Acordei meio tarde naquele domingo, mas isso não importava muito não é??? Fui até a cozinha a fim de tomar um copo de suco de laranja, sabe toda vez que meus pais e o Jake inventavam de me fazer comer comida humana sempre tinha um belo copo de suco de laranja, então para mim suco de laranja tinha gosto de Jake, meus pensamentos vagavam sem limites pela minha ultima semana, tanta coisa mudou, tantas emoções vieram a tona que eu nem podia acreditar que tudo aquilo aconteceu numa única semana. Pois é minha vida passa voando pelos meus olhos.

De repente eu sinto um cheiro familiar, e um abraço forte por trás.

-Jake, desde quando você é tão silencioso. – Tá era para parecer uma bronca, mas não deu. Poxa ele me olhando com aqueles lindos olhos de lobo, quem podia resistir???

-Eu com certeza... – ‘Pai... não precisava responder em voz alta. – Desculpe – Meu pai entrava na cozinha com um semblante sereno no rosto, parecia calmo demais para ser o meu pai.

O Jake continuava abacado comigo. – O que você está tomando Nesse – Perguntou enquanto eu aproximava o copo a minha boca, parei no meio de caminho e ofereci a ele.

-Suco de laranja, quer um pouco?

-Desde quando a senhorita se alimenta de comida humana sem que a gente te obrigue. –Brincou o Jake enquanto pegava o copo da minha mão.

-É que suco de laranja me lembra você, e como eu estava com saudades... – Meu pai fingiu não reparar em nós, enquanto o Jake quase se engasgou com o suco, por fim ele terminou de tomar e colocou o copo em cima da pia se distanciando um pouco de mim.

-Então garotos a Alice prevê uma tempestade para hoje a tarde, e como faz tempo que não jogamos beisebol estamos combinando de ir o que acham?? – Bom se a tia Alice viu uma tempestade e viu o jogo então significa que nem o Jake e nem eu estaremos por lá.

-Não vai dar Edward, eu tenho que terminar uma moto para amanhã, com essa minha jornada dupla, tenho coisas atrasando. – O Jake respondeu interrompendo meus pensamentos.

-Então Nesse você vai querida? – Como se ele não soubesse a minha resposta. Eu queria realmente ir ver a minha família jogar, era incrível como eles jogavam bem, mas ao mesmo tempo eu queria passar mais tempo com o Jake, eu sei que já passamos quase o tempo inteiro juntos.

Vendo minha carinha pensativa o Jake se posicionou na minha frente, segurando o meu rosto, e beijando levemente os meus lábios, estava arriscando demais com o meu pai por perto, se ele já ficou nervoso como os pensamentos dele que dirá comas ações assim tão implícitas.... Mas o Jake estava confiante, me deu mais um selinho e então afastou o seu rosto do meu.

-Vai com a sua família minha pequena, vai ser chato hoje lá na oficina, eu tenho muito trabalho e não vou poder dar atenção a você... ou melhor acho que não vou terminar a moto hoje com você por perto. – Que sorriso mais lindo....tinha como negar alguma coisa com ele assim me olhando???? “não responda pai”. Meu pai não respondeu mas deu risada.

-Então ta Jake, já que você não me quer por perto vou jogar Basebol com a minha família. – Fiz uma carinha de dar dó, mas ele sabia que era de brincadeira, pois logo abri o meu melhor sorriso e o beijei, meu pai com certeza não estava apreciando muito a cena por isso nos deixou a sós.

-É isso que você pensa meu anjo??? Que eu não te quero por perto?? – Ele foi me apertando contra o balcão da cozinha deixando cada vez menos espaço entre nós até que estávamos totalmente colados um no outro, então com um sorrisinho muito safado ele começou a beijar o meu pescoço, depois meu rosto até que chegou com uma urgência nunca vista a minha boca, o beijo começou rápido mas apaixonado, depois ficou lento e as nossa respirações ofegantes, comecei a passar a mão na sua nuca descendo até o fim das costas, ele por sua vez, me apertava e agora descia a mão para a minha coxa, quando de repente ele é jogado para o outro lado da cozinha, sem dúvidas pelo meu pai. Eu fiquei sem ação.

A cena foi chocante, meu pai segurando o Jake no alto pelo pescoço, olhando para mim e rosnado alto.

-Pára paiiiii – eu gritava sem parar – por favor pára.... – as lágrimas começaram a descer pelos meus olhos seguindo pela minha face, eu estava começando a ficar desesperada. O pior é que o Jake não reagia, ele simplesmente deixou o meu pai agir com toda aquela brutalidade sem ao menos tentar alguma coisa.

Minha mãe entrou correndo na cozinha, provavelmente ela estava na casa dos meus avós e ouviu meus gritos.

-Edward solte-o... – minha mãe se dirigia ao meu pai com uma expressão de dor no rosto, acho que se ela ainda pudesse chorar ela estaria ao prantos assim como eu. – Filha o que aconteceu, seu pai está totalmente fora de controle. – Minha mãe assim como eu queria respostas.

Os minutos se passavam e ninguém ousava dizer uma só palavra, até que meu pai baixou a guarda e permitiu que o Jake ficasse no chão, mas para o Jake parecia estar tudo bem, como se tudo aquilo fosse uma reação esperada do meu pai...

-Agora eu posso falar Edward?? – Como o Jake conseguia manter a calma diante de um vampiro totalmente descontrolado.

-Fala Cachorro, mas fala rápido pois o meu controle não é nada perfeito. – Meu pai falava entredentes, se segurando para não insultar ou até mesmo agredir o Jake.

-Me perdoe, eu perdi totalmente a cabeça, mas não a culpe por isso. – O Jake olhava no fundo dos olhos do meu pai, sem ao menos piscar, em nenhum momento deixou de estar seguro de si.

-Quem disse que estava culpando-a, ela é só uma criança... – Meu pai ainda se controlava, mas parecia estar mais calmo.

-Agora será eu posso saber o que está acontecendo aqui?? – Minha mãe que até então só assistia a cena abraçada a mim se pronunciou.

-Esse vira latas estava numa situação um tanto quanto constrangedor com a nossa filha bem aqui na cozinha. – Meu pai não tirava os olhos do Jake, nem mesmo quando falava com a minha mãe, lembrando que eles estando do outro lado do cômodo.

-Como assim numa situação constrangedora?? Jacob o que você fez com a minha filha??? – Pronto agora quem vai arrancar a cabeça do Jake é a minha mãe.

-Bella...calma – O Jake mais uma vez se mostrava confiante, mesmo diante de dois vampiros descontrolados. – Eu admito que passei um pouco dos limites, mas não aconteceu nada demais.

-Explique melhor Jacob, que eu não estou gostando dessa história. – Minha mãe estava começando a perder o controle, ela se postou a minha frente já em posição de ataque.

-Bella não é isso que você está pensndo...eu – Eu que tinha que falar alguma coisa.

-Mãe pare. – Eu encostei de leve no seu rosto transmitindo o acontecido pela minha perspectiva, ela retornou na posição inicial e ficou olhando para o meu pai.

-Foi isso mesmo que aconteceu??? – Tudo bem agora a minha mãe não acreditava em mim, o que mais falta acontecer.

-Foi mais ou menos assim sim, e Nesse ela acredita em você, mas nem você mesma tinha certeza do que estava acontecendo no momento não é mesmo mocinha? – Tudo bem meu pai tinha razão, mas que culpa eu tenho. – Nenhuma filha. E ninguém está dizendo isso, mas ao contrario de você o vira latas aqui sabia muito bem o que estava fazendo...

Tudo bem acho que eu era a única naquela cozinha que não fazia a menor ideia do que eles queriam dizer com tudo aquilo...Tentei me manter calma, tentei colocar as idéias em ordem.... MEU DEUS...será que eles estavam pensando que eu e o Jake...que nós... na cozinha... caramba!!!!! Como eles podiam pensar isso de mim, sua filha, que nunca teve segredos, mesmo se fosse possível... Senti mais uma vez as lágrimas escorrerem pelo meu rosto, e desta vez não tentei impedir, a decepção com os meus pais era tmanha que eu não tinha mais forças para nada. Sente ali mesmo no chão, com as pernas junto ao corpo e cabeça baixa, não podia sair dali mas não queria olhar para ninguém... Deixei meus pensamentos me levarem para bem longe dali...

Me vi no penhasco onde o Jake havia me levado, de frente para o mar, eu ali sozinha, vendo o linda imagem do horizonte. Os pássaros cantando, as ondas quebrando nas rochas. Era ali que eu queria estar, tamanha era a minha vontade que eu pude sentir o cheiro do mar.

Meu coração foi se acalmando, por dentro fui me sentindo mais leve. Senti que o tempo passava, mas agora que eu estava ali, era quase como se fosse real, na verdade se eu me sentisse mais forte eu teria saído do chalé e corrido para cá. Minutos se passaram mas minutos preciosos que me fizeram ver a verdade, ele não estavam imaginado que algo estava acontecendo, mas provavelmente a mente do Jake estava vagando por algo parecido, eu não posso culpa-lo, ele é homem, e eu que ainda sou uma garotinha me deixei levar pela maravilhosa sensação imagine ele que já viveu muito mais que eu. Com a calma reinado novamente dentro de mim eu sabia que teria que me levantar e encarar as pessoas mais importantes da minha existência.

Quando abri os meus olhos percebo que não estou mais na cozinha e sim deitada numa maca provavelmente na biblioteca do meu avô.

-Ela acordou... – Escuto meu avô avisando alguém.

Olhando melhor ao redor estavam comigo meus pais, o Jake e o meu avô. Todos pareciam estar tensos com a situação. Fiquei sem reação com todo aquele alvoroço.

-Filha, você se sentou no chão, e começou imaginar que estava em outro lugar, até que você perdeu a consciência.

-Como assim, eu estava consciente o tempo todo, você não viu nos meus pensamentos?

-Quando você perdeu a consciência todos os seus sinais vitais desapareceram assim como seus pensamentos. – Meu pai tentava explicar, mas na minha cabeça nada fazia sentido.

-Calma Nesse, você ainda está fraca, descanse um pouco depois conversamos. – Meu avô estava tentando adiar a conversa mas isso não me agradou muito, mas no momento não tinha como discutir... Mas eu precisava de resposta.

-Filha se acalme. – Meu pai olhou pra mim com um ternura e uma dor ao mesmo tempo compreensível e desconhecida. – Algo aconteceu, e nós ainda não sabemos o que, mas grosseiramente falando foi como