Sophya...

Ao chegar em casa, Sophya não se continha de tanta felicidade. Estava nas nuvens. Logo sua mãe que estava sentada no sofá da sala, ficou curiosa.

- Nossa filha, qual o motivo desse sorriso gostoso? Nunca te vi assim, tão feliz... A não ser quando tem coleção nova Dolce & Gabbana.

- Ah mãe, é que eu nunca havia reparado o quanto a vida é bela... O quanto às coisas simples me fazem voar!! O quanto eu tenho sorte... “Em namorar a garota mais perfeita do mundo!” – completa em pensamento.

- Hum... E toda essa nova percepção da vida deve-se a que?

- Ai, ai, mãe... O amor... – A mãe de Sophya a encara confusa. Sophya nunca tinha tido tal reação, ou falado de amor daquele jeito. Pelo contrario, ela dizia que não acreditava em amor e sim em praticidade. – Como disse Camões... O amor é fogo que se arde sem se vê...

- É ferida que dói e não se sente... É um contentamento descontente... É dor que desatina sem doer... – Dona Angela completa. – Filha quem é o felizardo?

- Oi? Como assim felizardo mãe?

- É! O rapaz que te deixou assim, bobamente apaixonada.

- Ah, sim claro, o rapaz... – Ela pensa no que falar. – Não tem rapaz nenhum, mãe!

- Como não filha? Pensei que você finalmente estava apaixonada por alguém...

- Mamãe... Só falei que a vida é bela... Apesar dos pesares, é muito lindo viver!

- Filha você ta bem? Você não ta usando drogas... Ta?

- Que idéia mamãe!! Não eu não to usando drogas! – Ela achou melhor falar. – Ta bom mãe, eu to namorando, e to muito feliz!

- Ahhh, que alivio! Por um momento eu... Esquece! Mas quem é?

- Ainda não é hora de você conhecer essa pessoa, mas juro que ela é a melhor pessoa do mundo!! E que a senhora vai amar conhecê-la!!

- Espero mesmo!! Filha posso te perguntar uma coisa?

- Claro! Essa pessoa não seria a... Vanessa? – Sophya se assusta com a pergunta de sua mãe.

- Como assim mamãe?

- Ah Sophya, da pra perceber o quanto vocês são unidas... E a Vanessa é filha de um grande amigo do seu pai, e sem falar que ela é muito bonita... – Sophya ainda a encara confusa. – Ta bom! Eu confesso... Eu li seu diário! Já tem um tempo, uns três meses ou mais! Você falava dela lá! Mas não com todo esse entusiasmo que você ta agora!

- Mãe!! Você leu meu diário? “Ainda bem que não falo nada da Yanka nele, pelo menos não sito nomes!” – Pensa.

- Desculpa filha! Mas é que... Bom, nem sei o que me deu!

- E porque você nunca falou nada?

- Porque eu queria entender primeiro, sua preferência... E pelo fato de ser a Vanessa, acho que me ajudou a ir me acostumando com sua opção!

Sophya a encara. – Olha mãe, não é a Vanessa ta bom! Mas sim, é uma garota!

- Como assim não é a Vanessa? Por quê?

- Porque eu não a amo! Só por isso!!

- Filha, mas a Vanessa seria o melhor pra você!! Ela tem status! Sem falar que... Imagina se vocês duas casassem, as empresas iriam se fundir, já que vocês são as únicas herdeiras... – Angela fica pensativa.

- Que? A senhora não sabe do que ta falando! A Vanessa pode ter status, mas com certeza não é o melhor pra mim! E eu nunca me casaria com alguém por interesse! Que idéia mãe! Agora com licença que eu vou pro meu quarto!! – Sobe as escadas correndo.

Yanka...

Dan foi deixá-las em casa. Yanka, Paula e Bruna. Bruna apressa o passo, queria evitar falar com Yanka naquele momento, ainda tinha que pensar em tudo, entender...

- Bruna, podemos conversar? – Yanka a segura pelo braço, a fazendo parar.

- Yanka eu to cansada. É melhor deixar pra outro dia! – Bruna tenta se sair.

- Bruninha... –Yanka a abraça. – Eu juro que nunca quis te magoar, mas eu gosto muito daquela patricinha! Eu sei que o que eu fiz foi egoísta, e errado! Eu deveria ter conversado com você entes, mas eu nem pensei em nada! Quando vi já estava fazendo!

- Eu entendo você Yanka, sério! E espero do fundo do meu coração que vocês sejam bem felizes! – Bruna força um sorriso.

- Sério mesmo Bruna? – Ela afirma positivamente. – Pensei que você tava gostando da Sophya...

- Eu gostava da Sophya, mas não a ponto de morrer por ela. Ela é legal e tal, mas não era ela quem iria fazer meu coração bater mais forte!

- Não sei o seu, mas ela fez o meu bater bem mais forte! – Sorri bobamente. – Bom, espero de verdade que você encontre essa pessoa! Posso te abraçar de novo?

“Porque me tortura tanto?” - Pensa. – Pode. – Bruna sorri sem graça.

Dan e Paula só observavam. Dan queria correr e segurar Bruna em seus braços sabia o quanto ela estava a sofrer. Já Paula queria que Dan a notasse...

- Até que hoje o show foi bem legal, né? – Puxa assunto.

- Quê? Ah, é foi... – Dan responde disperso.

- Vai fazer o que agora? – Paula insiste.

- Acho que vou pra casa... Nem sei, por quê? – Dan ainda olhava para Yanka e Bruna no hall.

- Por nada... Curiosidade. – Responde cabisbaixa. E sai andando. Dan fica sem entender a atitude da amiga.

- Mulheres... Quem entende? – Dan fala pra si.

- Já chega né meninas! O hall do prédio não é um bom lugar para fazer sexo! Aconselho o play, lá tem uns brinquedos que da tranquilo! – Paula fala ao passar por elas.

- Nossa! Cara você é muito escrota!! – Yanka e Bruna caem na gargalhada. – Velho, nunca mais vou olhar aquele parquinho da mesma forma, vou dormir pensando em você lá “brincando” – Faz sinal de aspas com as mãos. – Caralho! Depois dessa eu já posso dizer que já ouvi sair de tudo dessa boca ordinária!

- Eu sei que você ta louca que eu “brinque” com você lá né Yanka? – Paula morde o lábio ao encarar Yanka.

- Nem!! Agora só curto patricinhas! Se é que me entendem! Falando nisso, vou indo lá, vou ligar pra ela, já to com saudade. – Faz biquinho.

- Own meu deus! Que coisa mais fofa... Not! Cara você tem que ver sua cara de ameba, ao falar na patricinha! – Paula fala debochada. – Cara, que é issú? E agora José? Pqp, meô! – Paula se vira.

- Paula! – Ela se vira encarando Yanka. Yanka mostra o dedo do meio.

- Cara para de tentar me seduzir! Você agora é comprometida! Agora você tem em quem enfiar esse dedo! Eu hein! – Todos riem.

- Bruna, posso falar com você? – Dan pergunta docemente.

- Claro Dan! Manda! – Paula olha a cena e fecha a cara. 

- Bom, é melhor eu ir nessa! Tchau pra quem fica! – Yanka se despede dos demais. E caminha para o elevador.

- Tchau! – Bruna e Dan respondem.

- Bom já que eu sobrei mesmo, vou subir com a Yanka. – Ela também caminha em direção ao elevador. A Yanka. - Vou logo avisando sua vaca roqueira, se tentar me agarrar no elevador, te meto a porrada!

- Hey!! Não se preocupe que você não corre esse perigo! Definitivamente não! – Yanka garante divertida.

- E eu lá vou saber se isso é conversa de maníaca sexual!

- Deus! Essa mina encasquetou que eu sou maníaca!! G-zuis! – Yanka morde o lábio inferior e levanta uma sobrancelha.

- Ta, vou confiar... – Paula semicerra os olhos divertida. O elevador chega, elas entram. Yanka fica em silêncio. Que foi quebrado por Paula. - Mas vou logo avisando, tenho spray de pimenta na minha bolsa! – Yanka a encara incrédula. – Ta, não é spray de pimenta, é spray de menta pra ter um hálito refrescante. – Paula sorri, mas logo fica séria, semicerrando os olhos levantando uma sobrancelha. - Mas também serve! Uma vez essa merda caiu no meu olho, nem sei como, eu tava bêbada, diga-se de passagem, mas arde feito cão!! – Ela entorta a boca. Yanka ri.

- Cara, você não é normal!!

- É... Eu sei disso! – Ela volta os olhos para Bruna e Dan. Fica triste. Yanka percebe.

- Não esquenta... Eles são amigos... O Dan é assim mesmo, paizão! Deve ta consolando a Bruninha... – Yanka fica triste. – Pelo sofrimento que eu causei... – Fica cabisbaixa.

- Quer saber? Ficar deprê é um porre! Preciso de vodka! – Yanka ri.

- Definitivamente você não é normal!

O elevador chega até o andar das duas. Elas saem.

- Você arrasou na declaração que você fez! – Paula fala meiga.

- Sério? Tenho até medo quando você fala assim, nesse tom... Você ta bem?

- Claro que é sério! E vai a merda! Posso nem elogiar essa vaca! Quer saber, Foda-se!

- Agora sim! A Paula que conheço! – Yanka diz em deboche.

- Porque, eu não posso ter meu lado romântico?

- Você e lado romântico... – Yanka finge pensar. – Ta ai duas coisas que não combinam! – Zoa.

- Yanka, eu já te mandei ir a puta queo pariu hoje?

- Não! Vai mandar né?

- Uhum! Vai à puta que pariu!! E vai até ganhar bônus!! Vai tomar...

- Banho! To indo!

- Não! Ia te mandar tomar no cú mesmo!

- Cara, você é muito escrota velho! – Yanka afirma rindo.

- Obrigada! Também te amo! – Paula diz debochada.

- Sério, te amo também! – Yanka fala doce.

- Eu sei que tu me quer! – Paula diz maliciosa.

- Sabe? – Yanka se aproxima. Cheira o pescoço de Paula, beija, morde. Paula fica arrepiada. Yanka ri – Acho que quem ta querendo quem aqui, não sou eu! – Morde a orelha da amiga.

- Porra Yanka! Isso é covardia!! Ponto fraco é sacanagem!! – Paula da um tapa no braço da vocalista. Yanka ri zombateiramente.

Bruna e Dan...

Dan ficou sem saber o que dizer. Bruna o olhava esperando pacientemente.

- Então...? – Bruna fala, quebrando o silencio.

Dan fica sem jeito. – Você deve ta pensando que eu to tirando uma com sua cara, né? Te chamar e ficar calado?

- - Bom... Se fosse o Davy, acho que eu pensaria isso mesmo, ele adora me encher, mas como você é paizão, não. – Dan da um sorriso torto, sem graça. - To só esperando você falar... – Ela o encara.

- Bom... Eu tava pensando em tudo o que você me falou mais cedo, sobre você e a Yanka... – Bruna o interrompe.

- Olha Dan, sério, não fala mais nisso! Nem sei o porquê te contei...

- Se você contou é porque não aguentava mais guardar só pra ti! E eu acho que a Yanka deveria saber... – Bruna o encara apavorada. – Mas não serei eu quem vai contar!

- Que bom... Olha... Eu concordo com você, e por diversas vezes pensei em contar, mas a Yanka vem com aquele jeito dela, tipo... – Ela imita Yanka. – Bruna se algum Fdp te machucar é um cara morto! – Soca a mão. - Serve pras minas também! – Volta ao normal. – Pô velho, você acha que eu vou fazer o que? Pois Yanka dê um tiro no seu cú porque a Fdp aqui é você, que me comeu e teve a ousadia de ter uma amnésia alcoólica no dia seguinte! – Dan ri cabisbaixo.

Suspira. – Entendo Bruninha... Mas se você tivesse contado no dia seguinte... – Bruna o interrompe.

- Dan, se fosse realmente importante ela saber, ela teria lembrado cara!

- Bruna, também não é assim! Porra velho! Quantas vezes a Yanka não apagou de bêbada? Sabe que ela é fraca, e que perde todos os limites quando ta bebendo.

- Eu sei! O Pior que eu já sabia!!

Ele a abraça. Ela chora em seu ombro. – Dan porque ela não pode ver o quanto eu a amo, o quanto eu a quero? Cara isso é injusto, eu me apaixonei por ela assim que bati o olho, ela tava toda confusamente linda, me olhando... E eu me apaixonei...

Dan fica triste com a declaração, mas disfarça sua frustração. – Xiiiu, vai passar... – Ele a abraça forte. Bruna aumenta a intensidade de seu choro.

- Eu, eu. – Soluça. – Só queria que ela me notasse... Sóbria de preferência. – Ela ri, Dan Também.

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No outro dia...

Rick...

Ele acorda preguiçoso, olha no relógio que marcava 06h00minh. Levanta se espreguiça. Vai para o banheiro, tira a roupa, e começa seu asseio. Enrola sua toalha em sua cintura, e com outra seca seus cabelos. Vê seu celular piscando. Era mensagem. Ele lê

Hugo

16-ago-2010 6:20

Oi Rick, tudo bem? Vc deve estar estranhando a msg a essa hora, mas é q quero te desejar um bom dia, e q estou ansioso para te ver hj na escola, acho q temos muito o q conversar... Bjs te adoro. Hugo.

Ao terminar de ler, Rick não se continha de felicidade. Seu amado tinha lhe mandado um recado logo pela manhã. Ele estava muito feliz. Resolveu responder a messagem.

Rick

16-ago-2010 6:30

Com certeza depois desse seu torpedo vou ter um lindo dia!! Obrigado!! Quem ficou ansioso fui eu... Quero mt saber o q vc tem pra me falar!

Bjinhos te amo s2.

Rick.

Ele envia a mensagem e vai terminar de se arrumar....

Na escola...

Sophya chega ansiosa, e um pouco sonolenta, foi dormir muito tarde falando ao telefone com Yanka. Percebe que esta ainda não tinha chegado (era de se esperar, atraso é o nome do meio de Yanka.) foi para sala e guardou suas coisas. Foi para o pátio ver se Rick já havia chegado. Lá chegando vê Brenda sentada na cantina tomando suco natural, e com uma cara nada boa. Decidiu enfrentar a amiga de vez.

- Brenda... – Ela se vira para encarar Sophya. – Podemos conversar? – Sophya pergunta receosa.

Brenda toma um gole de seu suco traquilamente. – Fala. O que você que dizer? – Diz seca.

- Você já sabe qual assunto...

- Se eu já sei, para de rodeios e desembucha!

- O que rolou ontem eu...

- Olha Sophy, sério, eu não to com raiva de você! Você não fez nada... Seu único erro foi amar aquela roqueira, gata, gostosa, que saber fazer você gozar como ninguém, eu não te culpo por isso! – Sophya arregala os olhos com o comentário. – Nem me olha com essa cara de “Vocês transaram?!”, que você sabe como eu sou pratica, levo logo na cama pra saber se a “harmonia” é perfeita, se é que você me entende. – Sorri maliciosa. – Sophya encara Brenda incrédula. Balança a cabeça negativamente. – Mas a Yanka... O que ela fez... Cara sério que quero matar! Que ela se apaixonasse por você tudo bem, mesmo porque ela nunca falou que estava apaixonada por mim, mas fazer o que ela fez, me trocar por você na frente de TODOS os amigos, e TODAS as peguetes do Alê, cara, isso não se faz!! Porra, num tava mais afim, porque não me chamou no canto e conversou comigo? Eu ia entender...

- Entendo Brenda... Mas ela não fez por mal! Tenho certeza que ela vai vir te pedir desculpas hoje ainda!

- Olha, sério, pede pra sua namorada pra não vir falar comigo, porque eu não quero falar com ela... Pelo menos não agora! Por favor!!

- Brenda... Deixa ela pelo menos se explicar...

- Não precisa cara, eu já entendi muito bem, ela descobriu que esta loucamente apaixonada por você, e sei também que o amor nos torna egoísta em certos pontos... Mas mesmo assim, eu to no meu direito, o direito de me sentir chateada com isso!

- Tudo bem! Eu vou falar com ela... – Sophya fica triste. – Mas isso vai interferir em nossa amizade?

- Sophya, você sabe que nossa amizade é que nem uma bunda, merda nenhuma separa!

- Ai, que nojo!!

- Eu sei... Li isso em algum lugar, e confesso que sempre quis dizer! – Sorri.

Sophya ri. – Cara só você mesmo pra rir depois de tudo... Eu iria ficar arrasada no seu lugar...

- Você esteve em meu lugar, linda, e me orgulho de você, porque, por mais que você gostasse da Yanka, você foi forte e não fez nada pra atrapalhar enquanto namorávamos, e eu sei que a Sophya de um tempo atrás estaria tramando mil e uma coisa pra não ser passada pra trás, nem pela melhor amiga... Você queria minha felicidade e abriu mão de seu grande amor!! Desculpa se eu duvidei de você...

- Tudo bem, com o passado que eu tenho, até eu duvidaria de mim! – As duas riem.

Elas avistam Rick que parecia bem feliz... Feliz além da conta. Rick caminha até elas.

- Oi meninas!! – Ele as cumprimenta sorrindo.

- Oi Lindo! – Sophya o abraça.

- Nossa bee, você ta muito feliz... – Brenda fica calada por um segundo analisando o amigo. – Hum... Rick por acaso você deu pra alguém no caminho?

Rick e Sophya encaram Brenda espantados. – Credo bee!! – Rick diz horrorizado.

- Nossa Brenda se superou!! – Sophya a repreende.

- Ahh, não venham fazer os santos! Não pra cima de mim! Isso tem cheiro de homem, se ele não deu ele vai dar! – Rick e Sophya caem na gargalhada.

- Ta bom profetiza da pornografia! – Sophya debocha.

- Sexo não é pornografia Sophya, é esporte! – Afirma sorrindo de lado.

- Bee, sério que você só pensa nisso?

- E tem coisa melhor pra se pensar?

Sophya avista Yanka chegar. Ela tava toda atrapalhada segurando uns papeis, os quais caem quando sua mochila escorrega do braço. Sophya ri.

- Tem sim! Prefiro pensar em uma certa roqueirinha, que pelo visto acordou com a lei de Murphy hoje contra ela...

- Não Sophya, ela é assim mesmo, atrapalhada! Vai acostumando! – Diz Brenda incomodada com a presença de Yanka. Sophya sorri bobamente. – É melhor eu ir ao banheiro retocar.

- Retocar o que bee? Seu make ta perfeito!

- O batom Rick!! – Rick a encara vendo que o batom está bom, e fica com uma expressão confusa. – Rick, é sério, você ta precisando dar cara! Fica a dica.

– Brenda sai em passos largos.

- Nossa o que deu nela? – Rick pergunta Sophya que responde sem olhar para o amigo.

- Você conhece a Brenda... Esse mau humor vai passar, é só ela fazer sexo com alguém que logo passa! – Vai ajudar sua amada.

Rick percebe Yanka e entende o mal humor de Brenda. – Mulheres... Ainda bem que sou gay!

Yanka brigava com as folhas que caíram no chão, espalhadas por quase todo o pátio.

- Que saco! – Ela pisa em algumas, mas outras voaram para longe. Sophya as pega, estende a mão.

- Oi, acho que isso aqui te pertence! – Yanka que estava abaixada ergue a cabeça e sorri bobamente para Sophya.

- Tem quase razão! – Sophya fica sem entender. Yanka sorri. – Isso nos pertence! – Sorri. – Ah, oi! – Esfrega a nuca. As folhas que estavam em suas mãos voaram novamente. – Ah suas filhas da mãe!! – Sophya ri. Juntas conseguem juntar tudo.

- Ta, agora que essas folhas estão seguras, longe desse vento super estranho que ta fazendo hoje, me explica, porque nos pertence?

- Ah, claro! Bom, é que aqui estão algumas letras e cifras que consegui compor ontem, depois que desliguei o telefone. E estão assim tudo soltinhas porque acabei dormindo na minha mesa, e como meu pai foi dormir na casa da Andrea, e eu não tinha ninguém em casa pra me ajudar a me organizar, acordei em cima da hora, deu tempo só de tomar banho, por essa roupa, juntar esses rabiscos, e vir pra cá.

Sophya ri do jeito atrapalhado de Yanka. – Então quer dizer que a senhorita não tomou café da manhã? – Yanka faz sinal negativo.

- Bom, eu poderia ter tomado, mas eu ia chegar atrasada, pra variar. – Diz divertida. Sophya ri. – Mas eu preferi vir logo, porque eu queria matar as saudades da minha patricinha! – Abraça a namorada.

Rick só observava a cena das duas, e vibrava por dentro, torcia muito por elas. Hugo chega por trás, e sopra em seu ouvido. Rick se arrepia e fecha os olhos.

- Oi! – Diz em seu ouvido.

Rick sorri. Vira-se de frente. – Oi!

- Quero muito falar com você... Terminar a conversa que a Bia atrapalhou.

- Terminar? Defina terminar! – Rick morde o lábio sensualmente, provocante.

Hugo olha para os lados. – Aqui ta muito cheio, não vai dar pra conversar... Mas te espero atrás do teatro!

- Ta marcando de me encontrar atrás do teatro? – Hugo assente com a cabeça. – tem mesmo certeza?

- Porque não teria Rick? Ta com medo de mim? – Hugo provoca bem sedutor.

Rick se perde em meio a tanto charme. – Definitivamente não!

O sinal toca fazendo Rick voltar para o mundo real. Hugo abraça o “amigo” e vai para sua sala.

Yanka e Sophya vão de mãos dadas para a sala, todos que estavam em volta, no corredor, olham para elas, e estranham. Os filhinhos de papai, que cercavam Sophya as reprovavam com o olhar. Sophya pensa que vai fraquejar, pensa que não agüentaria toda aquela reprovação das pessoas. Mas Yanka lhe segura firme e sua mão, como se dissesse que estava tudo bem, que tudo iria ficar bem, pois ela estaria ali para lhe proteger. Sorri docemente para Sophya que entende o recado. Logo Sophya ergue a cabeça e passa pelos demais sorrindo, fazendo transparecer toda a felicidade que estava sentindo por estar ao lado da mulher de sua vida.

Vanessa se põe no caminho das duas. – Que porra é essa?! – Diz furiosa.