Sim para a Paixão escrita por Heloise_Yanki


Capítulo 59
Agatha 13


Notas iniciais do capítulo

Oi...

Me desculpem pela demora e por favor não me matem...

BJUS

Helo



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Agatha 13

Decidi deixar meus medos de lado, a insegurança só pioraria a nossa situação. No outro dia pela manhã me preparei mais uma vez para encarar a maratona de aulas, nunca pensei que fosse assim estar na faculdade, mesmo não cansando, fico me perguntando como alguém agüenta essa rotina. O que a gente vê nos filmes e seriados é aquela vida fácil na faculdade, festas nos campus mesmo proibidas, bebidas alcoólicas escondido e muita mas muita pegação mesmo. No entanto a única pegação que eu vi até agora foi a pegação no pé dos alunos e os alunos na pegação dos livros.

Me arrumei mais cedo do que o necessário, meus avós já estavam na sala vendo um filme qualquer quando eu sai do meu quarto. A carne crua me sustentava e muito bem,  era como o sangue para os vampiros, não que o sangue não faça o mesmo efeito em mim, mas isso não me agrada, como eu havia comido ontem não estava afim de estragar o meu paladar com nada no momento. Dado o horário fomos à faculdade, pelo jeito isso viraria a nossa rotina.

A primeira pessoa com quem eu dou de cara logo pela manhã era nada mais nada menos que o meu professor ranzinza, juro se ele não fosse digamos assim apresentável eu diria que ele vivenciou a matéria que ele ensina. Escutei a risada do meu avô mesmo a distancia. Ele acha engraçado por que não é ele quem tem que aturar o mau humor daquele homem. Ainda bem que ele não me reconheceu ou ele finge muito bem. Logo que cheguei na minha sala de aula mais uma vez sinto a paz se instalando no lugar, e assim entra no  meu campo de visão a Dani, se eu tive alguma dúvida em relação a essa sensação ela acabou aqui. Essa paz toa que eu sinto só pode vir de uma pessoa, a Dani.

-Bom dia Agatha. – Ela me cumprimentou se sentando ao meu lado.

-Bom dia Dani, como está? – A sensação de bem estar que eu sentia ao lado dela não tinha como ser explicada.

-Bem, na verdade um pouco cansada. Sabe como é, passei boa parte da noite lendo. – Ela deu uma risadinha meio sem graça.

-Nem me fale, também li boa parte daquele livro que o seu irmão passou. – Na verdade mesmo eu tinha lido inteiro, mas se eu dissesse isso teria que explicar o porque de eu não estar com sono. O que definitivamente não era uma boa alternativa.

-Esse ai eu nem li, eu estou lendo um outro livro que não tem nada a ver com a matéria, sabe eu não tenho muita paciência para ficar horas estudando. – Ela disse num genuíno sorriso mateiro. E eu ...bom eu gargalhei com a afirmação dela.

O professor entrou na sala com a mesma cara fechada do dia anterior, começou a escrever o que me pareceu uma atividade no quadro e logo se voltou para a turma.

-Quero que façam duplas e respondam as questões do quadro, me entreguem antes do fim da aula. Estarei passando para ver se precisam de ajuda. Qualquer coisa podem me chamar. – Olhei para o professor e depois para as questões, ele nem tinha dito nada a respeito da matéria das questões, é claro que estava tudo no livro que ele passou, mas quem conseguiria ler esse livro de ontem para hoje? Um humano com certeza não.

Virei de frente para a Dani, ela seria com certeza sempre a minha escolha. Quinze minutos depois já tínhamos terminado as questões, agora sei o motivo dela não ter lido o livro que foi solicitado, ela era simplesmente um gênio em história. Terminamos e ficamos conversando banalidades, coisas de garotas tipo roupas, sapatos e musica quando o excelentíssimo professor surge ao nosso lado.

-Tudo certo garotas? Nenhuma duvida? – Perguntou educadamente.

-Até o momento não professor, muito obrigado. – Respondi da mesma maneira que ele nos perguntou, mas sua expressão não era das melhores. Vi que a Dani enrijeceu ao meu lado, acho que perdi alguma coisa.

-Pois bem, deixe-me ver. – Ele praticamente arrancou o papel das minhas mãos para corrigir, minutos em silencio olhando as nossas respostas saiu em direção à sua mesma levando consigo a nossa atividade.

-Ele não gosta de ser desnecessário. – Disse a Dani vendo a minha cara de perplexa com a atitude rude do tal professor.

-Mas o que você queria que eu fizesse, perguntasse algumas coisa idiota só para ele se sentir útil? – Falei meio alterada para a Dani, o que eu não esperava era que o meu professor escutasse, ou melhor que ele estivesse logo atrás de mim no exato momento que eu proferi estas palavras.

-Se eu não sou útil o que você faz na minha aula? – Perguntou o ser com uma cara de assassino.

-Não disse que não é útil, apenas que não se fazia útil no momento, e se eu estou na sua aula é por que tenho a pretensão de me formar em história e sendo a sua disciplina obrigatória eu não tenho muitas escolhas. – Tá eu sei que falei demais mas ele me tirou do sério.

-Já terminou a sua atividade está dispensada Srta. Cullen.  –Ele disse já indo em direção à sua mesa, dando as costas para mim e para a Dani. Peguei meu material e sai logo em seguida, eu sabia que a Dani não faria a mesma coisa, afinal ela conhecia e muito bem o irmão.

O resto das minhas aulas eram agradáveis, não sei como um local tão conceituado como este e com professores maravilhosos pode admitir um professor como o Sr. Guetten. Isso é o fim.

A minha semana também transcorreu bem, nada de anormal tirando é claro as aulas com aquele grosso, mas eu ia levando numa boa, a Dani me ajudava a entender mais ou menos o comportamento do neandertal do seu irmão, coisa que não era fácil.

Finalmente chegou o fim de semana, irei reencontrar meus pais, meus tios e principalmente meu querido Seth. A viagem de volta a Forks foi mais demorada que eu gostaria, mas fazer o que meu avô dirigia em alta velocidade, mas nem isso foi o suficiente para aplacar a minha angustia em estar longe de todos, ou quase todos os que eu amo. Meu avô realmente suspendeu as respostas aos meus pensamentos, mas eu também controlo os meus pensamentos quando estou por perto, afim de não trazer situações desnecessárias para o nosso convívio.

Chegamos na minha casa meus pais nos receberam prontamente, mesmo já estando tarde eles estavam afoitos me esperando, claro ne sua boba é a primeira vez que você fica longe deles.

-Filha que saudades, pensei que nunca mais a veria novamente. – Minha mãe tende para o melodramático, mas eu já estou acostumada. Ela me abraçou forte seguida pelo meu pai. No entanto ainda faltava alguém, por mais que eu tentasse me concentrar na conversa com os meus pais isso era impossível.

-Agatha, ele ainda deve estar acordado vá lá, mas não demore e juízo. – Meu pai disse olhando em direção à porta, eu sem ao menos pensar corri para fora e segui rumo à casa do Seth, bom ele sabia que eu chegaria hoje e deve mesmo estar me esperando acordado, afinal é uma semana sem nos ver.

Já perto da casa dele resolvi parar de corre e andar um pouco a fim de me tranqüilizar, o que era impossível, mas não custa tentar. Alguns passos a frente eu já podia ver a casa dele, as luzes acesas, o meu coração palpitava. Escutei vozes, a mesma voz feminina e a voz do Seth, ele mentiu para mim isso é fato. Cheguei mais perto para escutar melhor o que estava acontecendo. A garota era linda, pele levemente dourada, cabelos negros ondulados até as costas, um sorriso encantador, seria interessante conhece-la se ela não estivesse com o Seth. Ela delicadamente pousou a mão sobre a barriga.

-Imagine só Seth, um bebezinho assim com a pele dourada, os olhos escuros, imagine se ele um dia também se transformar num lobinho, isso vai ser a coisinha mais lindo do mundo. Uma vidinha em meus braços. – Ela falava emocionada, pelo que pude entender ela estava grávida.

-Não acredito até agora no que me disse, nem sei segurar uma criança. – Ele também estava emocionado, mas mentia, ele me segurava e super bem. Mas o que me doeu d verdade foi ele passar a mão na barrida dela. – Você não sabe como me faz feliz...

Não esperei ele continuar com as declarações de amor entre eles, era evidente ela estava grávida e o filho era dele, não há outras explicações. Meu coração se partiu em mil e um pedacinhos, minha dor não cabia em mim, eu nunca fui muito temperamental mas naquele momento deixei a dor me dominar, aos poucos o calor aumentou e eu me transformei de roupa e tudo, corri, corri e corri o mais rápido que pude, a única forma de colocar a dor para fora era através do uivo e era o que eu fazia d tempos em tempos deixava a minha dor transbordar através da minha garganta.

Não sei quanto tempo eu corri muito menos onde estava indo, mas depois de algum tempo a mente de meu pai se conectou a minha, eu já tinha pensado muito na situação e meu pai viu em minha mente.

‘’Agatha, não isso o que você está pensando, filha converse com ele.’’

‘’Não pai, não vou estragar a felicidade dos dois, estou voltando par casa’’

‘’Não me importa a felicidade dos dois, o que me importa é a sua’’

‘’Chega pai, já vi coisas demais por hoje’’

Cheguei perto de casa e encontrei a minha mãe agoniada do lado de fora com roupas inteiras para mim, me vesti já resolvida a não comentar nada do ocorrido, eu era forte afinal de contas eu era uma Black com sangue, ou melhor, veneno Cullen.

-Filha, o que aconteceu. – Minha mãe me perguntou já entrando em desespero.

-Quero que o Seth seja feliz, muito feliz. – Foi a única coisa que eu consegui dizer.

Nada do que eu vi a poucos valia ser comentado, tomei um banho e então debaixo do chuveiro deixei minhas lágrimas escaparem, minha alma foi senda lavada pela minha dor. Agora a minha vida tomaria outros rumos, eu vou voltar para a faculdade, mas não pretendo retornar a Forks por um bom tempo, tempo o suficiente pra eu deixar a dor de lado, ou pelo menos aprender a conviver com ela.

Sai do banho e dei de cara com a minha mãe sentada na minha cama me esperando.

-Quer conversar? – Ela perguntou, fiz que não com a cabeça e fui até o meu closet para me trocar. – Agatha, as coisas nem sempre são como imaginamos a principio, dê uma chance a ele.

-Ele mentiu para mim antes mãe, agora eu sei. – Foi a única cosia que eu disse antes de cair nos seus braços e chorar novamente, ela cuidadosamente me deitou na cama e sentando junto ao meu corpo me deixou chorar. Quando dei por mim ela estava chorando também.

-Sabe chorar faz bem para a alma. – Ela tentou redimir a respeito de suas lágrimas, mas eu sei que ela chora por me ver triste, não quero que ninguém mais sofra por minha causa.

-Você sabe que não vou vir sempre pra cá, não é?- Eu disse tentando parecer que estava tudo bem, mesmo não estando.

-Agatha isso é loucura, seu pai me disse o que aconteceu, é difícil de acreditar. O Jake queria sair para arrancar a cabeça do garoto. – Minha disse isso num tom de ameaça, mas meu peito reagiu, meu pai não poderia matar a razão da minha existência, mesmo ele não me amando eu só seria feliz se ele também fosse.

-Não...não, mãe isso não pode acontecer entendeu. – Eu estava totalmente alterada, era como se ameaçassem a minha própria vida.

-Não se preocupe, o Jake não vai fazer nada por enquanto. Mas Ag você precisa conversar com o Seth, isso não pode ficar sem explicações.

-Na hora certa a gente vai conversar, mas por enquanto não dá.

Minha mãe me deixou sozinha, eu precisava desse tempo para pensar. O Seth sempre vai fazer parte de mim, mas eu nunca irei deixar uma lágrima que seja escorrer pela minha face por causa dele, ele que seja feliz com essa garota e o filho deles. O que mais me dói é a mentira, ele disse que não tinha ninguém ali com ele naquele dia no telefone, e agora a mesma garota falando daquela forma com ele, a quanto tempo ele me esconde essas coisas??? Então seria bem fácil para ele esperar esses cinco anos, ele tinha quem beijar e bom fazer todo o resto enquanto a bobinha aqui fica esperando, ai ele vem faz o que quer comigo e me deixa para ficar com a mãe do filho dele, é isso que ele queria?

A minha mente trabalhava a todo o vapor, decididamente nunca mais um homem me faria sofrer, seja ele humano, lobisomem ou vampiro ou até mesmo quem sabe qualquer outro tipo de espécie que possa existir. No quarto ao lado meus pais estavam dormindo, essa é a hora que eu precisava, desci rapidamente as escadas, deixando um bilhete para os meus pais dizendo que eu estava indo para o apartamento em Seatle, que ligaria logo pela manhã mas que no momento era insuportável a minha permanência nesta cidade. E é claro me desculpando pela atitude quase que impensada, pois é eu acabei pegando o carro da minha mãe e dirigi até Seatle, três horas e méis de viagem.

Meu celular insistia em tocar, na maioria eram do Seth, mas também havia dos meus pais e familiares em geral. Não tinha como conversar com ninguém neste momento. Cheguei no apartamento já era de manhã, tomei um banho e me deitei, como eu queria poder dormir, me desligar de tudo e todos por pelo menos algumas horas. Mas não eu não dormia. Depois de me irritar com o celular e pó telefone do apartamento que não arava de tocar liguei para os meus pais, que atenderam no primeiro toque.

-Mãe? – Eu disse mesmo antes de ouvir o famoso ‘alô’

-Agatha, minha filha o que aconteceu, por que você saiu assim? –Ela estava nervosa, e triste, sim eu até estava vendo o rostinho delicado da minha mãe banhado pelas lágrimas do desespero.

-Mãe, está tudo bem, me desculpe, mas eu não podia ficar mais tempo ai. Dói. – Eu disse controlando a minha voz e as minhas lágrimas.

-Eu entendo, mas poderia ter esperado eu e o seu pai acordar, ou então ter nos acordado, não teríamos te impedido, apenas queríamos conversar contigo filha. – Mãezinha se você soubesse que foi melhor assim...mas eu não a deixaria triste, não por isso.

-Desculpe, mas tinha que ser assim, diga ao papai que eu sinto muito, mas eu não tinha como ficar ai depois de tudo. Eu amo vocês. – Eu disse e desliguei, não me faria nada bem sentir o sofrimento da minha mãe assim quando tudo já parece estar perdido.

Decidi dar uma volta no parque aqui perto, um ótimo lugar para pensar, mais uma vez usei o artifício do bilhete para avisar os meus avós de onde eu estaria e que eles não precisavam se preocupar, sei bem que logo eles estariam chegando e não seria legal ter dois vampiros me caçando pela cidade loucos de preocupação.

Caminhei até uma parte afastada do parque, sentei encostada numa arvore grande e bela, escorando minha cabeça entre os joelhos, típica posição de quem está penando ou melhor chorando. Fiquei ali horas a fio sem me mexer, estava tão bom que comecei a me sentir mais leve, tive a certeza que a Dani estava por perto, afinal era ao lado dela que eu me sentia assim, não quis me levantar, continuei na mesma posição. Mas não era o cheiro da Dani que eu sentia, era um cheiro mais aliscado, com um toque amadeirado misturado com cítrico. Fiquei meio apreensiva, escutei um coração batendo descompassado muito próximo, mas não deixei a curiosidade me vencer. Até que senti uma mão delicada, mas ao mesmo tempo tinha o toque firme e forte, decididamente não era a Dani. A minha surpresa foi quando eu vi quem era...

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Momentinho das perguntas... Quem quiser participar é só mandar no comentário sem esquecer de colocar para quem é a perguntinha.

JULIETA S2

Agatha: O que mais te intriga  no Seth?

Acho que o fato dele nunca ter demonstrado nenhum interesse em mim, mas no meu aniversario teve toda aquela cena de ciúmes e depois é claro o beijo, sei lá ele me parece meio lendo em certos momentos, mas em outros ele tem atitude mais que esperada.

Daniela Twilight

Seth como pensas passar o tempo enquanto a Agatha estiver fora, com certeza não vais passar os dias em casa ou a trabalhar....tens que te divertir...o que pensas fazer???

Não me vejo em meio a diversões sem a Agtha, então vou passar o meu tempo fazendo algo que me faça esquece-la


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Notas finais do capítulo

E então o que estão achando???

Duvidas?
Sujestões?
Criticas?
Ameaças de morte?

Brincadeirinha viu, pelo menos a ultima opção.rsrsrsr

Bjus

Helo Yanki



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