Brand New Start escrita por Ciel


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Estou voltando ao mesmo ritmo de antes como prometido. Gostaria de agradecer ao pessoal que favoritou a fic e está comentando. Isso me deixa hiper feliz. ^^
Boa leitura!



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As últimas semanas passaram voando, tudo aconteceu tão rápido que eu mal consigo acreditar que as últimas avaliações do ano letivo estão se aproximando. Além disso, continuo sentindo uma enorme culpa pelo ocorrido com a corrida de orientação. Graças a ele, as avaliações seguirão um rumo muito mais tradicional, já que o dinheiro seria para um projeto final que uniria algumas disciplinas e contaria como boa parte da nota.

No entanto, após pensar bastante, consegui encontrar uma solução para arrecadarmos o dinheiro perdido na corrida: um show com o grupo de Castiel e Lysandre. Convencer a todos não foi uma tarefa fácil, mas no fim conseguiram comprar a minha ideia. As coisas estão indo super bem, os meninos concordaram em tocar se conseguíssemos um baterista e um segundo guitarrista. Íris se propôs a tocar e eu conversaria com Lian para que ele assumisse a bateria.

— Você tem certeza que ele vai aceitar? – Disse Nath, enquanto caminhava ao meu lado na direção da casa de meu amigo.

— Mas é claro! Lian nunca me disse não, é óbvio que ele vai tocar.

— Mas ele disse que iria sair do país este mês, e se...

— NATHANIEL! – Soltei um grito estridente. 

— O-Oque houve?

— Tira esses pensamentos negativos da cabeça!

Sem protestar, Nath seguiu o caminho e por fim chegamos à casa de Lian. Ele não demorou muito para nos receber e fomos logo entrando.

— Vou direto ao ponto: preciso que você seja meu super-herói.

— Mas eu sempre sou seu herói, o que há de novo nisso?

— Teremos um show na escola em um mês e eu gostaria que você mostrasse para todos o ótimo baterista que você é.

— Mas em um mês eu estarei fora do país... – Ele me olhou desapontado e o loiro me lançou um olhar de sabichão.

— Você disse a mesma coisa há um mês... Suas aulas só começam em setembro, você não pode esperar só mais um pouquinho? – Disse, com a voz manhosa.

— Deixar o país não é algo que se faz de uma hora para outra, eu preciso de planejamento...

— Nós estamos no século XXI, a viagem dura apenas algumas horas.

— E chegando lá eu vivo de vento?

— Você é lindo, apenas sorria e o mundo abrirá portas para você.

— Acho que anda lendo romances demais... Eu preciso me organizar, isso não é nada fácil. No entanto, eu posso preparar o Nathaniel enquanto estiver aqui. Ele já evoluiu bastante, acredito que em um mês ele consegue fazer algo legal.

— Ele? –Apontei para o loiro, incrédula. – Tem certeza?

— Por que não?

— Eu não vejo problemas, um mês é mais que suficiente para que eu acompanhe os outros.

— Mas...

— Então está combinado! Vejo vocês amanhã?

— Tudo bem, mais tarde eu envio o endereço por mensagem.

— É assim? Vocês combinam tudo e nem me deixam abrir a boca?

— Aparentemente. – Os rapazes trocam um olhar de cumplicidade.

— Isso vai ter volta!

A conversa continuou por boa parte da tarde, os rapazes também aproveitaram o momento para treinar e eu percebi que o Nath tinha um talento escondido para música. Mesmo assim, não estou muito confiante sobre o que poderá acontecer até a data do concerto. Principalmente por causa do conflito entre Nathaniel e Castiel.

No dia seguinte, respirei fundo antes de entrar na escola, já que enfrentaria a ira de Castiel. Caminhei lentamente, como se estivesse indo para a minha execução. Desci as escadas do porão e o encontrei junto com Lysandre e Íris.

— Tenho uma boa e uma má noticia. Qual delas vocês querem primeiro?

— Comece pela ruim, ao menos algo nos animará depois.

— Tudo bem, Íris. – Respirei fundo e encarei os três, que prestavam atenção em cada detalhe. – Lian estará fora do país no momento do show.

— E qual é a boa?

— Eu consegui outro baterista, Nathaniel concordou em tocar.

— Então você não conseguiu outro baterista. – Castiel responde com a maior frieza do mundo. – Nem fodendo que eu vou dividir o palco com aquele imbecil.

— Castiel...

— Eu não vou, é a minha palavra final.

— Você está se achando demais para alguém que nunca subiu em um palco. – Disse Lian, que silenciosamente chegou ao lado de Nathaniel.

— Quem disse que eu nunca subi em um palco?

— Dá para notar. – Lian continua com o rosto sério e seu tom conseguia ter mais frio do que o de Castiel.

— EU VOU ACABAR COM...

— CHEGA! – intervi antes que aquilo acabasse em morte. – Tratem conversar como pessoas minimamente civilizadas.

Após uma longa e cansativa discussão, os rapazes se acertaram (eu acho) e começaram a organizar as coisas. Lian trouxe a bateria e os ensaios finalmente começaram.

Deixei o grupo sozinho e resolvi aproveitar o tempo para passear pelos corredores e adiantar alguns detalhes sobre o show.

— Qual cartaz você prefere?

— Acho melhor apostarmos no neutro, assim agradamos mais pessoas. – Enquanto falava com Violette, percebi que Alexy estava completamente aéreo, encarando a janela. – O que aconteceu com ele?

— N-Não faço ideia, ele esteve desse jeito quase que o dia todo.

Resolvi me aproximar e estalar os dedos ao lado do azulado.

—Acorda! – Ele se desperta do transe rapidamente.

— Olá, a Vio te falou dos cartazes?

— Estamos discutindo isso há uns cinco minutos.

— Nossa...

— O que aconteceu?

— Nada, eu só... Eu... Não é nada demais, estou bem.

— Mesmo? Você pode conversar comigo, se quiser.

— Está tudo bem, é só um exercício de... De história que me deixou meio pensativo. Coisas mal resolvidas no passado são como uma pedra no sapato, não acha?

— Estamos falando das aulas de história mesmo?

— Claro!

Olhei para Violette que apenas lançou uma expressão de dúvida como resposta.

—Verdade, algumas marcas no passado da humanidade são realmente irritantes.

 -Viu só? - Ele não me olhava nos olhos, claramente desconfortável com a situação.

— A gente continua essa conversa depois, preciso organizar algumas coisas com a Melody. Até mais!

— Até!

Agora ele conseguiu atiçar a minha curiosidade legendária, preciso saber o real motivo de ele ter se transformado no Lysandre de uma hora para outra. Contudo, terei que segurar minha vontade para continuar com a organização do evento.

Nunca imaginei que isto demandaria tanto esforço. Todos estão trabalhando bastante e, mesmo com poucos dias de organização, todos já estão começando a sentir um enorme cansaço, mas que rapidamente é vencido por nossa vontade de continuar com o show.

No decorrer da semana, pude perceber que o grupo estava evoluindo bastante. No entanto, mesmo que pequena, existia certa tensão entre meu amigo e Castiel. No fim da semana, resolvi colocar o assunto a limpo.

— Qual é o seu problema com ele?

— Com quem?

— Castiel! – disse e Lian revira os olhos. – Ele não te fez nada e mesmo assim você o olha como se ele fosse a pior das criaturas.

— Você está imaginando coisas.

— Não acho.

— Tenho novidades sobre o Kentin, quer que eu te conte?

— Lian... – Olhei para ele, que respirou fundo.

— Ele é o ex da Debrah. – Disse de uma vez só.

— Aquele ex? O que iria com ela para a banda?

— É, aquele ex.

— Por que você não me disse que eu entraria na mesma escola que aquela miserável?

— Porque você iria surtar como está fazendo agora.

— Ele sabe?

— Acho que não me reconheceu.

— Eu o conheço o suficiente para saber que ele não é o que ela disse que era.

— Percebi, mas ainda sim não consigo vê-lo como alguém do bem. Só que estou me esforçando, não se preocupe com isso.

— Agora nem eu consigo vê-lo do mesmo jeito.  Acho que vou conversar com ele sobre isso. – Assim que terminei de falar, Lian começa a rir. – Qual é a graça?

— E o que você vai dizer? – Ele continua rindo. – Imagino a cena: “Olha, o meu amigo já trabalhou com a sua ex, ela falou barbaridades sobre você e eu gostaria de saber se é tudo verdade”.

— Ele me mandaria ir para o inferno.

— Até eu te mandaria ir para o inferno.

— Odeio quando você tem razão. E o que faço com o meu instinto investigativo?

— Finge que eu nunca te disse isso, ela está longe agora e o cara não me parece ser nada do que aquela peste descreveu. Controle sua curiosidade, ou melhor, canalize-a para outra coisa.

— Eu acho que não tenho escolha. Você realmente sabe algo sobre o Kentin ou só disse aquilo para desviar a minha atenção?

— O pai dele comentou algo com o meu, mas agora que não tenho nada para ganhar com isso, não irei dizer nada. Em breve você descobrirá.

— Tudo bem, mas não vá me visitar no trabalho.

— Por que não posso ir?

— Existem muitos objetos afiados em uma papelaria, eu vou acabar enfiando algum deles na sua jugular.

— T-Te vejo na segunda-feira, Ariel.

 - Até!


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Notas finais do capítulo

Aguardo comentários!



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