A Melodia das Águas escrita por Urano


Capítulo 19
Silêncio e Paciência


Notas iniciais do capítulo

Palavra de hoje: Besante. Uma moeda sem marca



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As vozes calaram-se durante o período de estiagem, quando margens dos lagos avançavam e folhas marrons desprendiam-se das árvores. Não se ouviam os cânticos matinais, nem as periódicas rezas, as quais o costume já tornara agradáveis. Era a preparação para o inverno.

O uivo do vento era sua maior companhia. Sob sombra vazia do grande salão, Naríia tinha em mãos uma vassoura de palha, responsável por manter limpos os pés descalços que transitavam céles por todos os lados. Não era permitido mais de uma refeição diária, nenhum adorno, besante ou luxo. vistas concentravam-se apenas na importante tarefa do porvir, aquela aguardada pela sereia desde sua chegada.

Faltavam poucos dias para a queda dos primeiros flocos de neve, quando a única fonte de vida seria acesa em forma da chama sagrada de Ilië, magia ancestral do povo da terra. A celebração do encontro da deusa Uririen, aquela que carrega as almas através das montanhas até o céu, e a deusa Tarien, que renova os votos da vida aos que ficam, era talvez a mais sigilosa e sagrada de toda a terra.

Contemplou a pira que, pacientemente, aguardava sua função. O suor na pele e a algia nas pernas não lhe importavam.


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Notas finais do capítulo

Sou bichone mesmo, escrevi faltando meia hora pra acabar o dia e postei faltando 5 minutos. ME PROCESSA.



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