— E o que te faz pensar que eu vou te contar algo? – Sora disse fechando a porta e caminhando em direção ao sofá.

— Você sempre pareceu adepta a me contar – Sakura disse encarando a irmã.

— Engraçado – Sora deu uma risada sarcástica – pensei que a senhorita sabe tudo descobriria sozinha.

— Não se faça de boba – Sakura respirou fundo – apenas diga o que eu não consigo me lembrar.

Sora se mexeu no sofá e foi em direção a um mini bar que tinha ali e se serviu de uma bebida. Nervosismo é claro, ela estava a ponto de contar, porém alguma coisa estava á impedindo. “O amor de irmã não pode ser” pensou Sakura. A ruiva encarou os pés de Sakura e tomou um gole da bebida. “Está ponderando se vai falar ou não” a rosada pensou outra vez.

— Desculpe – Sora sorriu – não direi nada á você irmãzinha – a ultima palavra saiu de forma irônica.

— Não entendo – Sakura permanecia séria – você não me conta não é porque quer me proteger de algo.

— Isso é obvio! – Sora riu alto – Saki Saki – caminhou em direção da irmã mais nova – esse papel de te proteger da verdade é do Pain – a ruiva bebeu mais um gole da bebida – por mim eu teria te contado faz tempo, mas – ela parou em frente à Sakura – eu amo torturar você – sorriu – e o fato de te ver desesperada para saber nosso passado me dá tanto prazer que eu jamais estragaria tudo contando para você.

Sakura arregalou os olhos de leve, “Por puro prazer?” pensou aquilo não fazia o menor sentido. Sora era sua irmã e não uma estranha e custava acreditar na natureza malvada e cruel da irmã, mas aquela era a verdade escancarada. Sora á odiava e Sakura não podia dizer o mesmo na verdade nunca sentiu absolutamente nada pela irmã.

— Me perdoe ter te abandonado – ouviu a voz de Sora e ela sentou ao seu lado com uma sacola que colocou ao lado de Sakura – são Dangos – Sora sorriu.

— Obrigada – os olhos da rosada brilharam e ela abriu a sacola.

— Vou contar tudo ao Itachi amanhã – a ruiva disse sorrindo e com lágrimas nos olhos.

— Faz bem – Sakura comeu um doce – obrigada irmã.

Sora viu as lágrimas nos olhos de Sakura e as duas se abraçaram ali. Como sentia falta daquilo da irmãzinha dela de cuidar de Sakura. Sabia que ainda tinham coisas no passado pendentes, mas enquanto Sakura não lembrasse seria melhor não desenterrar aquilo.

Sempre quis saber até onde iriam as mentiras de Sora e lembrar-se daquele fato a fez refletir sobre suas ações. “Lágrimas? Eu jogo do jeito que quero e além do mais fingir choro não é tão difícil assim” o pensamento de Sakura estava a mil. Nunca acreditou na mudança de Sora e dançar conforme a música era algo que aprendeu com facilidade “Manipular as pessoas é tão fácil” Sakura pensou em sorrir, mas seus pensamentos estavam apenas em sua mente.

— Aproveite esse pequeno deleite – Sakura pegou sua mochila e caminhou em direção á porta – só não se esqueça de trancar a porta.

Sora sentiu seus pelos arrepiarem e um medo invadir seu interior, odiava ficar sozinha e o fato de Sasori ter ido para o hospital deixando-a sozinha ali e isso a deixava apavorada. Sempre teve medo de ficar sozinha e aquilo a atormentava sempre. Correu e trancou a porta se agarrando em uma almofada sentindo o desespero a consumir aos poucos.

Sakura desceu de elevador sentindo-se bem, sabia do medo de Sora e não resistiu em deixar a irmã apavorada. Não estava com raiva já esperava que aquilo fosse acontecer, é claro que Sora não contaria nada apenas queria tirar uma prova e como sempre “previsível” a rosada suspirou e chegou á saída do prédio.

— Por que ainda está aqui? – ela disse ao ver Sasuke e caminhou sendo acompanhada por ele.

— Bem – ele hesitou – sei lá te dar apoio depois de uma conversa difícil com sua irmã?

— Não creio que esteja precisando de apoio agora ela – Sakura continuava séria.

— Vamos comer alguma coisa? – Sasuke sugeriu.

Sakura parou no mesmo instante. O que Sasuke tinha na cabeça afinal? Achava que eles eram um casal? E aquela proximidade toda já a estava deixando incomodada. Teria que coloca-lo em seu lugar. “Será que as pessoas não entendem quando são usadas meramente para fins de pesquisa?” pensou ao lembrar de quando beijou a testa de Sasuke e contou a ele sobre sua limitação de não lembrar do passado.

— Sasuke – ela chamou sua atenção – eu vou para casa sozinha.

— Bem eu te acompanho se não quiser comer – ele sorriu.

— Não – ela foi ríspida – eu não quero sua companhia.

— Qual é Sakura? – ele estava confuso – porque está agindo assim?

— Será que não entendeu ainda? – ela cruzou os braços – eu não sou uma boa pessoa e muito menos estou interessada em outros seres humanos com a mente tão limitada quanto a sua – ela arrumou os óculos – sabe para qual fim eu quero interagir com outra pessoa? – o tom dela era de frieza total – experimentos, então entenda tudo que aconteceu nesses dias eram apenas meus experimentos.

— Experimentos? – Sasuke abaixou a cabeça – você usa e descarta assim? – gritou com raiva na voz – não você não pode ter me enganado!

— Você vê, mas não enxerga – Sakura virou de costas – sentimentos são uma desvantagem desnecessária.

— Bom saber que pensa assim – ele apertou o punho – você é bem mais cruel que a Sora.

O Uchiha correu dali o mais rápido que pode. Sakura era desumana e não se importava com ninguém e ele idiota caiu facilmente na cilada dela. Como ela conseguiu o fazer de objeto de pesquisa? O que ela pensava? E naquele mesmo momento ele voltou a ver a Sakura que chegou naquele aeroporto bagunçando sua vida.

— Haruno Sakura – ela disse e deu um mínimo sorriso.

— Bem vinda – Sasuke disse abrindo seu melhor sorriso a voz dela era tão doce.

— Deixe eu levar logo suas malas – Itachi pegou a bagagem – vou indo pegar o carro me esperem aqui.

— Certo – Sasuke disse vendo o irmão se afastar – então veio dos Estados Unidos certo?

— Minha irmã está aqui certo? – ela disse encarando Sasuke sem expressão alguma.

— Como você? – ele se surpreendeu.

— O noivo dela é seu irmão certo? – ela continuava séria e suas palavras não tropeçavam.

— Isso – Sasuke abaixou o olhar.

— Então por que você está dormindo com ela? – Sakura jogou aquilo pra cima de Sasuke e ele arregalou os olhos imediatamente surpreso.

— O que? – disse um pouco alto – eu não estou...

— O perfume dela está misturado com o seu, não consegue sustentar o olhar no seu irmão e não parou de pegar no relógio que está no seu braço que certamente foi ela que te deu – ela falava rapidamente, mas de forma clara – além de que provavelmente pelo estado da sua roupa vocês estavam tendo um amasso no carro porque você esqueceu de abotoar o botão de sua blusa.

Toda aquela arrogância havia voltado tudo que jurou ter se enganado em relação a ela estava ali na sua frente e como facadas as palavras dela perfuraram seu peito.

—x-

Hinata estava caminhando juntamente de Neji até a casa de Kiba, havia tomado uma decisão depois de conversar com Sakura. Sentia uma alegria crescer em seu peito depois do que Naruto havia feito por ela mesmo querendo que aquele sentimento sumisse ele apenas parecia crescer mais ainda. E Kiba? Sim ele teria o que merece e como não era boba nem nada levou seu primo consigo que até elogiou a atitude de Naruto.

— Pronta? – Neji disse quando eles param na frente da casa de Kiba.

— Sim – Hinata sorriu fraco – eu sou uma idiota né?

— Não – Neji segurou a mão da prima – você é pura e só vê bondade nos outros.

— Isso é ser boba – os dois começaram a rir.

Desceram do carro e tocaram a campainha da casa do garoto e foram anunciados. Esperaram um momento e Kiba apareceu do lado de fora da casa.

— Hina? – estava surpreso – Neji – o saudou.

— Kiba – Hinata se aproximou dele e sorriu – nunca mais se aproxime de mim! – falou de maneira grossa e sua mão encontrou o rosto de Kiba, se ouviu o estrondo do tapa.

Neji se aproximou e disse para Hinata entrar no carro e foi o que ela fez.

— Se pensar ou respirar perto dela eu acabo com você – Neji disse e virou de costas – quer saber eu posso perder a linha de vez enquanto – quando se virou socou o rosto de Kiba com força.

— Neji – Hinata disse surpresa vendo o primo entrar no quarto.

— Isso foi libertador – ele riu e deu partida no carro.

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Shizune estava sentada no balcão de um bar, resolveu espairecer um pouco e sozinha ali. Não queria criar expectativas quanto a Itachi já que ele ainda estava ligado a Sora de alguma forma. Odiava tudo aquilo queria que Sora nunca tivesse existido. Pediu mais uma Tequila e apreciou o álcool descendo pela garganta já estava bêbada mesmo então beberia mais o quanto conseguisse.

— Isso parece bom – um homem se aproximou da morena.

— De fato é – ela respondeu e apreciou a beleza daquele homem.

— Qual seu nome? – ele perguntou.

— O educado não seria quem quer saber se apresentar primeiro? – ela sorriu.

— Desculpe – ele sentou ao lado dela – Kakashi.

— Shizune – ela disse e eles apertaram as mãos – sexta feira e está sozinho?

— Tecnicamente estou com você – ele sorriu.

— Adorei seu lenço – ela disse e achou sexy aquele lenço no rosto dele.

— Você está um pouco bêbada – ele riu e tomou um gole da bebida.

— Eu não sou fraca para bebida – ela disse e sorriu – vamos dançar?

— Claro – ele deixou o copo no balcão e se deixou ser guiado por aquela morena.

Shizune dançava que nem uma louca no meio daquela multidão, Kakashi tentava a amparar e achava tão divertido o modo como ela estava se mexendo parecia uma criança comendo o primeiro pedaço de chocolate. Em um momento ela se aproximou o encarando com as suas orbes negras e envolveu o pescoço de Kakashi colando seus corpos em uma dança mais sensual. “Por Deus” ele pensou “de onde saiu essa garota?” ela estava conseguindo mexer com os nervos dele e muito bem por sinal.

— Kakashi – ela disse se apoiando nele – estou cansada.

— Quer que eu chame um taxi? – ele disse pegando o celular.

— Hum – ela se posicionou na frente dele e encostou seus lábios.

—x-

 - Sakura? – Pain a chamou assim que a viu entrar pela porta – por Deus onde estava?

— Fui atrás de Sora – ela disse sem muito animo.

— O que? Por quê? – o ruivo estava confuso.

— Você sabe porque – a rosada começou a subir as escadas.

— Saki – ele a segurou pelo pulso – me perdoe, mas não posso te fazer tal mal.

— Eu sei – ela disse séria – mas uma hora eu vou lembrar Pain mesmo que não me conte.

— Eu queria que fosse diferente – ele abraçou a irmã.

— Mas não é – ela não retribuiu o abraço – vou tomar um banho e desço para o jantar.

— Tudo bem – ele disse e sorriu a vendo sumir de sua vista.

Sakura se despiu e entrou em baixo do chuveiro não queria pensar em nada do que iria adiantar? O que foi feito estava feito não tinha como colocar as palavras de volta em sua boca. Sentiu a água relaxar seu corpo, foi um dia muito tenso e ela só queria que aquilo acabasse logo. Terminou o banho, jantou com seu irmão e conversaram um pouco e logo subiu para dormir. Colocou seu pijama e escovou os dentes e quando saiu do banheiro levou um susto ao ver alguém sentado em sua cama.

— O que está fazendo aqui? – ela disse com a voz cansada.

— Não te vi o dia todo – o ruivo disse a encarando.

— Vá embora Gaara – ela tirou os óculos e os guardou.

— Quer que eu vá mesmo? – ele disse se aproximando dela.

— Você gosta de ser usado é isso? – ela disse se afastando e sentando na cama – eu já te disse que não estou interessada em relacionamentos e se algo acontecer eu vou apenas analisar cientificamente.

— Eu não ligo – ele sentou na frente dela – meu corpo quer você e só.

— Saia daqui ou eu grito – ela disse.

E o que veio a seguir foi rápido. Gaara tapou a boca de Sakura com uma das mãos se deitando em cima dela na cama. A rosada arregalou os olhos aquilo só poderia ser loucura Gaara não sabia a hora de parar.

— Não grite – ele disse ela fez que sim com a cabeça – eu quero fazer o que me pediu.

— Não quero beijar você – ela retrucou rápido.

— Não tem escolha – ele segurou os braços dela e se aproximou lentamente – eu quero você inteira Haruno.

Sakura o viu fechar os olhos, mas ela continuou com os seus abertos. Fechar os olhos era sinal de submissão de que estava cedendo aquilo. Reparou em cada detalhe de Gaara o quanto ele se deixava levar por impulsos e o quanto queria aquilo. Sentiu os lábios dele nos seus não era tão ruim, mas não sentiu nenhum prazer naquilo. “Onde estão vocês hormônios? Por que não sinto nada?” Sakura estava confusa, fechou os olhos esperando uma reação de seu corpo, queria entender sobre isso que os seres humanos chamavam de atração física ou gostar de alguém. Gaara pediu passagem com a língua e ela o deu sem hesitar e logo sentiu as mãos dele sobre sua cintura liberando seus braços. Ela enterrou a mão em seus cabelos e sentiu seu corpo responder a os toques de Gaara. “Então é isso” pensou, mas não foi o único pensamento que a perturbou...

— Não desista – Sasuke disse a apertando mais contra o seu corpo.

 - Pela primeira vez eu acho que me enganei – ela disse saindo do abraço e olhando Sasuke nos olhos - Obrigada – ela se aproximou e depositou um beijo na testa de Sasuke que fechou os olhos e apreciou o cheiro de flores e a quentura dos seus lábios em sua pele fria.

— Chega – ela o empurrou e o olhou com indiferença – sai daqui.

— Tudo bem – ele saiu de cima dela – seu primeiro beijo é meu Sakura – sumiu pela janela.

Por que Sasuke tinha que invadir sua mente agora? Ela só pensava no que queria, por que aquela lembrança brotou em sua mente involuntariamente?

#LEIA#

Gente que Cap foi esse? HAHA e então o que acharam? Me digam o que vocês pensam desse Cap ta bem? Não esqueçam de comentar ta legal? Estou bem animada por ver bastante gente comentando u.u GaaSaku, SasuSaku, Itashizu, KakaShizu, ItaSora? Huuuummmm e essas brigas de irmãos em?