Titanomaquia escrita por Eycharistisi


Capítulo 19
XVIII. Vocês conhecem-se?


Notas iniciais do capítulo

[Capítulo agendado]



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A ideia era ir ao mercado da cidade, comprar todos os ingredientes da lista que conseguíssemos encontrar e voltar para o quartel-general. Não contava, porém, ser tão eficazmente distraída pelas maravilhas da cidade.

Começou assim que atravessámos o portão do quartel-general e chegámos à Grande Praça da cidade. O delicado repuxo de mármore branco que havia no meio do espaço fez-me soltar um arquejo de espanto e correr para mirar aquele fenómeno mais de perto. Lee exclamou algo atrás de mim, mas eu não lhe prestei atenção.

As esculturas que decoravam o repuxo flutuavam no ar e, em vez de água, havia bolhas de sabão coloridas por todo o lado! Tentei alcançar algumas, mas elas desviavam-se agilmente das minhas mãos enquanto espiralavam por entre as esculturas, acabando por estoirar junto da figura solitária que flutuava acima de todas as outras. Era uma mulher com asas de morcego e chifres retorcidos, erguendo no ar uma espada autoritária, como se estivesse a comandar um exército. As figuras abaixo dela olhavam-na com adoração e respeito, como se fosse uma espécie de divindade.

— Não te afastes assim de mim — resmungou Lee, aproximando-se — Se te perderes…

— Quem é? — interrompi-o, apontando para a mulher no topo do repuxo.

— Ah… É Aeghurna — respondeu o elfo, colocando-se ao meu lado — A Sacerdotisa que protegeu o cristal azul da gula dos titãs. Ela pereceu na batalha, mas levou o Titã de Eel com ela. Deu aos faeries a primeira vitória desde o início da guerra.

— O Titã de Eel? — repeti, confusa.

— O titã que atacou Eel — explicitou Lee — Nós demos a cada titã o nome da cidade que atacaram, para os conseguirmos distinguir.

— Os titãs atacavam sozinhos? Quero dizer, não tinham um exército ou assim?

— Não, eles eram só dez e raramente atacavam em grupo.

— A-a sério? — admirei-me — Pensei que fossem mais…

— Porquê?

— Foi a impressão com que fiquei quanto li a “Titanomaquia”.

Lee abriu um pequeno sorriso.

— A “Titanomaquia” deixa muitas impressões, isso é verdade…

— O que queres dizer com isso?

— Nada — negou rapidamente o elfo, alargando o sorriso antes de começar a afastar-se — Anda, temos ainda muito que fazer!

Eu dirigi um último olhar à escultura da Sacerdotisa antes de correr atrás de Lee.

— O que é que aconteceu aos titãs? — perguntei quando o alcancei.

— Que pergunta parva…

— Parva porquê?

— Achas que estaríamos aqui, a ter esta conversa, se os titãs tivessem ganhado?

— Eu sei quem ganhou, quero saber o que aconteceu a quem perdeu — esclareci num tom incisivo — Os titãs fugiram, renderam-se ou…?

— Render-se? — repetiu Lee com uma gargalhada — Um titã não se rende, Eduarda… nunca. Eles continuaram a atacar as nossas cidades até o último deles cair.

— Isso quer dizer que morreram todos?

— Sim…

Eu inclinei a cabeça ligeiramente para o lado, ponderando tudo o que Lee dissera. Quanto daquilo seria verdade…?

Não fiquei a matutar na questão por muito tempo porque voltei a distrair-me, desta vez com o grande gato malhado que passou por mim a caminhar nas patas traseiras.

— É um purreko — explicou Lee, divertido, enquanto eu seguia o bicho com o olhar — São excelentes comerciantes e artífices…

— São tão fofinhos…

— Não lhes digas isso — aconselhou o elfo, rindo — Metade deles sentir-se-á ofendida e a outra metade irá tirar proveito…

— Cheira tão bem aqui — cortei-o, farejando rapidamente o ar.

— É por causa daquela padaria ali…

Soltei uma exclamação extasiada ao ver a montra cheia de bolos para onde Lee apontou e aproximei-me até encostar o nariz ao vidro, completamente seduzida.

— Têm tão bom aspeto…

— São deliciosos — corroborou o elfo.

— Queria tanto comer um…

— Porque não compras?

Eu mostrei o meu beicinho entristecido ao elfo.

— Não tenho dinheiro…

Lee tentou conter-se, mas acabou a rir à gargalhada.

— Não tem piada! — ralhei, amuada.

— Eu compro-te um bolo — anunciou Lee, ainda a rir — Anda!

Eu gostaria de ter tido a força de vontade para recusar a oferta, mas a minha ânsia por bolos macios e cremosos era demasiado forte para ser controlada. Segui Lee até ao interior da padaria e, quando ele me convidou a escolher um bolinho, apontei para um dos maiores queques que havia.

— Queremos dois daqueles — pediu Lee à gatinha branca que estava ao balcão.

— São oito moedas de ouro.

Lee entregou-lhe as moedas, pegámos cada um num queque e saímos da loja já a mordiscar os bolos.

— Isto é muito bom — gabei com a boca cheia.

— Muito bom — concordou Lee, atulhando a boca com o último pedaço de queque — Queres empurrá-los com um copo de hidromel?

— Nunca experimentei hidromel…

— Oh, tens de provar! É muito bom… Anda, eu mostro-te onde encontras o melhor hidromel de Eel!

Empurrando os últimos pedaços de bolo para a boca, segui Lee até uma taberna barulhenta e animada… a abarrotar de humanoides. Cheguei-me rapidamente a Lee, pegando-lhe na mão enquanto atravessávamos o espaço até ao balcão. O elfo não reagiu ao meu gesto, limitando-se a devolver-me o aperto.

Lee pediu duas canecas de hidromel e sentamo-nos numa pequena mesa vazia a beber e a desfrutar da música que três humanoides estavam a tocar num canto do salão. Um grupo de dançarinos começou entretanto a formar-se diante do trio e Lee convidou-me a juntar a eles. Eu aceitei sem hesitar, apesar de não saber dançar. A bebida devia ser mais forte do que esperava…

Não sei durante quanto tempo ficámos na taberna. Não foi um tempo mau, por isso acho que também não importa. Todos os meus medos e preocupações foram esquecidos enquanto dançava e me permitia divertir pela primeira vez desde que chegara àquele mundo. Já nem os humanoides estranhos em meu redor me incomodavam! Ri, cantei e dancei com quem se mostrou disposto a tal, independentemente de quão assustador parecesse.

— Ah, já não aguento mais! — anunciei quando reencontrei Lee no círculo de dançarinos — Estou estoirada!

— É, acho que já dançámos o suficiente — concordou o elfo antes de me fazer rodopiar para fora do círculo, o que me arrancou uma nova gargalhada — Queres beber alguma coisa?

— Água! Tenho a garganta seca de tanto cantar!

Lee soltou um risinho e puxou-me até ao balcão. Bebi o copo de água que me entregaram de uma só vez e poisei-o, vazio, com um suspiro satisfeito.

— Melhor? — perguntou Lee, divertido.

— Muito melhor — concordei, antes de lhe dirigir um olhar acanhado — Lee?

— Sim?

— Obrigada…

— Por quê? — perguntou o elfo, intrigado.

— Por tudo — murmurei com um pequeno encolher de ombros — Por me ajudares com o portal, por me trazeres aqui… Eu estava a precisar disto, de me distrair, de… enfim…

— Foi um prazer — disse ele, sorrindo.

Devolvi-lhe o sorriso e, quase ao mesmo tempo, uma voz mal-humorada fez-se ouvir atrás de nós:

— O que é que vocês estão aqui a fazer?

Eu e Lee demos meia volta para dar de caras com Lithiel.

— Ah, boa tarde para ti também, Lithiel! — exclamou o elfo num tom ligeiramente sarcástico — Estamos ótimos, obrigado por perguntares!

A rapariga lançou-lhe um olhar enfadado antes de insistir:

— O que é que vocês estão aqui a fazer?

— O que é que tu estás aqui a fazer?

— Vocês conhecem-se? — perguntei, decidindo intrometer-me na conversa antes que se tornasse uma discussão.

— Somos colegas de Guarda — revelou Lee, não parecendo propriamente feliz com esse facto — Estamos ambos na Sombra.

— Tu mais do que ninguém, não é, Lee? — alvitrou Lithiel com um pequeno sorriso trocista.

— O que queres dizer com isso?

— Quero dizer que, enquanto eu estou aqui em missão, tu estás a beber, a divertir-te, completamente “à sombra da bananeira”. Uma sombra onde tens passado muito tempo ultimamente! O Nevra não está nada feliz com isso!

— Eu estou em missão! — defendeu-se Lee, ultrajado — Estou a ajudar a Eduarda a abrir o portal!

— Ah, então vocês estavam a dançar para invocar o portal?

— O quê? Não!

— Logo vi — Lithiel soltou um pequeno suspiro — Não estás a levar o assunto a sério, pois não?

— Claro que estou!

— Não parece.

— Estávamos só a fazer uma pausa!

— Vais incluir essa pausa no teu relatório, espero… A propósito, já declaraste a missão ao Nevra?

— Não…

— Devias, porque eu não estava a brincar quando disse que ele não está nada feliz contigo! Se fosse a ti, declarava essa missão antes que o Nevra decida expulsar-te da Guarda!

— Ele não pode fazer isso…!

— Já o fez antes — revelou Lithiel, muito séria.

Lee lançou-lhe um olhar duvidoso e ao mesmo tempo preocupado.

— Eu declaro a missão amanhã de manhã — garantiu.

— O Nevra vai sair da cidade esta madrugada — informou Lithiel — Devias tratar disso hoje. O mais rapidamente possível!

Lee trincou o lábio inferior, cada vez mais nervoso, mas pareceu aceitar a sugestão porque voltou-se para mim.

— Vamos voltar, Eduarda…

— Eu acompanha-a até ao quartel — ofereceu-se a rapariga — É melhor correres, Lee…

O elfo lançou um novo olhar duvidoso a Lithiel.

— Ficas bem com ela? — perguntou-me, baixinho.

— Sim, acho que sim.

— Ótimo… Encontro-te amanhã de manhã, pode ser?

— Claro…

Lee deu-me uma palmadinha nas costas em jeito de despedida e dirigiu-se com passos apressados para a saída. Eu e Lithiel seguimo-lo com o olhar até a porta da taberna se fechar atrás dele.

— O que é que tinhas na cabeça para lhe pedir ajuda com o portal? — perguntou-me a rapariga num tom severo.

— Há algum problema? — perguntei, confusa.

— Ele é o problema — resmungou Lithiel antes de dar meia volta e encaminhar-se para a porta. Eu segui-a apressadamente, alcançando-a já no exterior.

— Qual é o problema do Lee? — insisti em saber.

— Ele fede a mentiras — revelou Lithiel, fazendo uma pequena careta — Nem sequer tenho a certeza de que seja um ele!

— O que queres dizer com isso?

— Quero dizer que o Lee não é de confiança!

— Oh, por favor! — exclamei, revirando os olhos — Há alguém na porcaria deste sítio que seja de confiança?!

— Não, não me parece…

— Vocês querem dar comigo em doida?! — gritei, esbracejando.

A maioria das cabeças em redor voltou-se na minha direção, mas eu não lhes prestei atenção, tampouco Lithiel. Ela continuou a andar na direção do quartel-general e eu não tinha outra opção que não segui-la.

— Há muitas coisas sobre este mundo que ainda precisas aprender, Eduarda — disse Lithiel, num tom grave — Uma dessas coisas é desconfiar… Desconfia de tudo e de toda a gente. Não confies em ninguém. Nem sequer em mim…

— Eu só quero voltar para casa — expliquei num tom desalentado — Não quero saber dos vossos jogos, dos segredos ou das mentiras. Só quero abrir o portal e sair daqui…

Lithiel abriu um pequeno sorriso sem humor.

— Se fosse assim tão fácil…

Não lhe perguntei o que queria dizer com aquilo e Lithiel também não voltou a falar, de modo que fizemos o resto do caminho até ao quartel-general em silêncio. Atravessámos o jardim e entrámos para o átrio, onde Lithiel por fim se deteve.

— Chegámos.

— Yupi — resmunguei com um revirar de olhos.

— Devias ir ver a Eweleïn — sugeriu Lithiel, baixando o olhar para a minha mão ferida — As ligaduras estão a cair.

Eu recolhi rapidamente a mão contra o peito, tentando apertar as ligaduras que, de facto, estavam a soltar-se. Bolas…

— Vou lá assim que puder — murmurei enquanto me debatia com a gaze.

— Porque não agora? — perguntou Lithiel, erguendo uma sobrancelha desconfiada.

— Tenho… uma coisa para fazer antes.

— Estás a mentir.

— Não, não estou — neguei, franzindo ligeiramente o sobrolho.

— Estás, sim. Consigo cheirá-lo — Lithiel tocou no nariz com o dedo indicador, os guizos no seu pulso acusando o movimento — Fede…

Eu imobilizei-me enquanto lhe lançava um olhar incrédulo.

— Tu consegues… cheirar mentiras?

— Sim.

— Então… quando disseste que o Lee fedia a mentiras…

— Não era uma metáfora.

Eu engoli em seco, perturbada com a informação.

— Consegues descobrir exatamente de que forma é que ele está a mentir?

— Não, eu apenas sinto o cheiro. Descobrir a mentira em si e a verdade por trás dela pode revelar-se mais complicado. Depende das situações.

— Como por exemplo…?

Lithiel soltou um pequeno suspiro.

— Não é fácil explicar…

— Tenta, por favor.

— Pode ficar para outra altura? — perguntou a rapariga com um pequeno trejeito — Ao contrário de ti, eu tenho coisas para fazer.

— Ah… claro, sem problema — cedi.

— Vemo-nos por aí, então.

— Tchau…

Lithiel dirigiu-me um pequeno sorriso e deu meia volta, voltando a encaminhar-se para o exterior do quartel-general. Eu soltei um pequeno suspiro e segui na direção oposta. Não tinha mesmo nada para fazer, por isso iria para o meu quarto. Podia aproveitar as últimas horas de luz para terminar a “Titanomaquia”… e talvez tentar prender melhor as ligaduras, para que não voltassem a cair e meter-me em problemas!

Estava quase a chegar ao dormitório quando um rapazote com orelhas de coelho saltou para a minha frente para me entregar um recado de Keroshane: ele queria que eu fosse ao seu encontro na biblioteca para tentar de novo o teste das Guardas. Eu revirei os olhos, cansada daquela insistência no teste, mas fui até lá.

Keroshane estava sentado na sua secretária quando cheguei, escrevendo algo num longo pedaço de pergaminho.

— Olá, Keroshane — cumprimentei-o, fazendo-o endireitar-se com um pulo surpreendido.

— Ah, Eduarda… Olá.

— Assustei-te?

— N-não, claro que não, eu só… estava distraído…

— Mandaste-me chamar? — continuei.

— Sim, queria saber se estarias disposta a tentar novamente o teste das Guardas.

— Não creio estar preparada — neguei — Há ainda muita coisa que preciso aprender. Nem sequer terminei os livros que me deste!

— Eu compreendo, mas… é realmente importante que te juntes a uma Guarda…

— Porquê?

— Será mais fácil obteres ajuda para abrir o portal dessa forma…

— Eu já tenho alguém a ajudar-me — revelei.

— Oh — fiz Keroshane, surpreendido — A-ainda bem… N-não pensei que fosses encontrar alguém tão depressa…

— Eu atraio as pessoas — comentei com um falso sorriso inocente.

— Estou a ver que sim… A-ainda assim, julgo que precisarás de dinheiro em breve e cumprir missões para a Guarda é a melhor forma de o conseguires, por isso insisto que façamos o teste com a maior brevidade possível.

Soltei um pequeno suspiro, derrotada por aquele argumento. Eu precisava mesmo de dinheiro…

— Tudo bem — cedi — Vou terminar de ler os livros o mais rapidamente possível e talvez amanhã tente fazer o teste. Está bem assim?

— Sim, claro, ótimo! — aprovou Keroshane, satisfeito — Estarei aqui o dia todo, por isso, está à vontade para aparecer a qualquer hora.

Fiz um gesto afirmativo com a cabeça e estava a preparar-me para me despedir e ir embora quando me lembrei de colocar uma determinada questão a limpo.

— Hum… Keroshane? — chamei, hesitante.

— Podes tratar-me por Kero — autorizou o bibliotecário com um sorriso amoroso.

— Kero — repeti, sem resistir àquele sorriso — Posso fazer-te uma pergunta?

— Claro!

— Os livros que me entregaste… parecem estar bastante resumidos.

— Ah… É que… a maior parte dos livros que te entreguei foram na verdade escritos para crianças — admitiu Kero, abrindo um sorriso atrapalhado — Achei que uma versão mais direta e resumida da nossa história facilitaria a tua assimilação.

— Sim, facilita, mas também levanta muitas questões.

— Compreendo. Poderei fornecer-te livros mais completos, se quiseres.

— Quem é que escreve esses livros? — perguntei no tom mais inocente que consegui.

— Os Sacerdotes. Eles tentam compilar todos os relatos existentes de um determinado acontecimento e completá-los com a sua própria visão dos factos, no caso de terem presenciado o acontecimento.

— A Miiko é uma Sacerdotisa, não é? Ela escreveu alguma coisa?

— Não, claro que não! — negou Kero, rindo — Os livros são muito anteriores à Miiko — inclinou a cabeça ligeiramente para o lado — Porque perguntas?

— Curiosidade — respondi, encolhendo os ombros — Fiquei a pensar na possibilidade de algum lunático ter escrito aquelas coisas e nem tudo ser verdade…

— Ah, não — negou Kero, rindo — Nós presamos imenso a nossa história, jamais entregaríamos a tarefa de a registar a uma pessoa pouco confiável.

— Disseste, no entanto, que todos os relatos existentes são contabilizados… Como podiam os Sacerdotes ter a certeza de que nada neles era inventado? Imagina, por exemplo, que um relato da Titanomaquia afirma que os faeries lutaram contra uma centena de titãs e outro afirma que lutaram apenas contra dez… Como saberiam qual deles é verdadeiro?

— Basta comparar com outros relatos. Existem centenas, talvez milhares, de relatos da Titanomaquia. Se a maioria diz que havia cem titãs, então cem será o número correto.

— E se estiver errado?

Kero riu-se.

— É meio impossível que tantos relatos diferentes estejam errados, não achas?

Soltei um risinho e fiz um aceno de concordância, mas não estava convencida. Eu sabia, como estudante de Jornalismo, quão fácil era adulterar uma informação. Bastava uma única notícia falaciosa para várias outras surgirem com base na primeira. Além disso, toda a informação contida naqueles livros fora filtrada pelos Sacerdotes… que poderiam ter escolhido a informação que mais lhes convinha em vez da mais próxima da verdade.

Aquilo era tão confuso… Talvez devesse começar a tirar apontamentos daquela história toda. Eldarya tinha matéria mais do que suficiente para me permitir concluir o curso, para não falar do seu potencial para romances fantásticos! Lamento, Pulitzer, mas isto já deu o que tinha a dar. Hora de tentar o Prémio Nobel da Literatura!


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Notas finais do capítulo

[Próximo: 25/12/17]



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