Married By Chance escrita por ThataListing


Capítulo 7
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Mais um Cap.



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A calça preta que Sakura vestiu após o banho modelou seu corpo como luva. Estava mais atraente do que nunca e, para Sasuke, a lua-de-mel poderia co­meçar naquela mesma noite.

Uma garrafa de vinho aberta ocupava o centro da mesa, posta com toalha vermelha e pratos coloridos.

— Estou com muita fome — comentou Sasuke.

— Nós também — disse Sakura.

— Nós?

— Choko e eu.

Ele trocou um olhar com Choko, estirado a um canto da sala depois do banho de shampoo , e cogitou se o cão ainda faria o papel de guarda-costas de Sakura, depois do que havia acon­tecido naquela tarde.

— Abri uma lata de carne para cachorro — ela anunciou. — Fiz uma salada de verduras e coloquei os filés para des­congelar. Minhas habilidades na cozinha param por aí.

— Sem problemas — respondeu Sasuke, sorrindo. — Contanto que eu não tenha de comer sanduíches mais uma vez...

— Você só pensa em seu estômago — Sakura gracejou.

— Não o tempo todo. — Ele deslocou-se para o lado dela e ajeitou uma mecha de cabelos caída no ombro, sentindo sua maciez entre os dedos.

Alertada pelo tom sensual de Sasuke, ela deu um passo atrás e acomodou-se na cadeira.

— Se está pensando no que houve no hotel — defendeu-se —, foi um acidente.

— Acidente? — ele repetiu. — Seus olhos me dizem outra coisa.

De pé, Max aproximou-se de Sakura pelas costas e envolveu-lhe a nuca com a mão. Apertou-a de leve, e isso bastou para que ela inclinasse a cabeça para trás, oferecendo os lábios trê­mulos. Sem demora, ele curvou-se e beijou-a demoradamente.

Acidente ou não, Sakura sentia-se frágil diante do magnetismo de Sasuke. Ele era tão vigoroso e, ao mesmo tempo, tão meigo! E não tinha vergonha de demonstrá-lo. Ela nunca encontraria outro homem igual, refletiu. Tentou convencer-se de que, com a proximidade da separação, não valia a pena aprofundar o relacionamento.

— Não somos crianças, Sasuke. Precisamos retomar nossa vida normal, antes que...

— Antes que nossa vontade se imponha e nos leve correndo para a cama? — ele argumentou enquanto ia sentar-se ao lado dela.

— Sempre achei que é preciso mais do que sexo para manter duas pessoas juntas. — Fitou Sasuke diretamente nos olhos. — Quero ser amada, e não apenas desejada.

— Está certo — ele concordou com presteza. — Mas não é só seu corpo que me atrai. Gosto de seu modo de ser, de sua inteligência, de seu senso de humor. — Ergueu a mão como em um juramento. — E sobretudo de sua ousadia.

Fascinada, ela viu-se em perigo. O método de sedução de Sasuke era eficiente.

— Mais alguma coisa? — quis saber.

— Sim. Nunca me senti assim antes com uma mulher. Você é muito especial para mim, Sakura. E com certeza nossas afi­nidades vão além da pele. Por que nos privarmos dessa paixão?

— Você está quase me convencendo. — Precisaria ser feita de pedra para resistir à promessa de sensualidade contida na voz de Sasuke.

— Quase?

Sem responder, Sakura pendeu a cabeça sobre o peito dele. O batimento dos corações se confundiu no mesmo ritmo apressado.

— Quase não é o bastante — Sasuke murmurou no ouvido dela, antes de colher o lóbulo com a boca e correr a língua pelas dobras sensíveis.

Arrepiada, ela apertou o braço musculoso de Sasuke e depois abriu dois botões de sua camisa, até sentir a pele quente na palma da mão. Ele retribuiu o gesto desabotoando a blusa de seda de Sakura e acariciando seus seios.

Sakura sentiu-se perdida. A festa de Naruto e Hinata havia pro­porcionado um momento mágico. No entanto, seria Sasuke o ho­mem certo?

— O que vai fazer com seus planos? — perguntou, afastando o rosto e recompondo a blusa. — Você tem alguém a sua espera na Itália.

 — Karin? Ela pertence a outra época. Agora eu tenho ape­nas você.

— Mas não poderemos ficar juntos se não conseguirmos provar que estamos casados.

Se ela fazia tanta questão de uma prova, ele procuraria Rock Lee, um amigo dele e de Naruto, produtor de televisão, e se informaria se ele tinha solicitado a certidão antes de encenar uma segunda cerimônia de casamento no hotel de Las Vegas. Faria contato com todos os cartórios, se fosse preciso.

Enquanto ele pensava nisso, Sakura trouxe o jantar para a mesa. Observou-a quando ela encheu a vasilha de Choko com carne enlatada. Formava uma figura maravilhosa e Sasuke apre­ciou a sensação de estar preso a ela para sempre.

Durante o jantar, imagens de uma vida em família assal­taram-lhe a mente. Viu-se na companhia daquela mulher sen­sual e inteligente, defronte a uma lareira, cercado de crianças e cachorros. Mas, como agir se não estivessem casados? Se ela esperasse um filho dele?

Sasuke não era de fugir às responsabilidades. De um modo ou de outro, ficaria ao lado de Sakura.

Jantaram em silêncio, ensimesmados, e ele permaneceu à mesa enquanto Sakura voltava à cozinha para limpar a pia. Sasuke verteu o último gole de vinho e, assim encorajado, foi ao en­contro dela. 

  Você é minha mulher — disse com impaciência às costas de Sakura. — Não pode negar-se a...

Ela virou-se com uma expressão belicosa e empurrou-o com as mãos molhadas. Em resultado, Sasuke teve de dormir no se­gundo quarto da casa, junto com o cachorro, lamentando de novo sua má sorte. Estava recluso em uma precária casa de campo, em um ponto indefinido da fronteira entre o Nevada e o Arizona. Por companhia, não tinha uma mulher agradável, e sim um cachorro teimoso.

Era mais do que Max podia suportar.

Ainda semi-adormecido, ele sentiu uma língua quente sobre um dos pés. Por um instante, fantasiou que Sakura havia entrado no quarto e, arrependida por tê-lo rejeitado, dispensava-lhe uma carícia excêntrica. Logo caiu em si. Lembrou-se de Choko e, er­guendo o corpo, viu que era realmente o cachorro quem o lambia.

Recolheu a perna, enfurecido, experimentando intensa frustração.

— Pare com isso! — gritou. — E vá procurar sua dona!

— Ele já me achou — a voz de Sakura soou na soleira da porta. — Estamos acordados faz tempo. Choko só está querendo lhe dizer que tem fome.

Sasuke sentou-se na cama e ajeitou o travesseiro às costas. Sakura parecia mais amigável agora do que na noite anterior. Não tinha guardado mágoa da insinuação que ele fizera.

— Está ventando forte, e o veleiro balança muito. Não é melhor conferir a amarração?

— Não é preciso — ele respondeu. — É sempre assim quando venta. Se o tempo mudar, não poderemos velejar no lago.

— Não faço muita questão — retrucou ela, disfarçando o alívio.

— E como passaremos o dia?

Comendo e engordando — ela brincou. — O desjejum já está na mesa.

— Obrigado, mas não me espere. — Sentiu uma leve dor no estômago e a cabeça zonza. Estaria passando mal? — Pode ser­vir-se e também alimente Choko. Detesto lambidas de cachorro, e esse vira-lata já está se excedendo na gratidão por mim.

— Pare de chamar Choko de vira-lata. Pode ferir o brio de um cocker spaniel de alta linhagem.

— Tomara! Talvez assim ele me deixe em paz!

A seu modo, o cachorro acusou a rejeição e veio lamber o rosto de seu novo ídolo. Sóbria, Sakura se aproximou para tirá-lo dali. Aplicou um beijo casto na testa de Sasuke e, preocupada, sentiu a pele mais quente do que o normal.

— Parece que está com um pouco de febre.

O duplo tratamento carinhoso levou Sasuke a pensar que a vida conjugal com Sakura não seria de todo má. Uma pontada no estômago, porém, o fez voltar à realidade.

— Você sempre beija um doente na testa? — indagou Sasuke.

— Só quando não tenho um termômetro à mão. É um método popular e seguro para medir a febre de um bebê.

— Bebê? — ele protestou, sentindo-se infeliz. Esperava que o mal-estar lhe proporcionasse mais beijos de Sakura, mas não com objetivos médicos. — Acho que comi demais ontem à noite. Ou então me intoxiquei com o vinho.

— A febre está baixa e vai passar logo. Vou ver se acho um comprimido no banheiro.

— Por favor, fique aqui comigo. Posso morrer...

O olhar tristonho dele a demoveu. Sakura sentou-se na beirada da cama.

— Não fale bobagem. Não havia nada de errado com o jantar. Deve ter sido a água do lago que você engoliu.

— Mas então, doutora, pode ser grave — disse Sauke compe­netrado, sentindo calafrios por todo o corpo. No minuto seguinte, ergueu-se rapidamente e correu ao banheiro, com ânsia de vômito.

Sakura o seguiu até a porta, esperou Sasuke sair, aparentemente aliviado, e conduziu-o pelo braço até a varanda da casa,

— Um pouco de ar fresco lhe fará bem — explicou.

— Isso já não é ar fresco. É um vendaval.

A vegetação em torno da casa balançava, e o veleiro executava uma estranha dança ao sabor do vento. Por um momento, Sasuke julgou que ia enjoar de novo, mas isso não aconteceu. Uma tem­pestade se formava, e o ambiente lhe pareceu terrivelmente hostil.

— Estou liberado para viajar, doutora?

Ele estudou a expressão admirada de Sakura.

— Por quê?

— Vamos voltar. — Certo de que ela concordaria, acrescen­tou: — Você dirige?

Ao volante, Sakura olhou de soslaio e reparou no rosto pálido e nos lábios sem cor de Sasuke. Admirou-lhe a resistência. Era sensato reintegrar-se à civilização, onde ele poderia receber os devidos cuidados, caso piorasse. 

Um problema menor seria explicar ao pai por que haviam regressado da lua-de-mel antes do previsto. Sakura lembrou-se da firmeza com que Sasuke a havia defendido de seus familiares. Ele se comportara como um herói, o mesmo valendo para quan­do salvara Choko das águas do lago. Merecia toda a conside­ração do mundo.

A idéia de separar-se dele começou a ganhar os contornos de um sofrimento anunciado. Por que havia aparecido bem no mo­mento em que decidira reformular sua vida? Queria conquistar a plena liberdade. Não suportava mais mudar continuamente de casa e de cidade, sem criar raízes nem amizades sólidas. Seria fácil empregar-se em qualquer lugar que houvesse uma academia de ginástica, longe da opressiva vigilância dos pais e dos irmãos. Então, com o tempo, encontraria o companheiro certo e seria feliz.

Sasuke tossiu e tirou-lhe a concentração. Estavam em um tre­cho tranqüilo da estrada, e Sakura esticou a mão para abrir o porta-luvas.

Agora me lembrei. Aí dentro há um tubo com pastilhas digestivas. Pegue uma.

Sem hesitar, ele fechou o tampo com um ruído metálico.

— Obrigado, mas creio que não será necessário. Parecia estar melhor, constatou Sakura, apesar das olheiras sob as pálpebras, talvez fosse uma conseqüência da falta de sono. Felizmente, Sasuke adormeceu. A julgar pelo céu sombrio, a tempestade estava a caminho de Las Vegas.

Ele acordou pouco depois com o som alto de um trovão.

— Para onde vamos? — ela aproveitou para perguntar. — O hotel ou minha casa?

 Sasuke empertigou-se e esfregou os olhos.

— Para casa. Prometi a seu pai apresentar-me a ele logo que terminasse a lua-de-mel.

— De fato terminou Sasuke. Definitivamente. Ele nada respondeu e manteve-se pensativo.

Para sua surpresa, Sakura ficara frustrada pelo fim antecipado da viagem. Imaginava que Sasuke partiria logo depois de falar com seus familiares. Conhecendo melhor a personalidade dele, achava impossível que Sasuke fosse capaz de enganá-la. O casa­mento podia ter sido uma brincadeira, mas não o fascínio que começava a sentir por ele.

— Tem certeza de que quer ir para a vila militar?

— Sim. — Sasuke reclinou-se no banco. — Promessa é pro­messa. Não costumo quebrar minha palavra. — Sorriu com­placente. — Mesmo que isso me traga problemas.

— Que tipo de problemas? — Sakura prendeu a respiração, Se Sasuke estava disposto a legalizar tudo, a hora estava chegando.

— Quem é que sabe? — Ele deu de ombros. — Seu irmão Kazu parecia pronto a me prender por assédio sexual e aten­tado ao pudor.

— Mas ele não nos espera tão cedo. Dissemos que a viagem ia durar uma semana.

— Acho muito difícil trapacear com sua família.

Sakura concordou mentalmente. Julgava Sasuke confiável. O modo como agira no lago o fizera crescer em seu conceito. Nenhum homem, em sã consciência, iria ao encontro de um policial desconfiado se fosse culpado de algum crime.

Uma pancada mais intensa de água sacudiu o carro. Trovões e relâmpagos estalaram no horizonte. Com a visão obscurecida, Sakura ligou os limpadores.

— Detesto dirigir na chuva. Não consigo ver direito a estrada. Sasuke examinou o céu, preocupado.

Talvez seja melhor pararmos em um hotel aqui por perto. Ela respirou aliviada. Estaria salva de dormir com Sasuke em um colchão estreito.

— Por mim, basta haver duas camas e quatro paredes. Co­nhece algum?

— Há um motel familiar chamado Céu Azul, logo na primeira entrada — ele informou depois de forçar a vista para ler uma placa. Riu do nome, mas o céu negro sobre eles aconselhava a parada.

— Está bom demais — disse Sakura, já manobrando rumo a um estacionamento balizado por altos postes de luz.

— Tempo horrível, não? — O encarregado veio na direção do casal com um grande guarda-chuva aberto e espichou os olhos para o interior do carro. — Estamos quase lotados, mas sobrou um quarto de solteiro. Vão ficar? Terei de cobrar cinco dólares extras pelo cachorro.

Sakura ouviu Sasuke negociando, pelo vão da janela, uma cama adicional. Ele tirou da carteira seu cartão de crédito, e o homem pareceu concordar.

— Estão indo a Las Vegas para se casar?

— Não exatamente. — Sasuke desgostou da bisbilhotice. — Por quê?

— Porque, se preferirem, ainda temos vago o chalé nupcial. Amplo e tranqüilo. É o número doze, sigam em frente.

— Ótimo. — Sasuke apanhou a chave que o homem lhe es­tendeu. — Tem telefone?

— Claro. Estamos bem equipados para o conforto dos hós­pedes — gabou-se o encarregado. — Do quarto, só poderá fazer ligações a cobrar.Outras chamadas deverão ser solicitadas a nossa recepção. Não queremos problemas com contas de telefone.

Tudo bem — Sasuke desfez a ruga da testa, impaciente para instalar-se logo. — Vamos querida.

Ela ligou o motor, enquanto o funcionário do motel insistia, em vão, em acompanhá-los para ligar o aquecimento. O telhado projetado para fora impediu que se molhassem ao entrar.

— E eles ainda chamam isto de chalé nupcial? — Sakura brincou quando viu as modestas acomodações.

Sasuke entrou logo após ela no aposento, com as malas, e observou o lugar. O quarto inteiro, incluindo o teto, era pintado em um tom agressivo de azul. A cama de casal estava coberta com uma colcha violeta, estampada com motivos florais, com­binando com as fronhas. De tudo, o que havia de mais novo era a poltrona de couro ao lado da mesinha do telefone.

Ao contrário do excesso de brindes oferecidos pelo hotel de Las Vegas, a única concessão aos noivos era um vaso de flores. Por uma porta aberta, ficou visível a grande banheira.

— Não se compara ao Majestic, claro — Sasuke afirmou, pas­seando o olhar pelas paredes. — Pelo menos, não chove aqui dentro. E cabem duas pessoas na cama.

Sakura imediatamente lançou a vista para a poltrona de couro.

— Perdão, mas nem pense em me fazer dormir sentado — ele adiantou-se em tom de protesto. — A poltrona é um bom lugar para Choko.

O cachorro, desde que havia entrado, cheirava todos os can­tos do lugar, em missão de reconhecimento. Ao ouvir seu nome, aproximou-se de Sasuke, balançando a cauda.

— Calma, logo vou arrumar comida para você. — Fez um afago na cabeça do animal. — Primeiro tenho de telefonar.

Sasuke não via a hora de ligar para Lee, em busca da certidão de casamento. Naquele momento, um raio caiu lá fora, e as luzes se apagaram, lançando-os na escuridão. Na penum­bra, viu que Choko se escondia debaixo da cama, e Sakura en­colhia-se sobre ela, assustada. Rezou para que as linhas tele­fônicas não tivessem sido afetadas.

— Sasuke, você está aí? — ela indagou timidamente, só para ter certeza.

— Sim, estou. Duvido de que esta espelunca tenha geradores próprios.

— E o que pretende fazer?

— Esperar. — Ele sentiu que Sakura precisava dele e acer­cou-se da cama. Abraçou-a longamente, um tanto desajeitado pela posição, e acariciou-lhe a cabeça reclinada em seu ombro.

— Tenho frio — ela murmurou. — Sabe ligar o aquecimento?

— Sei, mas nesta escuridão... — Apertou Sakura contra si, deslizando as mãos por suas costas. — Vou esquentá-la.

Ela ergueu o rosto e fitou Sasuke serenamente.

— Não conseguirei achar minha camisola na mala — lamentou.

— Improvise. — A voz dele soou como uma ordem em meio às trevas.

Sakura sorriu com amargura. Sua vida, nos últimos dias, havia sido uma contínua improvisação. Tomou distância e desfez-se da roupa, ficando só de lingerie. Abrigou-se sob o lençol, tin­tando na cama gelada. Sasuke tateou no escuro até desdobrar a manta de lã. Choko saiu de seu abrigo e olhou para a dona, reivindicando um lugar quente ao lado dela.

— E você — Sasuke falou irritado para o cão — arranje-se sozinho. Antes que ele pudesse impedir, Choko saltou para cima do leito, aos pés de Sakura, e deitou-se sobre a grossa coberta,

— Espere um pouco! Três é demais!

— Deixe-o aí. Ele não atrapalha. Venha me abraçar, mas prometa não avançar o sinal.

— Está certa de que é só isso o que quer? — Feliz por ver-se livre do mal-estar, Sasuke não sabia se ria ou chorava de decepção. Pela terceira noite consecutiva, sonhava em ter Sakura nos braços e em fazer amor com ela até exaurir a vontade reprimida. E as circunstâncias sempre intervinham no sentido de frustrar o desejo.

Carregou Choko para a poltrona, despiu lentamente a roupa e deitou-se. Sakura estava pedindo demais de um homem. Como se conter diante de seus encantos? Como apagar da memória as marcas do êxtase que haviam partilhado?

Em um rasgo de honradez, Sasuke ordenou-se não tirar van­tagem da situação. Não precisava prometer nada. Bastava con­centrar-se em ser nobre mais uma vez.

 Sakura girou o corpo e apertou Sasuke contra si, aninhando a cabeça no peito dele. Parecia uma criança assustada com os raios. Talvez, na infância, ela costumasse esconder-se debaixo da cama, durante um temporal, despertando a zombaria dos irmãos. Nessa noite, tinha Sasuke para acalentá-la e protegê-la de seus temores.

— É só o que quer? — ele repetiu a pergunta anterior.

— Hoje, sim. Mas eu não disse nunca mais.

 

 

 

Continuaa...                                                                        


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Notas finais do capítulo

Beijux
ate amanha!!