All my loving escrita por MoreWine


Capítulo 4
O príncipe das poções




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— Porque ele está gostando de você, bobinha. Ele está a fim de você.

Eu a encarei por longos segundos depois que ela disse aquilo. Fiquei sem reação com aquela informação, ainda esperava que Lily começasse a rir e dissesse que era uma piada, mas ela estava séria. Eu sabia que ela estava falando sério, ela realmente acreditava no que dizia. O pior é que eu conseguia ver que as palavras dela faziam sentindo. Não que fizesse sentido ele estar gostando de mim, mas isso explicava perfeitamente as atitudes dele das últimas semanas. Pelas barbas de Merlin, Scorpius Malfoy está gostando de mim? Refleti sobre isso.

— Diga alguma coisa, Rose – disse Lily depois de eu ter passando um longo período calada. – Rose! – ela estalou os dedos na frente do meu rosto tentando chamar minha atenção. – Você está tendo uma crise ou algo assim?

Então eu realmente tive uma crise. De risos. Estava rindo desesperadamente, parecia que eu estava sob o efeito de um rictusempra. Lily me olhava incrédula.

— O que é tão engraçado? – ela perguntou, porém minhas gargalhadas descontroladas não me permitiam responder. Então não pude dizer a Lily que o engraçado é que ela estava sendo absurda. Ainda mais absurda, pelo fato de ela realmente acreditar naquilo.  E eu também estava sendo absurda por sequer cogitar aquela ideia maluca de Lily. Scorpius Malfoy está gostando de mim? Obviamente, não. Aquilo era impossível. É isso que acontece quando tentamos achar justificativa pra tudo: chegamos a conclusões irracionais. Poderia parecer fazer sentido, mas não fazia. Eu devia apenas ter aceitado logo a ajuda dele, sem refletir tanto. Ele só queria me ajudar, pois éramos amigos – aquilo era simples.

— Você está andando demais com o Lynsander, Lily. Está ficando absurda. Você se ouviu? Scorpius a fim de mim? Poupe-me.

— Ah, isso – ela disse meio brava. – Eu devia imaginar que iria fingir não acreditar. Nós duas sabemos que o que eu disse é verdade, Rose. Fique negando, mas depois não diga que eu não avisei – deixando essas palavras no ar, ela saiu dramaticamente do dormitório.

Ela estava errada. Eu não estava fingindo não acreditar naquilo – eu realmente não acreditava, certo? Embora houvesse uma pequena parte de mim que havia visto lógica nas palavras de Lily, não era possível. Resolvi ignorar essa parte e acreditar que Scorpius só queria me ajudar como um bom amigo ajuda o outro. Assim, tomei minha decisão sobre a tutoria.

— Eu aceito que você seja meu tutor, Scorpius – eu disse na sexta à tarde, quando encontrei Alvo e Scorpius sentados nos gramados de Hogwarts.

            - O que? – foi Alvo quem perguntou enquanto eu me sentava na grama ao lado deles. – Tutor de que? Como assim?

            - Que ótimo, florzinha – respondeu Scorpius ignorando as perguntas de Alvo. – Começamos quando você quiser.

            - Eu tenho tempo livre nas sextas à tarde. E todas as noites também.

            - Nossa, Rose! Quantas matérias você faz pra ter só um período disponível? Eu tenho mais tempos livres mesmo com o treino do Quadribol – disse o loiro. – E eu estou livre em todos esses períodos que você falou.

            - Rose faz todas as matérias. Até Estudo dos Trouxas, o que não faz nenhum sentido já que ela convive com os avós trouxas desde sempre – Alvo respondeu. - Mas isso não importa. Digam-me logo do que vocês estão falando.

            - Uau – disse Scorpius. – Todas as matérias? Eu devia imaginar mesmo, ruiva, isso é a sua cara. Não acredito que você faz até Adivinhações... O Firenze é meio assustador.

            - Na verdade, ele é bem legal. Só precisa conhecê-lo bem – respondi.

            - Podem parar de me ignorar? – perguntou Alvo irritado.

            - Calminha, primo. Scorpius vai me ajudar a não tirar um Deplorável nos N.O.M.s de poções. Vamos estudar juntos.

            - Vou ser o tutor da Rose, Alvo.

            - Ah...  Faz sentido – disse meu primo. – De qualquer forma, acho que pode ser uma boa. Mas não sabia que vocês dois já estavam tão amiguinhos assim.

            - Ciúmes, Alvinho lindo? – perguntei, tirando sarro e Scorpius riu com gosto.

            - Já estou vendo que ficarei de lado – respondeu o moreno, amuado.

            - Qual é, Alvo? Você só está sendo dramático. Pode ficar com a Stella quando estivermos estudando – disse o loiro.

            - Você quer dizer estudar com a Stella, não é? Porque ela está pior que a Rose. Passa o dia todo na biblioteca.

            - Então você pode estudar poções conosco, priminho.

            - Você está forçando a barra, Rose. Não vou passar meu valioso tempo estudando – disse com um ar sonserino irritante. - Mas é bom que vocês estudem enquanto eu invisto no meu novo projeto – ao dizer isso ele abriu um sorriso sacana e Scorpius revirou os olhos. Alvo levantou dos gramados e foi até uma garota loira que ia em direção ao Saguão de Entrada.

            - Amanda Longbottom é o novo projeto de Alvo? – perguntei e Scorpius riu e balançou a cabeça afirmativamente. – É só uma garota aparecer que ele para com o drama de amigo rejeitado. Impressionante.

            - Você conhece seu primo. Ele sempre quer alguma garota.

            - Só não acho muito inteligente ele querer algo com a filha de um professor. Espero que isso faça ele parar de dar em cima de Alice por um tempo. Ele é tão persistente quanto a isso, ainda não entendeu que minha amiga não dará nenhuma chance a ele. Felizmente, ela não está na lista de caidinhas pelos Potter.

             - Você tem uma lista de garotas caidinhas pelos seus primos? – perguntou com uma expressão divertida.

            - Não uma lista em um pergaminho, mas eu a faria com facilidade. Inclusive Amanda estaria nessa lista e isso quer dizer que o novo projeto do Alvo dará certo.

            - Eu sabia que ele conseguiria pegar ela – ele respondeu e eu revirei os olhos. Odiava quando os caras tratavam as garotas dessa forma.

            - Não é como se ela fosse um objeto pra ser pegada, Malfoy.

            - Eu não quis dizer isso. Vamos logo decidir os horários da tutoria antes que você fique tão irritada que me azare.

            - Deixe de piadas, não estou pretendendo te azarar hoje, Scorpius. E você decide os horários, sou eu quem está sendo a ajudada.

            - Ok. Acho que na sexta pode ser melhor. Aí poderemos estudar até a noite. E podemos ver um horário nos fins de semana também. Amanhã estou livre.

            - O que? Não vou fazer você perder seus fins de semanas me ajudando, Scorpius.

            - Eu não estarei perdendo meu tempo. Te ajudar vai fazer com que eu aprenda mais também. E nos fins de semana teremos mais tempo.

            - Se estás dizendo que também vai te ajudar, ok.  Então amanhã depois do almoço? Ou pode ser de manhã de você quiser – perguntei.

            - Por mim, depois do almoço está ótimo – ele respondeu sorrindo.

Quando encontrei Alice e Louis na Sala Comunal da Grifinória e contei-lhes sobre as aulas que eu teria com Malfoy, os dois tiveram reações completamente opostas, como eu já esperava. Alice ficou feliz dizendo que eu finalmente havia superado minhas desconfianças em relação ao Scorpius. Mal ela sabia que agora - graças a minha querida prima Lily – uma parte da minha cabeça possuía novas desconfianças em relação a ele, mas eu decidi ignorar isso. Louis, por outro lado, não ficou nada feliz e começou o velho discurso sobre não confiar em Malfoys. Então, eu tive que presenciar uma discussão entre os dois na qual Alice dizia o quão preconceituoso Louis estava sendo e ele rebatia dizendo que minha amiga e eu éramos ingênuas.

— Você é a última pessoa que deveria julgar alguém por algo que está além da escolha, ele nasceu um Malfoy, Louis. Ele não tem culpa – quando Alice disse isso Louis ficou vermelho mudou de assunto nada discretamente, acabando com a discussão. Alice dizia aquilo por conta do segredo nada secreto de Louis: ele era gay. Nada secreto porque embora só eu e ela soubéssemos daquilo oficialmente, todos desconfiavam. Louis tinha uma áurea feminina bem clara, mas aquele assunto era bastante complicado pra ele.

Quando Lily entrou pelo retrato da Mulher Gorda naquela noite, ela só me olhou meio raivosa e se direcionou a sua amiga Florence Wood, mas nem me importei. Ela estava chateada por eu ter rido de sua teoria e eu também estava chateada por ela ter me feito cogitar aquela hipótese absurda. Felizmente, quando eu estava com Scorpius essa ideia não rondava minha cabeça, provavelmente porque nossa relação era leve demais, eu me distraia com ele. Sempre que Lily e eu tínhamos algum desentendimento ficávamos muito tempo sem nos falar, já que nos duas éramos orgulhas demais para pedir desculpas. Não que eu tivesse algum motivo para me desculpar, afinal foi ela quem colocou ideias estúpidas na minha cabeça.

Naquela noite tive um sonho bizarro. Lily gritava comigo dizendo que Scorpius estava obviamente apaixonado por mim e de repente Lily se transformava em Scorpius que gritava e me chamava de estúpida por não perceber que ele estava apaixonado. Acordei ainda mais chateada com Lily, por ela ter bagunçado meu subconsciente me fazendo ter sonhos como aquele. No correio coruja daquela manhã, recebi um novo caldeirão e uma carta de minha mãe dizendo pra eu tomar mais cuidado nas aulas de poções. Eu esperava que a tutoria com Scorpius me ajudasse nisso e me fizesse parar de explodir caldeirões.

            Depois do almoço, eu e ele combinamos de nos encontrar em uma sala no quarto andar. Quando cheguei, Scorpius já me esperava com seu próprio caldeirão e alguns livros de poções. Ele lia um livro velho remendado e parecia bastante concentrado. Só pareceu me notar quando eu disse:

— Pontual, Malfoy... Você realmente é um tutor responsável.

Ele sorriu. Scorpius tinha uma imensa facilidade pra sorrir, parecia que nada afetava o seu humor.

— Na verdade, você é pontual, florzinha – ele disse enquanto eu sentava ao seu lado. - Eu cheguei cedo.

Eu estava me acostumando com Malfoy me chamando de florzinha, ele parecia se esforçar pra não me chamar assim, mas às vezes saia muito naturalmente.

— O que é isso que você está lendo?  Esse livro parece ter uns mil anos.

— Não tudo isso. Esse livro é do tempo dos nossos avós. Eu não devia te mostrar ele, porque eu nem devia tê-lo, mas achei no meio de alguns livros de magia neg... – ele parou. - De uns livros velhos lá em casa.

— O que? Você ia dizer magia negra, Malfoy?

— Ok, tudo bem – ele disse. – Não deveria ficar surpresa por terem livros de magia negra na casa dos Malfoy, afinal... Mas juro que só estão lá em nível de recordação, meu pai sente que estaria violando a memória do meu avô se os jogasse fora.

— Ai... Você não deveria ler essas coisas, Scorpius – eu disse num tom preocupado. – Ninguém devia querer recordar com essas coisas... Magia negra matou muita gente... Quase matou meus pais, além...

— Calma, Rose. Esse livro não é de magia negra. É um livro de poções do sexto ano, veja – ele me mostrou, me deixando um pouco mais aliviada.

— Então porque ele estava no meio dos livros de magia negra de Lucius Malfoy? – eu disse em um tom de julgamento. Eu sabia de muitas histórias do avô e do pai de Scorpius. Minha mãe não gostava de estimular inimizades entre famílias, mas meu pai nunca se furtava de fazer comentários ruins sobre os Malfoy. Depois que Alvo e Scorpius se tornaram amigos, papai comentava de forma ainda mais recorrente sobre como os Malfoy não são confiáveis, exemplificando sempre que podia. Desse modo, foi inevitável que eu construísse uma imagem nada agradável do avô e do pai de Scorpius.

— Veja bem, não é um simples livro de poções do sexto ano. Possui anotações, comentários... Até alguns feitiços que não devem ser usados. Realmente parecem magia negra, eu não os uso. Mas as dicas são realmente muito boas. Encontrei ano passado quando procurava algum livro bom de poções. E me fez fazer poções muito melhores. Você só tem que saber usá-lo, sei que pode ser perigoso de parar nas mãos erradas.

— Esse livro foi do seu avô?

— Acho que não... Talvez algum outro Comensal da Morte. Ele se intitula Príncipe Mestiço.

— O que?! Não acredito – peguei o livro dele nesse momento e li na contra capa. “Esse livro pertence ao Príncipe Mestiço”. Claro que eu sabia quem ele era. Já ouvi bastante essa história, contada pela minha mãe, meu pai e pelo tio Harry. No sexto ano, Tio Harry encontrou esse livro na aula de poções, o que o fez ficar muito melhor que minha mãe na matéria. Depois que Snape matou Dumbledore no alto da torre, tio Harry descobriu que o Príncipe não era ninguém menos que o próprio Snape. É claro que esse detalhe não foi parar nos livros de história, que só falavam dos grandes feitos, não das entrelinhas. Eu me sentia muito privilegiada de conhecer todas as nuances da história do Trio de Ouro. Mas, pela cara confusa de Scorpius, ele não conhecia.

— Que? Você o conhece? Sabe quem ele é?

— Claro que sei... Você também sabe. Nós não o conhecemos, obviamente, já que ele morreu na Segunda Guerra, mas todos sabem quem ele é. Esse só não é o nome conhecido. Você nunca falou desse livro com Alvo? Ele te diria, afinal, ele é Alvo Severo – frisei o segundo nome.

— Não, nunca falei... Só te mostrei porque o Príncipe encontrou formas incríveis de estudar poções e achei que com elas você aprenderia bem mais. Quem é ele? – Scorpius estava com uma expressão confusa.

— O Príncipe Mestiço é Severo Snape, Malfoy. O agente duplo mais conhecido de todo mundo bruxo. Peça fundamental pra termos vencido a Segunda Grande Guerra.

— Uau... Não acredito que eu tenho o livro de Severo Snape... Você sabe que ele provavelmente foi a melhor pessoa que já passou pela Sonserina? Ele é uma lenda – Scorpius disse visivelmente empolgado. Fiquei muito feliz por ser Snape o sonserino admirado por Scorpius, não algum bruxo das trevas saído de lá. – E como você sabe que ele é o Príncipe Mestiço?

— Bom, quando seus pais são Hermione e Rony Weasley você aprende algumas coisas... Posso te contar toda a história se você quiser saber – eu disse. Amava contar as histórias da época de meus pais, quando eu era criança esse era um dos meus únicos assuntos.

— Claro que você vai me contar tudo, mas não agora, mocinha - ele respondeu em um tom brincalhão. – Nem o Príncipe Mestiço vai me fazer deixar de ser um tutor exigente – ele disse, se direcionando para perto de seu caldeirão.

E, assim, começamos a estudar. Scorpius era muito atencioso, como eu já sabia. Ele me explicou muitas coisas importantes sobre as poções. Era muito interessante como ele falava das poções, falava envolvido, com amor até. Tinha um ar concentrado, bastante determinado, como se seu maior objetivo fosse se fazer entender por mim. Ele comparou as poções com o Quadribol, com um jogo ou um esporte.

— Não é algo que você possa aprender lendo um livro, entende? – ele disse enquanto preparávamos a primeira poção. – Você pode até saber as regras, mas só sabe quando um apanhador está blefando ao correr atrás de um pomo, depois de muitos jogos. E às vezes você ainda pode se enganar, mesmo com prática. Porque, assim como o Quadribol, Poções não é uma ciência exata. Ela tem a ver com prática e experiência. As informações não caíram do céu na cabeça do Príncipe, sabe? Ele foi testando, testando, fazendo muitas vezes a mesma poção até perceber as melhores formas de fazer. Eu faço anotações nos meus livros também, das coisas que vou percebendo... Claro que não sou tão brilhante quanto o Príncipe, mas minhas poções melhoraram muito depois disso. Se começarmos a fazer muitas poções, você vai melhorar bastante. Essas coisas vêm com a prática e, por mim, vamos praticar bastante. Além disso, aqui você não vai ter a megera no seu pescoço te jogando algum feitiço maligno – ele concluiu, fazendo-me rir.

Ele dizia tudo de uma forma tão serena que seus olhos brilharam. Imaginei um Scorpius alguns anos mais velhos dizendo isso a uma turma de alunos em Hogwarts. Eu fiquei encantada com Scorpius depois daquela aula. Senti-me boba por todas as desconfianças anteriores. Eu estava sendo preconceituosa querendo achar um motivo para não confiar só por ele ser um Malfoy. Mas, a partir daquele dia, consegui vê-lo mais claramente. Ele me passava algo que poucas pessoas passavam: era sinceridade. Eu sabia que podia confiar nele, não havia porque esperar algo ruim.

Depois da aula, conversamos sobre o Príncipe Mestiço. Eu contei algumas das aventuras vividas pelos meus pais e Tio Harry no sexto ano. Contei as histórias que não estavam nos livros. Scorpius prestava bastante atenção, vi seu encantamento pela vida de Severo Snape, seus olhos brilhavam. Quando contei sobre motivações de Severo para fazer tudo que fez, ele pareceu não acreditar.

— Então ele arriscou toda sua vida porque amou Lily Evans? – ele parecia cético.

— Bem, provavelmente não só por isso. Ele deve ter percebido que todas as coisas que fazia como Comensal eram erradas. Mas o que sentia por Lily foi o catalisador.

— É só estanho pensar que tenha sido por amor. Quero dizer, é uma história de Guerra, não um romance.

— Minha mãe me diz que o amor nos move sempre. Mas, se você pensar em Severo Snape, é mais uma história de desilusão. Eles nunca ficaram juntos, naturalmente. Eu gosto de pensar que também foi por amor. Sempre procuro explicação pra tudo, é bom saber que algumas coisas não fazem sentido.

Eu sempre fui muito lógica, racional. Então, pensar que algo tão simples e ilógico como o amor fazia parte de tudo era interessante, pois me fazia repensar as minhas certezas.

— Nossa... Seria Rose Weasley uma romântica incurável?

— Não exagere, Malfoy.

— Enfim, você não acha meio triste pensar que ele sofreu por ela durante toda vida?

— Teve que ser assim – respondi. – Lily amou James, Snape era um sonserino... Não faria nenhum sentido se fosse diferente.

— O que tem ele ser um sonserino? – perguntou Scorpius, com um olhar que parecia de decepção, apesar do tom indignado. Percebi que eu devia tê-lo ofendido, mesmo não intencionalmente. Mas não se tratava de preconceito com casas, só não fazia sentido pensar que uma Grifinória e um Sonserino acabariam juntos.

— Calma, Malfoy. Não quero ofender sua casa. Não estou dizendo que Snape não era bom o bastante para uma grifinória ou algo assim. É só que, sejamos francos, você consegue imaginar pessoas dessas casas como um casal? Isso nunca daria certo.

Scorpius pareceu amuado e desconversou dizendo que estava tarde e que precisávamos dormir. Continuou sério até o final do corredor em que nos separaríamos, ele descendo até as masmorras e eu subindo até a torre da grifinória. Fiquei preocupada, achando que ele havia ficado chateado por meu comentário sobre a Sonserina. Mas, quando agradeci pela aula, abraçando-o, um sorriso brilhante espalhou-se por seu rosto, e eu subi para a torre satisfeita.


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Notas finais do capítulo

Amores, desculpem a demora. Espero que vocês gostem. Comentem que eu posto mais rápido!
Sds



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