Memórias de Um Anjo Imperfeito escrita por Lauren Reynolds


Capítulo 15
Capítulo 13 - Always


Notas iniciais do capítulo

Olá! Espero que gostem desse cap. Comentem, recomendem, indiquem, falem de mim para outras leitoras.. enfim.. boa leitura!!

Beijinhos



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Capítulo 13 – Always.

 

- Edward... – Bella o chamava, mas ele continuava com a cabeça sobre o braço no volante, logo que saíram de dentro do hospital de Forks. Ele mantinha uma respiração pesada, ouvia-se soluções algumas vezes. Chegava a quase ser histérico.

 

– Olhe para mim! - Bella exclamou, puxando-o para si e colocando suas mãos espalmadas nas bochechas dele, na tentativa de acalmá-lo.

 

- Eu não sou mais aquela adolescente de antes. – ela murmurou.

- É claro que não é. – O tom dele pareceu mais divertido.

- Não vou ter pena de você. Não é isso que você quer de mim e nem de ninguém, você mesmo me disse. – Ela falou séria. – Mas nós fizemos uma promessa, lembra-se?

 

O olhar dos dois, por momento algum perdeu o contato. Edward esboçou um sorriso torto e finalmente entendeu onde Bella queria chegar. Não havia motivos para se desesperar. Não agora. Não em dias que eles eram tão felizes.

 

“Eu havia me perdido no mar de chocolate que eram os olhos de Bella desde a primeira vez que a vi. Eu jamais me acostumaria a encará-los por muito tempo sem me perder. Quando diziam que os olhos eram a janela da alma, eu sempre duvidei. Sempre questionei poder ver a alma de uma pessoa com um olhar, mas com ela, com a minha Bella, era diferente.”

 

- Eu me desesperei, não foi? – Ele perguntou num tom de voz sereno.

- Sim. – Ela respondeu sorrindo.

- Eu prometi que viveria ao seu lado e não me desesperaria. Fiz o oposto hoje. – Edward deslizou sua mão pelo rosto de Bella, que fechou os olhos e sentiu o toque dele. – Para sempre.

- Sempre.

 

Bella aproximou seus lábios dos dele e o beijou delicadamente.

 

“Era como se fossem mãos de fada me tocando. Hoje, fecho os olhos e me lembro de cada carícia que vinha de Bella. Minha pele ainda se arrepia, meus pêlos da nuca ainda ficam eriçados. Meu coração ainda consegue acelerar, somente com a lembrança...”

 

- Vamos marcar a data, amor. – Bella riu.

- Vamos, amor. – Ele girou a chave que estava na ignição e então seguiram para a igreja.

 

Ainda em seu escritório, Carlisle observava o vazio. Seus olhos não demonstravam nada, além de dor e sua mente se perdia em suas próprias lembranças. Dr. Roger entrou no escritório e encontrou o amigo com a cabeça apoiada nas mãos.

 

-... Ele tem um aumento no músculo cardíaco, Roger. – Carlisle disse sem o outro médico nem mesmo perguntar.

- Um grande aumento? – Roger perguntou.

- Não, pequeno, mas ainda sim, um aumento.

- Mas é pequeno. – Roger disse baixo. – Vamos homem!! Força, estou te pedindo, como amigo e não como médico. Força! Anime-se!

 

Carlisle mirou-o, admirado da postura que o amigo tomara. Então, como os raios de sol cortando as nuvens espessas, o rosto de Carlisle se iluminou. Ele abriu um sorriso que há tempos não demonstrara.

 

- Eu e Esme prometemos que não iríamos mais nos desesperar na frente dele. – Carlisle murmurou. – E ás vezes nós escorregamos e...

- Ei, você é só um humano.

- Sou, não é? – O médico loiro riu.

- Escute-me com atenção. – Dr. Roger disse calmamente. – Seu filho está em boas mãos. Tem o pai como neurologista e a mim como cardiologista, deve servir para alguma coisa... – Ele esboçou um sorriso. – Talvez, se conseguirmos um doador para o Edward, possamos...

- Não dá. – Carlisle disse num sussurro. – Ele teria que tomar imunossupressores, isso só iria acabar com o organismo dele e fortalecer a doença. Só me resta cuidar dele e ajudá-lo no que for possível.

 

“A minha hora se aproximava cada vez mais. E eu tenho certeza que algo dentro daquele meu ‘eu’, sabia disso. Meu pai não queria admitir, nem para os outros, nem para si mesmo, que não havia muitas chances para a minha saúde.

 

Com o tempo, meu coração iria parar. Não de repente, mas por não ter mais forças para bombear o sangue. Conseqüentemente, meus pulmões iriam entrar em falência; se não fosse assim, seria por alguma doença mais simples ou por uma infecção generalizada, pois meu corpo não teria mais forças para combatê-la.

 

A realidade era dura, difícil. Mas não tinha como escapar.”

 

Bella e Edward já tinham marcado a data de seu casamento. Seria no começo da primavera, dali cinco meses. Alice ficaria contente em saber que não faltaria muito tempo e, provavelmente, iria começar a surtar quando lhe contassem. Esme e Renée iriam enlouquecer tentando frear a baixinha, mas nada do que elas fizessem iria ser capaz disso.

 

No fim da tarde, Jacob ligara para Bella avisando sobre uma festa em torno da fogueira, que os anciões da tribo quiletute fariam para contar suas lendas. Emmett havia ficado empolgado com a idéia de ter histórias de terror em torno da fogueira, aceitou imediatamente, quando soube.

 

- Não são histórias de terror. – Jacob dizia pela milésima vez.

- Não vai adiantar você ficar falando, Jake. – Alice riu. – Ele não vai entender.

- Ok, ok. Olhe. Ele vai começar. – Rosalie cutucou.

 

Quil, Embry, Seth e todos os outros jovens da tribo, estavam ali para presenciar também. O velho Quil Ateara e Billy Black eram os anciões que contariam as histórias sobre os velhos espíritos que protegiam aquele povo.

 

Billy e Quil alternavam-se na narrativa. Era a vez de Billy falar sobre o espírito de Taha Aki, um índio que defendeu bravamente a tribo dos ataques dos inimigos. Emmett, vez ou outra, soltava uma gargalhada alta, junto de Paul. Emily, a esposa de Sam prestava atenção a cada detalhe e corria suas mãos pelas folhas do caderno, anotando a história contada. Bella tinha seus dedos entrelaçados aos de Edward, que ouvia atentamente a história.

 

O olhar de Jacob estava longe, talvez pensando em Bella, talvez pensando se alguma vez ele pudesse ter tido uma chance real com ela ou quem sabe com outra pessoa. Jake já sabia aquelas lendas de cor, então não procurava prestar tanta atenção; ele desviou o olhar para a lua branca que estava no céu. Haviam pequenas pintas prateadas, pequenas estrelas, distantes, mas que embelezavam a noite em volta da fogueira.

 

“Mesmo quando eu era humano, eu sabia... eu podia ver claramente, cristalino como as águas de um riacho, o sofrimento e o amor de Jacob por Bella. Hoje, eu posso ver muito mais, ver mais adiante, mais que os olhos humanos enxergam.

Por mais que ele fosse meu ‘rival’, digamos assim, Jacob era um ser inteiramente bom. É claro que os hormônios a todo o vapor de um jovem não nos deixa pensar de forma tão clara, mas hoje... Ah, se eu tivesse percebido isso antes... Somente dois meses antes... Bella não estaria sofrendo como estava naquele tempo.

 

Lá dentro, bem lá no fundo, eu sabia que o fim estava próximo.

 

“Em navios através dos mares, que eu sei...  não existem mais.

Os lugares, que eu gostaria de ter experimentado ao seu lado... não existirão.

 

Em algum momento... Eu teria que dizer adeus.”


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Notas finais do capítulo

Comentem!!



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