I hate you, Potter! escrita por WeasleyGirl


Capítulo 9
Bônus - Remus ensolarado


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Esse caítulo é um bônus contando a história do Remus e da Dorcas que são um casal bem amor, espero que gostem! Nesse fim de semana posto o próximo capítulo e nele vai ter uma situação bem complicada pra um dos nossos casais favoritos, fiquem atentos! Aproveitem e comentem!



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Hogwarts, janeiro de 1975.

 

Remus Lupin

 

O recesso de natal havia acabado, mas o inverno fazia com que a maioria dos alunos ficassem em suas salas comunais. Atravessei o quadro da mulher gorda e vi a bagunça que estava a sala comunal da grifinória. Os alunos estavam amontoados em todos os lugares, mas nos lugares principais perto da lareira, estavam meus melhores amigos, James, Sirius e Peter. Atravessei a sala e no caminho esbarrei em alguém de cabelos loiros com uma tiara vermelha. Dorcas.

— Desculpe, Dorcas! - Eu disse parando e tentando não a encarar demais. Os olhos incrivelmente azuis dela me encararam e ela deu um sorriso.

—Sem problemas, Rem. - Vi que ela também me encarava e fiquei constrangido. A lua cheia estava chegando e eu já parecia doente. Respirei fundo e dei um último sorriso antes de me virar e ir pra perto dos meninos.

—Será que o nosso Remus finalmente tomou uma atitude em relação à Dorcas? - Sirius disse me olhando risonho e pude ver que a blusa dele estava mais aberta que o normal e que ele tinha uma marca de batom no pescoço.

—Pela cara de desânimo dela, não chegou nem perto - James respondeu rindo e olhando pra onde a Dorcas estava. Mas era pateticamente óbvio que ele estava olhando pra Lily, que estava sentada do lado da Doe lendo um livro imenso.

—Vou fazer algo em relação a Dorcas quando a Lily aceitar sair contigo. - Eu disse rindo e olhando pro James, que hoje recebeu o fora número 1001.

—Nosso lobinho está inspirado hoje, meus amigos - O Sirius disse rindo - Peter, vai na cozinha e pega alguma coisa quente pra comer, não quero sair daqui e perder a visão da Marlene deitada. - Olhamos pro canto e vimos Marlene escorada na janela enquanto copiava algo, na posição que estava, sua saia acabou subindo sem que ela percebesse, mostrando boa parte das pernas.

Vimos que o Peter não queria ir, mas ele acabou levantando e indo em direção à saída. Ouvimos um baque estridente e vimos Lily Evans se levantando com um olhar mortífero, que surpreendentemente não estava direcionado ao James.

—Black seu pervertido! O que pensa que está fazendo olhando pras pernas da Lene desse jeito? - Ela gritou, chamando a atenção de boa parte do salão, incluindo Marlene e Dorcas, que se aproximaram. Abaixei a cabeça pra não ter que olhar pra ela.

—Como é que é? - Marlene perguntou com cara de brava e vi que hoje o Sirius ia levar um bom tapa - Ora seu idiota! - Lene deu um dos seus famosos tapas que deixou 5 dedos marcados no rosto do Sirius - Não ache que sou que nem essas garotas idiotas que você pega, Black. Se quer olhar um rabo de saia, vá atrás dos delas. Não saio com cachorros!

Lene saiu seguida de Lily que deu um olhar de desprezo pra Sirius e ignorou totalmente James. Porque esse povo tem que ser tão complicado? Percebi que Dorcas me olhava, mas não olhei de volta até que a ouvi suspirando e se virando. Não podia incentivar isso. A Dorcas merecia alguém melhor que alguém como eu.

Hogwarts, abril de 1975

 

Remus Lupin

 

Hoje é o aniversário da Dorcas e comprei um presente pra ela. Hoje estamos sentados em pontas opostas no Salão Comunal porque o James e a Lily brigaram de novo mas ainda consigo ver o rosto da Dorcas mesmo a distância.

—Cada dia nosso Aluado vai mais pro mundo da lua. Está pensando em que? - O Sirius diz me olhando risonho, sem perceber que está com bigode de leite.

—Ou melhor, em quem? - O James completa. Não sei como eles conseguem se entender tão bem assim, os dois sempre tem a mesma linha de raciocínio pra tudo!

—Estou pensando que você devia tirar esse bigode de leite antes de encontrar a Lucie McDonald.

O Sirius rapidamente tirou o bigode de leite enquanto nós riamos. Até que finalmente o correio coruja chegou. Me virei pra ver a reação da Dorcas no mesmo instante. Será que ela ia gostar? Observei vários embrulhos caírem na frente dela e um a um ela foi abrindo os presentes, até chegar no meu. Quando ela abriu o embrulho prateado, vi que ela soltou uma exclamação que chamou a atenção das amigas e percebi que ela passou o olhar pela mesa procurando por mim, até que seu olhar encontrou com o meu e ela sorriu, e por um momento, eu não era o menino lobisomem, era só alguém muito apaixonado.

Vi ela colocando o colar no pescoço sem tirar os olhos de mim e então ela gesticulou um obrigada com os lábios. O colar de ouro reluzia no pescoço dela e valia a pena cada centavo (que eu passei os últimos 7 meses guardando). O pingente de sol combinava tanto com ela que chegava a ser engraçado, ela era tudo que eu amava, todas as coisas boas, todas as esperanças, e era como um raio de sol na minha vida tão atormentada pela lua.



Hogwarts, maio de 1975

 

Remus Lupin

 

Dorcas e eu estávamos cada vez mais próximos. Desde o aniversário dela nos encontrávamos pra conversar na frente da lareira quando todos dormiam e eu sentia que devia contar a ela o porque de nossos encontros não poderem passar de conversa e porque ela não devia continuar a se encontrar comigo, mas ela me fazia tão feliz que era tão difícil abrir mão. Desci a escada sorrateiramente e a vi sentada com um pijama de flores e um cobertor ao redor dos ombros.

—Boa noite, Doe. - Eu disse e vi que ela estava tão perdida em pensamentos que tomou um susto ao me ouvir chegar.

—Oi, Rem! Achei que não viria hoje. - Ela disse apreensiva. Era estranho como eu conseguia reparar em cada detalhe dela, perceber o que ela sentia com o mínimo sinal.

—Dorcas, eu demorei porque estava tomando uma decisão, que é muito difícil pra mim por sinal, mas sei que você merece isso e eu preciso ser sincero. - Eu disse respirando fundo - Por favor, não me interrompa, é uma história difícil pra mim e será melhor se eu contar de uma vez. Quando eu tinha 9 anos, meu pai entrou em uma briga com um lobisomem chamado Fenrir Greyback e depois disso, o lobisomem ficou cheio de raiva e na lua cheia seguinte, invadiu minha casa e me mordeu. Fizemos de tudo, mas não existe cura. Por isso estou sempre doente, por isso colocaram o salgueiro lutador no ano que nós entramos, os sons que escutam na casa dos gritos são os barulhos que eu faço durante a minha transformação. Eu sou um lobisomem, Dorcas. Entendo se não quiser mais contato comigo, mas não podia esconder de você, mas peço que não conte a ninguém, se é que tenho direito de pedir alguma coisa.

E pra minha surpresa, Dorcas me abraçou. Ela se jogou em cima de mim e me abraçou. Respirei fundo e vi que ela estava com o coração disparado e acho que o meu estava do mesmo jeito.

—Remus, você é o melhor garoto que eu conheço e eu sempre soube que você escondia algo, mas não foi sua culpa, você não tem a intenção de magoar nem de ferir ninguém. Você é uma das pessoas mais honradas que eu conheço e é por isso que eu… que eu… que eu estou apaixonada por você. Você ser um lobisomem não muda nada, nós podemos dar um jeito. Não desista de todas as coisas boas da sua vida por isso, Rem. Não tenha medo de ser feliz.

E enquanto eu tentava assimilar tudo que ela disse, a Dorcas me beijou. A menina risonha e linda que sempre me encantou me beijou depois de eu dizer a ela que era um lobisomem. E foi o melhor beijo da minha vida.

—Se você disser que sente por mim o que eu sinto por você, vamos dar um jeito. Dê uma chance a nós Remus. Se arrisque comigo.

E contra tudo que eu acreditava, contra toda a minha insegurança e meu medo de machucá-la, contra o receio do que fariam se descobrissem, eu decidi arriscar. Respirei fundo e falei a frase que sabia que ia mudar tudo.

—Eu amo você, Dorcas.


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Notas finais do capítulo

Hey, gostaram? Querem um flashback contando do desenrolar da história da Lene e do Sirius? Comentem!



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