Sim para a Paixão escrita por Heloise_Yanki


Capítulo 65
Agatha 19


Notas iniciais do capítulo

Desculpe pela demora...sem recados quilométricos hoje...aproveitem.



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Agatha 19

Sai do banho revigorada, minha mãe estava sentada na minha inutilizada cama provavelmente me esperando.

-Agatha, o que foi aquele interrogatório com o vovô? – Perguntou inquisitiva.

-Nada demais, só queria entender algumas coisas. – Falei como se não tivesse importância.

-Não tente esconder as coisas de mim Ag, eu sei que teve um motivo por de trás daquilo, mas se não quiser me falar tudo bem. – Ela disse num tom tristonho enquanto se levantava, não resisti e a chamei de volta.

-Mãe, eu... – Como dizer toda a verdade que eu escondi por meses? – Eu me enganei..o Seth ele não tinha outra em sua vida. – Admiti sem contar a história toda.

-E você foi se dar conta nove meses depois? – Perguntou sentando novamente me minha cama.

-Acho que sim...

-Agatha, tava na cara dos dois que tudo isso não passava de uma confusão. Agora é a hora de você ir até ele e colocar todos os pontos nos i’s, não acha? – Minha mãe tinha razão, mas o Seth jamais iria me perdoar, não depois de tanto tempo sem nem sequer um telefonema.

-Talvez não seja a melhor hora mãe. Quem sabe depois que o bebe nascer, eu esteja mais tranqüila e seja capaz de me abri com o Seth. – Falei analisando as minhas opções.

-Você é quem sabe querida, são mais algumas semanas de sofrimento por nada. Mas não vou insistir em nada. – Ela me beijou na bochecha e saiu sem olhar para trás. Talvez ela tenha razão, mais sofrimento a toa, o problema era o meu coração que não entendia a razão por trás da emoção.

Preferi passar a tarde em meu quarto a passa-lo ao lado da minha mãe que deu para me olhar com cara de quem vê a minha alma amargurada por de trás dos meus sorrisos, e isso com certeza não me faria nada bem hoje. A noite chegou rapidamente, resolvi que não iria falar com o Seth até o meu irmão nascer, mas também seria difícil ficar sem vê-lo todo esse tempo. Meus pais já estavam dormindo quando me retirei em direção à casa dele.

Mais uma vez o encontrei dormindo, coberto apenas com um lençol, mas uma coisa diferente em seus rosto...ainda estava úmido, poderiam ser lágrimas. Cheguei mais perto e sem perceber toquei a sua face com a ponta dos dedos, colocando-os logo em seguida na minha boca, salgado, o gosto era salgado. Sem duvidas eram lágrimas, mas qual o motivo de encontra-las ali, na face mais bela que deus colocou no mundo? Sem hesitar toquei de leve seus lábios com os meus, no que seria um selinho, mas sem o retorno. Quando resolvi que finalmente era o momento de me levantar e sair dali antes que eu acabasse por cometer uma loucura, silenciosamente fui me levantando om um braço forte me segurou.

-Me perdoe Agatha. – Agora não tinha mais volta eu teria que encara-lo. Subitamente ele se sentou na cama, sem soltar o meu braço. Ele Segurava firme, mas com um leve puxão eu me soltaria, pena que meu corpo não tinha forças contra o sentimento que me apoderava naquele momento.

-Não tem o que te perdoar Seth. – Falei quase num sussurro sem conseguir encarar seus olhos.

Baixei minha cabeça decidida a sair dali mas ele se levantou me segurou pela cintura e me beijou.Não foi como os outros beijos, esse era urgente, fervoroso e mais apaixonado do que nunca. Minhas mãos imediatamente foram para o seu pescoço, me deixei levar. Senti o chão saindo de debaixo dos meus pés, nada mais existia. Eu passei meses achando que o Seth não me amava, o que em apenas um beijo ele me provou ser mentira. O amor que sentíamos era evidente em cada toque, em cada olhar, em cada gesto. Mas eu não poderia me permitir ir além, não sem antes poder concertas as coisas entre nós. Muito a contra gosto me afastei e ainda sem conseguir olhar em seus olhos.

-Seth, isso não está certo eu tenho que ir. – Falei notando que o dia estava quase amanhecendo.

-Precisamos conversar. – Ele disse tentando me prender ali com ele.

-Quando anoitecer eu volto. – Falei já na janela.

-Promete? – Era uma súplica e isso acabou comigo.

-Tem a minha palavra. – Antes de sair ele me deu um singelo beijo, foi na bochecha, mas foi agradável tenho que admitir.

Sai correndo sem saber direito para onde eu estava indo quando cheguei no chalé dos meus avós, e é claro que meu adorado avozinho me esperava, não havia nada a ser dito, ele viu em meus pensamentos o que estava acontecendo. Me joguei em seus braços, sendo abraçada pela minha avó quase que imediatamente e me permiti chorar, chorei por tempo indeterminado, quando dei por mim o sol estava alto, e eu deitada no quarto que pertencera a minha mãe.

-Agatha não deixe seus medos te impedirem de ser feliz. – A minha avó estava comigo em seus braços.

-Vovó você tem noção de que quando meu souber que eu e o Seth nos beijamos novamente tem alguém que vai ficar sem a cabeça. – Eu não podia deixar as coisas chegarem nesse ponto, não enquanto a minha mãe ainda está fraca por causa do bebe.

-Deixe que com o Jake eu me entendo, não pense nos outros. – Meu avô estava sentado na cama ao lado da minha avó, os dois cuidavam de mim como se fosse filha deles. – Você é nossa neta meu anjo, e enquanto teus pais estão preocupados demais com a chegada do bebe estamos ajudando como podemos.

-Obrigada, eu sei que está sendo difícil para todos essa gravidez da minha mãe, bem por isso que eu não quero trazer mais uma preocupação.

-Eu juro que se eu não tivesse visto você nascer teria certeza que era algum tipo de alma gêmea a do Edward. – Minha avó disse fazendo piada.

-Quem sabe não seja porque parte de mim venha do vovô, assim como parte de mim vem de você vovó. – Falei rindo, um pouco mais leve depois de derramar as tão esperadas lágrimas.

-Tem razão meu anjo, somos parte de você assim como você se tornou parte de nós. – Minha avó parecia perdida em algum pensamento. – Bella o que você está pensando amor? – Vovô perguntou, ele não gostava muito do fato de não poder ler a mente da minha avó.

-Nada demais, só que eu tenho que resolver umas coisinhas com o Jake. – Ela olhou sugestivamente para o meu avô, que pareceu entender perfeitamente o que estava rolando, eu continuei na mesma. – Agatha, esquece o seu pai por um momento, o que VOCÊ tem vontade de fazer em relação ao Seth?

-Sinceramente não sei, talvez se não houvesse a questão dos inço anos imposto ao meu pai eu conversaria com o Seth, tentaria me entender com ele. Não sei bem, todas as minhas alternativas estavam preparadas para a fúria do meu pai. Agora que sei que foi tudo uma grande confusão da minha cabeça, queria ao menos ter de volta o meu amigo, para quem sabe no futuro conquistar o seu amor. – Novamente as lágrimas rolaram pela minha face.

-Agatha, eu já disse que com o Jake eu me resolvo. Sabe sempre pensei no Jake com imaturo, mas ele passou dos limites. Você é bem mais madura e resolvida que a Nessie quando começou a namorar o seu pai. Essa história de vocês terem que esperar só trouxe sofrimento a todos nós. – Minha avó descarregou de uma só vez.

-E é por isso que eu não posso fazer nada, meu pai vai enlouquecer, minha mãe já está fragilizada. Só posso esperar até no mínimo meu irmãozinho nascer. – Falei convicta.

-Você é quem sabe, não podemos te convencer de nada nesse momento. Mas você deveria se preocupar mais com a sua felicidade do que com o resto. – Vovô falava enquanto se levantava e se retirava do quarto.

-Vovô... – Chamei e ele se virou para onde eu estava. - A minha prioridade nesse momento é a minha mãe, o resto é resto. E ela não pode ficar nervosa nem nada no momento. – Meu avô não respondeu, apenas se retirou do quarto me deixando a sós com a minha avó.

-Você está apostando alto deixando para depois o que poderia ser resolvido agora Ag.

-Vovó, será a mamãe já acordou? – Perguntei encerrando o assunto.

-Acredito que sim, vamos lá? – Fiz que sim com a cabeça.- Então se recomponha antes.

Levei meu rosto, refiz a maquiagem e acompanhei a minha avó até o jardim onde minha estava tomando um pouco de ar fresco.

-Bom dia mamãe, bom dia bebe. – Falei acariciando a barriga já bem grandinha da minha mãe.

-Bom dia filha, onde você estava? – Que perguntinha em mãe??? Pensei com os meus botões.

-Estávamos no chalé Nessie, só conversando um pouquinho. – Minha avó respondeu beijando o alto da cabeça da minha mãe.

-Tudo bem, só fiquei meio preocupada quando não te vi meu anjo. – Minha mãe sempre carinhosa, sabe isso é de família. Eu sempre vejo que o carinho, a atenção, a dedicação que temos entre os familiares não é muito comum em outras famílias, talvez a nossa condição não humana permita que nos aproximemos mais de quem amamos.

-Desculpe, acho que me perdi na hora. – Falei cabisbaixa, não gostava de mentir, mesmo não sendo bem uma mentira, eu ainda ocultava a verdade.

-Não tem problema, acho que me acostumei a tomar o seu café quando acordo, só isso.

-Se quiser eu posso fazer agora, já comeu? - Pergunte tentando agradar a minha mãe e é claro alimentar o meu irmãozinho.

-Não precisa não filha, a vovó Esme já preparou um café bem reforçado para nós. – Ela riu e me puxou para sentar entre as suas pernas. – Sabe parece que tem alguém melhor aqui. – Ela falou enquanto acariciava meus cabelos.

-Muito melhor eu diria. –Rimos juntas, ninguém mais por perto, somente mãe e filha curtindo um tempinho a sós. Ficamos um certo tempo sem falar nada, apenas aproveitando o momento.

-Agatha você bem que poderia ir até a nossa casa ne? – Perguntou do nada se afastando para me olhar.

-Posso, mas por que? – Indaguei.

-Antes de passar mal peguei um filme com a tia Alice e com tudo o que aconteceu eu nem assisti, a gente poderia ver juntas o que acha? – Ela tinha um lindo sorriso nos lábios.

-Claro, onde está?

-Na prateleira de dvd, na sala de tv.

-Qual o filme? – Como eu iria encontrar um filme especifico no meio de tantos filmes sem ao menos saber o nome.

-Orgulho e preconceito.

-Parece ser legal, li o livro uma vez, mas não assisti o filme ainda. – Pensei por um momento em tudo o que estava acontecendo, é o meu sofrimento é uma questão de orgulho mesmo. – Já volto.

Me levantei e antes de ir buscar o filme que a minha mãe pediu passei no escritório do meu avô para ver se havia alguma novidade, infelizmente não. Talvez a gestação da minha mãe durasse mais umas semanas, talvez desacelerasse e demorasse meses, nada de concreto. Corri então buscar o dvd que ela pediu.

Entrei na casa silenciosa e fui direto buscar o dvd, as lembranças da minha ultima esta ali ainda me afetar. Inalei o ar daquela casa mais uma vez sentindo o delicioso aroma do meu amor, ele sempre ficava ali conosco, assistia futebol com o meu pai, filmes comigo...Mas eu esperava que nesse tempo todo que a casa ficou desabitada o cheiro dele saísse. Fechei meus olhos relembrando dos nossos momentos, doces momentos de felicidade quando me sinto abraçada por trás, me assusto e vejo que o cheiro não havia ficado na casa, ele estava na casa.

-Dessa vez você conseguiu me assustar. – Tentei brincar, mas meu coração denunciava meu nervosismo.

-Desculpe, não era a minha intenção. – Ele disse me largando, e eu mais que depressa fui indo em direção à porta, fingindo que nada estava acontecendo.

-Agatha espere – Ele me segurou pela mão.

-Não posso, tenho que levar o dvd para a minha mãe. – Tá não era mentira, mas era uma boa desculpa para sair dali naquele momento.

-Você vai levar, depois que conversar comigo. – Ele disse sério, se meu corpo não queria reagir, meu coração piorou a situação. Ele delicadamente me levou até o sofá.

-Seth, eu acho que não é um bom momento para conversas.

-Então sem conversa, só me diga por que. Por que se afastou sem dizer nada, por que não me deixou falar contigo. Por que Ag?

-Foi uma confusão da minha cabeça. Me perdoe. – Baixei a cabeça.

-E quando você descobriu que era uma confusão da sua cabeça por que não veio falar comigo? Me faça entender Ag. – Ele estava angustiado e eu podia ver isso nos olhos dele, foi uma facada bem no meio de meu peito. As lágrimas traiçoeiras rolaram pela minha face.

-Eu ...só descobri ontem, e pensei que depois desse tempo todo me mantendo longe de você talvez você não quisesse mais me ver nem pintada de ouro. – Falei ainda com a voz embargada por causa do choro.

-Agatha olhe para mim. – Ele colocou a mão no meu rosto me fazendo encara-lo. – Você acha que nesse tempo todo eu deixei de pensar em você por um momento se quer? Que eu deixei de te amar?

-Não. – Não tive tempo de mais nada, neste momento fui consumida por beijo caliente, cheio de paixão, melhor até do que o da noite anterior. Apenas me deixei levar, não posso mais fugir do amor que eu sinto pelo Seth, e sei que ele também sente isso por mim. Agora só nos falta resolver a questão do meu pai...bem isso fica para depois ne???

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Momentinho da pergunta.

Elis_Marcondes

Agatha como vc foi burra... e agora o q vc vai fazer???

Deixar que o tempo cure as nossas feridas e me entregar a esse amor, independente de qualquer outra coisa


Seth meu lindo se a Agatha viesse conversar com vc agora o q vc faria???

Deixaria ela falar tudo o que estiver dentro dela, e assim como eu fiz lá em casa a beijaria. O único meio de faze-la perceber que todo o meu amor por ela é real, Nem que o Jake arranque a minha cabeça depois...o que eu espero que não aconteça.

*Para participar é só mandar*


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Notas finais do capítulo

Então mereço comentários???

Bjus
Helo