Sim para a Paixão escrita por Heloise_Yanki


Capítulo 67
Agatha 21


Notas iniciais do capítulo

Então não demorei muito dessa vez não é?

Então curtam a vontade.



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Agatha 21

Fiquei a noite inteira perdida nos últimos acontecimentos. A Dani e o Fred irão embora pela manhã, ele tinha tirado uma licença de uma semana e não poderia prorrogar por mais tempo ou acabaria perdendo o emprego. Pela manhã nos encontramos na cozinha para o café da manhã.

-Bom dia Fred, bom dia Dani. Como passaram a noite. – Tentei ser o mais cordial possível sem ser muito atirada, afinal o Fred já tinha uma paixão platônica sem eu fazer nada, não queria aumentar a sua frustração futura.

-Muito bem, obrigado pelo convite Ag. – Foi o Fred quem respondeu, pelo que percebi havia um clima estranho entre os dois.

-É um prazer receber vocês aqui. – Eu disse enquanto me servia de suco.

-Espero não estarmos incomodando. – Dani permanecia quieta, sem nem se quer me olhar, a conversa era apenas entre o Fred e eu.

-Você não incomodam de maneira alguma, aliás estou feliz que tenham vindo me procurar. – Falei meio sem querer, só percebi o erro quando os olhos do Fred brilharam mais forte.

-Eu disse ao Fred que era mais simples ligar ao invés de vir atrás de você aqui, mas desde quando esse louco me ouve. – Pela primeira vez a Dani disse algo.

-Para ter certeza Dani, e se não queria vir junto por que não ficou? – Parecia que o clima estava pior do que eu imaginei.

-Não que eu não quisesse te ver Agatha, mas meu irmão é impulsivo demais as vezes.

-A impulsividade faz parte da natureza humana crianças. – Meu avô Carlisle entrou na cozinha no momento da discussão.- Bom dia.

-Bom Dia. – Respondemos em coro, seguido por risos. Logo ele se retirou da cozinha nos deixando novamente a sós.

-Fred então vamos nos arrumar para pegar a estrada, amanhã o dia começa sedo. – Mesmo tentando manter a voz calma a irritação era por demais evidente em sua expressão.

Não demoraram nem meia hora para se prepararem para a viajem, eu os aguardava ao lado do quarto quando novamente ouvi uma conversa privada dos dois.

-Satisfeito agora Fred, já viu a Agatha e sabe que ela está bem. – A minha amiga estava estranha demais para o meu gosto.

-Você sabe que não, isso tudo é muito estranho. Já reparou que ninguém mais comeu nessa casa? Que evitam a gente? E outra se lembra daquele dia no shopping que ela disse que queria ter um irmão...droga Dani ela tem um irmão ou será que ele não é irmão dela??? Isso não vai ficar assim, eu vou descobrir Dani...

-Fred esqueça isso, a nosso vida é bem longe daqui, e você não faz idéia do que está acontecendo, ou acha que está acontecendo pois eu não vejo nada de errado.

-Tenho meus palpites Dani e jamais vou desistir da Agatha. Eu a amo.

-Ele não está nem perto de descobrir. – Meu avô Edward apareceu no meu lado.

-Fico feliz em saber, mas acho que isso é muito estranho. – Falei me libertando das dúvidas.

-Ele quer encontrar algo errado, não é de hoje que ele te ama Ag. – Meu avô me abraçou e ficamos ali nesse momento entre avô e neta. Logos os dois saíram do quarto pronto pra ir embora, acompanhamos eles até o carro e quando fui me despedir do Fred tive que lhe tirar todas as esperanças.

-Esperamos vocês logo por lá. –Ele disse me abraçando.

-Assim que pudermos, mas Fred não fique preocupado. Estou bem aqui, por que aqui é o meu lugar. E tentei fugir de muitas coisas mas elas sempre estiveram dentro de mim. Seja feliz meu amigo. – Dei ênfase na palavra amigo, não poso desiludir alguém dessa maneira, mesmo sabendo que nunca retribuirei o seu amor.

-Ele não é para você Agatha, mas quero que saiba que independente do que vier acontecer aqui, sempre poderá contar comigo. – Me despedi da Dani também, assim que eles ficaram fora do nosso campo de visão pude respirar aliviada, pelo menos um dos problemas acabou ou pelo menos se distanciou.

-Eles não vão voltar tão cedo Agatha, não se preocupe com isso. – Meu avô conseguiu me tranqüilizar, mas mesmo assim a duvida estava no ar...Ao menos para mim.

Fazia horas que eu não via a minha mãe, além disso eu precisava tirar satisfação do plano maquiavélico que a minha família havia montado contra mim.

-Não seja dramática pequena, todos queremos o seu bem. – Meu avô voltou com a mania de respondes pos meus pensamentos. – Não é pelos pensamentos é em defesa de todos. – Cínico. Pensei em resposta.

Minha mãe estava na sacada do quarto dela deitada numa poltrona lendo um livro, cheguei de mansinho, mesmo querendo eu não poderia assusta-la.

-Mãe. – Resolvi chamar, antes que ela se assustasse comigo. Ele se voltou para mim com um sorriso estampado na face.

-Ag, estava com saudades. – Ela se levantou com um pouco de dificuldade e me abraçou.

-Eu também, mas não adianta fazer essa carinha de inocente, não vai escapar da bronca Sra. Black. – Falei séria e ela gargalhou. Acabou por eu nem dar a bronca que ela e os outros mereciam.

No meio daquele noite enfim eu pude ir novamente ver o Seth, entre silenciosamente em seu quarto, como sempre eu fazia. Mas diferente das outras vezes eu não fiquei apenas observando, pelo contrário eu o beijei fazendo acordar meio que no susto. Coloquei o dedo indicador nos lábios dele para que ele não dissesse mais nada, não era preciso. Então nos beijamos novamente, com mais vontade do que nunca.

-Pensei que não viria mais meu amor. – Ele disse ainda sonolento.

-Desculpe, mas eu tenho que ter cuidado. – Falei me sentando em seu colo e dando um selinho nele.

-Eu sei, mas é que senti a sua falta. – Ele disse manhoso. – Sabe senhorita temos que conversar algumas coisas. – Agora seu tom era bem mais sério.

-Concordo, mas antes quero mais um beijo. – Nem foi preciso dizer duas vezes.

-Agatha por que você sumiu?

-Perguntinha difícil essa em Seth, não dava para começar com uma mais fácil não? – Tentei brinca para ver se amenizava o clima de tensão, mas não adiantou. – Eu vi você conversando com uma garota na frente da sua casa, e pelo teor da conversa acabei entendo que ela estava grávida e que você seria o pai. Eu não poderia competir com um filho e jamais me perdoaria se uma criança crescesse sem o pai Seth.

-Raquel...

-É agora eu sei que você apenas a ajudou a encontrar o meu avô, mas na hora eu não consegui pensar direito então fiz a coisa que me pareceu mais correta. – Falei com sinceridade.

-E depois, por que não me deu uma chance?

-Eu não tive coragem, sabia que se eu te visse mais uma vez o amor que eu sinto falaria mais forte que a minha convicção de estar fazendo a coisa certa. Quando eu percebi o meu erro imaginei que você nunca fosse me perdoar.

-Agatha eu nunca deixei de pensar em você. – Ele falava olhando em meus olhos, não tinha como não acreditar em suas palavras.

-Hoje eu sei disso, mas eu tinha medo de quando eu viesse falar contigo você simplesmente se afastasse de mim, ou pior, dissesse que não me perdoaria. Isso seria o meu fim Seth. – Admiti sem medo.

-Eu entendo Ag, o que importa é nada mais vai nos separar. – Ele disse já com a boca colada na minha.

Ficamos mais um tempinho namorando, aproveitando a noite para curtir um ao outro. Antes do amanhecer eu tive que me despedir do meu amor.

-Seth daqui a pouco vai amanhecer e você mal dormiu esta noite, então eu vou indo. – Dei um selinho nele e fui me levantando quando ele me puxou de volta e me deu um beijo de tirar o fôlego.

-Isso é um beijo de despedida. – Falou com um sorriso travesso nos lábios. Admito que estou adorando essa nossa nova fase.Voltei para casa, mas deixei meu coração com ele.

Duas semanas se seguiram, minha mãe estava prestes a dar a luz segundo cálculos do meu avô, a tensão era palpável entre todos, mesmo com o dom do tio Jazz em constante uso. Talvez apenas três ou quatro dias nos separavam do lindo rostinho do meu irmãozinho ou irmãzinha, afinal de contas ninguém faz a mínima idéia do que seja. Todas as noites eu passava no quarto do Seth, as vezes conversando, as vezes só observando ele dormindo, pois é, é triste ficar a noite inteira acordada ao lado de alguém que tem que dormir, mas fazer o que ele tem seu lado humano não é mesmo?

Hoje ao retornar da casa do Seth fui direto ao chalé dos meus avós, queria saber mais sobre o real estado da minha mãe, afinal adultos sempre tentam poupar as crianças de preocupações, isso que eu nem mesmo me pareço com uma criança. A preocupação geral, o que lês estavam tentando me esconder, é a respeito do crescimento do bebe, eu nasci com nove meses de gestação e cheguei à maturidade com um ano, esse bebe terá aproximadamente quarenta dias de gestação se o crescimento dele for comparado ao meu, na mesma proporção, ele chegará à maturidade com cerca de 55 dias. Ao mesmo tempo que eu me sentia melhor por estar digamos assim por dentro das novidades eu também estava preocupada com esse crescimento, eu nem sequer tive infância.

Resolvi voltar para a casa dos meus avós antes da minha mãe acordar e quem sabe preparar um café da manhã especial a ela. Mas conforme eu fui me aproximando da casa ouço a voz da Leah e do meu pai. O que será que está acontecendo? Me aproximo mais ainda, já tendo os dois no meu campo de visão.

-Jake é serio, a Agatha está enlouquecendo o Seth, você tem que fazer alguma coisa.?- A Leah estava visivelmente transtornada, e isso não era nada bom para mim, muito menos para o Seth.

-Leah você está exagerando, tenha calma por favor. – Meu pai permanecia sereno quando me viu.

-Está vendo o que eu disse Jake. Ela passa a noite inteira lá em casa. E isso já faz tempo que está acontecendo. Agora ele não quer mais se transformar. – Ela, a cada palavra ficava mais nervosa. Talvez se eu tivesse um irmão sofrendo por amor também desejaria matar a talzinha que feriu os sentimentos dele.

-Agatha, você tem algo a falar? – Meu pai perguntou na mais completa calma.

-Não. – Falei friamente olhando a minha cunhada nos olhos de maneira totalmente intimidadora.

-Você não o merece Agatha, o Seth é um garoto puro, especial. E você jamais será mulher para ele. – Ela praticamente cuspiu as palavras em cima de mim.

-Pode parando por ai Leah, reclamar das atitudes da Agatha tudo bem, mas insultá-la em minha frente eu não vou permitir. – Meu pai falou autoritário.

-Então faça alguma coisa, eu já não agüento o cheiro dela impregnado pelo quarto do Seth todo dia. Olha Jake eu só não faço um escândalo ou coisa pior pois respeito a condição da Renesmee – Você já ficou com vontade de arrancar a cabeça de alguém fora? Mas aquela vontade que você tem usas as duas mãos para segurar uma a outra ou elas criam vida própria e fazem o serviço? Pois é estou literalmente me segurando para não arrancar a cabeça dessa ... melhor não dizer o que ela é ou poderei ofender alguém.

-Tudo bem, você já fez a sua parte pode ir. – Meu pai disse com tom de fúria contida. Agora sim que eu tô #$@%¨T%&%#¨%#. Ele olhou para mim, esperando a minha reação. – Acho que teremos que conversar não é mesmo Agatha?

-Se você diz. – Me fiz de desentendida. Nesse momento o Seth apareceu correndo desesperado.

-Jake eu posso explicar, a culpa não é da Agatha eu que a beijei. – Deus o Seth não fez isso fez??? Se entregar assim de mão beijada ao meu pai é pedir para morrer.Meu pai lançou um olhar que se olhar matasse teríamos um corpo esticado no chão.

-Quando você a beijou? – Meu pai perguntou se virando para o futuro defunto e erguendo uma sobrancelha. Acho que neste momento ele se deu conta da bola fora pois ele ficou mais branco que os vampiros da minha família.

-O que a Leah disse para você? – Seth fez de conta que não tinha dito nada, mas a sua expressão o condenava, ainda mais ele a cada segundo lançando olhares para mim.

-Quando você a beijou Seth? - Eu e o Seth permanecemos em silencio, não havia mais nada que nos redimisse. – Responda Seth quando a beijou...ou melhor desde quando estão juntos? – Meu pai desviou o olhar do Seth para me encarar, estava visível demais a nossa ligação neste momento, a cumplicidade estampada em nossas faces. – Será que eu terei que usar um comando de alfa com você Seth?

-Desde o dia em que conversamos lá na sua casa. – O Seth admitiu sem encarar os olhos do meu pai. A tensão estava no ar, meu coração parou de bater, só escutávamos os corações do meu pai e do Seth, bem como suas respirações. O coração do Seth era o mais rápido e descompassado. Meu pai soltou um suspiro pesado.

-Quando vocês pretendiam assumir, se é que pretendiam algo. – Meu pai perguntou sem um pingo de humor. Eu nem ousei encarar a fera, mas o Seth o fez e olhando dentro dos olhos do meu pai afirmou.

-Logo depois do nascimento do seu filho, assim não causaríamos transtornos
à Nessie que está num momento muito delicado. – Seth se postou ao meu lado colocando o braço em volta do meu ombro dando em seguida um beijo no alto da minha cabeça, me passando força e coragem, o que mais me faltava no momento.

-Entendo... – Meu pai disse seguido por uma longa pausa. – Você é muito corajoso garoto, tenho que reconhecer isso.

-O amor me dá coragem Jake. Você também ama e faria o mesmo. – Seth se mostrava decidido e confiante.

-Talvez ... não sei se posso te garantir, nunca passei pelo que vocês dois passaram. Eu sei o quanto sofreram, eu vi. O que me surpreende é a forma com que esconderam de todos, mesmo dando pistas.

-Como assim dando pistas pai? – Finalmente me pronunciei perante a situação.

-Agatha, vocês estavam felizes demais para quem não tinha mais esperança. Os sorrisos bobos do Seth o dia inteiro na oficina, mesmo com cara de zumbi de tanto sono ele sorria para todos. E você sempre ficava no canto pensativa, suspirando. Não é preciso ser um gênio para notar que algo estava diferente.

-Só não entendo o porque do Edward não ter me dito nada a respeito disso. – Meu pai disse pensativo, logo meu avô estava ao lado dele.

-Desculpe Jacob, mas isso eu não sabia. – Meu avô disse com sinceridade.

-Como não sabia, você pode ler a mente deles. – Meu pai disse ceticamente.

-Simples, a Agatha sabe bem controlar os pensamentos, diferente de outras pessoas que eu conheço. E o Seth mal estive por perto. – Meu avô deu uma piscadela para mim que retribui com um sorriso.

-Agatha, Seth eu não vou mais interferir no relacionamento de vocês. Sei fui o causador de muita dor aos dois, mas quero que respeite a minha filha ou não respondo por mim garoto. – Espera um pouco, meu pai nos permitiu namorar? Assim sem briga nem nada? Eu olhava para o meu pai sem entender nada, assim como o Seth. Vovô Edward tinha a expressão divertida mas logo saiu de cena, veio apenas se defender da acusação do meu pai.

-Não se preocupe Jake, a Agatha é a minha vida jamais faria nada que a prejudicasse. - O meu lobinho estava mais a vontade, mas ainda abraçado com força a mim.

-Eu sei disso, até porque se fizer algo que me desagrade fica sem a cabeça. – Meu pai respondeu num tom de ameaça. – E você senhorita Agatha sem expedições noturnas no quarto do Seth a partir de hoje, eu só permitia por que achava que eram apenas amigos.

-Como assim?...Quando? Quem??? Vovô Edward. – Conclui por mim mesma, meu pai apenas sorriu. – Ele é mesmo um fofoqueiro de primeira.

-Ele fez o que achava certo, eu sou seu pai deveria saber onde você anda mocinha. – Suspirei.

-Tudo bem. – Eu disse desanimada. Pelo visto ainda teríamos muitas provações pela frente, mas só em saber que o Seth estará ao meu lado fico mais tranqüila, quem sabe a batalha não esteja totalmente perdida, afinal de contas meu pai nos autorizou a namorar, um probleminha a menos em nossa tão conturbada vida...

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Momento de perguntas e respostas dos Personagens, para participar é só enviar a sua perguntinha e no proximo cap terá as respostas.

Kizyza (Sua pergunta anterior acabou sendo respondida no decorrer deste capitulo, mas continue questionando os personagens.)

Seth e agora o que você vai fazer?

SETH: Eu? Não tenho a nada mais a fazer, apenas curtir e muito a mulher da minha vida.


E você Fred?

FRED: Pela Agatha eu vou até o fim do mundo, se esse ai acha que já tem tudo garantido que me aguarde, a Agatha vai ser minha.


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Notas finais do capítulo

Então o que acharam?
Mereço comentários????

Bjinhus

Helo Yanki



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