Sim para a Paixão escrita por Heloise_Yanki


Capítulo 68
Agatha 22


Notas iniciais do capítulo

Desculpe mais uma vez pela demora....

Aproveitem...



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Agatha 22

Meu pai permanecia em silencio enquanto entravamos em casa, a minha família toda reunida na sala esperando pela confirmação da nossa atual situação, não que eles não estejam sabendo, tenho certeza que o vovô Edward colocou todos a par dos últimos acontecimentos.

-Olá gente. – Seth entrou em casa abraçado a mim com um sorriso de orelha a orelha, meu pai logo atrás mais sério.

-Então acho que vocês têm um comunicado a fazer. Vai em frente Seth. – Meu pai deu um tapinha no ombro do Seth se colocando em nossa frente junto com o resto da família.

-Bom gente, é que enfim eu e a Agatha estamos namorando e com o consentimento do Jake, agora só falta o consentimento da Nessie. – Olhamos para a minha mãe que era quase imperceptível atrás daquele barrigão enorme.

-Vocês sempre terão o meu apoio. – Ela disse num sorriso. Recebemos os parabéns de toda a família, ninguém havia ficado contra nós, e isso era de extrema importância, principalmente depois de tudo o que passamos com a distancia.

Comemorei em silêncio, mas aproveitei para curtir o meu namorado. Já era tarde da noite quando o Seth foi embora. A noite estava linda, a lua cheia iluminado o céu, sentei no jardim nos fundos da casa e fiquei apenas observando. Logo senti a presença do meu avô ali bem do meu lado.

-Fofoqueiro. – Eu Disse sem olhar para ele. Escutei a risada quase que silenciosa do meu avô.

-Era necessário, o Jacob como pai merecia saber. Desculpe. – Ele falou sinceramente.

-Tudo bem, é que eu não esperava uma reação tão amena do meu pai sabendo do que eu fazia durante a noite.

-Até onde eu sabia você não fazia nada além de velar o sono do Seth. Agora me pergunto como conseguiu esconder isso por tanto tempo Agatha, eu sei que consegue controlar os pensamentos quando estou por perto já faz tempo, mas controlar as emoções e os pensamentos mesmo aquele dia com o Seth por perto? – Meu avô parecia realmente intrigado com isso, mas ele merecia uma explicação.

-Vovô eu percebi que nem sempre os nossos pensamentos são agradáveis, eu jamais me perdoaria por te contaminar com tamanha tristeza que eu estava. O controle vem junto com a disciplina, a partir do momento que eu percebi que isso afetava você me dei conta da importância de me conter em determinadas situações. E tirando o fato de ter ficado com vontade de beijar o Seth no dia que o Fred bateu nele e eu tenho certeza que você não aprovou, nada que se referia ao nosso namoro eu deixei passar além de mim. – Olhei em seus olhos e com um sorriso continuei. – Apesar de esconder de todos o que eu sentia e pensava ficava guardadinho aqui dentro. – Coloquei a mão sobre o meu coração. Meu avô me abraçou feliz, assim como eu estava. Instantes depois ouvimos um grito, minha mãe...

-A Nessie... – Meu avô disse praticamente voando em direção ao quarto dos meus pais.

-O bebe... – Falei baixinho seguindo ele de perto.

Chegamos no andar de cima, onde ficava o quarto dos meus pais e toda a família já se reunia à porta. Vovô Carlisle na frente batendo na porta, meu pai apareceu na porta escancarando-a com a minha mãe ensangüentada nos braços, abrimos passagem. Mia uma vez a casa havia sido transformado num centro cirúrgico, o parto foi rápido e tranqüilo, cerca de meia hora de pânico e veio a confirmação: Eu ganhei um irmãozinho. Entrei no quarto onde minha mãe estava deitada com o pequeno bebe nos braços, meu pai sentado ao lado e o resto da família em semi circulo em volta da cama.

-Mãe. – Eu disse emocionada ao vê-la tão feliz com o pequeno bebezinho nos braços, em resposta ele indicou com a mão um pedacinho da cama ao seu lado, mais que de pressa me sentei junto a ela para poder ver melhor o meu irmão.

-Ele não é lindo filha. – Meu pai disse com os olhos cheios de lágrimas.

-É mais que lindo pai. – Senti meus olhos se encherem de lágrimas também. O bebe era com certeza a mais bela criatura que eu já tinha visto, mas algo nele me chamou a atenção. Meu pequeno irmão me olhava intensamente nos olhos e ali, na imensidão castanha de seus olhos eu vi algo que com certeza jamais eu esperaria.

Uma moça bonita que reconheci sendo a Cris, ex namorada so Seth, pulando em frente ao Seth para protegê-lo de uma luz que saia do meu irmão, ao lado eu vi o desespero da minha mãe,...isso não fazia sentido...ou será que fazia? O bebe tocou levemente a mãozinha em mim, a nossa família estática sem ao menos entender o que se passava ali, nem mesmo meu avô que lia os nossos pensamentos tinha idéia do que realmente se passava ali. De repente imagens de duas crianças brincando num lindo jardim, reconheci os meus olhos nos olhos da garota, assim como os do bebe nos olhos do garoto, essas imagens que eu via refletida nos olhinhos do meu irmão desencadearam em mim uma séria de lembranças...Lembranças de uma outra vida...

Uma estranha sensação me dominou, deixei meu corpo escorregar ficando de joelhos no chão. Eu não via nada na minha frente a não ser as imagens que surgiam em minha mente. Então tudo ficou claro, e pela primeira vez eu tinha uma certeza a ultima promessa que eu fiz antes de morrer eu havia cumprido... Eu voltei para o meu Seth, e agora meu irmão havia voltado para o meu lado. Um sorriso brotou em meus lábios, a felicidade tomou meu coração e como num passe de mágica eu entendi que por mais difícil que seja a nossa vida sempre há um meio de nos fazer entender que vale a pena viver apesar de tudo.

Peguei o embrulho dos braços da minha mãe e depositei um beijo singelo no alto da cabeça do meu irmão. Vi a emoção dos meus pais e a compreensão do que tinha acontecido, vovô Edward chamou todos os presentes para explicar o fenômeno, mesmo sem querer acreditar. Eu fiquei com meus pais no quarto.

-Agatha, você quer escolher o nome dele? – Minha mãe me perguntou

-Posso? – Perguntei olhando meus pais e ainda com o bebe no colo.

-Claro Agatha. – Foi o meu pai quem respondeu. Bem escolher um nome para uma criança não é nada fácil, afinal de contas será o nome que ele levará para toda a eternidade, segundo as vagas informações de minha mais recente lembrança o meu irmão, na outra vida não gostava nada do no me Carlos, e como da outra vez nossos nomes começavam com a letra ‘c’, e agora meu nome é com a letra ‘A’ quem sabe...

-Andrew... o nome dele será Andrew. – Falei esperando pela aprovação dos meus pais.

-Lindo nome Agatha. – Minha mãe disse, completando com algo a mais que no entanto eu nem mesmo escutei.

-Ele nunca gostou de Carlos, quem sabe desse ele goste. – Falei sem tirar os meus olhos dos pequenos olhos do Andrew.

-Você se lembrou de tudo Agatha? – Meu pai perguntou com um certo receio.

-Algumas coisas da minha outra infância, de algumas pessoas daquela época. Não tudo com certeza há ainda muitas coisas para eu lembrar. Caso eu lembre. – Falei observando cuidadosamente o semblante preocupado dos meus pais. – Mas nem que eu me lembre de tudo, de outras vidas antes daquela, vocês jamais deixarão de ser meus pais e as pessoas que eu mais amo no mundo. – O aspecto preocupado passou imediatamente para o de felicidade assim que eu afirmei que nunca deixarei de ama-los.

-Obrigada filha. – Minha mãe disse sem conter as lágrimas que rolavam por sua face.

Na tarde que se seguiu meu irmão e minha mãe receberam muitas visitas, no entanto a que mais me impressionou foi a Leah, a minha querida cunhada. O pior não foi isso, o pior de tudo mesmo foi a expressão dela quando colocou os olhos no bebe, ela parecia perdida em outro mundo...

-Fala sério esse negocio de impriniting com essa família é castigo, nenhum dos meus sobrinhos se salva não? – Se você pensou que é a tia Rose ...bem acertou, mas admito que quem não gostou nadinha disso fui eu.

-Rose não adianta implicar com isso, já imaginávamos que seria algo assim. – Meu avô disse num tom brincalhão.

-Nessie eu posso segura-lo? – Leah perguntou para a minha mãe sem tirar os olhos do  meu irmão.

-Claro. – Minha mãe respondeu estendendo o embrulhinho para ela.

Leah Pegou o pequeno Andrew nos braços, estávamos todos na sala, devido sua condição vampirica minha mãe se recuperou mais uma vez rapidamente do parto. Seth estava abraçado a mim no sofá ao lado do que a minha mãe ocupava, Leah estava em pé com o bebe no colo, e assim permaneceu por longos minutos. Não me segurei levantei num átimo e quase arranquei meu irmão dos braços da lobo idiota que tanto me prejudicou.

-Já deu ne Leah, deixe eu cuidar do meu irmão agora. – Falei entredentes me segurando para não arrancar a cabeça oca dela.

-Agatha. – Minha mãe me repreendeu. – Olhe os modos menina.

-Desculpe mãe, mas as vezes é difícil se segurar. – Falei encarando Leah.

-Eu sei exatamente o que é isso. – Me respondeu seria. O clima ficou muito tenso naquele momento, ela deveria mesmo saber como eu me sentia, mas nunca deu a mínima para o que acontecia entre eu e o Seth.

-Agatha amor, se acalme. – Seth me abraçou por trás. – Leah acho que já está na hora de irmos embora não é? – Ele disse para a irmã que estava com cara de poucos amigos.

-Claro a Nessie precisa descansar. Posso voltar mais vezes Nessie?- Perguntou à minha mãe mais uma vez ignorando a minha presença.

-Claro que pode Leah, ainda não sei quando voltamos para casa, mas é bem vida em qualquer lugar. – Leah me deu um risinho irônico que só me fez rosnar. – Assim como você Seth, já fazem parte da família.

Deus se ser cunhada da Leah já é um castigo imagine ser cunhada dela duas vezes...ninguém merece.

-Amor eu vou indo, depois a gente conversa. – Seth se despediu de mim com um selinho e se foi rebocando a irmã.

-Agatha, você tem que entender o que se passa com ela. – Meu pai disse ainda rindo por causa da minha reação.

-Eu sei pai, mas o que ela fez não tem perdão. Quem deveria entender era ela, eu amo o Seth. – Meu pai continuava com uma expressão divertida.

-Mas ela ainda não tinha conhecido o Andrew Agatha, tenha paciência, você terão que aprender a conviver numa boa, por bem ou por mal. – É eu sei disso, por que além dela ser irmã do Seth ela teve um impriniting com o meu irmãozinho, é muito castigo para só uma pessoa.

Depois da triste confirmação do destino nada mais me surpreende, hoje meu irmão está com duas semanas de idade e ao que tudo indica seu crescimento será igual a de um humano, meu avô Carlisle acha que a magia ficou comigo e ele é cem por cento humano, mas ainda temos nossas duvidas quanto a isso. Seth vem me ver todos os dias, agora temos um pouco mais de liberdade, já que voltamos para a nossa casa. Mesmo assim todas as noites ele tem que trazer a sua doce irmã a tira colo.

Em uma de nossas conversas contei o que se passou quando o Andrew me mostrou algumas coisas, e quem sabe a confirmação de que eu sou a reencarnação da Cris, isso as vezes ainda me incomoda, mas ao Seth parece que não tem efeito nenhum, como se não importasse. Agora estou esperando meu lobinho chegar,...

-Agatha tem uma moça querendo falar com você. – Minha mãe com o Andrew no colo me chamou na porta do quarto. Até então eu não tinha reparado no cheiro diferente que estava no ar. Desci rapidamente as escadas me deparando com a Raquel sentada na sala, provavelmente me esperando.

-Olá? – Chamei a atenção dela.

-Oi... – Se levantou e vindo em minha direção estendeu a mão para me cumprimentar. – Sou Raquel Wood, nos falamos outro dia por telefone.

-Olá, sente-se – Falei apontando o sofá que ela já estava. – A que devo a sua visita. – Tentei me manter cordial, pois se ela soubesse o que eu passei por causa de uma mal entendido que envolvia ela... não quero nem imaginar.

-Bom eu queria em primeiro lugar lhe dizer que sinto muito sobre o mal entendido que ocorreu há alguns meses atrás. – Ela deu uma piscadinha, entendi que esse assunto não se estenderia. – E bem na verdade eu queria te pedir um favor se não fosse considerado um abuso. – Ela disse cautelosa.

-Tudo bem quanto ao mal entendido, hoje já está tudo resolvido e a culpa nem foi sua. – Falei mantendo o contato visual direto. – E quanto ao favor verei o que posso fazer.

-Bom Agatha por causa de uns exames que terei que fazer e outros testes que o Dr. Cullen propôs irei ficar umas semanas pela região, então pensei que você poderia me mostrar o lugar, se não for te incomodar.

-Claro que não, te mostro com prazer. – Ela era muito simpática, realmente se eu tivesse dado uma chance de aproximação naquela noite muitas coisas seriam diferente agora.

Conversamos bastante, ela me contou que era estranho ser alfa sendo mulher, sempre soubemos de casos que os lobos são homens, a única exceção era a minha cunhada Leah, mas também não tínhamos contato com outras alcatéias.

Nessa noite a minha cunhada não veio, tinha ronda a fazer e meu pai não a dispensou reforçando a responsabilidade que ela tinha com a tribo. O Seth me ligou dizendo que viria mais tarde para me dar boa noite, iria trabalhar até tarde com o meu pai para colocar os serviços em dia, muita coisa atrasou por conta da gravidez da minha mãe. Raquel passaria as noite na casa do meu avô então combinamos que na manhã seguinte eu a levaria para fazer um tour pela reserva. Essa prometia ser uma grande e verdadeira amizade nascendo entre mim e a Raquel, além de uma ótima oportunidade de conhecer outras culturas e outros povos desconhecidos até então...


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Notas finais do capítulo

Então mereço comentários???

Bjinhus

Helo Yanki



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