Sim para a Paixão escrita por Heloise_Yanki


Capítulo 45
NASCIMENTO


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, eu sei que o cap está pequeno, mas se der amanhã eu posto o proximo. Espero de coração que apreciem.

Obrigada a todos que tem comentado, isso muito me ajuda.



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Nascimento

 

Pelos cálculos do meu avô faltavam pouco mais de duas semanas para o nascimento do meu bebe, nem preciso dizer que estou uma bola. Sério se eu precisar correr é bem simples: deito no chão e vou rolando. Escutei as risadas do meu pai de longe, este sempre atencioso.

 

-Nem poderia ser diferente Nessie. – Respondendo ao meu pensamento mais uma vez, pai eu preciso de sangue, pedi em pensamento. Já faz dias que eu não caço, mesmo com o barrigão, até umas semanas atrás eu ainda ia até a floresta e me alimentava enquanto o Jake segura a minha presa. – Nessie já não dá mais para você ir para a floresta, mesmo acompanhada é muito perigoso. – Eu já imaginava que isso pudesse acontecer, mas mesmo assim eu precisava de sangue. – Calma Nessie vamos dar um jeito. – Disse meu pai entrando no quarto, pois é agora eu passo a maior parte do tempo deitada e entediada. Logo ele entrou no quarto e se sentou na cama o Jake chegou.

 

-Oi meus amores, como estão? – Perguntou me dando um selinho e acariciando a minha barriga.

 

-Precisando de sangue. – Respondi meio azeda. Ele olhou para o meu pai que apenas confirmou com a cabeça e saiu do quarto. – O que você pensou?

 

-Numa maneira de você se alimentar de sangue sem precisar sair daqui. – Respondeu se deitando ao meu lado.

 

-Jake eu não vou tomar sangue humano, eu já avisei que isso me dá nojo. – Afirmei sem paciência.

 

-Quem disse que você vai beber sangue humano? Só não vai até a floresta para se alimentar. – Disse calmamente, me abraçando. Nossa ele está com um cheiro de óleo horrível. Meu pai gargalhou.

 

-Jake, você não acha melhor tomar um banho não?Você acabou de chegar da oficina.

 

-Tá dizendo que estou fedendo amor? – Perguntou se fazendo de ofendido.

 

-Não, tô querendo dizer que você está com cheiro de óleo de motor e isso está me dando enjôo. E sinceramente eu não estou com a mínima vontade de vomitar agora. – Dei meu melhor sorriso de inocente.

 

-Tá, eu já entendi. Estou indo tomar meu banho. Me espera aqui tá? – Disse ele entrando no banheiro com um belo sorriso.

 

-Como se eu pudesse fugir ne Jake. – Falei ironicamente. Ultimamente, acho que por eu não poder fazer muita coisa, eu estava sem um pingo de humor, sem falar na minha sensibilidade excessiva. Ainda bem que o Jake me entendia e procurava não me aborrecer com questionamentos.

 

Depois de tomar banho e vestir uma roupa confortável meu excelentíssimo esposo me convidou para dar uma volta no jardim, quando lá chegamos encontrei meu pai e meus tios segurando um urso pardo, até que grandinho.

 

-Lanchinho da tarde Nessie. – Só podia ser o tio Emm, mas...

 

-A idéia foi do Jacob, mas o trabalho foi nosso de encontrar esse bicho tão rápido. – Disse meu pai. Sem rodeios suguei todo o sangue do urso, estava muito apetitoso, por isso não deixei nenhuma gotinha sequer.

 

-Eita fome que vocês tem em Nessie. – Encarei seriamente meu tio, que pelo jeito entendeu o recado. Não se faz piada com uma hibrida grávida de quase nove meses, ainda mais sobre alimentação, a não ser que se queira perder a cabeça. Meu pai deu uma risada sinistra, que arrepiou todos os pelos do meu corpo.

 

-Pai, o que foi isso. – Perguntei ao ouvir um barulho estranho, como se fosse um metal sendo arranhado.

 

Antes que meu pai pudesse responder senti a dor. Uma dor alucinante, algo sendo rasgado de dentro para fora do meu ventre, eu sabia era a hora do meu bebe vir a este mundo. Sem mais demoras fui pega no colo, acredito que seja pelo Jake, mas não tenho certeza, já que eu me negava a abrir os olhos. A dor cada instante mais forte, meu sangue, um liquido mais escuro que o sangue humano e mais grosso também, jorrava de forma que se não parasse logo eu poderia ficar sem nada dentro de mim. Senti sendo deitada na maca, mas mesmo assim não ousei abrir os olhos, me segurava ao máximo para não gritar, mas a dor não tinha fim.

 

Mãos frias me despiram, ao mesmo tempo que mãos quente me acariciavam a face. Estava tão compenetrada em agüentar a dor que não dava atenção no que estava acontecendo ao meu redor. No momento nada mais importava a não ser que eu agüentasse firme a vinda do meu bebe a este muno, um bebe que já é muito amado e virá para trazer mais alegria a minha vida e de toda a família. Foi esse o pensamento que me deu forças para suportar aquela dor quase que insuportável.

 

Não sei estimar quanto tempo se passou, mas a dor começou a passar. Aos pouco fui retornando ao controle até que ouvi um chorinho, algo bem leve, mas que se tornou a mais bela melodia que eu poderia ouvir. As mãos do Jake que outrora estavam em minha face agora se ocuparam em segurar o nosso bebe. Aos pouco fui abrindo meus olhos e como num passe de mágica eu a vi. Uma bonequinha de porcelana, a pele branca como a minha, os cabelos volumosos e negros como os do pai e por fim olhos verdes, iguais aos do meu pai quando humano, a imagem da perfeição.

 

Assim que me viu ela parou de chorar, me encarou calidamente e esticou uma das mãozinhas em minha direção. O Jake pareceu hesitar por um momento, mas logo a colocou em meus braços. Meu pai e meu avô sorriam para mim, agora eu pude ver como eu estava, deitada na maca coberta com um lençol que um dia foi branco, mas agora todo manchado com o meu sangue. Isso não me incomodou nem um pouco, poucos segundos se passaram e minha mãe, minha avó e minhas tias já haviam me limpado e me ajudado a colocar uma roupa limpa, assim como fizeram com a bebe.

 

Então, já no meu quarto, num ambiente mais apropriado e com todos ao nosso redor eu pude contemplar melhor a minha filha, fruto de um amor nada convencional, mas verdadeiro. Sentada na cama, apoiada na cabeceira com a bebe no colo e o Jake ao meu lado foi que eu pude perceber que não existiria felicidade maior que essa.

 

-Então Nessie, já escolheram o nome? – Minha mãe perguntou, não era a primeira a questionar algo sobre a bebe, mas foi a primeira vez que prestei atenção em algo que não fosse exatamente a bebe. Todos me olharam curiosos, percebi que o Seth não estava ali, aonde será que esse menino se meteu?

 

-Ligamos para ele, ele só iria fechar a oficina e estava vindo para cá. – Meu pai terminou de falar escutamos o Seth subindo as escadas apressadamente, sem a mínima cerimônia ele entrou no quarto, se ajoelhou ao meu lado e pediu para vê-la, seus olhos brilharam. Assim que ouviu a voz do Seth a minha pequena se moveu, não um movimento brusco, mas algo como se procurasse a origem daquela voz.

 

-Eu posso? – Meio sem jeito, mas com o coração batendo a mil. Com um bando de vampiros ali não havia ninguém que não ouvisse a arritmia dos batimentos dele.

 

-Claro Seth. – Entreguei a bebe a ele, ela imediatamente abriu um lindo sorriso, os olhos deles brilharam de forma quase incompreensível. Até que ela levou a mãozinha em direção ao pescoço dele e de debaixo da camisa que ele vestia ela pegou a pequena pedrinha que ele carregava no peito desde do dia que o Pai da Cris entregou a ele a jóia que seria o presente de aniversário da minha amiga.

 

-Ela é linda Nessie, vocês já escolheram o nome? – Agora, parecendo estar mais calmo, mas mesmo assim sem me devolve-la o Seth perguntou.

 

-Era exatamente o que estávamos esperando que ela respondesse. – Disse a minha mãe, olhei para o Jake que entendeu perfeitamente o que eu quis dizer, novamente olhei para a princesinha no colo do Seth, com a pequena pedrinha de agatha na mãozinha, segurando com todas as forças e olhando intensamente para o Seth. Nesse momento eu soube exatamente qual seria o nome da minha filha.

 

-Agatha, o nome dela será Agatha. – Uma lágrima rolou pela minha face, e o quarto ficou pequeno para tantas emoções. Seth me devolveu a pequena Agatha, e sem tirar os olhos dela e retirou do pescoço a correntinha que há muito tempo ele carregava consigo, meio sem jeito ele colocou a pedrinha novamente nas mãozinhas da bebe, a fechou em volta e carinhosamente beijou.

 

-Linda escolha amor. –Jake ao meu lado sorria, assim como toda a nossa família, era um momento único, sabíamos disso. Mas fomos interrompidos por uma bonequinha chorosa que sem a menor duvida estava com fome, olhei em volta, pensando em como seria a dieta dela quando a minha mãe apareceu no meu lado com uma mamadeira, com um liquido esbranquiçado nas mãos.

 

A Agatha mamou tudinho e logo pegou no sono. Aos poucos minha família foi se retirando deixando apenas eu, a bebe, o Jake e o Seth no quarto. É claro que entendíamos perfeitamente a presença do nosso amigo ali, afinal era o mesmo sentimento do Jake para comigo, era algo puro e valioso.


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Notas finais do capítulo

Então gente, o que acharam???

Estive pensando, o proximo cap será o ultimo, no entanto não sei se vocês gostariam que tivesse mais um pouco, quem sabe contando como será a relação da pequena Agatha com o Seth, Então que tal mandar sugestões???

Estarei esperando.

Beijinhus a todos.