Married By Chance escrita por ThataListing


Capítulo 6
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Mais um Cap!
Boa Leituraa



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Na margem do lago, Sakura contemplou a paisagem e deteve-se no barco a vela atracado no ancoradouro.
— Parece uma cena de livro infantil. É essa a idéia que meu pai faz de uma lua-de-mel?
Sasuke olhou para a casinha rústica de telhado vermelho que se erguia atrás deles e transmitia uma impressão de desconforto.

— E pensar que o iate de minha família estava à disposição no rio Charles! Tem certeza de que quer ficar?

— Bem, pelo menos faremos meu pai feliz. E não deixa de ser um refúgio contra as desconfianças de Kazu. Ele me pareceu disposto a investigá-lo.

Sasuke suspirou e reconheceu que Sakura tinha razão. Além disso, depois da noite maldormida, esperava encontrar na casa uma cama suficientemente larga para dois. Recolheram as ma­las e os pertences do carro e entraram. Choko, o cachorro cocker spaniel, seguiu-os abanando a cauda.

A contragosto, Sakura sentiu o coração oprimido. Longe da família, como enfrentaria Sasuke? E se ele fosse como pensava o irmão, um aventureiro mal-intencionado? Não, a amiga Hinata certamente a teria alertado se suspeitasse de seu caráter. Pre­feriu acatar sua intuição, e esta lhe dizia que estava em boa companhia.

— Aconteceu alguma coisa? — Sasuke interpelou ao vê-la tão calada.

— Estava pensando que eu tenho enjôo no mar.

— Mar? — Ele conteve a vontade de rir. — Mas é só um lago, sem correnteza. Por mim, vou velejar ainda hoje.

— Não, está em meu estômago — ela corrigiu. — Se não fosse por Kazu e por meu pai, voltaria para casa agora mes­mo. Vamos ver se temos mais sorte com o quarto.

— Amém — disse Sasuke esperançoso. O problema, na noite anterior, tinha sido a proximidade de Sakura, mais do que a falta de espaço na cama. Nenhum homem poderia dormir fa­cilmente ao lado de uma mulher tão desejável, O aroma exótico de cerejas que vinha do corpo dela continuava tentador. E assim, de olhos abertos, ele passou horas pensando em como sua vida metódica tinha degringolado depois que conhecera Sakura.

Em vez de alguns dias em Las Vegas e depois férias na Itália, ao lado de Karin Hebi, ali estava ele, ao lado de uma noiva relutante e uma improvisada lua-de-mel.

Avaliando bem, devia ter contado a Hisoka Haruno que não tinha certeza se ele e a filha estavam de fato casados. Se não houvesse o flagrante no hotel, Sasuke teria se safado da situação com facilidade. Agora, precisava honrar o aparente compromisso com Sakura.

A decisão de viajar em uma suposta lua-de-mel tinha se fortalecido depois que Kazu lhe pedira o número da carteira da identidade. Não o fornecera e, em respeito a Sakura, engolira o insulto, mas ainda teria de provar ser uma pessoa honrada. Como? Encontrando uma certidão que atestasse o casamento.

Depois que se instalaram no quarto, felizmente amplo, Sakura abriu um pacote de ração para Choko e acomodou o cachorro em um canto da cozinha. Verificou a torneira elétrica da pia.

— Menos mal que temos água quente na casa — co­mentou ante o olhar persistente de Sasuke. — Por que está me olhando assim?

Gostaria que velejasse comigo. É uma boa maneira de passar o tempo neste fim de mundo.

A sensação de tédio pesou no íntimo de Sakura. Para agradar ao pai e preservar Sasuke das suspeitas da família, tinha con­cordado com uma semana no campo. Mas, e se ele fosse realmente um patife sedutor, que a forçasse a novas intimidades? Talvez o velho militar tivesse razão, ela era impulsiva demais para cuidar do próprio bem-estar.

— Ainda não sei. E se ficarmos encalhados no meio do lago? Ele garantiu que sabia lidar com um veleiro e que os ventos eram favoráveis a um passeio.

— Precisamos encontrar uma maneira agradável de passar uma semana aqui. Não podemos fugir sem que Kazu fique sabendo.

Um arrepio percorreu a espinha de Sakura. A expressão de Sasuke era amistosa e o sorriso que lhe curvava os lábios trans­mitia segurança.

— Suponho que tenha razão — ela confirmou. — Vamos nos divertir um pouco e clarear as idéias.

— Então vou buscar bebidas no armazém que vi lá em baixo, na estrada. Na volta, eu a ajudarei a cozinhar. Parceiros?

— Parceiros — ela ecoou, e bateram sonoramente a palma das mãos, como dois adolescentes.

Fazia muito calor, e o sol era uma bola de fogo no céu sem nuvens. Com Sasuke fora de sua vista, Sakura apanhou Choko no colo e explorou o ambiente. A casa revelou-se bem equipada e os dias vindouros poderiam representar uma bem-vinda pausa no rede­moinho de suas atribulações. Desde que Sasuke cooperasse, é claro.

No quarto, ela retirou um biquíni da mala. Resolvera velejar com Sasuke e queria estar pronta quando ele voltasse. Ao ver-se despida, não pôde deixar de relembrar a noite de loucuras no hotel. Por uma questão de pudor, havia omitido do parceiro, na manhã seguinte, quanto tinha apreciado o másculo vigor de Sasuke, o peso do corpo dele sobre o dela, a respiração arfante em seu colo.

Na casa da vila militar, ao partilhar sua estreita cama com ele, não ficara menos tensa, aguilhoada pelo desejo. A proxi­midade do pai, porém, inibira-a.

Quando acabou de ajeitar as peças do biquíni, Sakura  já estava convicta de que o melhor a fazer era controlar suas emoções. Estaria apenas repetindo a atitude de Sasuke, que confessara gostar de ter tudo planejado e agendado. Sem impulsos e sem surpresas, como ele dissera. Assim o relacionamento poderia chegar a um final tranqüilo. Refletindo sobre isso, ela sentiu-se ansiosa por um breve adeus.

— Lá vamos nós! — anunciou Sasuke alegremente depois de enfunar a vela e ver o barco deslizar com suavidade.

Ele havia contemplado com entusiasmo o corpo bem torneado de Sakura, que o biquíni deixava à mostra, e também havia notado o olhar sensual dela para sua reduzida sunga e o peito musculoso sob a camisa aberta.Apontou na direção da caixa de cerveja gelada e da cesta com sanduíches que trouxeram. Choko rodeava os suprimentos, farejando algo para comer. Depois o cão equilibrou-se sobre a caixa e apoiou graciosamente as patas na borda do barco.

—  Onde aprendeu a velejar, Sasuke?

— Meu amigo Naruto é um exímio navegador. Quando passeia no iate da família dele, ele dispensa o piloto e dirige sozinho a embarcação. Aprendi com ele.

— Mas seu barco deve ser grande e sólido. Não é possível compará-lo com um veleiro de  um só mastro.

— Não se preocupe. Eu e Naruto já velejamos muito. Ele me ensinou o suficiente.

A conversa foi interrompida por um latido frenético e pelo som de um baque na água. A uma curva da embarcação, o cachorro tinha ido parar dentro do lago.

— Choko ! — Sakura correu desesperada para ver o animal.

Devíamos ter ficado de olho no vira-lata — Sasuke comentou. Em segundos, ele verificou o nó de sustentação do velame, tirou a camisa e saltou na água. Não sabia se cachorros como aquele sabiam nadar, mas de qualquer modo Choko nunca conseguiria escalar o casco e voltar sozinho ao barco.

Sakura apressou-se em cooperar. Apanhou uma bóia de bor­racha e atirou-a com toda a força na direção de Sasuke. Desas­tradamente, atingiu-o na cabeça.

Atordoado, Sasuke desapareceu por alguns segundos sob a super­fície líquida. Engoliu bastante água até recuperar os movimentos e emergir. Pôde ouvir, como se viesse de longe, o patear desesperado do animal. Com a audição um, pouco prejudicada, ele ainda escutou os gritos patéticos e aparentemente distantes de Sakura.

Ela estava atarantada não só pelos dois corpos à deriva, mas também pelo balanço do veleiro. Com toda a agitação ocorrida no convés, a embarcação tinha saído de seu ponto de equilíbrio e oscilava perigosamente.

Sasuke avaliou a situação e viu que devia voltar logo ao barco. Mas antes precisava salvar Choko, ou Sakura jamais o perdoaria. Que maneira de começar uma lua-de-mel, fosse ou não verdadeira!

Aspirando todo o ar que conseguiu, ele alcançou o cão e arrastou-o pela coleira, nadando com apenas um braço. Do­brada sobre a borda do veleiro, na ponta dos pés, Sakura esticava as mãos sem agarrar nada mais do que o ar.

— Não faça isso! — gritou Sasuke quase sem fôlego. — Primeiro jogue a âncora.

Sakura atendeu o pedido prontamente e, dessa vez, o pesado ferro passou a centímetros da cabeça de Sasuke.

— Oh, meu Deus! — ele agradeceu à boa sorte. — Está tentando me matar?

— Perdão. Só quis ajudar.

Sasuke esperou o veleiro estabilizar-se. Com uma última braçada, encostou o corpo no casco e passou Choko para as mãos ansiosas da dona. Em seguida, subiu com esforço pela corrente da âncora e desabou no convés, ofegante.

— Você está bem?

Ela inclinou-se sobre Sasuke depois de colocar o cachorro no chão. O animal imediatamente passou a sacudir a água do corpo. Parecia em melhores condições do que seu salvador.

— Afaste-se um pouco. Deixe-me respirar!

Choko aproximou-se e, em agradecimento, começou a lamber o rosto de Sasuke. Ele não apreciava esse tipo de atenção por parte de animais. Além disso, estava furioso porque o cachorro e a dona tinham sido responsáveis por seu quase afogamento. Fazer o quê? Pelo menos contaria com a eterna gratidão ca­rinhosa de Sakura, o que era compensador. Quanto a Choko, sentiu que havia feito um amigo.

Com dificuldade, Sasuke fez menção de erguer-se. Sakura passou um braço pela cintura e fez força para ajudá-lo. Antes que ele pudesse protestar, ela escorregou no piso molhado e caiu, fi­cando pendurada pelas mãos dele.

Foi Sasuke quem a puxou dessa vez, até os rostos ficarem nivelados. Olhou-a com intensa emoção.

— Você é mesmo desastrada, Sakura. Uma adorável desastrada. Sem aviso, ele segurou-lhe a cabeça entre as mãos e deu um longo beijo, enlaçando a nuca com os dedos úmidos. Ainda trêmula de nervosismo, ela não se esquivou. Além de grata, sentiu que precisava se acalmar, e os lábios de Sasuke tinham esse poder.

Mais serena Sakura devolveu-lhe o olhar comovido e depois sorriu. Ela disse a si mesma que Sasuke merecia um beijo, mas não deixou de registrar mentalmente que ele não era homem de desperdiçar oportunidade alguma.

— Vamos nos beijar de novo — propôs sem hesitar. — Há gente olhando e precisamos fingir que estamos em lua-de-mel.

— Gente olhando? — Ela inicialmente não acreditou.

— Vá por mim e me beije agora. Temos de manter as aparências. Sakura arregalou os olhos verde-esmeralda. Teve vontade de rir do ar compenetrado que Sasuke assumiu. Talvez a pancada da bóia na cabeça houvesse afetado seu raciocínio. Talvez ele ainda estivesse atordoado pelo mergulho no lago.

— Não seja ridículo — ela conseguiu dizer antes de apurar o ouvido com a mão em concha. — Não há ninguém por perto. O que está pretendendo?

— Receber o prêmio por salvar seu cachorro. — Ele de novo encostou o corpo molhado no dela. — Cadê meu beijo?

Sakura demorou alguns segundos até se esquivar.

— Escute, estou muito agradecida pelo que fez, mas não force a situação.

Sasuke deu de ombros e exibiu um ar decepcionado.

— Parece que o cachorro é mais importante para você do que eu.

Ela sorriu, constrangida, e não se afastou. O contato das pernas molhadas produzia uma crescente tensão, como se os dois corpos guardassem a memória da noite de amor.

O que havia começado como um possível equívoco tornava-se fortemente real. Ele queria tomar Sakura nos braços, possuí-la sem reservas. Ela resistia, pensando em sua liberdade ameaçada e na possibilidade de que Sasuke não passasse de um aproveitador.

Ainda estreitando-a pela cintura, ele notou que Choko o observava com um gemido triste. Parecia consciente de que Sasuke havia lhe salvado a vida e mantinha um olhar de adoração.

Era seu novo ídolo.

— Tudo bem — ele aceitou os fatos. — Acabei molhando-a inteira.

Sasuke deu um passo para trás e enxugou com as mãos os cabelos e o peito, espalhando pingos a seu redor. Ela afastou-se e contemplou o horizonte, preocupada com o que ele havia dito sobre estarem sendo observados.

— Desculpe-me por ter sido tolo — concedeu Max. — Es­tamos sozinhos no lago.

Sakura admirou-o calada enquanto ele recolhia a âncora, con­feria a vela e recolocava a embarcação em movimento. Pare­cia-se com um herói romântico, não com um aventureiro capaz de enganá-la inventando uma história de falso casamento.

— Reparou que não teve enjôo? — Sasuke quebrou o silêncio.

— Tem razão. O passeio poderia até ter sido agradável, não fosse o susto que levamos.

— Fiquei com a impressão de que você quis me atingir com a bóia e depois com a âncora. Foi alguma vingança?

— Não fale bobagem. — Ela riu do disparate, embora re­conhecesse os motivos de Sasuke para pensar assim. — Só pre­tendia cooperar.

— Venha cá. Quer aprender a velejar?

— Outro dia, talvez. Agora prefiro me trocar.

Sakura lançou o olhar para a pequena cabina onde havia guar­dado sua maleta de roupa. O sol havia se escondido entre as nuvens e soprava um vento frio.

vento frio.

— Então eu também vou tirar esta sunga molhada.

— Sim, mas um de cada vez. — Ela afastou qualquer idéia maliciosa da parte dele.

— É injusto! — Sasuke comentou sorrindo, prendendo a mão dela na sua. — Mas nada posso fazer, se você não me quer.

A única reação de Sasuke foi esquivar-se e entrar na cabina, abaixando a cabeça. Havia ali um catre acolchoado, e ela ima­ginou-se fazendo amor com Sasuke, ao balanço do barco. A cena voluptuosa lhe retesou os nervos, mas, temendo que Sasuke sur­gisse atrás dela, apressou-se em tirar o biquini e vestir um jeans desbotado e uma macia blusa de algodão.

Quando voltou ao convés, surpreendeu-se ao ver que Sasuke igualmente havia mudado de roupa. Estava de calça branca e camisa estampada em padrão florido e colorido.

— Por que se vestiu assim? — Ela mostrou-se curiosa.

— Havaí — ele resumiu. —  Depois de irmos a Itália, iriamos pra lá.

— Sinto muito. — Ela sentiu-se segura o bastante para ironizar:

— Talvez você possa retomar sua agenda na semana que vem.

— Não creio — ele rebateu. Agora que seus planos haviam mudado, não estava mais certo de que queria ir a Itália para juntar-se a Karin Hebi. Uma lua-de-mel com Sakura Haruno o atraía muito mais.

Sasuke foi remexer no cesto de sanduíches, com o cachorro farejando animadamente seus tornozelos.

— Vai querer? — ofereceu, com o braço esticado fora do alcance de Choko, apresentando a Sakura um sanduíche misto.

Ela declinou com um gesto de cabeça.

Tome ao menos uma cerveja. Sakura novamente recusou. Ficou observando Sasuke enquanto ele degustava a bebida pelo gargalo. Estava desconcertante naquela calça justa e na camisa havaiana. A forte atração continuava magnetizando o ar que os separava.

Sasuke sustentou o olhar, reparando que Sakura estava sem sutiã, os seios deliciosamente marcados pela blusa fina.

— Enquanto você se trocava — ele afirmou —, fiquei pensando por que uma mulher maravilhosa como você não quer se casar.

— Não quero falar disso. — Ela sentou-se em uma prancha e desviou o olhar. — Nem agora nem nunca.

— Nunca?

— Pelo menos até me sentir inteiramente livre e independente — ela disse com firmeza. — Não vejo a hora de poder tomar minhas próprias decisões, sem a família por perto, vigiando-me.

— E já não chegou o momento? — Sasuke tomou mais um gole de cerveja. — Existe um mundo inteiro a seu dispor.

— Acho que conheço o mundo mais do que muitas moças de minha idade, de tanto que já viajei por aí. Tudo correu bem até minha mãe morrer. Aí, meus parentes começaram a me tratar como uma incapaz.

Sakura fitou Sasuke com um sorriso amargo nos lábios.

— Você nunca me pareceu frágil. Muito pelo contrário.

Esse é o ponto. Eu não sou frágil. Tive de ser forte para competir com três irmãos homens. Aprendi até a brigar de socos. Mas como vivíamos mudando de casa e de cidade, nunca tive a chance de me relacionar com pessoas de fora da família.

— Continuo achando que isso não se parece com a Sakura que eu conheço. — Ele fez uma pausa para morder o sanduíche e jogar uma fatia de presunto para o cão. — Mas confesso que, no primeiro momento, você me pareceu tremendamente hostil.

— Foi porque você me desafiou. — Ela exibiu um olhar altivo. — Ninguém provoca impunemente uma Haruno.

— Impunemente? Pois gostei do castigo por tê-la provocado... Ela sentiu-se de novo afogueada pela lembrança da noite no hotel.

— Depois que mamãe morreu, comecei a ser tratada como uma peça de porcelana pelo meu pai e irmãos. Passei anos assim. Agora que Hinata se casou, decidi abrir meu próprio caminho, assumir minha liberdade. Não leve para o terreno pessoal, mas a última coisa de que preciso é de mais um homem em minha vida.

— Eu entendo. Você é uma rebelde, como eu gostaria de ser.

Sasuke lembrou-se de que Sakura o acusara de ter planejado tudo. Desde os tempos de escola, seus dias e horas eram to­talmente previsíveis. O hábito persistira na idade adulta. Ge­nerosamente, Sasuke concedia a si mesmo a ilusão de rebeldia, de paixão pela aventura, mas o que prevalecia era a previsi­bilidade de todos seus atos. Para o bem ou para o mal, Sakura entrara em sua vida e quebrara essa disciplina rígida.

Sem esforço, Sasuke avaliou as diferenças entre ela e Karin Hebi, com quem estava destinado a casar-se. Karin era tão previsível quanto ele mesmo, pelo menos quando estava sóbrio. Excesso de champanhe à parte, Sasuke havia mergulhado de ca­beça na borbulhante espontaneidade de Sakura.

Não havia nada a lamentar, a não ser uma separação que já não parecia bem-vinda. A maneira de pensar de Sakura, seus modos impulsivos mas invariavelmente meigos, começavam a se tornar muito mais atraentes para Sasuke que os de Karin. Mesmo envolvido em uma situação absurda, ele sentia neces­sidade de repensar toda sua vida.

Talvez houvesse chegado a hora de mudar. Não podia per­manecer cego e insensível às promessas contidas em um rela­cionamento duradouro com Sakura. Essa verdade se impôs a ele como um agradável dever.

— O que acha? — retomou o diálogo ao vê-la pensativa. — Não foi sua rebeldia que nos proporcionou uma noite maravi­lhosa? Mesmo que não se repita, desejo-lhe sorte.

Ela empalideceu. A perspectiva de uma breve separação tam­bém a abatia. Sasuke desfez-se da garrafa e aproximou-se dela, tomando-lhe as mãos delicadamente.

— Acho melhor dar prosseguimento ao plano — Sakura disse com relutância. — Depois de obtermos uma certidão que prove a meu pai que somos casados, cada um toma seu próprio ca­minho. Por enquanto, não se esqueça de que tudo é uma farsa.

Para sua surpresa, Sasuke viu-se desejando que fosse diferente, que ele pudesse ser o verdadeiro marido de Sakura. Ele a respeitava e sabia que seria fácil amá-la. Apesar das circunstâncias, preferiu não pensar naquela possibilidade de separação. Encontrar a cer­tidão de casamento tornava-se mais importante que tudo.

— Sim — ele confirmou tristemente. — É uma farsa. Mas só por enquanto.

 

 

Continuaa... 


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Notas finais do capítulo

A gente obrigada pelos reviews! É minha primeira fanfic e fico muito feliz q estejam gostando!!
Sasuke de sunga e a boia assassina hauhauahuahua
quase morri de tanto de rir quando escrevi esse cap.(ta eu sei q naum foi muito engraçada,mas eu axei hauhauaauauhauau)

beijux ate amanhaa