Zauber escrita por magalud


Capítulo 3
Capítulo 3 - A princesa prometida


Notas iniciais do capítulo

Nossos heróis encontram um bondoso líder



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Capítulo 3 - A princesa prometida


Lord Voldemort, então, entrou no salão. Ele vestia um magnífico manto negro, com apliques prateados nos formatos de lua e estrelas. Era um homem alto, calvo, de olhos miúdos e amendoados. Harry sentiu um arrepio diante da presença do monarca. Era um homem de poder.


Entretanto, quando ele se aproximou de Harry, o rapaz notou o andar alterado. Parecia fraco, como que abatido por uma grande dor. O jovem herói reparou que aquele homem de poder estava ferido e magoado profundamente. Era uma cena dolorida. Parecia a Harry que ele estava vendo uma outra face do homem, uma que ele não mostrava a todos.


- Seja bem-vindo, bravo Harry. Sei de sua jornada e suas atribulações. Por favor, fique de pé. Não precisa temer Lord Voldemort.


- Meu Lord, agradeço sua generosa hospitalidade. E venho proclamar minha dívida com seus graciosos enviados, que salvaram minha vida ao derrotar o malvado Aragog.


Mal ele tinha acabado de pronunciar essas palavras, uma cobra de proporções gigantescas deslizou pelo chão polido do salão. Harry ficou tenso, mas notou que ninguém se mexeu além de Ron, que começou a gemer de medo. O animal silvou e foi se enroscar perto do Lord.


- Não precisa temer Nagini, Harry Potter. Ela é domesticada e muito fiel a mim. Nesses últimos tempos, ela tem sido meu único consolo. Eu esperava que você pudesse me oferecer maior alento, Harry Potter.


Ele se sentou numa imensa cadeira alta, quase um trono, com um grande suspiro:


- Sou um homem extremamente infeliz, Harry Potter. A menina a quem eu amo como uma filha me foi arrancada de meus braços por um demônio cruel e traiçoeiro. Estou quase doente de preocupação por ela. Esse monstro corrompeu todos no meu reino, e não tinha mais esperanças de reaver meu bem precioso. Mas você, um estrangeiro, pode ter sucesso em resgatá-la. Você é um jovem incorruptível, posso ver.


- Lord Voldemort, que notícias terríveis está a me dar! Qual é nome deste ser maligno?


- Dumbledore é o nome do demônio. Ele levou minha criança, e eu estou enlouquecido de dor. Temo que ela possa estar corrompida pelas idéias pervertidas deste demônio malvado. - Ele chamou: - Bellatrix, por favor.


A mulher se aproximou, ainda curvada:


- Sim, meu Lord.


- Dê ao jovem Harry o que lhe pedi para separar.


Do meio de suas vestes, a mulher produziu um pequeno retrato, que entregou nas mãos de Harry. Lord Voldemort, com voz emocionada, apontou:


- Neste quadro, você pode apreciar a imagem de minha menina, meu tesouro. Não sei se ela lhe agrada, mas para este velho Lord, ela é minha esperança de consolo em meus dias dourados. Se conseguir resgatá-la, ela será sua, Harry Potter. Ela não está prometida a nenhum nobre ou rei, mas ela é digna de ser consorte de um príncipe ou rei. Seu dote é tudo o que eu tenho, minhas terras, minha fortuna. Eu lhe darei qualquer coisa para vê-la em segurança, longe daquele demônio traiçoeiro.


Harry olhou para a figura no quadro de superfície brilhante. Lá viu a figura de uma jovem de cabelos negros como a noite, com penetrantes olhos igualmente pretos que contrastavam com a pele muito clara, lábios finos e rosados, um nariz pronunciado e régio. Embora ela não parecesse ser uma moça ingênua ou fraca, havia uma estranha fragilidade na figura, algo que tocou o coração de Harry.


- Ela parece bonita - disse Harry. - Como se chama?


- Severina - respondeu Lord Voldemort, numa voz estrangulada.


Harry percebeu na voz um fio de expectativa, como se o homem poderoso não quisesse se entregar a uma esperança que poderia lhe ser retirada tão cruelmente quanto a moça que buscava desesperadamente. Ele sentiu que toda a atenção do homem estava em si, e Harry teria que dar uma resposta.


- Ela é uma legítima Princesa - continuou o Lord, aflito, acariciando a serpente a seus pés. - Eu faria tudo para ter minha criança de volta. Jovem Harry, por favor. Estou lhe pedindo ajuda como um pai desesperado. Quando você e ela tiverem filhos, saberá o que eu estou sofrendo.


Os apelos começaram a causar ira em Harry. Quem seria tão desalmado a ponto de deixar um pai desesperado por sua filha adotiva?


- Eu aceito. Vou libertá-la do malvado.


O Lord ergueu o rosto, e seus olhos estavam vermelhos. Harry ficou penalizado, mas sentiu que os olhos, embora vermelhos, brilhavam com uma energia recém-chegada.


- Fico muito grato, meu rapaz. A gratidão de Lord Voldemort não é pequena. Lamento não ser capaz de lhe dispensar ninguém a acompanhá-lo a não ser seu próprio companheiro, mas posso fazer algo ainda melhor.


Do meio de suas vestes, tirou uma varinha.


- Com esta varinha mágica, você será capaz de grandes feitos. Com fé e força de vontade, a varinha poderá realizar grandes façanhas.


- Poderei matar o demônio malvado que raptou a doce Severina?


Os olhos vermelhos brilharam.


- Seria uma façanha que eu não ouso prever que poderá fazer, Harry Potter. Quero ter minha criança de volta, mas não lhe peço que mate o demônio.


- Mas eu quero! - Harry vibrava de ódio. - Quero vingar essa ação pérfida!


- Você me comove, Harry - disse Lord Voldemort, e Harry viu a sinceridade em suas palavras. - Seu companheiro nesta jornada, Ronald Weasley, também merece um presente. A ele dê esta poção, que o deixará invisível durante uma hora. Se ele o servir bem, dê-lhe esta gaita de boca encantada como recompensa.


- Agradeço sua generosa oferta, meu Lord.


- Então nada mais o prende na sua busca. Desejo-lhe sorte e abençôo-o, Harry Potter. Que sua busca seja coroada de êxito e que sua jornada seja livre de obstáculos.


Mal ele terminara de dizer essas palavras, as paredes a seu redor se dissolveram, para espanto de Harry. Ele poderia até acreditar que tudo tinha sido um sonho, se não fossem os presentes em sua mão.


Ronald Weasley soltou um gemido.


- Se eu soubesse que íamos sair tão apressados, teria pedido mais daqueles fantásticos bolinhos açucarados!...


Harry olhou em volta.


- E para que lado ficaria o palácio do malvado Dumbledore?


- Espere um pouco que eu vou por ali perguntar a alguém - decidiu Ron. - Depois voltarei para lhe dizer o que consegui.


- Eu vou pelo outro lado e seguirei uma linha reta - decidiu Harry. - Encontre-me adiante.


Os dois se separaram. Não sabiam, claro, que iriam encontrar duas coisas muito, muito diferentes.



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Notas finais do capítulo

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Próximo capítulo: Nossos heróis encontram diferentes aventuras



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