Brand New Start escrita por Ciel


Capítulo 24
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

A fic está chegando na reta final, agora mesmo só restam mais dois ou três capítulos para eu postar.
Enfim, boa leitura. :)



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Depois que nosso pequeno grupo conseguiu fazer com que a máscara de Debrah caísse, as coisas começaram a voltar ao normal. Contudo, esta transição não fora tão fácil para mim. Apesar de entender os motivos das meninas acreditarem na garota ao invés de ficarem ao meu lado, eu ainda mantinha um pingo de ressentimento por ter sido desacreditada daquela forma por elas.

Um dos casos que mais me chatearam foi o de Peggy, que não hesitou em publicar em seu maldito jornal aquele artigo que fez com que eu acabasse ainda mais mal interpretada pelo resto da turma. Sem dúvidas, esse seria algo que tão cedo eu não perdoaria.

Fora isso, meu relacionamento com os outros voltava, aos poucos, a ser como antes, pois eu não via grandes motivos para me isolar de todos (e, dada a minha experiência na antiga escola, sabia que isso não melhoraria minha situação).

Além disso, eu tinha outras preocupações no momento, como por exemplo, o novo projeto. Muitas teorias surgiam na mente dos alunos, mas os professores faziam questão de não revelar um detalhe sequer.

Estes pensamentos circulavam minha mente enquanto eu caminhava em direção à escola quando encontro uma menina entrando um pouco antes de mim. Como seu rosto não me era conhecido – e eu ainda tinha em mente o caso Debrah – resolvi segui-la e tentar recolher informações sobre a estranha visitante que acabara de chegar.

Refiz os seus passos discretamente até que a vi entrar na sala do grêmio, “Bom, deve ser uma nova estudante”, pensei. Encostei-me a um canto do corredor e encarei a sala por alguns minutos até que ela saiu de lá, a menina parecia muito educada e deixou o represente extremamente confortável com sua presença. Ela se despede e vai direto para a sala de aula onde, por ironia do destino, seria minha primeira aula da manhã.

Munida da desculpa perfeita para continuar meu plano de espionagem, a segui em direção à sala de aula. Logo de cara ela sentou-se ao lado de Iris que de imediato começou a puxar papo com a novata. As duas conversavam como se já se conhecessem há tempos. Eu apenas as observei , sentada na última fileira. Estava tão compenetrada na conversa das duas que acabo levando um susto com a presença abrupta dos gêmeos.

— Então, já conheceu a novata?

— Eu não sabia que teríamos um novo aluno quase no fim do ano letivo.

— No entanto, estava na publicação mais recente do jornal da Peggy. – disse Alexy.

— Está explicado! Devo ter ignorado o fato por acreditar ter sido mais uma notícia falsa, vinda da cabeça daquela idiota. – fiz questão de aumentar o tom de voz para que certa jornalista que tinha acabado de cruzar a porta ouvisse. – Enfim, vamos falar de outra coisa. Como está tudo entre você e Liam?

— Tem certeza que não quer conversar sobre...

—Alexy!

— Okay, vamos lá... Liam e eu estamos tentando fazer dar certo. Não acertamos em tudo, mas no geral as coisas estão indo bem.

— Que bom para vocês. - Estiquei o pescoço para me dirigir ao gamer que estava totalmente imerso em seu jogo. – E você?

— O de sempre, tentando avançar de fase sem morrer o tempo todo. – soa uma música e uma voz robótica anuncia “game over”- Merda! Eu não sei porque gastei dinheiro com essa porcaria de jogo.

Nossa conversa é interrompida pela chegada do professor que chama a aluna nova para se apresentar. Descobri que ela se chama Priya e que a família se muda constantemente por motivos de trabalho e, por isso, ela chegou a Sweet Amoris um pouco antes do fim do ano letivo. No geral ela me pareceu simpática e eu resolvi que daria uma chance a garota antes de criar suposições malucas apenas por causa de uma recente experiência ruim.

Após a apresentação, o professor começou a explicar os detalhes do famoso projeto. Nós seríamos divididos em duplas e teríamos que apresentar uma adaptação de um clássico da literatura mundial em formato de roteiro. Após as avaliações dos trabalhos, os professores selecionariam um roteiro para ser encenado pela turma em um evento aberto para pessoas de fora da escola.

Um burburinho começou a se formar, pois os alunos estavam ansiosos para escolherem com quem iriam ficar. No entanto, fomos logos cortados pelo professor, anunciando que as duplas seriam escolhidas através de um sorteio. Ele retirou uma ficha com os nomes dos alunos e, aos poucos foi separando, dobrando e colocando todas em uma caixa. No fim, os resultados não foram uma catástrofe, mas estavam longe de agradar a todos. A primeira dupla anunciada foi Lysandre e Armim, o albino virou-se para trás um tanto quanto apreensivo, já o gamer parecia indiferente, apenas focado em seu jogo. A novata ficou com Alexy, Iris com Kentin, Ambre e Nathaniel (fica óbvio que apenas um irá trabalhar nessa dupla), Violette com Kim e o resto eu não me importo o suficiente para lembrar com que ficou.

Eu acabei ao lado de Castiel, o que não chega a ser o fim do mundo (mesmo com ele fazendo questão de manter distância). Espero que ele tenha maturidade suficiente para separar as coisas e não atrapalhar o nosso trabalho. Mesmo sabendo dos planos da Debrah e das besteiras que ele fez comigo sendo manipulado por ela, o cara de pau sequer tentou me pedir desculpas e eu não iria atrás dele para ouvir diretamente. Bom, agora com esse novo trabalho, teremos que nos aproximar de um jeito ou de outro.

O sinal tocou avisando o fim das aulas e todos saíram da sala apressadamente. Já no pátio, resolvi conversar um pouco com as meninas para ver o que achavam das duplas. Em um dos bancos, encontro Iris, Kim e Violette conversando com Priya.

— Você não vai precisar se preocupar, o Alexy é ótimo. – disse Iris, com seu otimismo costumeiro.

— Estou criando altas expectativas com essa propaganda que vocês estão fazendo para mim.

— Mas ele é realmente ótimo. Não é, Ariel? – Violette quase sussurra.

— Ele é sim, você vai gostar de trabalhar ao lado do Alexy. Se quiser mais referências, pode perguntar a Rosalya, eles formaram uma equipe recentemente.

— Fiquei sabendo, eles trabalharam no figurino da banda da Iris e dos outros, não é? Gostaria de ter chegado um pouco mais cedo para participar do evento, imagino que deve ter sido bem legal.

— O evento sim, depois dele é que tivemos um pequeno contratempo. Não é mesmo, meninas?

Elas ficaram um pouco sem jeito com a minha pequena provocação, mas não pude resistir.

Logo após conversar com elas, resolvi ir atrás da minha dupla. Em partes porque queria resolver logo isso, mas também estava curiosa para encontrar seu amigo inseparável para examinar a reação dele em relação a sua dupla. Não demorou muito para encontrar o Lysandre, mas ele não estava acompanhado de seu amigo. Mesmo assim, decidi conversar com ele.

— Então, o que achou do famoso trabalho?

— Ainda é difícil dizer, eu mal conheço o Armim. Não quero me precipitar e acabar o jugando mal. Confesso que preferiria trabalhar ao lado de Castiel, pois já conhecemos o ritmo um do outro. No entanto, não vejo grandes problemas em deixar minha zona de conforto.

— É bom ver o seu otimismo, espero que ele pense assim também. Já a minha dupla me deixa um pouco... Sei lá. As coisas ficaram estranhas desde que a Debrah apareceu.

— Tente não levar para o lado pessoal, ele estava confuso. No entanto, Castiel não é bobo, sabe separar as coisas. De qualquer forma, não hesite em falar comigo caso precise de ajuda. Nós fizemos um bom trabalho na época em que você escrevia para o jornal e eu adoraria escrever ao seu lado novamente.   

Conversamos por mais algum tempo sobre nossos projetos e possíveis escolhas para o tema do trabalho e depois eu me despedi.

No dia seguinte, revisava tranquilamente o último texto de meu blog antes de postá-lo quando Armim se aproxima.

— Eu tenho uma proposta irrecusável para te fazer. –disse ele.

— E qual seria a proposta?

— É óbvio que a garota que tem me mandado mensagens estuda aqui, certo?

— Aonde você quer chegar?

— Nathaniel e Peggy possuem informações sobre praticamente todos os alunos daqui. Ele por ser o presidente do grêmio e ela... Bom, por ser a maior fofoqueira da escola. Por coincidência, ambos...

— Apenas o Nath.

— O Nathaniel é próximo de você. Então eu pensei se você não poderia ajudar um amigo em desespero e correndo risco de vida, sabe?

— Risco de vida? Não exagera Armim!

— Eu não estou exagerando, a garota é praticamente impossível de rastrear. Eu esgotei todas as minhas possibilidades, ela não aparece de jeito nenhum.

— É só alguém zoando com a sua cara, uma hora a pessoa desiste.

— Mas... – Ele se senta ao meu lado, com um semblante triste. – Deixa pra lá, eu me viro.

 - Espera aí, você está mesmo sentindo algo por ela?

— Sim e não. Ela é ótima, nós conversamos por horas a fio e eu sei muita coisa sobre ela. Só que, ao mesmo tempo, eu não sei absolutamente nada concreto. É muito estranho, sei lá. Eu quero conhecer a menina pra ver se assim eu consigo entender melhor os meus sentimentos. Você me ajuda?

— Eu vou tentar te ajudar, mas não garanto nada. O Nath é muito rigoroso em relação aos trabalhos administrativos e tudo mais. Além disso, eu preciso de alguma dica.

— Consegui recolher informações sobre o nosso alvo, não se preocupe. Assim que chegar em casa, te envio tudo que tenho sobre ela.

— Fechado!

Confesso que já estava disposta em saber quem era a tal menina, mas não poderia entregar o ouro de bandeja. Agora, além do meu complexo trabalho, eu tenho este caso em minhas mãos. Mesmo assim, estou animada para bancar a detetive e espero resolver este caso em breve.


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Notas finais do capítulo

Gostaria muito de saber a opinião de vocês (inclusive críticas), pois essa é a primeira vez que escrevo. Pretendo revisar a fic assim que terminá-la e o feedback me ajudaria bastante a entender os pontos fortes e fracos e melhorar a minha escrita um pouco mais. Então, aguardo comentários. :)



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