Sim para a Paixão escrita por Heloise_Yanki


Capítulo 58
Agatha 12


Notas iniciais do capítulo

Oiii

Estou decepciona, esperava não apenas mais comentários, mas mais perguntinhas paras os personagens e mais gente querendo fazer parte da fic...(carinha de triste) Deixa pra lá...

Ai vai meia um pouquinho da Agatha para vocês...



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Agatha 12

A viagem até a minha mais nova moradia foi tranqüila, dei graças a Deus por controlar os comentários do meu avô, mesmo sabendo de todos os meus pensamentos e principalmente de minha incontrolável tristeza por estar me distanciando cada vez mais do Seth, ele não disse uma só palavra desde que saímos da minha casa em Forks. O apartamento era hiper confortável, bem ao padrão Cullen de moradia. Minhas aulas começam na segunda, visto que hoje ainda é sábado eu teria um certo tempo para arrumar as minhas coisas e ainda visitar a cidade em companhia dos meus avós, quer dizer meu irmão e minha cunhada, pelo menos era isso que queríamos que os outros pensassem, até porque se disséssemos aos outros que eles eram os meus avós biológicos ninguém acreditaria mesmo.

No domingo, eu garanti que faria um dia nublado, para que meus avós me levassem a conhecer a nossa nova cidade, com muito custo convenci aos meus pais e avós que eu tenho amplas condições de dirigir numa cidade grande. Enfim ganhei meu primeiro carro, Uma Mercedes SLR preta, linda. Mas seria apenas para ir para a faculdade e de vez em quando dar uma volta, nada de extrapolar, muito menos dirigir sozinha até Forks. Uma pena, pois eu tenho certeza que em apenas três horas com esse brinquedinho eu já estaria em Forks, e quem sabe nos braços do meu lobo.

-Agatha Black, se controle mocinha, você está aqui para ficar longe dele e não para sair correndo igual uma louca daqui até Forks. – E você está aqui para cuidar de mim e não ficar me repreendendo pelos meus pensamentos vovô. Respondi em pensamento ao comentário indelicado do meu avô, a vovó apenas ria dessas nossas discussões de via única. – Não estou te repreendendo pelos pensamentos, apenas aconselhando a não coloca-los em prática, e outra não estou aqui para cuidar de você. – Mentiroso, respondi mais uma vez em pensamento ficando apenas com o som de suas risadas.

-Vamos Agatha. – Minha avó chamou na porta do quarto, visitaríamos alguns lugares da idade que pudessem ter alguma utilidade, nem sei o porque já que meu excelentíssimo avô praticamente me proibiu de sair sozinha, que utilidade teria conhecer esses lugares se sempre eu tiver que visitar lês estariam comigo.

-Ag querida vamos logo e não fique fazendo drama em pensamentos. – Meu avô sempre gentil ao responder os meus mais íntimos pensamentos. – Desculpe eu não tenho como não escuta-los. – Mas poderia ao menos não responde-los, eu pensei... – Impossível você pensa alto demais, igualzinho ao seu pai.

-Não me compare ao meu pai, seu eu penso alto ou não isso independe dele. É uma questão de educação, não precisa prestar atenção aos mínimos detalhes do que eu penso. – Enfim eu disse o que estava preso na minha garganta a algum tempo ... ele tem que entender isso cansa.

-Desculpe Agatha, mas é que você não controla seus pensamentos, e eu não posso deixar de ouvi-los. Mas acho que posso me policiar para não responde-los. – Meu avô parecia um tanto envergonhado pela sua atitude.

-Obrigada vô, sabe eu te amo, sei que não faz por mal, mas realmente essa história de ficar respondendo os meus pensamentos cansa e as vezes chega a ficar irritante. – Meu avô me abraçou e eu entendi que isso significava que ele iria tentar...tem como não mar essa família maluca que eu tenho??? ...,....,....Uau meu avô não me respondeu...Isso sim é que é mudança em vô. Ele apenas riu em resposta.

Fomos enfim conhecer a cidade, depois de duas horas andando de um lado para o outro voltamos para casa, não para descansar, é claro que não precisamos disso, mas pelo jeito tem certas coisas que meus avós precisam visto o barulho que se ouvia vindo do quarto deles. Meu avô, em resposta aos meus pensamentos diminuiu o barulho. Desculpe vô, eu não me importo, é a mesma coisa que vem do quarto dos meus pais. Falei em pensamento, mas acho que não foi um pensamento muito bem aceito, pelo rosnado do meu avô...

Uma coisa eu aprendi: de agora em diante meus pensamentos serão apenas meus, nada de ficar pensando certas coisas com meu avô por perto. É claro que nesse momento eu me encontro sozinha, sem meu avô por perto. É ele teve que ir no escritório de não sei quem pegar uns documentos que faltavam, na verdade era para a minha avó fazer isso mas ele lá deixa ela sozinha??? Não é preciso responder.

Cerca de meia hora mais tarde meus avós chegaram, em mãos meus mais novos documentos, o que inclui é claro uma carteira de habilitação. Com tudo pronto iríamos enfim encarar o nosso primeiro dia na faculdade. Bom eu vou fazer um curso de história, e meus avós letras. Na verdade mesmo minha avó queria fazer letras, mas desde quando o Sr. Cullen a deixa sozinha mesmo??? É isso mesmo nunca, isso tá ficando meu clichê não é?

De qualquer modo eles foram no volvo do meu avô, sério não sei o que ele vê tanto em volvos, e eu na minha linda Mercedes. O campus era enorme, tinha tanta gente que se eu não fosse meio vampira e meio loba com certeza me perderia. Me despedi do meu ‘irmão’ e da minha ‘cunhada’ e fui para o prédio de história. A minha primeira aula era referente à pré-história, um tema muito interessante. Eu sei que não vou poder exercer nenhuma profissão que me dê status ou fama, mas seria muito legal ser arqueóloga, o único probleminha era se eu encontrar algo realmente importante, mas deixe pra lá.

Entrei na sala e me dirigi até o fundo, minha audição e minha visão me dão o pleno poder de escolher qualquer lugar para assistir a aula sem comprometer o meu aprendizado, independente se a turma inteira estiver conversando ou não, eu vou escutar e muito bem a explicação. Ainda não havia chego ninguém na sala, mas do nada senti uma vibração boa, uma sensação de paz interior com um misto de alegria, uma leveza que a muito eu não sentia. Neste momento uma moça de cabelos escuros , baixinha e olhos num tom de azul incrível, era como se eu pudesse ver a alma dela olhando apenas em seus olhos. Timidamente ela se aproximou de mim, sorrindo a cada passo que dava em minha direção.

-Olá?- Ela disse quase que num sussurro. – Posso me sentar ao seu lado?

-Claro, fique a vontade. – Respondi com outro sorriso. Essa garota me trazia a paz interior, quase da mesma forma que o tio Jazz quando usa seus poderes, mas ela é humana, eu posso sentir pelo cheiro, o coração bate normalmente, nada de anormal...isso sim é estranho. – Me chamo Agatha. – Me apresentei esticando a mão em sua direção.

                                                                                                             

-Sou Daniela, mas prefiro que me chamem de Dani. – Ela Disse, depois o silencio predominou, mas não era um silencio nada constrangedor, era apenas um silencio.

Logos mais alunos foram chegando, a sala enfim se encheu e o professor chegou, era uma rapaz novo, cabelos claros, olhos extremamente escuros, quase pretos, um porte atlético, corpo malhado e um leve bronzeado, não devia ter mais que uns 25 ou 27 anos, e o sorriso então...encantador.

-Bom dia turma. – Ele disse ao mesmo tempo todos se calaram. – Sou o professor Frederic Guetten, irei trabalhar com vocês a pré história, isso não é um tema leviano, nem simples. Um bocado de história sem nenhum registro, apenas alguns poucos objetos encontrados e muitos, mas muitos anos de uma história que podemos apenas presumir que seja a real. Não estou aqui para contar historinhas de ninar, e acima de tudo não admito que tratem esse período com leviandade, fui claro?

Nossa o que ele tem de bonito ele tem de rude, nunca vi um homem tratar as pessoas dessa forma, a não ser em filmes. Sinceramente fiquei sem ação. Uma hora mais tarde a aula com o Sr. Guetten enfim acabou não sei se eu ficava feliz ou irritada, antes que saíssemos da sala, totalmente em silêncio ele se pronunciou novamente.

-Ante de saírem quero que assinem a folha de freqüência, essa é a garantia que estavam presentes, não trabalho com crianças para fazer a chamada, então se apressem se não querem chegar atrasados na próxima aula.

Assinei em meu nome e sai da sala ainda em silêncio, logo atrás de mim vinha a Dani, gostei dela.

-Acho que todas a nossas aulas são iguais. – Ela comentou já do meu lado.

-Também acho. – Respondi com um sorriso, continuamos andando, a nossa próxima aula era de oralidade, matéria primordial para quem quer seguir a profissão de professor. Entramos na sala, e mais uma vez nos sentamos no fundo. – Não sei que bicho mordeu aquele professor. – Comentei ainda indignada pela atitude rude daquele homem.

-Agatha o Fred é assim mesmo. – Fred??? Que intimidade é essa? Será que ela já conhecia o nosso professor? – Nem ligue.

-Vocês já se conhecem? – Perguntei sem querer parecer curiosa demais.

-Ele é meu irmão. Começou a lecionar aqui no ano passado e teve muito trabalho com os calouros, por isso ele falou daquela maneira. Sabe ele faz o tipo que leva a profissão muito a sério. – Entendi o porque dela não se impressionar com tal atitude do professor.

-Entendo, mas sei lá de certo modo o jeito que ele falou foi de assustar qualquer um.

-Isso é só na primeira aula, já vi ele preparando as aulas, fique tranqüila ele é bastante dinâmico quando quer. – Gostei de saber que as coisas naquela aula poderiam melhorar.

As aulas seguintes passaram rapidamente, na hora do almoço tive a certeza de que eu e a Dani construiríamos uma grande amizade. Nos encontramos com meus avós para almoçarmos juntos, ainda teríamos duas aulas depois do almoço. Para variar a Dani encantou meus avós, que para ela eram o meu irmão e a minha cunhada, pelo jeito que eles a trataram e olharam para mim durante o almoço ela foi aprovada para ser a minha amiga. Depois disso retornamos à nossas aulas, é claro que aproveitamos cada intervalo para nos conhecer melhor, era fantástico saber da vida dela, a prática é bem diferente da teoria. Sabe eu tenho pouco mais de um ano, sei muita coisa da vida, mas apenas teoricamente, estar com alguém que realmente viveu cada fase da vida e que não pertence à minha família foi surpreendente.

-Até que enfim acabou as aulas de hoje, já não agüentava mais ficar sentada nessas cadeiras olhando para frente. – A Dani comentou enquanto guardávamos o nosso material após a ultima aula do dia.

-É acabou por hoje, amanhã tem mais. – Eu disse rindo. Não sei como tudo era mais simples com a Dani, a conversa fluía naturalmente...sentia como se nos conhecêssemos a vida inteira.

-Nem me fale, Agatha nem te perguntei em que quarto você está?

-Não moro no campus, eu divido um apartamento com o meu irmão e a minha cunhada. – Eu disse, mas vi o sorriso dela se perder, acho que ela gostaria de morar perto de mim pelo menos.

-Tudo bem, então nos vemos amanhã? – Ela perguntou sorrindo novamente.

-Claro, até então. – Eu disse enquanto ela saia pela porta da sala logo na minha frente.

Meu primeiro dia na faculdade poderia ter tido a nota nove, numa escala de zero a dez, isso se não fosse a decepção estampada no rosto da minha mais nova amiga ao fim das aulas, por isso eu tenho que dar a nota oito. Seguimos para o nosso apartamento sem demoras, eu entrei e fui direto ao telefone, eu precisava conversar como Seth. Desde que eu cheguei, há dois dias, eu havia apenas falado com os meus pais, mas a saudade do meu Seth já estava demais, eu precisava falar com ele. No segundo toque ele atendeu.

-Oi linda. – Nossa que recepção, eu quase podia ver o sorriso nos lábios dele.

-Oi Seth, estou com saudades. – Falei um pouco manhosa.

-Eu também, mas não vamos perder tempo com isso. Me diga como foi o seu primeiro dia de aula?

-Proveitoso, gostei das aulas, do lugar... – Fiz uma pausa, esperando pela reação dele.

-E das pessoas? – Insistiu.

-Fiz uma amiga, a Dani. Sabe ela parece ser bem legal, acho que vocês se dariam bem. – Disse meio sem pensar.

-E os rapazes? – Ele estava se corroendo de ciúmes, só pelo tom de voz eu já podia perceber.

-Não conheci nenhum que chegasse aos seus pés. – Na verdade eu não tinha conhecido nenhum mesmo, ver ao longe e achar um professor bonito não é conhecer.

-Você vai me deixar convencido, linda. Eu sei que está cheio de rapazes mais interessantes que eu por ai. – Ele não conseguia esconder a felicidade por causa das minhas palavras, é incrível como quando conhecemos bem alguém este não consegue esconder as suas emoções de nós.

-Seth você sabe que eu não tenho olhos para mais ninguém, deixa de fazer drama. E as coisa por ai como estão?

-Bem, mas não do jeito que eu queria. – Ele disse com pesar, as coisas não estão do jeito que eu queria também, mas não podemos fazer nada no momento para mudar a situação. Conversamos mais um pouco a respeito de como está sendo esses dias para ambos, é claro que quem via de fora tinha a impressão que estávamos longe um do outro há meses e não dois dias apenas. Ao fundo da ligação eu pude escutar uma voz feminina ‘’Seth vem logo, estou esperando’’.

-Quem Está ai Seth? – Perguntei intrigada pela voz desconhecida.

-Ninguém Ag, não se preocupe. Depois a gente se fala tá certo. – Ele logo tentou concertar a situação, algo que me deixou mais intrigada ainda, o que esse lobo está escondendo de mim?

-Seth eu não sou boba, quem está ai com você? – Tudo bem que estávamos quase desligando, mas só foi o voz dizer que estava esperando que ele logo se apressou em desligar, uma dor invadiu meu peito, uma vontade de chorar...mas não isso não era eu...nem poderia ser.

-Não é ninguém minha linda, mais tarde a gente conversa...não se esqueça de mim tá. – Ele disse tentando manter a mesma voz de antes, mas eu senti uma leve oscilação.

-Você também não se esqueça de mim Seth, até mais. – Desliguei, eu não queria prolongar aquela situação, mas algo não estava me cheirando bem nessa história.

Ainda estava claro o dia, e eu precisando pensar. Tomei um banho, coloquei uma roupa confortável e sai dar uma volta. Há algumas quadras do nosso apartamento havia um parque, singelo mas muito bonito, enfim o lugar perfeito para pensar. Me sentei embaixo de uma grande arvore, me encostando no grosso tronco. Minha breve ida passou voando nesses últimos meses, ela tinha virado de cabeça para baixo. São tantas coisas novas que se eu fosse uma mera humana jamais conseguiria assimilar tudo. Eu tinha a intenção de pensar na minha vida em geral, ter um pouco de privacidade com os meus pensamentos, mas a única coisa que vinha na minha cabeça era aquela voz feminina chamando o Seth...o meu Seth.

Passei horas tentando encontrar respostas coerentes para o fato, no entanto as únicas explicações que vinham era infundadas e me machucavam demais. O dia estava escurecendo e eu teria que voltar para o apartamento, mesmo avisando meus avó onde eu estaria e mesmo eu sendo o que sou eles não aprovavam a minha ausência assim na noite, cuidados exigidos pelos meus pais como condição para a minha vinda. Meio sem querer me levantei e voltei ao apartamento, precisava me alimentar e com certeza meus avós estariam com um suculento filé me esperando.

Cheguei no apartamento, e assim como eu esperava, encontrei meus avós na sala assistindo a um DVD. Cumprimentei os dois e fui à cozinha me alimentar. Assim que terminei de lavar a louça suja minha avó entrou na cozinha.

-Quer conversar Agatha? – Por que será que as mães e as avós parecem sentir quando estamos precisando delas?

-Acho que sim. – Ela me abraçou e fomos ao meu quarto. Meu avô não estava no apartamento, deve ter saído para nos dar privacidade.

-Me conta o que está te deixando assim. – Ela simplesmente pediu, então contei a ela tudo o que havia se passado entre o Seth e eu por telefone, principalmente a tal voz. – Agatha, pode ter sido a voz de qualquer mulher, uma tia ou prima do Seth que estava na casa dele, não se preocupe com esses detalhes. A distancia vai fazer vocês terem dúvidas, o que vocês não podem é deixar essas duvidas acabarem com o sentimento tão lindo que tem um pelo outro.

-Também quero pensar assim, mas é tão complicado, e a distancia não ajuda em nada. – Eu não iria chorar, havia prometido a mim mesma.

-Eu sei querida, mas esse é apenas mais um desafio que terão que superar para serem felizes.

Minha avó estava certa, mesmo com todos os problemas o nosso amor teria que vencer todas as barreiras e com certeza venceria....

Momentinho para as respostas dos personagens. (Quem quiser perguntar algo para qualquer um dos personagens fique a vontade, use o comentário e não esqueça de dizer para quem é a pergunta tá certo??)

Perguntas da Daniela Twilight (a unica  que mandou perguntinhas no ultimo cap.)

Agatha, vais conseguir ficar longe dos rapazes na faculdade, mesmo com um Seth á tua espera?

O Seth é o homem da minha existência, não existe outro homem capaz de chamar a minha atenção. Os outros simplesmente não existem. Seja bonito ou feio não importa.

Seth, como deixas a menina ir assim para longe com tantos rapazes á solta pela faculdade? Não vais correr atras dela?

Eu quero ir, mas não posso. Sei que é o certo e confio na minha menina. Quanto a correr atrás dela eu não preciso, sei que eu já tenho o seu amor.


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Notas finais do capítulo

Então estão gostando?

De quem será aquela voz que a Ag escutou?

Comentários? Sugestões? Duvidas? Criticas?

Vamos lá gente ninguem perde os dedinhos por digitar umas duas ou tres pelavras.

Bjus

Helo