Acordei cedo naquela sábado, não me lembrava de muita coisa da noite anterior, mas me sentia muito bem até que ouvi meu pai rosnando para alguém, vesti meu robbie e fui em direção aos gritos.

-Jacob Black como você se atreve a pensar assim – Meu pai estava muito nervoso, aonde será foi parar o autocontrole dele. - Já conversamos sobre isso a muito tempo, então controle-se.

-Não é isso o que você está pensando – Jake estava tentando se defender mas pelo jeito sem sucesso – Não a vejo dessa forma, ela ainda é uma menina...

-Não é o que vejo na sua cabeça cachorro...

Percebi que se um dia meu pai teve algum controle este acabou de ir pro espaço. Aumentei a minha velocidade até chegar ao jardim onde eles estavam discutindo.

-O que está acontecendo aqui? Posso saber porque vocês dois estão aos berros. Se tiver alguem num raio de 15 km com certeza está ouvindo vocês, e não precisa nem ter uma super audição pra isso.

Meu pai veio me abraçar e senti que o Jake não seria louco de fazer o mesmo com o meu pai desse jeito. Será que eles não viam que tudo isso só me magoava, poxa vida os dois homens mais importantes da minha vida quase se pegando nos tapas. Senti uma dor enorme no peito e as lágrimas começaram a descer pelo meu rosto, larguei do meu pai e sai correndo pro meu quarto. Minutos depois meu pai bateu na porta.

-Posso entrar? - 'é claro que pode pai' respondi em pensamento, tinha medo que minha voz falhasse por causa do choro – Desculpe por aquilo meu anjo. - Mau pai entrou no meu quarto e sentou ao meu lado na cama, onde eu estava sentada abraçando o travesseiro.

-Não é a mim que você tem que pedir desculpas pai.

-Ao Jake eu já pedi, eu realmente não sei aonde foi parar o meu autocontrole.

-Pai o que realmente estava acontecendo?

-O Jake veio te ver pela manhã, e como você estava dormindo ele resolveu te esperar no jardim e sem querer – dei um olhar cético ao meu pai, pois sem querer não era mesmo – Tudo bem, não foi sem querer, eu dei uma olhada nos pensamentos dele e não me agradei nem um pouco.

-E eu posso saber o que tinha de tão ruim nos pensamentos dele para você agir daquela forma – toquei o rosto dele mostrando a cena terrível que eu presenciei.

-De uma forma geral ele imaginava como você estava crescida e a proximidade de vocês dois. - Ele com certeza estava sem jeito de me explicar aquilo.

-Pai você já parou para pensar que realmente eu e o Jake estamos cada dia mais próximos, e essa proximidade é inevitável.

-Eu sei pequena, mas entenda que é difícil para um pai admitir que sua filhinha cresceu, e está tão próxima de um lobo grandalhão como o Jake. Ainda mais quando os pensamentos dele não me deixam esquecer. -Um vampiro esquecer de alguma coisas só rindo do meu pai.

-Pai você já parou para pensar em como seria se o vovô Charles pudesse ler os seus pensamentos sobre a filhinha dele, ainda mais sabendo que ele é no minimo 90 anos mais velho que ela? Não tente me convencer que você não tinha pensamentos inadequados sobre a mamãe. Eu não sou tão ingenua assim para acreditar.

-Quando foi que a minha pequena amadureceu assim? - meu pai pegou no meu rosto e beijou minha testa.

-Não se esqueça que metade de mim é Edward Cullen. E quanto a maturidade já cheguei nela fazem quase quatro anos. Sei que o Jake é homem e é natural que ele pense certas coisas da tua filhinha, assim como você pensou certas coisas das filhinha do meu avô. Não que eu esteja defendendo o Jake, é claro que ele devia ter o bom senso de não pensar perto de você.

-Bom para o Jake eu já pedi perdão e você me perdoa?

-Como não poderia perdoar o meu pai???? - Então nos abraçamos e ficamos assim por um tempo até que minha mãe adentrou o quarto.

-Ei eu também quero participar da conversa. - Rimos da cara dela e a abraçamos também.

-Mãe será que poderíamos conversar – olhei seria para o meu pai – a sós?

-Com licença, eu acho que o Emm tá querendo perder no xadrez. - Ele então deixou o quarto rapidamente, e eu sabia que não ficaria para ouvir a conversa.

-O que você quer conversar Nesse?

-Mãe eu não sei como, mas cada dia que passa me sinto mais atraída pelo Jake. É como se algo fosse me sufocar.

-Isso nos já esperávamos meu anjo, porque seu pai não podia participar da conversa?

-Por causa de cana entre eles agora a pouco, pareciam dois brutamontes guerreando, só faltaram se estapear, e não acho que o que eu tenho para conversar contigo fosse agradar a ele.

-Nesse seu pai, assim como todos nós já esperava por isso.

-O que não significa que ele esteja aceitando numa boa.

-Ele só esta com dificuldade de ver como você cresceu.

-Tudo bem, mas voltando ao assunto, não sei o que fazer. Ontem quando estávamos no estúdio do papai ouvindo musica, cada toque cada olhar, parecia que me incendiava por dentro.

-O fato de você estar evitando o toque dele só faz com que as sensações sejam ampliadas a cada instante, você evitar não vai fazer você acostumar com a atração.

-Quer dizer que se eu ceder ao instinto de toca-lo vai facilitar a tenção entre nós.

-Mais ou menos, é que com os toque e até mesmo os beijos vão fazer com que você entenda mais as reações do seu cor, prevendo as reações e conhecendo os limites de cada um.

-Acho que o papai não vai ficar muito feliz com isso, se só com os pensamentos ele já reagiu assim imagine se tiver algo físico, como não vai ser a reação dele?

-Assim como qualquer outro pai, ele vai ter que aceitar que você cresceu e que está tendo outras experiencias.

-Acho que estas experiencias não estavam na lista dele quando ele me propôs experiencias humanas. - Nós duas rimos, é claro que o meu pai não iria se impor na minha decisão, mas o que era pior eu não tinha muita certeza da minha decisão. A dúvida do que fazer era o que mais me incomodava.- Mas necessariamente o que eu devo fazer.

-Se renda ao seu amor, cada passo de uma vez, se deixe levar. - Ela levantou da minha cama, é claro que quem sempre teve controle nessa relação era o meu pai, pois se dependesse dela eu teria sido concebida ainda durante o namoro. - Ah.. Nesse tem alguem que quer falar contigo, acho que algo a ver com uma caçada não feita.

Ela deu uma piscadinha pra mim, só podia ser o Jake, fiquei muito feliz em saber que mesmo com a cena do meu pai ele ainda estava ali, me esperando. Vesti uma roupa bem confortável e fui encontra-lo no jardim, cheguei por trás dele e fechei os seus olhos, numa brincadeira.

-Oi minha pequena... - É claro que ele sabia que era eu.

-Então vamos caçar??? - Não era bem caçar o que eu queria, era mais sair dali. Ele me pegou pela mão e corremos pelo floresta adentro. Caçamos um grande cervo, ou melhor eu cacei pois ele só me olhava desde que saímos do chalé.

Depois de eu estar satisfeita convidei ele para ir no mesmo lugar onde ele havia me levado alguns dias atrás para conversarmos, quando chegamos l´=a ele se sentou de frente para mim.

-Nesse, eu queria pedir desculpas pela cenas entre eu e seu pai, sabe eu devia ter me controlado, mas não consegui. - Ele parecia estar muito arrependido, como se estivesse cometido um crime.

-Jake tá tudo bem, mau pai com certeza exagerou um pouco, mas será que eu posso saber o que você estava pensando para ele perder o controle daquele jeito – É claro que meu pai já tinha falado por alto o que estava acontecendo, mas eu queria ouvir do próprio Jake.

-Acho melhor eu nem pensar nisso por uns anos Nesse. - Ele estava com vergonha de mim???

-Jake, meu pai não está aqui. Estamos só eu e você, pensei que confiava em mim – Tá eu sei que era jogo sujo, mas eu queria saber direto da fonte.

-Nesse, eu...eu...Seu pai me mataria por dizer aquelas coisas pra você...

-Só se ele ficar sabendo... -Eu teria que escutar dele para quem sabe eu tomar alguma atitude.

-Eu...eu estava pensando em como você está cada dia mais linda, que a garotinha que eu vi nascer está se tornando uma mulher, e que essa mulher a cada dia que passa toma mais ainda os meus pensamentos, e me faz quer estar com ela de um jeito que ninguém nuca esteve – Ele falava como se lembrasse de cada cena que passava pelos pensamentos dele no momento que meu pai surtou – Que você sabe como me tirar da razão sem ao menos fazer alguma coisa...

Não resisti a ele assim, de olhos fechados lembrando de suas fantasias comigo, me aproximei mais ainda, peguei o seu rosto com ambas as mãos e me entreguei no melhor beijo da minha vida. Foi um beijo calmo , mas apaixonado, era como se suprisse todas as necessidades físicas dos nossos corpos, mais ainda que o alimento e até mesmo o oxigênio. Nada mais importava, eu o amava e ele me amava, e naquele momento estávamos entregues no desejo que nos consumia a algum tempo. Quando o ar dos nosso pulmões estava se esgotando tivemos que para retomar o folego. Então ele mais uma vez olhou fundo nos meus olhos e se declarou:

-Nesse, você é tudo que eu poderia desejar pra mim,mais ainda do que eu imaginei. Eu te amo. Quer namorar comigo?? -Para o mundo...Ele alem de se declarar de uma forma tão encantadora me pediu em namoro. Tem como recusar????

-É claro que eu aceito. - Então nos beijamos novamente, e de novo, e mais uma vez....

Quando o sol começou a se por nos beijamos mais um,a vez e era como se cada vez fosse a primeira, meu corpo respondia de forma instantânea e apaixonada. Então nos levantamos e seguimos para o chalé. Meus pais esperavam na sala, eu já até podia imaginar o motivo. Entramos e eu pude perceber que as coisas não estavam tão ruins assim, minha mãe deu lindo sorriso para nós dois no momento em que passávamos pela soleira da porta de mãos dada, meu pai apenas nos olhou seriamente.

-Olá Bella, Edward. Bom já que estão os dois aqui eu queria pedir permissão para namorar com a Renesme. - Foi a coisa mais linda que o Jake disse hoje, mas ele bem que poderia ter esperado pelo menos nós entrarmos direito em casa.

-Entre Jake, se sente que precisamos conversar. - Meu pai estava serio, não parecia que estava disposto a aceitar. - Com os dois – Ele completou.

Entramos e nos sentamos juntos no sofá de frente aos meus pais, minha mãe estava feliz, mas meu pais estava um pouco tenso.

-Então vamos conversar – O Jake parecia bem a vontade com aquilo tudo, não sei porque mas eu estava ansiosa.

-Jacob, nós já esperávamos por esse dia – Meu pai controlava até a voz – É claro que não esperávamos que fosse tão cedo, mas isso agora não vem ao caso. Você gosta da Nesse e ela gosta de você. Eu permito que namorem, mas não esqueçam que namoro é namoro e que tem limites. Limites os quais eu espero que respeite. - Com meu pai falando daquele jeito eu não me atreveria a discordar de nada, e pelo jeito nem o Jake.

-Edward, limites existem na maioria das vezes para serem superados. -Tudo bem que o Jake era louco eu já sabia mas desafiar meu pai daquele jeito passava realmente de todos os limites. - Mas nesse caso eu os compreendo muito bem. Não se preocupe, estamos aprendendo a arte da convivência, e também estamos dispostos a dar um passo de cada vez.- Com ele falando assim eu me acalmei.

Minha mãe levantou num átimo do sofá e veio em nossa direção, nos abraçou e nos deu os parabéns. Meu pai se ateve em nos cumprimentar meio que friamente, mas eu podia entender ele plenamente, o que eu não esperava era sair dos meus pensamentos pelo rouco do estomago do Jake, caímos todos na gargalhada, e toda a tenção do momento se dissipou.

-Acho que tem alguem com fome, não é Jake. -Minha mãe com certeza estava com algo encaminhado para ele, puxa vida eu cacei e passamos o dia inteiro no nosso mundinho de aprendizado e nem se quer lembramos que o Jake não tinha comido nada, ou era só eu que tinha esquecido e ele estava se contorcendo de fome??? Fomos em direção à cozinha.

-Não Nesse, ele também não se lembrou de comer, acho que o momento não deixou. - Meu pai me tranqüilizou. Quer dizer que tudo estava bem.

Depois de comer eu e o Jake nos despedimos, afinal ele ainda tinha que fazer a ronda da noite, mas no final das contas tudo estava bem, estávamos namorando, meus pais o aceitavam como parte da família e eu era a mulher mais feliz do mundo. Foi com esse pensamento que cedi ao sono, mas ao longe ainda podia ouvir o uivo do Jake, um jeitinho de lobo de me desejar uma boa noite.