Marcada escrita por Pollytta


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Desculpa o atraso....
Ontem, dia das mães, foi muito atarefado... E nem deu pra postar...
Quando a casa ficou vazia eu só conseguia pensar em dormir.

Espero que curtem esse capítulo e acompanhem a história.
Beijossssss



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Em um determinado momento da vida é bom fazer um inventário. Sei que inventário é a descrição detalhada do patrimônio de pessoa falecida, para que se possa proceder à partilha de bens.

Porém, não estou falando de patrimônio da pessoa morta, e sim um inventário detalhado da própria vida que temos. Com seus acertos e erros que adquirimos da vida. Aí sabemos que nada pode ficar pior do que está. Ou não.

Tive uma infância feliz= OK.

Tive uns pais maravilhosos= OK.

Minha mãe faleceu e meu pai me vendeu= OK.

Tive um Tio maravilhoso= OK.

Minha vida virou um inferno depois do falecimento do meu tio= OK.

Posso ter um futuro melhor=?

Reparando minuciosamente minha vida tive mais baixos do que alto.

Murphy falava que as coisas podem piorar, nós que não temos imaginação. Em contrapartida, Tio Eduardo sempre disse que um dia tudo pode mudar pra melhor. Sei que é difícil acreditar que a mudança pode ocorrer, mas enquanto a mudança não acontece tenho que voltar ao batente.

****

A província de Rosas não era avançada tecnologicamente. Tínhamos energia, nossos carros, o sinal da internet e televisão eram totalmente precários. No entanto, suas qualidades estavam nos seus campos fartos e bonitos.

Rosas era e é muito preconceituosa. Tudo que é diferente não é aceito. E o único lugar que a diferença não importa é na minha horta.

Saio da sala indo direto pro meu canto feliz.

Faço questão de tirar o tênis e pisar na terra. Com isso, esqueço o meu pânico, meus problemas e se vou está viva amanhã.

A horta foi criada para meu sustento, já que minha tia só me dá uma refeição por dia. Então criei a horta pra me dá as refeições que faltava.

Pesquisei sobre botânica, a terra e fui aplicando tudo que estudava. A horta cresceu tanto que capeta um, digo, Conceição descobriu e pegou a horta pra seu sustento.

Logo, meu sustento se foi.

No começo era difícil comer só uma refeição por dia. Mas à medida que ela foi dispensando os empregados, o serviço ficou todo pra mim e assim aprendi a guardar comida sem ela saber.

Peguei as verduras e fui pra cozinha adiantar a comida.

A cozinha era totalmente desvalorizada em comparação a casa. Uma reforma a deixaria linda, mas como as visitas da minha tia não entram naquele cômodo ela nem ligou em reformar.

Está tudo caindo aos pedaços. Geladeira mas esquenta que gela. Fogão tem que esperar quase 1h pra ferver uma água. E o piso no chão está a maioria descolado.

Passei toda a tarde tentando cozinhar.

Movia pela cozinha em uma dança silenciosa, só com os barulhos das panelas e cheiro da comida. Fiz uma salada verde, com um arroz a grega gratinado com frango. Antes de levar a refeição pra mesa, e arrumá-los na sala de jantar, já separo o meu prato de comida e escondo no fundo do armário.

Como hoje tenho que está na sala de jantar vou ter que comer mais tarde.

— Bella... – chamou Mayara, a menos capeta, anunciando o início do jantar.

— Estou indo...

Fui lá e as servi.

Me escondi ao máximo perto da porta, pois não queria que nada sobrasse pra mim.

Observando-as dou graças a Deus por ser totalmente diferente delas.

Tia Conceição era um pouco robusta, não era glutona, tinha seus pneuzinhos. Talvez fosse porque teve duas filhas, mas acho porque é gulosa mesmo. Os cabelos eram loiros e os olhos azuis. Tinha o rosto todo puxado de tanto fazer botox, mesmo não precisando. Já que a pele era puxada pela gordura.

Minha Prima Natasha, era o cão em pessoa. Puxou a mãe e nada do pai. Tem um corpo curvilíneo. Os cabelos são loiros e os olhos azuis. É um clone magro da mãe. Considerada uma das criaturas mais linda da província.

Já minha prima Mayara, era muito influenciável pela mãe e irmã. Tinha o cabelo loiro e os olhos verdes do pai. Tem o corpo magro de tanto regime que a mãe mandou fazer. Poderia ter sido como o pai, mais tem uma auto-estima pior que a minha.

— Mayara eu acho que você já comeu o suficiente...

— Mãe! Acabei a salada agora.

— Logo, o suficiente. Não quer ficar gorda não é?

— Igual você?- sussurrou

— O que disse?

— Nada não...

— Ela disse que a senhora  é gorda- disse Natasha.

— Você disse isso Mayara?

— Lógico que não- disse olhando pro prato– Só disse que já comi o suficiente...

—Não mente pra mim! Sei que está mentindo, pois tua irmã nunca falta com a verdade - afirma sorrindo pra Natasha- Mas como tenho ótimas notícias vou deixar passar.

— Até pra Bella? – disse Natasha com nojo.

— Pra ela é só um comunicado- disse sem nem dirigir um olhar pra mim- Hoje recebi uma carta do Reino de Tâmaras, nos convidando para um baile real...

— Um baile real?- disse minhas primas juntas.

Eu não estava entendendo.

Sabia que ela não me chamou aqui pra anunciar que vai me deixar a ir ao baile. Deu-me na hora uma vontade de rir, imaginando eu no baile de calça jeans, all star e regata.

 Vou arrasar no baile.

—Sim. Pra comemorar o aniversário de 20 anos do Príncipe. Mas essa não é a melhor parte, neste Baile o Príncipe vai escolher uma princesa. E uma de vocês duas VAI CASAR COM O PRÍNCIPE!

Foi uma gritaria só... Todas eufóricas imaginando as jóias, o palácio e dinheiro que vão ter. Ninguém pensou em conhecer e se apaixonar pelo príncipe. O troféu é a coroa em vez do coração dele.

Isso é tão ridículo que sinto até pena do futuro Rei.

Todavia eu também estava eufórica, pois vou conhecer o reino. Vou poder falar com pessoas pelo menos por um fim de semana. Já que o Reino de Tâmaras não existia os MARCADOS, todo mundo era igual. E quem sabe lá eu não consiga fugir da minha tia e encontrar a mudança que meu tio tanto falava.

— Mas a Bella vai ao Baile?- pergunta idiota da Natasha.

— Lógico que não!- disse virando pra mim- Bella vou desmarcar suas aulas.

— Mas por quê?

— Não ouse me questionar- disse séria- Eu disse que vou desmarcar suas aulas, então eu vou. Você não vai morrer não tendo um mês de aulas desnecessárias...

— Nunca entendi pra quê aula de tiro e arco e flecha pra uma garota que nem sabe ler ou escrever... – envenenou Natasha.

— Foi papai que disse pra ela fazer-  murmura Mayara.

— Só por isso ela continua a fazer. E graças a isso não preciso pagar segurança pra vigiar a casa a noite, já que tenho a coisa- disse tia conceição- Mas não importa... Precisarei de você este mês para preparar tudo pro baile e a viagem. Estamos entendidas?

— Sim Senhora!


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Notas finais do capítulo

Quem quer ir pro Baile?
Não percam a festa, pois nos aguarda um momento incrível....
A questão é: Este momento será bom ou ruim?

Beijos até a próxima.



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