Agatha 28

A presa fez com que chegássemos na gruta em tempo recorde, já no nosso mais novo lugarzinho percebi o motivo da demora do Seth. Ele havia trazido algumas coisas para este lugar ficar mais aconchegante. No centro do ambiente, onde era iluminado agora pela lua cheia que transbordava graciosidade havia uma manta estendida no chão, não tinha nada de luxuoso, mas a simplicidade era magnífica. Ao redor havia mais algumas coisas espalhadas, duas ou três mantas iguais a do centro, uma caixa branca servia como aparador para um castiçal com três velas, que por hora estavam apagadas. Tudo na sua mais sublime perfeição.

-Então meu amor gostou? – Seth me abraçou por trás e falou bem perto do meu ouvido.

-Tem como não gostar? – Respondi com outra pergunta já me virando de frente a ele e o beijando com vontade.

-Então meu amor, você ainda vai gostar muito mais, eu prometo... – Seth declarou antes de tomar meus lábios com ferocidade.

Quando dei por mim já estávamos deitados na manta sob a luz do luar, eu com as costas no chão e o Seth com parte do seu corpo cobrindo o meu. Nada mais importava naquele momento. A luta pela sobrevivência era outra, lutávamos para colocar para fora todo desejo que nos consumia, mais uma vez a camisa dele foi arrancada pelas minhas mãos, que agora tinham vontade própria. 

-Calma meu amor, não vamos apressar as coisas. – Seth disse no meu ouvido no instante que minhas mãos foram para o cós de sua calça. Olhei para ele sem entender nada, o que estava sendo apressado ali?

-Seth, eu não fiz nada. – Falei com a mais pura e falsa inocência. Ele é claro riu.

-Agatha meu amor, não será hoje. – Falou e voltou a beijar minha boca. Espera um segundo? Como assim não será hoje? E tudo o que ele está fazendo é o que?

-O que o Sr. quer dizer com não será hoje? – Perguntei com a voz alterada.

-Meu amor, eu disse que tudo tem o seu tempo certo de acontecer. Não será hoje que chegaremos às vias de fato. – Enquanto falava Seth alternava uma palavra com um selinho, não sei se fico feliz ou se arranco a cabeça dele fora.

-Vai dizer que você só vai me provocar e depois me dizer que temos que ir embora? – Perguntei me afastando um pouco do rosto dele, sabe para não cair na tentação de beijá-lo.

-Não, hoje vamos passar para a fase dois.

-Que fase dois é essa? – Perguntei desconfiada.

-Ag, hoje você está muito curiosa sabia? – Fiz que sim com a cabeça. – Mas eu te amo de qualquer forma. – Então voltou a me beijar sem deixar espaço para nenhuma pergunta a mais.

De repente estávamos tão envolvidos quanto antes, nossos beijos mais quentes, nossas caricias mais intimas do que nunca estivera antes. Sua mão parou na blusinha que eu usava, como se pedisse permissão para avançar, Seth parou de me beijar para me encarar com seus olhos negros de desejo, isso que ele mesmo disse que não seria hoje. Tremi com o pensamento. Continue beijando ele, hora sua boca, hora seu pescoço. Tomando a minha atitude como uma confirmação ele delicadamente retirou a minha blusa, me deixando apenas com o sutiã, sua mão então alcançou um de meus seios me causando uma sensação mais que prazerosa. Gemi incontrolavelmente enquanto ele acariciava de forma arrebatadora, meus gemidos só foram silenciados pelos seus beijos cada vez mais envolventes.

-Seth... – Meu gemido saiu em forma do seu nome no momento que ele retirou meu sutiã e tomou um de meus seios com a boca. Minha respiração que já estava difícil se tornou algo impossível.

-Calma meu amor. – Seth falava de forma sedutora. – Sabe...eu preciso de você respirando. – Não vi, pois estava com os olhos bem fechados, apenas curtindo cada sensação nova, mas senti nas suas palavras que ele sorria ao ver em que estada eu me encontrava no momento.

-Se eu não conseguir mais respirar a culpa será sua. – Falei ofegante. Ao abrir meus olhos percebi que ele realmente sorria.

-Quer que eu pare?

-Não disse isso. – Falei olhando para a cada mais deslavada do mundo, Seth é claro gargalhou com a minha resposta.

-Eu não iria parar mesmo que me implorasse. – Ele disse sorrindo e me beijando vorazmente.

-Você não vale nada Seth. – Falei assim que consegui, sua boca quase nunca deixava a minha e quando deixava era para me enlouquecer.

-Mas você me ama mesmo assim não é? – Nem precisa dizer que não consegui responder pois usa boca já colava na minha novamente.

Um tempinho depois Seth tomou mais uma iniciativa que me tirou o chão. Aos pouco e com uma delicadeza que eu nem sabia que pudesse existir num momento desses ele retirou a minha calça...