Marcada escrita por Pollytta


Capítulo 2
Capitulo 1


Notas iniciais do capítulo

Amadossssssss

Mais um capítulo espero que gostem....
Marcada é meu filhote. Logo, tenho muito carinho por ela.



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CONSTITUIÇÃO DE TODOS OS REINOS

Princípios fundamentais

Art. 1º O ministério dos reinos, formada pela união indissolúvel dos reinos, constitui-se em fundamentos:

I - a soberania;

II - a cidadania;

III - a dignidade da pessoa humana;

IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

V - o pluralismo político.

Art.2º Cada Província tem sua política e seu agir...

— BELLA

— Oh! – arfei colocando a mão no peito.

Estava tão perdida na leitura que nem noto Tia Conceição me chamando. Levanto tão rápido que perco a página do meu livro, a vela cai apagada no chão e a cadeira vai junto.

— Gritei por você a casa inteira e você enfurnada aqui – fala com desdém, enquanto observa a biblioteca. - Qual a única coisa que te peço?

— Não entendi Senhora.

— As regras Bella... - diz com impaciência.

— Ah... Sempre abrir a porta quando a Senhora chegar.

— É só isso que peço...

As regras da Casa das Nogueiras não podem ser violadas. E como só me tem como empregada, esse é um dos meus inúmeros serviços.

—... Está me escutando?

— Sim Senhora! - falei enquanto colocava a cadeira no lugar e a vela na mesa- Só estava distraída estudando, por isso não abri a porta.

— Não sei pra que você estuda querida. Uma marcada vai ser sempre uma marcada. Bella você não tem futuro e ninguém te quis ou vai querer.

Diz saboreando as palavras. Conceição tem o prazer de esfregar todos os dias na minha cara minha situação. Sabendo que não tenho ninguém e que dependo dela, sou obrigada aceitar tudo que impõe. E todas as pessoas, que podia me defender morreram.

Primeiro minha mãe, depois meu tio.

— Bella está na hora de aceitar o inevitável. Ninguém te quer!

— Eu sei Tia, mas a Senhora me deu 1 hora por dia pra poder fazer o que quiser...

—Você me chamou de quê?- disse se aproximando vagarosamente de mim.

— Tia o que a Senhora deseja?

A segunda regra dessa casa é que nunca, em hipótese alguma, tenho que revelar nosso parentesco. Mesmo com a biblioteca estando vazia e contendo só nós duas.

O ódio expresso no seu olhar, me fez dá um passo pra trás. Porém fui impedida pela mesa.

— NÃO SOU SUA TIA! - gritou com tanto ódio, que na mesma hora os meus pelos se arrepiaram e a mão dela subiu para me bater no rosto.

— Desculpa Senhora... Não vai se repetir... – implora humildemente  abaixando a cabeça.

Só senti sua respiração no meu pescoço desacelerando. Por fora mostro que sou submissa a ela, por dentro estou tremendo de medo, pois sei o que acontece se a desafio.

—Sua marcada... - disse carinhosamente levantando meu rosto- Sabe o que você está precisando, passar um tempo naquele quartinho que tenho pra você no porão... O que acha?

Na mesma hora meu corpo começou a tremer, a respiração ficou pesada e só a lembrança das noites que passei lá, foi o suficiente pra esquecer onde estou e me transportar pra aquele inferno.

Lembro como se fosse hoje a primeira vez que estive lá.

Passar a primeira noite naquela casa sem meu Tio foi muito difícil. Sair do meu quarto e ir para um quarto de empregada cheio de mofo e sujeira, foi equivalente. E naquela noite eu estava com saudade demais dele.

Chorava muito sua morte e estava com muita falta de ar.

No meio da madrugada minha tia entrou como furacão no meu quarto e me arrastou pra fora.

— Eu consigo ouvir seu choro na casa inteira e não consigo dormir. Eu ia te presentear, no seu aniversário, o cantinho que separei pra você. Mas como você está desse jeito acho que você merece agora o presente.

Pensei que ela tinha mudado de idéia e decidido levar-me pro meu quarto e querer ser minha nova mãe. No entanto, reparei que estava sendo levada pro porão e o meu novo cantinho não era nada divertido. Comecei a tentar correr porque senti que ali não tinha coisa boa, mas ela apertava mais meu braço e me puxava.

— Não adianta correr... Esse cantinho é seu... E sabe o que de melhor tem nele é a prova de som então você pode gritar muito que ninguém vai ouvir - disse carinhosamente.

Ela me jogou pela porta que tinha no canto do porão e trancou rindo. Não consegui mais respirar, meu corpo tremia e minha mente se fechava...

Fiquei lá por três dias sem comida, água ou luz. Saí de lá meio catatônica e só consegui sair, mais ou menos, daquele estado uma semana depois.

Bella - sussurrou me trazendo pro presente- Vou precisar te levar pra lá?

— Não... Senhora...

— Assim é melhor. - disse com um sorriso e fazendo carinho no meu rosto- Não te dou um teto pra viver, comida e roupa pra levar desaforo seu. Lembra-se bem que ninguém deve saber que sou sua “Tia” - falou pegando meu braço com nojo, me mostrando a tatuagem no pulso- Isso que você é... Uma MARCADA, não tem nome e nem identidade. Nasceu marcada e morre marcada. E se não fosse por mim você estava na rua sendo uma RALÉ. Porque nem seu pai te quis...

De fato ele não me quis. Mas tenho a esperança de conseguir pelo menos sair dessa casa.

— A Senhora está certa. E eu sou grata!- afirmo pra ela, que soltou meu pulso - O que deseja?

— Preciso que você faça um jantar especial pra minhas filhas, pois tenho que dá uma ótima notícia- disse saindo da biblioteca- E você vai ter que está presente no jantar...


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Notas finais do capítulo

Deu vontade de matar a Capeta?



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