Memórias de Um Anjo Imperfeito escrita por Lauren Reynolds


Capítulo 16
Capítulo 14 - Momentos


Notas iniciais do capítulo

Olá minhas queridas leitoras xP

Espero que gostem desse capítulo. A fic está começando a entrar no ponto que eu queria, então, se preparem. Peguem seus lenços e não segurem ás lágrimas! :P

Tenham uma boa leitura e comentem POR FAVOR...

Beijinhos



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Capítulo 14 – Momentos

 

N/A: Vocês vão notar que houve outra passagem de tempo, mas sem ela a história não teria mais continuidade. Outro detalhe: Vocês vão notar que alguns fatos que normalmente eu mencionaria com um capítulo inteiro, ou mais, dessa vez eu não mencionei. Então tentem entender que talvez ficasse difícil para a fic continuar se eu não fizesse este capítulo da forma como o fiz. Não estranhem. E mais uma coisa: Fiquem atentos às mudanças de POV. Os parágrafos em itálico e entre aspas, são pov’s de um certo anjo. ;)

 

“E mais uma vez, eu me pegava sentado num banco de praça, num lugar onde o tudo é nada, o nada é seu tudo. Eu caminhava num espaço em branco, que por diversas vezes, tornava-se um campo florido ou uma praia branca. Era nessas horas que minha mente voltava ao passado. Neste dia, eu me lembrei do início daquele ano...”

 

Forks, ano de 2010, mês de fevereiro.

 

POV da Bella

 

“Felicidade é a certeza de que sua vida não está passando inutilmente.” (Érico Veríssimo).

 

Moment Like This – Kelly Clarkson

 

Era mês de fevereiro, dia 12 para ser mais exata. A tarde quente de verão finalmente caíra pelo horizonte, o sol morria nos limites do infinito, trazendo consigo a luz de um luar prateado. Essa era  vista que eu tinha de Phoenix, uma cidade imensamente grande, calorenta e agradável.

 

Eu estava com Edward em um hotel. Agora ele tomava banho, sozinho, embora preferisse minha companhia. Havia se passado cinco meses desde que ele me pedira em casamento. Oito dias atrás, nós havíamos nos casado. Então viemos para cá passar a lua-de-mel, nada muito longe e nem muito perto de Forks. Longe de Alice e perto o suficiente de um centro médico.

 

A cerimônia havia sido feita na capela de Forks, uma igrejinha pequena, para a cidade pequena, com uma fachada toda branca e um interior decorado com vasos floridos. O quarteto fantástico, como eu chamava Alice, Rosalie, Esme e minha mãe, tinham feito tudo com muito cuidado, ficara perfeito.

 

O carro da viatura do meu pai parou em frente ao longo caminho de rosas brancas, cor-de-rosa e vermelhas, plantadas em forma de cercas-vivas até a entrada da igrejinha. Ele saiu primeiro e então abriu a porta do meu lado, estendeu a mão e me ajudou a ficar em pé. Ajeitei o vestido de cetim, que caiu em perfeitas ondas pelo meu corpo e respirei fundo, era a minha hora.

 

Enquanto a lua surgia em meio ao céu quase negro, as lembranças daquele dia voltavam a minha cabeça. Eu sorria feito boba para a paisagem a minha frente.

 

A porta da igreja se abriu e revelou o olhar curioso daqueles que foram convidados para o meu casamento. Meus olhos percorreram toda a nave*, enfeitada com faixas de cetim e flores cor de creme. O Sr. Weber, o pastor, estava atrás do púpito, vestindo um terno especial para a ocasião; Carlisle estava ao lado da minha mãe; Edward ao lado de Esme; e todos os outros com seus pares. Quando a música começou, eu forcei meus pés para frente e, para minha surpresa, eu não estava nem um pouco nervosa.

 

Meu pai, assim que me entregou à Edward, que estava perfeito com aquele terno cinza, colete e camisa branca em contraste com os olhos verdes, foi para minha mãe, que deixou seu posto ao lado de Carlisle.

 

O momento em que eu disse sim foi especial. O momento em que Edward dissera sim, foi melhor ainda. Meu coração se acelerava...

 

- Bella, - dizia ele, segurando minha mão, enquanto ia colocando a aliança em meu dedo. – Você me ensinou o que era o amor. Amor de criança, amor de melhores amigos e aprendemos juntos, o que era o verdadeiro amor. O Amor é paciente...

- ... E generoso. – Eu disse junto com ele. – Nunca é invejoso. O Amor nunca é prepotente e nem orgulhoso. Não é rude e nem egoísta, nem se recente do mal. Não se alegra com a injustiça, mas se regozija com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.”

 

Quando saímos da igreja de mãos dadas, entramos no volvo e fomos para o salão onde seria a festa. Nós dois havíamos ficado lá por um bom tempo, mas quando a noite chegou ao seu quase fim, meu pai e Carlisle nos levaram ao aeroporto de Seattle. Emmett e Jasper amarraram latinhas em cordas no pára-choque do carro e escreveram “Recém casados” no vidro traseiro. Sem contar os balões em forma de coração...

 

Nós chegamos em Phoenix no meio da madrugada, quase manhã. Nós decidimos que deixaríamos a verdadeira noite de núpcias para o dia seguinte – ou noite seguinte, assim esperava eu -, até porque, eu sabia muito bem que Edward não podia abusar da boa vontade.

 

Nós dormimos até uma pequena parte da tarde, depois disso, saímos para comer um lanche e passear pelo resort aquático. Nós corremos pelo meio das piscinas e entramos em vários tobogãs, nadamos, até que finalmente estava escurecendo. Uma vontade súbita tomou conta do meu marido e ele insistiu em voltar para o quarto. Quando eu ia entrar, ele me carregou pela porta, como os noivos fazem com as esposas quando entram em casa pela primeira vez. Eu não liguei, claro. Apenas me deixei levar pela emoção do momento...

 

Edward carregou-me pelo enorme quarto até a cama. No momento seguinte, não me segurei. Percorri minhas mãos pelo seu corpo, tateando o peito coberto por uma camisa fina de verão. Edward bateu sua mão sobre o interruptor e diminuiu a luz do ambiente.

 

Eu sabia muito bem que aquele seria nosso momento especial. Nossos lábios se chocaram e o beijo deixou de ser tão singelo como era antes; nossas línguas brincavam uma com a outra; sua mão subia pela minha coluna, acariciando minha pele por baixo do vestido leve. Instantes depois, nossas roupas já não estavam mais em nossos corpos, encontravam-se jogadas pelo chão, enquanto eu arqueava com as carícias dele.

 

Eu o senti dentro de mim algum tempo depois, quando ele e nem eu já agüentávamos mais esperar. Eu respirei profundamente, tentando controlar a dor momentânea. Quando ela se foi, deu lugar a um prazer imenso, que eu só poderia sentir com a pessoa que eu amava.

 

Naquela – e em outras noites -, nós dormimos abraçados, como todas as outras noites, desde que ele pulava minha janela. Mas a diferença, era que com os mínimos movimentos, eu podia continuar dormindo ou então fazer outra coisa...

 

- No que está pensando?

- Oh, não vi que tinha saído. – Eu disse a ele. – Estava pensando nos últimos dias. Só poderemos ficar mais dois dias aqui, sabia?

- Sim. – Ele riu, abobado.

 

“Naquele momento, eu não queria dizer a ela que eu não sabia se teríamos mais tempo pela frente, porque eu sabia que isso seria mentira, eu sabia, que SE pudéssemos ficar juntos, seria comigo numa cama de hospital. A maioria deve se perguntar como eu tinha certeza...

Quando se é filho de um médico, com o tempo, você acaba aprendendo algumas coisas e, na minha situação, no meu caso, eu sabia muito bem quais seriam os indícios de que eu não resistiria por muito mais tempo.

 

Mas eu não me preocupava com isso. Eu tive todo o tempo que precisei para ter o meu beijo especial, para encontrar a pessoa especial. Eu não precisaria passar uma vida inteira a procura daquela que me amaria independemente da minha saúde.”

 

- Venha, eu pedi algo para comermos observando o luar... – Falei a ele. Fui em direção à mesa redonda que havia na pequena saleta e peguei a bandeja.

- Hum, parece bom. – Edward disse vagamente. Seus olhos estavam presos em alguma coisa que não conseguia enxergar.

- Edward? Amor, você está bem? – eu o encarei, passando a mão em frente aos seus olhos.

- B. – Ele murmurou.

 

Os instantes seguintes foram como um filme em câmera lenta, ou como toda a minha vida passando como em um filme pela minha cabeça. Foi irônico. Desnorteante. Encarei Edward mais atentamente. Seus lábios estavam menos rosados e sua pele muito pálida. E então, seu corpo foi pendendo para o chão. Larguei a bandeja, esparramando tudo o que havia ali pelo chão, e o amparei.

 

Edward havia desmaiado.

 

- Edward!!!

 

“Inconscientemente, eu sabia que algo estava errado. Eu havia acordado com a sensação de como se algo estivesse fora do lugar. Novamente, eu não estava errado. Ali, EU era a peça fora do lugar.”

 

(N/B: *Nave: Parte interior da igreja, desde a entrada até ao santuário.)

 


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam?? *----*
Me contem tudoo, pq só volto para postar aqui quando eu achar que tme muitos comentários! Ah! E uma recomendaçãozinha não faz mal né? ;)

Kiss
@ninaxaubet



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