Brand New Start escrita por Ciel


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo! o/
Como prometido ele está mais leve, espero que gostem.



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O convite de Peggy veio em boa hora, estava ansiosa para fazer parte de um novo projeto. Fico imaginando como será o meu trabalho no jornal, Nathaniel deixou bem claro que a menina não era muito fácil de lidar, mas eu estou pronta para os desafios.

Sem demorar muito, corri em direção ao grêmio e encontrei o Nath sozinho novamente. Anunciei minha entrada e ele virou-se para mim com um leve sorriso no rosto.

—Olá, eu trouxe os papéis para justificar minha última ausência.

Ele apenas fez um sinal de afirmação com a cabeça e pegou os documentos. Ele os analisava com cautela e em seguida anotou algumas coisas em uma folha e pediu para que eu assinasse.

—Acho que isso resolve tudo. –Ele parou por alguns segundos, parecendo escolher as palavras que diria. –Menos a sua ausência na segunda. –Nath me lança um olhar sério, como se soubesse o que eu tinha feito.

—Eu não me senti bem, por isso decidi faltar.

—Por favor, não minta. Eu a vi saindo com Castiel. –Ele colocou as mãos na cabeça, parecia contrariado.

—Você me viu saindo, mas não faz ideia de como eu estava naquele dia.

—Apenas tome cuidado, você é uma garota... –Ele parou de falar, estava vermelho feito um pimentão. –Você é uma aluna excepcional, aquele idiota não tem absolutamente nada para te acrescentar.

—Não vamos mais falar nisso, por favor. –Aumentei o tom de voz, toda aquela conversa estava me irritando e eu não queria outro desentendimento com ele. –A Peggy veio falar comigo, obrigada por ter me feito esse favor.

Ele dá de ombros.

—Eu dei uma olhada no seu blog, você tem talento. –Ele abre um sorriso, meio sem graça. –Gosto da forma com que você brinca com as imagens e os textos. Mesmo a foto estando lá, você consegue extrair algo que foge do óbvio, eu me diverti tentando adivinhar qual seria o tema apenas olhando para a imagem. No entanto, confesso que não tenho o mesmo olhar que o seu. –Ele já parecia mais descontraído.

—Parece que ganhei um fã. –lancei um olhar desafiador para ele.

—É. –Seu tom de voz ficou um pouco mais baixo, ele corou novamente e esboçou um leve sorriso. –Ganhou sim. –Seu tom de voz estava tão baixo que eu mal pude ouvir o que ele dizia.

Nossos olhares se cruzaram e um enorme silêncio iniciou-se no ambiente. Minhas bochechas estavam quentes e, provavelmente, tão vermelhas quanto às dele. Ficamos parados por alguns segundos até que o silêncio foi quebrado por uma menina que entrou rapidamente na sala e pigarreou para chamar nossa atenção.

—Nathaniel, as aulas estão prestes a começar. Você quer ir comigo?

—Tudo bem, Melody. –Ele virou-se para mim. –Você gostaria de vir conosco?

—Eu vou conversar com a Peggy sobre o jornal, quero ver logo o que ela quer que eu faça para começar o mais rápido possível.

—Entendo. –Ele respondeu desanimado. –Nos vemos mais tarde. –Nath sorriu para mim e a garota ao lado dele me lançou um olhar frio.

Despedimo-nos e eu fui resolver os detalhes para o Jornal da escola. Eu deveria entrevistar um rapaz que estudava em uma escola de esportes. O professor Boris achava que um artigo sobre o assunto incentivaria os rapazes do time a jogarem com mais... Paixão. Segundo Peggy, essa foi a palavra que nosso professor usou e eu não duvido. O homem era bem excêntrico, vez ou outra ele carregava uma rosa em sua boca. O pior de tudo é que eu ficaria até tarde na escola, pois a redatora chefe queria tudo pronto e as cópias impressas ainda hoje. Ela está me testando, só pode.

Falando em teste, passei por mais um com Ambre e suas amigas. Aquelas miseráveis ainda terão o que merecem. Eu não me esqueci do que fizeram ao kentin e não vou deixar passar. Aquelas três pestes comerão o pão que o diabo amassou, ou eu não me chamo Ariel.

A tarde foi turbulenta, como o bimestre está quase no fim os professores nos bombardearam com trabalhos. Um deles era em dupla e Nathaniel me convidou para participar com ele. Eu aceitei, mas sinto que não deveria. Melody não tirava os olhos de nós e aquilo me incomodava, soube que ela era apaixonada por ele, mas foi rejeitada. Para evitar mais confusões, resolvi apenas focar minha atenção na atividade e em minha dupla. Deu certo. Em seguida corri para o clube de basquete para encontrar Dajan o menino que eu precisava entrevistar.

—Ora se não é a melhor amiga do representante de turma! –Disse Castiel, em um tom sarcástico.

—Não precisa ficar com ciúmes, fofo. Foi apenas um trabalho. –Retruquei no mesmo tom, já estava aprendendo a lidar com ele.

—Do que você me chamou?! –Ele cerrou os punhos, irritado.

—Calma, não precisa virar o Hulk. –Não pude conter minhas gargalhadas e ele também se rendeu.

—Você não tem jeito mesmo. –Ele ria enquanto balançava a cabeça em sinal de negação. –O que está fazendo aqui? Achei que gostasse de se perder no meio do mato.

—VOCÊ que não tem jeito. –Revirei os olhos. –Enfim, estou aqui para entrevistar o rapaz da escola de esportes. Ele se chama Dajan e...

—É o intruso, sei quem é. Você irá encontra-lo perto da arquibancada, ele estava ensinando alguns movimentos para o time, mas fizemos uma pausa.

—Imagino que vocês cansaram o pobre rapaz.

—Ninguém o mandou invadir o nosso espaço. –Castiel abre um sorriso malicioso.

—Você não presta...

Nós dois rimos um pouco e eu fui em direção à Dajan. A entrevista fluiu muito bem, ele era um rapaz maduro e dedicado. Sua paixão por esportes era algo bonito de ver. Assim que coletei todo o material que precisava para minha matéria, despedi-me dele e fui para o local indicado por Peggy para finalizar meu trabalho. Eu fiquei horas e horas escrevendo e reescrevendo o maldito artigo. Assim que terminei, enviei para Peggy por email e, com a sua aprovação, adicionei ao jornal e comecei a imprimir as cópias para o dia seguinte.

Ao sair da sala, percebi que estava tudo escuro e todos haviam ido para casa. Eu estava prestes a fazer o mesmo quando escutei um barulho vindo do porão. A sala onde eu estava ficava no segundo andar próximo a uma escadaria que ficava a alguns centímetros de distância da entrada para o porão, ou seja, se eu quisesse sair da escola, teria que cruzar aquela maldita porta.

Vários pensamentos obscuros estavam pela minha mente, eu estava morrendo de medo do que poderia encontrar naquela escadaria, mas como precisava ir para casa desci correndo e quando cheguei ao primeiro andar vi uma silhueta de alguém que parecia ser bem alto. Meu coração acelerou ainda mais quando notei que ela vinha em minha direção.

—Um fantasma! –Gritei completamente apavorada.

Ao fundo eu ouvi uma risada de alguém que conhecia muito bem: Castiel. Enquanto ele ria, uma figura saia das sombras, um rapaz de cabelos brancos, olhos bicolores e um look bem original.

—Sinto muito por tê-la assustado, não foi minha intenção. –Ele disse calmamente.

—Está tudo bem. –Respondi com uma voz fraca, ainda me recuperando do susto.

—É uma tonta mesmo! – Castiel ainda estava rindo da situação. –Então quer dizer que acredita em fantasmas?

—Eu estava com medo e vi uma sombra, não estava pensando racionalmente. –Cruzei os braços.

Acabamos rindo da situação e Castiel explicou-me que usava o espaço para ensaiar com seu amigo, pois os dois eram músicos. Obviamente aquilo era proibido, mas quase ninguém sabia sobre os ensaios. Eu prometi não dedurá-los e pretendia cumprir. Aquilo não era problema meu.

  Castiel me acompanhou até em casa e durante todo o percurso ele fez questão de rir do ocorrido. Aquilo não me incomodava, eu sabia coloca-lo no lugar dele. Mesmo fazendo piada com a situação, sua companhia foi agradável e papeamos sobre outros assuntos também.

Mesmo estando completamente esgotada, é possível notar o quanto estou bem a quilômetros de distância. Estou feliz em ver que as coisas estão se ajeitando e ansiosa para o que me aguarda nessa nova cidade, neste novo começo.


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