The girl next door - Interativa escrita por TheStarWarrior


Capítulo 8
O conto de Aiyrah


Notas iniciais do capítulo

Genteeeeeeeeeee! Estou aqui de novo com um capítulo maravileoso feito com todo meu coração... Aviso: Se seu personagem ainda não apareceu ou só apareceu um pouquinho, não se preocupe que eu tenho graaaandes planos para todos vocês... Esse é um desses capítulos no caso.
PS.: Sabem como 80% dos livros de hoje em dia são distopias estado-unidenses? Então, não tem como estar tudo acontecendo nos EUA, então pensa que essas distopias (Divergente, Jogos Vorazes, Maze Runner, etc.) acontece em umas ilhas que nunca foram descobertas por causa da névoa.
PS2.: As linhas cronológicas são um pouco estranhas, então enquanto no mundo de A Rainha Vermelha a Mare ainda nem nasceu, e ninguém sabe dos novos-sangue, no mundo de Maze Runner, a guerra já acabou, e os imunes já fugiram para a ilha... A cada novo mundo que eu introduzir na história, eu digo em que época estaríamos, ok? Qualquer dúvida manda mensagem.
PS3.: Nas histórias em que se diz que eles são os últimos humanos no mundo, acontece algo parecido com o que acontece em Attack on Titan (anime muito bom, super recomendo), em que eles acham que são os únicos humanos restantes na Terra, mas na verdade eles vivem em uma ilha e o resto da humanidade tá OK.
É isso, boa leitura!



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AIYRAH

 

Eu não conseguia lembrar quanto tempo havia passado desde que eu havia acordado naquele labirinto estranho. A cada porta que eu entrava, eu perdia um pouco de meu ânimo, e após o que me pareceram dias, eu quase não tinha mais forças para andar. Era ainda pior que o labirinto de Dédalo, que pelo menos tinha algo novo para mostrar a cada “sala”. Esse labirinto, entretanto, era composto de salas de paredes e chão brancos com três portas idênticas que levavam a uma sala branca com três portas idênticas que levavam a outras salas iguais e assim ia. Eu já tinha tentado quebrar a parede, mas parecia feita de diamante. Há alguns minutos eu tinha parado para descansar em uma das salas, mas percebi que, descansando, minha fome era mil vezes maior que quando andando. Então juntei o pouco de força que eu ainda tinha e passei pela porta da direita. Quase caí no chão ao perceber que essa sala, diferentemente das outras, tinha uma saída de ar exatamente do tamanho de minha largura. Eu achei suspeito, mas era a minha melhor alternativa. Espiei por uma das portas da sala em que eu estava e verifiquei que a próxima sala não tinha uma saída de vento. Repeti o processo com as duas outras portas, mas obtive o mesmo resultado. Voei um pouco para cima, e assim consegui (com uma certa dificuldade) retirar o tampo da saída de ar. Me enfiei dentro dela e comecei a rastejar. E por muito tempo foi isso o que eu fiz. Rastejei. Quando comecei a ter dúvidas sobre se esse tubo iria me levar a algum lugar, eu já estava longe demais para voltar, então continuei. Pelo que me pareceram horas, eu me esgueirei pelos tubos, no maior silêncio que me era permitido fazer, escutando as batidas rítmicas e fortes de meu coração enfraquecerem e desacelerarem. Pingando com suor, meus braços e joelhos cederam e eu caí. Nesse instante, um painel que eu não havia visto antes caiu, e eu infelizmente estava em cima dele. Caí em um grande galpão cheio de containers azuis, com esteiras em todos os lugares e homens e mulheres vestidos com uniformes cinzentos e sujos. O mais estranho era que ninguém tinha dado a mínima para o fato de que eu tinha caído do meio do nada.

De repente vários homens com uniformes laranjas apareceram, e consegui notar grandes armas de fogo presas em seus cintos. Diferentemente dos homens de uniforme cinza, os laranjas tinham cabelo penteado fio por fio preso em um rabo de cavalo apertado. Suas roupas eram limpas e na camisa do homem que vinha à frente de todos os outros haviam várias insígnias prateadas, douradas e de bronze. Consegui me esconder atrás de um container e me encolhi o máximo que eu podia, mas por um pequeno buraco eu conseguia ver o que estava acontecendo.

— Algum problema, senhor? - perguntou um garoto que parecia ter uns 17 anos de idade, seu rosto sujo esboçava uma expressão de falsa preocupação.

— Andrew, não é mesmo? - o garoto perdeu um pouco da confiança inicial ao ouvir o nome e concordou com a cabeça, e ficou olhando para o chão. O homem deu uma risadinha ao ver que sua intimidação havia funcionado. – Você já não acha que causou problemas demais por uma vida, garoto? Se eu fosse você, teria mais respeito. Por acaso não viu ninguém fora do normal passando por aqui?

O homem com as insígnias era grande e robusto, tinha cabelos pretos com fios cinza e uma barba por fazer da mesma tonalidade. Sua expressão era uma mistura de tentativa de sorriso com desgosto, e eu me encolhi um pouquinho mais ao perceber que Andrew estava olhando para mim.

— Não, senhor – ele murmurou depois de alguns segundos. Soltei um suspiro de alívio tão grande que o homem das insígnias olhou para o lugar onde estava, porém meu suspiro se misturou aos de tristeza dos outros trabalhadores de macacão cinza. Ele chacoalhou a cabeça, como se tentando acordar de uma ilusão e se virou para Andrew, olhando bem nos seus olhos, e este parecia querer apenas cavar um buraco no chão e se enfiar lá dentro.

— Claro, não temos intrusos por aqui. - ele disse depois de um tempo. O homem virou e começou a ir embora, seguido pelos outros guardas de roupas laranjas, mas parou subitamente e voltou a olhar para o garoto, - Mas se tivéssemos, você os iria reportar para nós, certo?

— Sim senhor.

— Willford?

— Sim, chefe? - um garoto magro, pálido, com grandes bolsas roxas em baixo dos olhos bateu continência e deu um passo para frente. Podia ser minha imaginação, mas jurava que podia vê-lo tremendo.

— Fique aqui de vigia até encontrarmos as intrusas e Meredith. Essa é a última vez que ela foge do posto, guarde essas palavras. - dizendo isso, o homem foi embora e levou os outros alaranjados junto, deixando o garoto pálido de vigia na porta. “As intrusas”? Devia significar que Bella havia escapado também. Fiquei encolhida por mais umas três horas, até Willford anunciar que o dia havia acabado e que o toque de recolher seria daqui a quinze minutos. Todos começaram a sair, até que havia apenas sobrado eu, Willford e Andrew.

— Você! Termina de limpar e depois vá direto para seu alojoamento – o guarda não esperou resposta e saiu pela porta me deixando sozinha com o garoto. Ele arrumou as coisas que Willford o mandou arrumar e eu comecei a achar que ele não fazia a mínima ideia de que eu estava lá, até que ele começou a vir na minha direção.

— Veste isso. - ele sussurrou tão baixo que eu mal consegui ouvir o que dizia, e então me entregou um macacão cinza que eu coloquei por cima de minhas roupas. Eu abri a boca para agradecer, mas ele colocou um dedo na minha boca e balançou a cabeça negativamente. Depois, ele disse, sem fazer barulho algum, que ele explicaria tudo em um lugar seguro. Eu tinha apenas um motivo para confiar naquele garoto, e até mesmo ele ter mentido para o homem das insígnias podia ter sido um truque para ganhar a minha confiança, mas eu realmente não tinha nem uma outra opção. Eu não fazia ideia alguma de onde eu estava, e nem que dia era, e nem o porquê de eu estar lá.

Andrew me conduziu por inúmeros corredores diferentes, até finalmente sairmos por uma porta e eu consegui ver o céu. Já estava escuro, mas a massa de poluição e fumaça ainda era visível. Além disso, meus olhos lacrimejavam e o cheiro estava quase me sufocando. Mesmo assim, continuei andando até pararmos em frente a uma pequena porta de madeira quase imperceptível por causa da areia. Andrew olhou em volta, tirou um molho de chaves de seu bolso e pegou uma dourada com pequenos detalhes em azul. Enfiou-a na fechadura e girou três vezes, e ao abrir a porta, Andrew começou a descer pela escada que esta escondia. Entrei no buraco e fechei a porta e, na completa escuridão, fui descendo a escada. Depois de algum tempo, senti uma mão agarrar minha cintura e imediatamente dei uma cotovelada na cara de Andrew. Ele me soltou e eu caí (em cima dele).

— Ai! Eu te ajudo a fugir e é isso que eu ganho? - eu conseguia ver apenas seu rosto, que estava iluminado pela pequena lâmpada presa no teto.

— Desculpa, sério! É que… Eu… Levei um susto, só isso.. - ele soltou uma leve risada e continuou seu caminho. Tirei o pó de meu macacão e continuei a seguir ele.

De repente, o túnel estreito que havíamos seguido se abriu em uma grande sala, que parecia um refeitório. E, sentada na ponta da mesa do meio estava Bella, dando pequenas bebericadas em um suco de maçã.


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Notas finais do capítulo

Gente espero que vocês tenham gostado! Eu queria agradecer por todos os comentários fofos que vocês vem deixando nos meus capítulos. Eu realmente achava que tipo, duas pessoas iriam ler minha fic e nem iriam comentar! Super obrigada meeeeeeesmo.
Além disso, se vocês quiserem que algum mundo de livro/série/filme/anime apareça na fic, é só comentar que eu tento colocar na fic. Se eu não tiver lido, dou uma olhada e coloco um pouquinho (ou leio/assisto, se não for muito grande). Beijãããããããããããããããããããããão.
PS.: Isso vale para todos os capítulos: tem uns livros que eu li faz muuuuito tempo (tipo Rainha Vermelha) então talvez eu confunda umas coisas... Se isso acontecer, agradeço comentários ou mensagens me dando um toque para eu arrumar, OK?



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