O Nascer de uma nova vida Hiccstrid escrita por LauraClarimond


Capítulo 6
Capítulo Cinco




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A condenação de uma guerreira 

Terceira parte

Fui acordada na manhã seguinte com leves batidas na porta.

— Pode entrar. - Falei enquanto me sentava na cama

—Bom dia senhorita, sou Meire, uma das empregadas do castelo, o rei ordenou que eu lhe trouxesse roupas para usar hoje e também vim avisar que logo será servido o café da manhã e que ele espera sua companhia.- Falou a baixinha com os cabelos castanhos.

—Obrigada Meire.

Meire ajudou a me vestir e me preparar para o café da manhã, não estava acostumada com aquele mimo, admito que foi um pouco estranho, mas ela me falou que apenas era seu trabalho. E para minha surpresa, Meire me contou algumas atrocidades que o governador tinha feito a ela. Consegui sentir mais nojo dele do que já sentia e finalizou me agradecendo por tê-lo matado.

Durante todo o dia, não tive nenhuma noticia do príncipe e o rei não parecia estar preocupado, então deduzi que se Stoico estava calmo em relação ao'' sumiço'' de seu filho, era porque sabia que ele estava bem.

Conversamos bastante sobre amanhã, ele me explicou que logo cedo, alguns guardas iriam me buscar no quarto do príncipe e me levariam até um lugar chamado '' Jugadouro'' que na verdade é uma espécie de sala redonda, com cadeiras para os membros da corte, naquele lugar teria uma corrente que é fincada ao chão, stoico falou que me prenderiam ali, e depois o líder da corte falaria os crimes que eu havia cometido e assim o julgamento começaria. O rei me falou que é contra a lei que presencie o julgamento, mas que ele iria estar lá da mesma forma, apenas não poderia se intrometer, me disse também que alguns habitantes do reino poderiam comparecer.

Depois do longo dia que tive, o julgamento de amanhã não saia da minha cabeça. Chegando ao quarto do príncipe me depare com Soren me olhando no começo do corredor, dirigia uma cara de nojo a mim, ele com certeza não era uma pessoa nada amigável e me odiava pelo que pude perceber.

— Amanhã será um belo dia - Falou suspirando de felicidade enquanto eu passava por ele - Não é mesmo ? - Perguntou

Ignorei sua resposta e entrei batendo a porta atrás de mim. Depois de passar o dia andando e conversando com o rei pelo castelo, consegui ter uma boa noite de sono, tive bom sonhos, principalmente com minha família, e um sonho com o príncipe que me deixou vermelha novamente só de lembrar. Quando ouvi a batida na porta no dia seguinte percebi que o momento tinha chegado. Eu seria julgada.

Quatro guardas entraram no quarto, e me levaram para o local que o rei havia me falado, muitas pessoas estavam presentes, um homem alto estava posicionado no centro do lugar onde fui presa ao chão com correntes.

—Majestade, corte e cidadãos do reino de Berk. Hoje estamos todos presentes aqui para o julgamento de Astrid Hofferson, pelo crime de assassinato ao governador. - Falou o homem ao meu lado.

A população presente começou a vaiar, a gritar coisas horríveis comigo, e até jogaram coisas em mim. O julgador continuou a falar.

—Pelo visto, nossa monarquia pareceu gostar de você - Falou bem alto para que todos escutassem - Caros membros da corte, tenho informações confirmadas pelo ajudante real Soren, que a assassina recebeu a visita de nosso príncipe na masmorra e que algumas horas depois ela foi levada para seu quarto pessoal e que jantou com o rei na mesma noite. Ao meu parecer eles já se conhecem, o que lhes faz perguntar será que a morte do nosso amado governador, não foi planejado por algum monarca?

O silencio pairou no ar, nem as respirações podiam ser ouvidas. Olhei ao rei que estava espantado com o que aparentava ser o líder da corte havia falado. Stoico se levantou do local onde estava e foi na direção do homem que estava ao meu lado

—Isso é um insulto, não só a mim mas ao meu filho e a coroa. Se eu quisesse matar aquele homem, teria feito eu mesmo, não armado um plano que envolvesse outra pessoa. E se eu soubesse do que aquele ser é capaz eu teria feito isso. - Gritou o suficiente para que todos ouvissem e se dirigindo a mim falou - Conte a eles.

Atendi a sua ordem e comecei a explicar tudo a eles, que não tive ajuda de ninguém, planejei tudo sozinha, contei a eles meu motivo de ter feito aquilo. Quando falei sobre o que havia ocorrido a quatro anos atrás seus rostos mudaram, todos pareciam surpresos, menos o homem que estava ao meu lado e os membros da corte, eu percebi naquele momento que eles sabiam do que eu estava falando. O Líder, com um sorriso no rosto fingiu duvidar do que eu estava alegando.

— ''Apenas eu sobrevivi '' - Falou o líder repetindo o que eu tinha falado. - Então você foi a unica que ele não matou é isto que está afirmando ? Você tem como provar que o nosso governador fez isso? - Me perguntou

—Não, não tenho, tudo foi destruído. - Respondi

—Então em frente de todos, confirma que matou o governador por vingança ? - Perguntou

—Sim eu matei.

O líder, aparentando estar feliz com minha resposta, se virou ao rei e disse

—Vossa majestade, nós da corte iremos nos reunir com o  senhor mais tarde e discutiremos algumas coisas mas agora, por favor retorne ao seu assento, iremos deliberar nossa decisão. - Falou saindo com os membros da corte

Passaram-se alguns minutos até que todos retornaram da outra sala para onde foram. O líder falou em alto e em bom som.

—Como não temos prova alguma de sua fantasiosa história e com a afirmação do assassinato de um membro da alta corte, nós decidimos que está condenada a morte por decapitação pública.

Era isso, momentos da minha vida passaram na minha memória. Os gritos da população em parabenização a corte podiam ser ouvidos por toda a sala. Guardas me levavam agora em direção a grande praça localizada no centro do reino. Lembrei de quando era pequena e meu pai e eu estávamos trabalhando não muito longe dali, quando vimos um ladrão ser decapitado, papai, não cobriu meu olhos ao invés disso, me obrigou a olhar ''Veja, não quero que isso aconteça com você, entendeu. '' naquele dia não o dei uma resposta, já que não era uma pergunta e sim uma ordem.

E agora eu estava na mesma posição em que o ladrão se encontrava aquele dia.

''Desculpe pai'' - Falei baixinho

—Carrasco, faça seu trabalho - Ordenou o líder em frente a todos.

Fechei os olhos e apenas pensei na minha família.


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