês saísse ferido por minha causa.

-Você está dizendo que ele pode ordenar uma batalha contra você, mesmo sendo a alfa da alcatéia? – Embry ainda não entendia as nossas diferenças culturais.

-Mas Raquel eu não posso te deixar sozinha com ele, ele pode te fazer alguma coisa, sei lá. – Meu lobo estava cada segundo mais nervoso, mas apenas eu poderia resolver o que estava por vir....

PDV AGATHA

Fiquei tensa quando o Seth terminou de retirar a minha calça, e isso não passou despercebido pelo meu amor.

-Relaxa meu amor, só quero conhecer seu corpo. – Falou com seus lábios quase colados nos meus.

Como eu poderia relaxar no estado em que eu me encontrava? Quase nua numa gruta deserta com um homem maravilhoso me torturando de amor, isso só pode ser uma piada de mau gosto ainda por cima. Masquem disse que ele esperou eu relaxar? Suas mãos ainda brincavam com cada pedacinho do meu corpo ao mesmo tempo que sua boca devorava a minha, eu que não sou boba nem nada deixei me levar pelas inúmeras sensações nova que ele me proporcionava naquele instante.

-Eu te amo Agatha Black... – Seth praticamente recitou as palavras olhando no fundo dos meus olhos.

-Eu te amo Seth. – Não tive tempo de dizer o nome completo dele, mas fui impedida por uma boa causa, seus beijos.

Suas caricias começaram a ficar mais ousadas, não que eu esteja reclamando, longe disso. A cada instante eu ficava mais entregue a ele. Suas mãos desceram para as minhas coxas, apertando levemente, me fazendo gemer alto. Minha mão foi involuntariamente para a sua bunda, apertando com força e arrancando um belo sorriso dele.

-Isso meu amor se solte. – Ele disse ao meu ouvido.

-O que você quer que eu faça? – Perguntei quase num fio de voz.

-O que você tiver vontade de fazer, se solte e faça o que seu coração e seu corpo mandarem. – Minha mão foi imediatamente para o botão de sua calça, abri cuidadosamente, temendo a reação dele. Como ele não reagiu abri o zíper passando propositalmente minha mão no volume expresso na roupa. Seth estremeceu com a minha atitude, senti que estava indo no caminho certo, mas quando eu finalmente iria me livrar da peça de roupa que estava me incomodando fui impedida.

-Se fizer isso não conseguirei me controlar amor. – Ele disse com muito esforço.

-Quem disse que eu quero que se controle? – Perguntei com um sorriso maroto, Seth meio que levantou o corpo rindo, mas quando eu pensei que ele se livraria da maldita calça ele a fechou e voltou para cima de mim.

-É preciso minha linda, você ainda não está pronta e não temos muito tempo. Não quero te amar com pressa. – Continuou me beijando fazendo minha frustração ir pra bem longe de mim.

-E quando eu estarei pronta Seth? – Perguntei sem esconder a minha decepção.

-Logo, logo. – O jogo de tortura recomeçou, e as sensações aumentaram em um nível nunca jamais experimentado por mim antes.

Uma de suas mãos desceu pela parte interna de minhas pernas, me deixando mais apreensiva do que antes. Por cima do fino tecido da minha calcinha ele acariciou minha intimidade, sorrindo com cada reação minha pelas suas caricias. Eu gemi incontrolavelmente, e não estava nem ai se alguém escutasse, mesmo sabendo que dali ninguém escutaria. Ele ousou afastar a peça para me tocar diretamente, fui literalmente ao céu.

-Logo , logo você vai me enlouquecer Seth. E o pior de tudo é que não me deixa fazer o mesmo com você. – Falei tentando ser firme, mas por dentro estava adorando essa tortura.

-Se eu te deixasse fazer o mesmo não conseguiria me segurar, e meus planos iriam por água abaixo. – Falou rindo. Mas de repente ficou sério e se levantou me ajudando e me levantar também. – Temos que ir, não tinha percebido que já era tão tarde. – Falou tristemente.

-Como assim?

-A posição da lua, temos que ir ou seu pai vai notar o nosso sumiço. – Fechei a cara em desaprovação. – Mas eu te prometo que logo voltamos. – Ele beijou o alto da minha cabeça e pegou as minhas roupas me ajudando a me arrumar para voltarmos para a reunião, colocando sua camiseta logo em seguida.

-Vou cobrar Seth. – Falei antes de receber um beijo apaixonado.

-Não terá tempo, eu prometo. – Saímos da gruta e voltamos para a reunião que parecia ainda estar animada. Meu pai entretido com os anciões parece nem ter notado a nossa ausência, minha mãe por outro lado estava impaciente.

-Demoraram. – Ela disse se aproximando de nós.

-Desculpe Nessie, não percebi que já era tarde. – Seth se desculpou mas continuou abraçado a mim.

-Tudo bem, o Jake nem percebeu, mas fiquei aflita. – Minha mãe sorria com o pequeno Andrew adormecido em seus braços.

-Mãe cadê a Raquel? – Perguntei olhando em volta e não encontrando a minha amiga.

-Saiu com o Embry faz uma hora ou mais. Já volto seu pai está em chamando. – Minha mãe nos deixou indo de encontro ao meu pai. Seth me olhava como se soubesse que eu não havia contado algo para ele.

-Pode me falar Ag. – Ele disse me encarando.

-Seth, é algo que somente a Raquel pode dizer ou não, me desculpe amor, mas o segredo não é meu. – Falei manhosa.

Seth entendeu o meu ponto de vista e não questionou mais, ficamos até quase amanhecer aproveitando a reunião, meu pai somente se deu por vencido quando quase todos estavam caindo pelas tabelas de tanto sono, eu é claro que não fazia parte desse grupo, já que eu não dormia, mas Seth estava exausto.

Fomos para casa, dessa vez não permiti que Seth me acompanhasse, ele precisava descansar para poder trabalhar no dia seguinte. Apesar do cansaço estávamos todos felizes com o resultado da nossa reunião. Manter as tradições faz bem a alma e isso é importante. Mesmo com a tranqüilidade pairando em todos os cantos da reserva eu sentia que isso logo mudaria, e de alguma forma não seria para o melhor.