Unidos pelo acaso escrita por May Prince


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Nos vemos lá em baixo!



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Oliver Queen estava parado na porta da minha sala com um sorriso zombateiro. Queen... Seria ele o Queen que Layla e Jonh tanto falavam?

—   Wow, - tirei a caneta da boca e comecei a bater com ela na mesa. O que tava acontecendo comigo? Eu tava nervosa? Eu não ficava nervosa com homens viris na minha frente. Porque eu estava nervosa? - Meu Deus, você ta me seguindo? O que você quer aqui?

— Felicity Smoak. É assim que você trata seus clientes? – ele perguntou entrando na sala e cruzando os braços

— Não... Só os que batem no meu carro. – sorri tombando a cabeça para o lado e semicerrando os olhos  – O que você quer aqui? - ele riu

— Bom... O que se pode querer em uma loja como essa?

— Me infernizar?

— Além de te infernizar... – piscou – Derramei café no meu celular, a minha sorte é que hoje eu estou de folga. Precisava disso para amanhã. – larguei a caneta e estique a mão para pegar o celular

— Oh... Você é o médico que ligou para a Suzy?

— Não sei quem é Suzy, mas eu sou o médico. – sorriu e se sentou. Que sorriso! Que homem! Meu Deus!

— E você se sentou por quê? – perguntei franzindo o cenho. O tanto que ele era gostoso ele era folgado!

— Obrigada pelo gostoso! – gargalhou. Não acredito que falei isso em voz alta. Corei – Mas eu vou ficar aqui esperando meu celular ficar pronto.

Assenti e comecei a analisar o celular na minha mão. Não tinha nada de errado com o aparelho, não tinha café, não tinha absolutamente nada.

— Seu celular só esta descarregado!

— Me pegou! – colocou as duas mãos em sinal de rendição

— O que você quer, Queen? – falei devolvendo o celular

Eu não podia me estressar. Não podia. Mas aquele enjôo nojento estava vindo. Tentei segurar a tudo custo. Respirei fundo.

— Eu roubei seu contato na agenda do babaca do Tommy, não quis ligar pro seu celular então liguei pro número comercial e inventei qualquer história. - Respira fundo, Felicity... Respira fundo... –  Só quero um encontro, uma noite, que tal? Te busco as oito?

Como ele pode convidar uma pessoa grávida pra passar uma noite? Não me agüentei e sai correndo para o pequeno banheiro acoplado a minha sala. Me ajoelhei em frente ao vaso e coloquei tudo – Leia-se frutas – que consumi hoje pra fora. Eu estava suando frio, mas senti aquele toque quente na minha nuca, aquele toque foi tão rápido, mas foi o suficiente pra me arrepiar. Como se uma corrente elétrica tivesse passado de dele para mim. Ele percebei isso, pois hesitou antes de pegar meus cabelos e fazer um rabo de cavalo com as mãos enquanto eu vomitava.

— Você não precisa ver isso. – falei com a sessão grátis de vomito acabou

— Não estou acostumado em chamar uma mulher pra sair e receber vômito como resposta. – falou me ajudando a levantar e prontamente me encaminhei a pia para escovar os dentes – Te pego as oito?

“Te pego as oito?”, essa é a frase com mais duplo sentido do universo.

— Você não consegue parar de fazer graça nem diante de uma mulher grávida passando mal? – falei enquanto passava a toalha na boca

— Olha, eu...

— Oi... Tem alguém aí? – perguntou uma voz feminina vindo da minha sala.

— Posso dispensar...

— Não... Tenho que trabalhar, não sou riquinha mimada igual a você. – sai do banheiro a tempo de o ver revirando os olhos – Olá! – falei para a mulher loira que estava na porta da minha sala com o sorriso no rosto.

Ela era linda, loira, alta e com roupas sociais. Devia ser a advogada que deixou o computador com a Suzy para eu dar uma olhada.

— Oi! Eu vim buscar o...

— Laurel o que você está fazendo aqui? – perguntou Oliver saindo do banheiro e cruzando os braços

— Eu faço essa mesma pergunta para você, Ollie – ela disse e me olhou de cima a baixo – Ta caçando até as técnicas de informática agora? – sorriu debochado. Mas que mulherzinha... Ele abriu a boca para revidar, mas ela foi mais rápida – Srta. Smoak certo? Meu notebook está pronto?

— Está sim – falei indo até a minha mesa, pegando o aparelho e entregando a ela – Você pode acertar tudo no balcão com a Susan. – falei com meu melhor tom profissional

Ela assentiu mais continuou parada na porta.

— Você não vem, Ollie? – quase gemeu o “Ollei”. Isso tava me dando enjôo de novo – Ou você esqueceu o nosso compromisso hoje ás oito?

Que cretino!

— Laurel, o que... – ele começou a falar

— É Ollie, vai lá – falei o empurrando em direção à porta onde ela ainda estava parada com um sorriso falso se moveu apenas para dar passagem para que eu removesse aquela montanha de músculos da minha sala – Vai para seu compromisso, seu celular já está ótimo. Tchau. – bati a porta na cara dos dois.

Era só o que me faltava!

Me sentei na minha confortável cadeira e comecei a organizar tudo para ir embora quando meu celular começou a vibrar.

Layla M. Diggle: Consulta das crianças na segunda ás nove. Não se atrase, futura Sra dos peitos Murchinhos da Silva.

E eu achando que ela tinha esquecido. Gargalhei com o “Murchinhos da Silva”.

Terminei de guardar minhas coisas e não resisti, peguei meu celular novamente e jogue no Google “Oliver Queen”

Uma manchete dizia “Herdeiro mais velho dos Queen se forma em medicina porém se recusa a assumir o lugar de seu pai na presidência do império de hospitais de sua família ” Okay!

Em outra do ano passado falava “ O queridinho de Starling City é preso novamente por dirigir embriagado e bater no policial que o advertiu” Bem a cara dele mesmo!

Em uma mais recente, de ontem na verdade, tinha a cara de Oliver com duas modelos diferentes em um evento beneficente, evento esse que tinha ocorrido ontem. Olhei bem para a foto e lá atrás estava John Diggle.

Nossa, Johnny, quer me juntar ao seu chefe Encrenqueiro Galinha Queen? Grande amigo o John era!

John ia se ver comigo!

Peguei minhas coisas e sai da minha sala.

— Já estou indo, Susan – falei trancando a minha sala.

— Que torta de climão foi aquela, ein? – falou mordiscando um lápis

— Não sei do que você está falando

— O doutor Delícia foi embora esbravejando com a loira metida à besta. Ela atrapalhou alguma coisa lá dentro chefa? – bateu com o  lápis na bochecha – Pensando bem... Você pode ficar com ele, ele é a descrição perfeita de “Loiro, alto, porte atlético”, ninguém ia perceber que ele não é o pai. – sorriu como se tivesse descoberto o elixir da imortalidade.

Parando pra pensa... Ela tinha razão. Meneei com a cabeça para dispersar esse pensamento. Não ia me deixar levar pelas loucuras dela.

— Tchau, Susan – falei acenando e saindo da loja

  (...)       

Curtis havia pesquisado na internet sobre um curso para mães solteiras. Decidi ir. Queria dividir minha história com outras mulheres e conhecer outras histórias também. Por mais que eu tivesse a vovó e a Layla, não era a mesma coisa. Layla tinha o John sempre ao seu dispor. E vovó, bom... Era a vovó, né!

Lembrar de John me fez lembrar do Queen que ele queria me apresentar. Seria esse Queen o Oliver? Pelo que o Google me disse, eram apenas ele, os pais e uma irmã mai s nova. Nenhum outro Queen a mais.

Porque o Oliver mexia tanto comigo? De uma forma boa que me fazia querer a presença dele a todo tempo. Porém uma vozinha na minha cabeça insistia dizer que hackear os dados dele pra pegar o número do celular ela loucura.  Eu nem o conhecia. E se ele fosse um pediatra sádico que rouba bebês?

Que besteira, Felicity, ele não rouba bebês. Suspirei. Mas já a mãe dos bebês...

Dirigi até o curso para mães solteiras. Quando cheguei, estacionei o carro e olhei o ambiente. Era um prédio de tijolos simples. Na mensagem que Curtis me mandou, o andar era o primeiro.

Isso vai ser interessante!

— Bem vindas ao “ Mães Solteiras e Orgulhosas”  - disse Isabel Rochev “professora” do grupo. Ela era morena, cabelos longos pretos, e tinha um olhar cansado. Porém tinha um sorriso no rosto e um sotaque russo que deixava tudo bem engraçado. Eu me segurava para não rir. – Como o nome já diz, somos todas mães, solteiras e orgulhosas da nossa situação! – falou batendo palmas – Algumas de nós adotaram, outras conceberam com um doador. Cada história diferente, mas com um denominador em comum: Queríamos um filho e resolvemos isso sozinhas. – falou mais alto

Olhei ao redor, tinha todos os tipos imagináveis de mulheres lá. Algumas esparramadas no sofá, umas no tapete no chão, outras em pufs. Eu estava encolhida em um banquinho de madeira.

— E você? – uma grávida com roupas largas apontou para mim.  Ai meu Deus! Odeio ser o centro das atenções. – Já é mãe ou está tentando virar uma?

— Eu fui inseminada e deu certo de primeira – sorri orgulhosa – Inseminada... Isso me faz parecer uma vaca.

Todas me olharam como se eu fosse uma maluca. Ai meu Deus! To passando vergonha.

— É, bom... – disse Isabel – Queríamos ser mães e fazemos de tudo para virar uma. – sorriu amarelo me olhando – Nos conte sua história.

— Ok... Vamos lá. – Aí meu Deus, o que eu falo? – Eu tenho uma loja de tecnologia que é bem sucedida, sempre foi meu sonho ter meu próprio negócio e ter filhos – suspirei – Somos só eu e minha avó, e como não achei a tampa da minha panela... E eu queria muito ser mãe... Então eu recorri ao meu plano B. É isso!

— A cara metade ilusória... Boa sorte procurando! – disse Isabel – Querida, escute, se você quer mesmo um filho, nos aqui nas Mães Solteiras e orgulhosas – cantarolou a última palavra – podemos ser suas parceiras do início ao fim e durante tudo que tiver no meio.

Assenti em forma de agradecimento. Porque eu achei que ter vindo aqui era uma boa idéia?

— William nasceu aqui, nessa sala, aí onde você está sentada na verdade –  uma mulher morena de cabelos escorridos que estava amamentando seu bebê apontou pra mim.

Aí meu Deus! Eu estava sentada no local onde ela deu a luz.

— É mesmo? Bem aqui? Nesse banquinho? – falei me remexendo no banco e tentando disfarçar o quanto achei aquilo esquisito. Quem é que da a luz em um banco de madeira? – Qual a idade do seu bebê agora?

— Tenho 4 aninhos, tia – disse a criança parando de mamar e me encarando. E eu achando que era um bebê!

Ai meu Deus!

— Que graça – disse Isabel olhando a criança com cara de boba.

(...)

No dia seguinte o expediente ocorreu normalmente. Sem surpresas. Cheguei em casa e me prontifiquei em preparar o tal jantar para a Vovó. Depois de uma tentativa de rocambole de frango queimado, porque foi esquecido no forno – não me entendam mal, eu fui vomitar – decidi pedir uma porção de ravióli de frango no delivery italiano. Eu ia jurar para a Vovó que foi eu quem fiz.  

Coloquei uma blusa de manga longa azul, short jeans branco e chinelo. Afinal, eram só Vovó e Stephen para um jantar normal. Certo?

Errado!

A campainha tocou e quando fui atender me deparei com Vovó, Stephen e um homem lindo, alto, cabelos negros e olhos azuis.

Era só o que me faltava...

— Olá, querida! Esse é meu sobrinho, Ray Palmer. Ray, essa é a tão falada Felicity Smoak.


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Notas finais do capítulo

Então... O que acharam? Eu ri sozinha imaginando a Isabel falando aquilo todo com um sotaque russo.
Eu quero me encontrar com o Oliver hoje ás oito. E vocês?
Laurel chegou já querendo ser chutada. "Ollie" affff
Eu vou avançar a fic, o que vai juntar Oliver e Felicity vão ser os próximos acontecimentos.
O capítulo 5 vai ser do POV do Oliver. Não vai ser o único, mas não serão muitos com o POV dele.

Comenteeeeem!! To amando cada comentário! Vocês são demais!!
Me digam... O que vocês acham que o Tommy delícia Melyn fez?

Beijos!!