Sim para a Paixão escrita por Heloise_Yanki


Capítulo 64
Agatha 18


Notas iniciais do capítulo

Então gente ainda roendo as unhas esperando o proximo capitulo???

Desculpe pela demora, mas andei muito, mas muito atarefada mesmo.

Não consegui responder todos os comentários devido a lentidão do meu pc, mas ainda hoje eu respondo.

Bem, aproveitem o cap.



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Agatha 18

Andando a passos lentos meu avô se aproximava de mim, me senti acuada. Continuei andando em direção à casa, e consequentemente ao meu avô. Sua cara não era das melhores. Nos encontramos a cerca de quarenta metros da porta, sua expressão ainda mais fria o fazia parecer um vampiro de verdade.

-Eu sou de verdade Agatha. – É claro que é ou senão não estaria lendo os meus pensamentos e ainda por cima rindo, pensei ironicamente. – Então Agatha o que você tem a dizer a respeito?

-Vovô querido eu não estava fazendo nada de mais. – Disse tentando proteger os meus pensamentos, mesmo sabendo que ele já sabia o que havia acontecido.

-Invasão domiciliar para mim não se considera como nada de mais. –Rebateu.

-Você começou a pensar assim antes ou depois de se casar com a vovó? – Perguntei me referindo ao inicio da relação entre ele e a Bella.

-Isso agora não vem ao caso, Agatha você tem noção do que fez? – Fugindo do assunto não é? Pensei alto o suficiente.

-Tenho sim, não fiz nada de mais, ninguém me viu, não cometi nenhum crime. Satisfeito? – Ele fez que não com a cabeça. Vovô, por favor não diga nada aos meus pais. Pedi em pensamento.

-Por que eu não diria? – Primeiro por que você sabe muito bem quais foram as minhas intenções ao ir vê-lo, depois meu pai ficaria muito nervoso por nada e isso poderia afetar a minha mãe também, no momento ela está muito debilitada e não pode passar por stress. – Você tem bons argumentos Agatha, espero que pense no que está fazendo. Não vou falar nada no momento. – Obrigada vovô.

-Como ela está? – Perguntei em voz alta me referindo à minha mãe.

-Bem, ainda não acordou. – Ele me abraçou e seguimos assim até a casa. Não havia muita gente visível no momento.

Vovó Bella e a vovó Esme estava na cozinha fazendo o café da manhã, isso me fez senti saudades dos dias que eu fazia o café dos meus pais. Uma sensação estranha me dominou, como se aquele tempo jamais fosse voltar, como se eu jamais voltasse a ser a Agatha de antes. Senti as lágrimas molharem a minha face, e os braços do meu pai me envolverem.

-Filha, o que foi? – Ele parecia genuinamente preocupado.

-Lembranças de outros tempos pai. – Mesmo com o nó que se formava em minha garganta eu consegui manter o tom de voz.

-Agatha, acho que temos que conversar. – Não gostei dessa idéia, não nesse momento. Sabe quando a gente está ciente que fez algo que não devia e mesmo ninguém sabendo vem àquela sensação de que todos sabem e esperam que você se entregue. Pois é sinto que essa conversa tem algo relacionado ao meu ato noturno. Escutei meu avô rindo, claro não é com ele.

-Tudo bem pai, pode ser na sala? – Ele assentiu com a cabeça e seguiu na frente. Se sentou no sofá e deu uma leve batida com a mão ao seu lado me convidando a me sentar com ele.

-Eu sei que está sendo difícil para você estar aqui, e vou entender se quiser voltar para Seatle, a Nessie está em boas mãos.

-Pai eu não vou ficar bem sabendo que a minha mãe está num estado delicado e eu não estou ao lado dela. – Admiti, mesmo sofrendo por dentro, que eu não iria deixá-la.

-Só não quero que se sinta pressionada a ficar Ag. Tenho certeza que a Nessie vai entender.

-O que me importa no momento é mamãe, o resto eu vejo depois. –Mais uma lágrima traiçoeira deslizou pelo meu rosto, meu pai a secou com a ponta dos dedos.

-Você não quer conversar com ele? – Ao se referir ao Seth meu pai desencadeou uma série de reações do meu corpo:primeiro um calafrio, depois novas lágrimas, por ultimo a dor dilacerante no peito.

-Eu...eu não posso. – Falei já me levantando e secando as lágrimas com as costas das mãos.

-Filha eu não suporto mais ver você assim, e ainda mais sabendo que tudo isso é por minha culpa.

-Pai a culpa não é sua. – Falei sem conseguir olhar no rosto dele.

-Se eu não tivesse separado vocês dois, eu não estaria vendo a minha filha e o meu melhor amigo sofrendo calados, fingindo para todos que está tudo bem quando eu sei que não está. – Nessa ultima parte ele quase gritou.

-Você não nos separou, só não permitiu que namorássemos no momento. O que nos separou foi a mentira. Isso nos separou emocionalmente. – Falei saindo do campo de visão do meu pai.

Fazia duas semanas que estava de volta aquela cidade, minha mãe estava num estágio avançado da gravidez, pelo que perceberam seria muito parecida com a gravidez da minha avó. Eu tentava me manter serena, passava quase o dia inteiro ao lado da minha mãe, sempre acompanhando seus passos. Ajudava nos cuidados mais simples, deixando a parte médica do meu avô Carlisle cuidar do resto. As noite eu geralmente dava uma passada no quarto do Seth, mesmo não concordando com isso o vovô Edward não disse mais nada.

Nessas minhas expedições eu tomava o maior cuidado para que ninguém me visse, e principalmente ele não me visse. Me doía ver o quanto ele sofria sozinho naquele quarto durante as noites, muitas vezes eu o encontrei abraçado a um porta retrato com uma foto nossa no parque de diversões. Outras ele falava dormindo sempre me pedindo perdão e dizendo que me amava.

Não sei ainda por que me torturava assim, todas as noites eu sai de lá pior do que entrei, e em casa todos percebiam a minha mudança, eu já não conseguia mais sorrir, nem das piadas do meu tio Emm, o dom do tio Jazz não fazia efeito com a minha dor e tudo o que eu queria era poder dormir e me desligar de tudo por algumas horas, mas era impossível para mim.

Meu pai desistiu de me fazer conversar com ele, ninguém tocava no nome do Seth quando eu estava por perto. E eu tentava cada dia esquecer o que passou e juntar as forças para falar com ele, mas não eu não conseguiria, não sei se pelo acontecido ou por medo dele não me perdoar por ter fugido por tanto tempo.

Exatamente quinze dias depois da minha chegada, eu havia saído durante a tarde para ir na nossa casa pegar algumas coisas minhas, me empolguei com as recordações e demorei mais que o esperado. Quando cheguei na casa dos meus avó, onde estávamos todos morando no momento sem querer escutei uma conversa entre os meus pais.

-Jake, ele não pode continuar assim. – Minha mãe falava preocupada.

-Nessie, isso está piorando a cada dia, hoje ele estava com a certeza de que ela estava ao lado dele. O Seth está tendo alucinações. – Meu pai estava preocupado, evidente em sua voz. – E ela, a cada dia pior também, ela não come mais nada segundo a Bella, somente a carne que dá forças para ela viver. E tudo isso por minha culpa. – Silenciosamente fui até o meu quarto, ao lado do deles.

-Jake, por favor não fique assim. Logo eles vão se resolver. – Minha mãe também estava nervosa, isso poderia piorar o estado dela. Se ainda tinha alguma força para viver acabou por ali, alem de saber que o amor da minha vida está sofrendo eu estou ajudando a piorar o estado de saúde da minha mãe.

Sentei no chão, na verdade eu escorreguei pela parede sem forças para me manter em pé. Meu avô entrou no quarto me surpreendendo.

-Que feio ouvindo atrás da porta. – Tentou fazer piada se sentando ao meu lado.

-Atrás da porta não, atrás da parede vovô. – Falei sem humor nenhum. Ele permaneceu ao meu lado em silencio, talvez fosse disso que eu precisava. Uma companhia silenciosa, mas que não me abandonasse.

-Disponha meu anjo. – Respondeu silenciando logo em seguida. Não sei por quanto tempo ficamos assim, eu sentada com a cabeça sobre as pernas, parecendo um casulo e meu avô do meu lado na mesma posição. Meus pensamentos eram confusos, a dor presente e eu com vontade de morrer para não ver os que eu tanto amo sofrendo por minha causa.

-Não se martirize assim anjo, sofremos com o seu sofrimento. Sabe uma vez um escritor disse ‘’nada é tão cansativo quanto a indecisão, nem tão inútil’’ e ele tem razão, essa sua indecisão só te faz sofrer. – Abracei o meu avô com força, e deixei as minhas lágrimas rolarem sem medo, talvez fosse esse o momento de ir até o Seth e ao menos conversar. –Também acho, mas espere ele estar acordado. – Ele disse sorrindo.

Fiquei imaginando como seria essa conversa, aproveitando o momento eu meus avós estavam no chalé. Nessa noite eu não fui ver o Seth, precisava redobrar as minhas forças para o dia que se seguiria. Uma chama nova de esperança se instalou em meu peito. O dia amanheceu cedo demais no meu ver, ainda não me sentia totalmente preparada para isso. Mas mesmo assim me mantive firme na convicção que daria tudo certo se ambos estivéssemos com vontade de perdoar um ao outro e seguir em frente como amigos, ao menos até o fim dos cinco anos. Segui com a minha rotina, acompanhei a minha mãe, que estava com o semblante preocupado, mas eu não quis entrar em detalhes. Eu decidi que seria melhor falar com ele na hora do almoço e era isso que eu faria.

Perto do horário que eu estipulei o telefone da casa toca e eu atendo prontamente.

-Residência dos Cullen.

-Bom dia por favor o Dr. Carlisle. – Era a voz, a mesma voz de garota que eu ouvi com o Seth. Congelei.

-Ele não se encontra no momento, a senhora pode encontra-lo pelo celular. – Respondi, querendo que ela falasse mais uma vez.

-Não consegui contato pelo celular, você poderia passar um recado? – A voz respondeu.

-Claro.

-Diga a ele que a Raquel Wood ligou, os exames que ele pediu já estão prontos e eu queria saber quando e vou poder levá-los para ele ver. – Ela disse num tom serio e preocupado.

-A senhora é paciente dele? – Perguntei investigando a relação dela com a família e quem sabe com o Seth.

-Sim, mas não do consultório. Digamos que eu tenho algumas singularidades e o Dr. está me ajudando. – Tá certo, ela não queria entrar em detalhes com uma estranha no telefone, mas meu avozinho querido iria me responder algumas coisas...

-Tudo bem senhora Wood, eu aviso sim.

-Obrigada, com quem eu falei? – Me pareceu simpática.

-Agatha, Agatha Black. – Respondi cheia de orgulho.

Ela desligou o telefone, e eu fiquei paralisada novamente. Só despertei com a chegada de quem tanto eu esperava: vovô Carlisle.

-Agatha aconteceu alguma coisa? – Perguntou prontamente deixando a sua maleta no chão e voando em minha direção.

-Uma ligação para você. – Respondi voltando a respirar.

-É alguma coisa grave? – Ele estava nervoso pela minha falta de educação em não ter dado o recado ainda.

-Vovô quem é Raquel Wood? – Perguntei

-Foi ela quem ligou? – Fiz que sim com a cabeça. – É uma paciente, ela me procurou há alguns meses pedindo ajuda por que?

-Ela disse que tem algumas singularidades quais?

-Agatha é anti ético falar dos paciente assim. – Me repreendeu, mas não me fez desistir.

-É questão de vida ou morte vovô, eu preciso saber mais dela. – Falei sem me deixar abalar, me sentei no sofá e fiquei esperando a resposta.

-Vida ou morte de quem?

-Minha. – Coloquei a cabeça ente as mãos e fiquei aguardando. Meu avô se sentou na minha frente, respirou fundo e começou.

-Ela é uma loba, assim como o Jake, há alguns meses atrás o ... Seth. – Ele relutou em dizer o nome do Seth na minha frente, assim como os outros estavam fazendo ultimamente. – Bom o Seth me apresentou a ela. Segundo o que ela mesma me contou ela ficou sabendo que nossa existência e como a condição dela não permite que seja tratada por um médico humano veio nos procurar. Encontrou com o Seth no meio da floresta e pediu que ele a trouxesse até mim. Ela como alfa precisa manter a linhagem, mas tem medo de que se sofrer o impriniting não possa dar a luz. Estamos averiguando a possibilidade e desde então eu a examino a cada dois ou três meses. Satisfeita?

Eu não conseguia acreditar nas palavras do meu avô, então o Seth estava apenas a ajudando a se consultar com o meu avô e eu passe quase nove meses sofrendo achando que ele teria um filho com ela. Isso Agatha você gosta de sofrer e de ver o Seth sofrendo. Queria poder me enfiar num buraco enorme e me enterrar para que ninguém mais me olhasse nos olhos.

-Obrigada vovô, sei que isso vai contra os seus escrúpulos, mas foi muito importante para mim. –Admiti, levantei indo em direção ao meu quarto, mas antes de chagar na escada me virei para o meu avô. – Ela disse que os exames estão prontos e queria saber quando pode traze-los para você vê-los.

Subi para o meu quarto deixando meu avô perdido com os próprios pensamentos e eu com os meus. Preparei um banho de banheira e me joguei na água. Como eu pude ser tão ingênua, nem deixei o Seth me falar nada. Se um dia eu tive duvidas sobre o seu perdão agora eu tinha certeza: ele nunca iria me perdoar pelo que eu fiz.

Deixei a dor me consumir, eu merecia mais do que nunca sofrer por fazer alguém que só estava ajudando uma desconhecida sofrer também. Não eu não vou mais falar com ele, não nesse momento, eu teria que formular meus argumentos antes de tomar qualquer iniciativa...

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Momento de perguntinhas e respostas:

*Já sabem como funciona, é só mandar a pergunta no comentário e no capitulo seguinte vem a resposta. *

merie_cullen

Agatha: vc iria perdoar o seth se ele tivesse mesmo um filho com outra???

Agatha: Sem duvida, desde que ele não abandonasse a criança e quisesse ficar comigo, sem mentiras.

Fanci

AGATHA PORQUE VOCÊ NAUM DÁ UMA CHANCE PARA ELE SE EXPLICAR????

Agatha: Medo...medo de sofrer ainda mais. Posso não aparentar mas sou insegura, sabe não passo de uma criança e sabendo que ele já teve outro relacionamento não ajuda muito.


SETH QUEM ERA A GAROTA QUE ESTAVA CONTIGO QUANDO A AGATHA VIAJOU???HEIN??

Seth: Bem a autora já respondeu no decorrer dessa capitulo, eu a encontrei na floresta durante um ronda, ela queria encontrar com o Dr. Carlisle e eu a levei até ele.

AndressaCullen

Agatha, ta na  cara que você e o Seth, estão predestinados mentira eu so to f alando isso  pra Você não ficar o Fred... *sorry* e tal e vocês provavelmente vão  ficar juntos porque se não eu mato a Heloise então por que você não vai  la e tenta conversar com ele?

Agatha: Olá Andressa, eu também sinto algo assim, mas a questão não é tão simples de ser resolvida. Como já disse antes sou insegura, o Fred não passa de um amigo, mas tenho medo da reação de Seth de agora em diante, sabe tudo isso não passou de uma confusão me minha cabeça e se ele não me perdoar?!

Autora: Sabe eu também acho que a Agatha e Seth devem ficar juntos, mas se fosse fácil não teia graça não é mesmo? Não precisa me ameaçar, pois até mesmo se algo me acontecer você não saberão o fim da fic...

flordoebano

Eu gostaria de saber da Agatha quanto tempo ela ainda vai ficar se martirizando a respeito do Seth, pois ela tem que aproveitar para tirar tudo a limpo.

Agatha:Não gosto de sofrer, mas me sinto incapaz de fazer algo neste momento. Talvez essa seja a forma de me punir por tudo o que eu fiz.


E também quero saber da autora se o Fred terá um final feliz, pois ele parece ser muito legal.

Autora: Sim, mas isso vem com o tempo e se eu contar vai perder a graça.


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Notas finais do capítulo

Então mereço comentários?

Raquel Black - RBPD, Tive que arrumar outro sobrenome para ti. Desculpe se não gostou, mas de agora em diante você vai aparecer de verdade.

Logo o Fred e a Dani vão voltar aguarde...

Bjus
Helo Yanki



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