Stelena - Epic Love escrita por Leidiani Almeida


Capítulo 15
Capítulo 15 - Sempre Será Stefan




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Após o final do evento Miss Mystic Falls Elena se encontra em uma crucial situação, entre finalmente ter que perceber que Damon não é mais o mesmo cara de antes. 

No caminho de volta para casa ela percebeu que Stefan permanecia calado concentrado na direção. Aquela sensação de que ele talvez estivesse irritado a deixou muito incomodada, porque não entenderia as razões dele. 

— Stefan? — ela o chamou assim que finalmente chegaram. — Tem alguma coisa de errada? — ela desceu do carro e Stefan ao mesmo tempo caminhando em direção a entrada e o silencio dele permanecia por alguns instantes. 

— Não tenho nada a dizer Elena. — seu tom foi frio o bastante para incomodar ela. 

— Por que você está agindo friamente comigo? Nem se quer disse uma palavra desde que saímos de lá. 

— Eu acho que o dia de hoje foi exaustivo para todos precisamos descansar.

— Stefan.... — ela o segurou. — Eu te conheço o suficiente para saber que tem algo te incomodando, por favor, fala comigo vamos conversar.

— Você quer mesmo saber Elena? — Stefan olhou fixamente em seus olhos. — Eu só não queria que nada daquilo acontecesse hoje. O que Damon fez não foi certo e você não deveria ter ido correndo até ele. 

— Stefan isso é ridículo, eu não tinha encontrado com ele ainda eu precisava vê-lo, conversar com ele. Você não deveria ter esse pensamento egoísta agora. 

— Egoísta, eu? — Stefan balançou a cabeça desacreditado. — Você sabe o que ele fez quando ainda estava deitada naquele caixão? Ele te jogou de uma ponte, ele iria matar você Elena, sabe o quanto eu temi que ele fizesse mal a você ou qualquer coisa do tipo? Não! Realmente você não faz idéia.

— Eu ainda o amo. — ela cruzou os braços fragilizada. — Mas são sentimentos diferentes agora Stefan, você não consegue entender porque está cego de ódio por ele eu duvido muito que Damon me faria mal.

— Claro! Você ainda tem sua mania idiota de acreditar na bondade dele? Eu estou cansado disso tudo, eu sabia que talvez fosse assim quando você retornasse saberia que era questão de tempo até você encontrá-lo novamente e tudo voltar. 

— Eu realmente não entendo você, eu e ele estávamos juntos Stefan. Como pode pensar que eu não me preocuparia em vê-lo?

— Porque eu amo você Elena! — ele falou quase gritando com ela. — Sabe o que isso significa para mim? Não você não faz idéia.

— Stefan, para com isso! — ela o segurou pelo braço bastante aflita. — Você sabe que eu te amo!

— Você me ama? — Stefan não sabia bem dizer o que aquelas palavras lhe causaram. — E ama também ele? Que tipo de amor é esse Elena? Eu não vou viver preso entre essa situação novamente, eu não estava aqui em Mystic Falls e na primeira oportunidade que soube que poderia tê-la de volta eu corri para cá, eu corri por você e sabe o que ele fez? Ele te ignorou igualzinho ele fez hoje, então me desculpa Elena só que eu não entendo que tipo de amor é esse.

— Stefan, o que quer dizer com isso?

— Quero dizer que você terá que escolher, terá que ter certeza do que sente, porque eu não vou mais viver esperando Elena. Eu acho que já sofri demais com tudo isso. 

— Eu amo você Stefan! — aquelas palavras faziam o seu corpo estremecer por completo era como se uma corrente de energia os ligassem. — Eu sempre amei você, mas eu ainda não sei o que fazer em relação ao Damon eu ainda preciso encontrá-lo e conversar com ele.

— Então faça isso. — ele respirou pesado e caminhou pela sala. — Eu sempre amei você Elena, eu nunca consegui trocá-la por nada e ninguém e acho que deve começar a perceber as diferenças. 

Na manhã seguinte Elena levantou de pressa, estava mais calma e pensou encontrar Stefan na cozinha preparando o café como teria acostumado desde que ela retornou. Ela precisava conversar com ele pedir desculpas pelas suas atitudes do dia anterior, mas se surpreendeu quando não o encontrou ali. Não tinha nada apenas a cozinha vazia e a mesa estava também vazia. Sua garganta secou de imediato sabia que a noite anterior teria o magoado, mas não imaginou que ele a evitaria no dia seguinte.  Elena saiu para procurá-lo em outro cômodo da casa e por sua surpresa, ele não estava e pensou que era bom ir até o Grill e que talvez ele estivesse por lá.

Era bem cedo e Caroline ainda estava deitada em sua cama quando ouviu as batidas na porta. Ela não sabia quem poderia ser tão cedo, apenas se vestiu rapidamente para ir atender. 

— Stefan! — seu tom foi de surpresa. — O que aconteceu?

— Podemos conversar? — ele estava com uma expressão bastante chateada. — Posso entrar?

— Claro que pode.  —  Caroline abriu a porta o deixando passar. 

— Desculpe vir tão cedo assim eu só não sabia com quem eu poderia conversar, então a primeira pessoa que pensei foi você. — Stefan passou a encarar sua amiga e sentou no sofá. 

— Eu vou preparar um café. — ela caminhou até a cozinha e esquentou a água  enquanto ele continuou sentando na sala.  — Então vai me dizer o que aconteceu? — ela retornaria com as canecas de café em mãos lhe oferecendo uma. 

—  Eu briguei com Elena. — ele abaixou a cabeça ao falar. — Eu acabei perdendo a cabeça por causa do que aconteceu....

— Por causa do Damon você quer dizer? 

— Eu não entendi porque ela teve que agir daquela forma, ele simplesmente deu as costas para ela e mesmo assim ela continua correndo atrás dele.

— Stefan, Stefan, deveria conhece - lá mais do que ninguém, sabe como Elena é. Ela não vai descansar enquanto não ouvir algo da boca dele. Eu agiria da mesma forma se tivesse passado um ano sem vê-lo. 

— Eu acho que me deixei iludir com aquele momento.

— Eu duvido que tenha, ela te ama da mesma forma que você também a ama então não tem porque ficar assim.

— Eu acho que fui idiota com ela. — Stefan bufou se encostando-se ao sofá. — Eu a amo só que ao momento que eu a vi correndo atrás dele eu senti tanta raiva. Eu realmente me senti a segunda opção dela. 

— E disse isso para ela? — Caroline o encarou encostando-se ao sofá. — Stefan o único problema de vocês dois é o medo. Vocês acham que tudo pode dar errado se simplesmente decidirem ficar juntos mas sabe o que eu acho? Que esse é o destino de vocês sempre foi, vocês dois são épicos juntos e deveria ter sido sempre assim, só que as coisas aconteceram, escolhas os distanciaram, mas olha vocês aqui de novo. Por que terem medo de arriscar? — ela encarou seu amigo que apenas não dizia nada. — Por que você tem medo? O que te faz ter medo?

— Tenho medo de perdê-la novamente. — ele finalmente respondeu. — Tenho medo do sentimentos dela por mim talvez não existirem, que talvez tudo possa ter sido um engano e que me vivi revivendo um amor que não existe mais. 

— Você a ama?

— Claro que sim!

— Então porque temeria perdê-la? Só precisa saber se essa é a escolha dela!

— E se não for?

— Você ouviu isso dela? Sabe como ela se sente agora? Vocês tiveram alguma conversa civilizada sobre seus sentimentos? — Caroline colocou a caneca sobre a mesinha do centro da sala e segurou firma a mão dele. — Stefan você vai ter que arriscar tudo que tem! 

— Eu acho que tem razão meu problema é o medo. — ele segurou firme sua mão em forma de agradecimento. — Eu vou arriscar por ela vale a pena tentar. 

Quando Elena finalmente chegou no Mystic Gill, ela ficou surpresa ao ver Damon sentado no balcão bebendo seu Bourbon logo cedo. Não pensou duas vezes em ir falar com ele e aproveitar para quem sabe ele soubesse onde Stefan estaria.

— Oi Damon! — ela sentou ao seu lado mas foi tratada muito mal por ele.

— Elena! — ele bufou e logo continuou tomando sua bebida.

— Sabe do Stefan? Ele sumiu de manhã e não está na casa da Caroline.

— Acha que tenho cara de babá? — ele não olhava para ela. — Não faço idéia de onde ele se meteu!

— E você vai ficar assim me tratando como uma estranha?

— Você é uma estranha para mim, você estava morta ontem mesmo Elena. O que quer que eu faça? — ele finalmente a encarou com olhar perverso e seus olhos negros.

— Você está sendo ridículo! Se acha que me tratando assim vai me afastar de você está perdendo seu tempo.

— Eu não me importo se não gosta da minha atitude. Eu não me importo. — ele se levantaria quando ela o segurou.

— Damon, para! — ela o olhou. — Precisamos conversar. Preciso do meu Damon de volta.

— Elena entenda uma coisa, eu não sou o Stefan. Eu não estou desesperado por você

— Para de ser ridículo! — ela começou a se irritar. — Quer que eu te odeie? É isso que está tentando fazer?

— Estou somente te mostrando quem eu sou Elena, esse sou eu.

— Esse não é você! — ela gritou. — Essa é sua sua versão com raiva de tudo e todos.

— Você não sabe Elena, você não sabe aceitar que eu não te ame mais! — ele se levantou fazendo com que ela o soltasse. — Me deixe em paz, faça um favor para si mesma fique com Stefan e sejam muito felizes.

— Você não vai conseguir. Esse joguinho não vai funcionar comigo.

— Elena eu não me importo vou ter que soletrar? — ele alterou o tom de voz batendo sua mão sobre o balcão enquanto todos olharam de imediato para os dois. 

Elena sentiu seus olhos encherem de lágrimas, sem entender o porquê daquela atitude

— Já chega Damon! — a voz familiar interrompeu aquela conversa.

— Ora, ora o salvador do dia chegou! – Damon falou ironicamente se afastando de Elena. — Ela é toda sua irmãozinho. – ele ficou cara a cara com Stefan e sussurrou para ele em tom irônico.

Elena virou para o balcão e não conteve as lagrimas que escorreram de seu rosto naquele momento.

— Elena! — Stefan se sentou ao seu lado preocupado e tocou seu ombro em gesto de conforto.

— Ele quer fazer eu o odiar é isso?

— Damon está com humanidade desligada ele vai dizer todas as coisas possíveis para te magoar Elena, deve saber disso mais do que ninguém.

— Pensei que ele mudaria quando me visse, pensei que eu era importante.

— Agora nesse momento nada é importante para ele. — ele tocou seu rosto puxando para perto. – Ei? Vai ficar tudo bem vamos pra casa!

— Aonde você estava?

— Eu dei uma volta precisava de ar puro.

— Precisava me evitar não é? Está com raiva de mim eu sei que está!

— Elena, eu não estou com raiva de você eu sei que disse coisas ontem que te magoaram mas eu me arrependi. — ele acaricio seu rosto. — Eu te amo, eu não quero te ver sofrendo.

Elena ficou olhando para ele e quase percebeu, seus lábios se aproximarem um do outro.

— Vamos! — ele se levantou. — Acho que merece um dia melhor depois disso tudo não acha?

— Tudo bem! — ela levantou e saiu acompanhada dele.

À noite após aquele dia agitado e cheio de controversas, Stefan decidiu preparar um jantar especial para Elena que poderia animá-la depois daquela situação. Quem sabe fazer as pazes entre eles, mas ouviu alguns passos na sala que fez sair para verificar.

— O que faz aqui? — ele encarou Damon que estava sentado no sofá com pernas para cima.

— Estou na minha casa relaxando algum problema?

— Sim tem! Você age como um idiota com Elena, ontem e hoje no grill e agora tem a cara de pau de aparecer aqui como se nada tivesse acontecido? O que está querendo fazer Damon puni - lá?

— Qual é Stefan, eu não estou aqui pra ficar ouvindo sermãozinho de irmão ok? Estou só na minha casa descansando eu não tenho culpa que ela está aqui essa casa nem é dela!

— Você é idiota! — Stefan ficava ainda mais com raiva dele. — Vá embora, Damon!

— Me obrigue a sair se quiser! — ele se levantou alterando o tom de voz.

Elena desceu as escadas e interrompeu os dois que apenas a encaravam.

— Oi Elena. — Damon mostrou entusiasmo sarcástico. — Stefan está preparando um jantarzinho romântico para você não é? Por isso está tão incomodado com minha presença? — ele encarou o irmão.

— Chega Damon!

— Qual é não precisa se intimidar com minha presença afinal a Elena deve estar precisando mesmo se alimentar não é? — ele a encarou e a mesma apenas estava parada tentando entender a situação. — Por que não diz para seu irmãozinho aqui como pretende levá-la pra cama essa noite?

— Damon! — Elena ficou mal com aquelas palavras.

— O que foi que você disse? — Stefan o encarou completamente furioso

— Eu disse porque não me conta como pretende levar a minha namorada para cama Stefan? — ele mal conseguiu completar a frase quando Stefan o puxou pela gola de sua blusa.

— Você vai se arrepender em dizer isso!

— Stefan, por favor, solta ele! — Elena estava assustada.

— E acha que não sei que essa é a sua intenção ? – Damon o encarava sem mostrar medo. — Conta para ela à verdade, que você pensa em ter ela na sua cama novamente, porque no fundo é a verdade.  — sem pensar duas vezes Stefan deu um murro em seu rosto o deixando cair no chão.

— Damon! – Elena gritou apavorada com a situação. — Parem com isso.

—  Eu juro que se você não parar......  — Stefan foi para cima dele mas  foi impedido por Elena.

— Stefan para, por favor! — ela o olhava aflita. — Esse não é você para com isso.

— Vamos Stefan me bata, mostra para Elena o seu verdadeiro lado, mostra o estripador que há dentro de você. Vamos me bate não seja covarde! — Damon ainda no chão tentava provocá-lo ainda mais

— Para Damon! — Elena gritou com ele. — Por favor, Stefan não faça nada eu sei que você não quer fazer isso! — Elena apenas olhava para Stefan implorando que desse basta naquilo.

— Vamos Stefan! — Damon gritou. — Mostre quem você realmente é....

— Cala a boca! — Stefan gritou. — Isso não vale a pena. Não hoje e nunca mais. 

— Damon, por favor vai embora? 

Damon tentou levantar do chão encarando os dois completamente com raiva de ver, Elena do lado de seu irmão como se ele fosse o errado da história. Ele não entendia porque ela sempre estaria contra ele ou o enxergando como vilão, talvez esquecesse do quanto estava sendo ruim com ela. 

— Damon você ouviu, por favor saia! — Stefan disse 

— Só não esqueça Elena que esse é o cara que você coloca em um pedestal. — Damon ajustou sua camisa enquanto levantava. — O Stefan não é o salvador do dia ou muito mesmo o bom moço sempre, deveria enxergar isso. 

— A única coisa que enxergo aqui Damon, é que você destruiu qualquer esperança que eu tinha em você. — ela disse aquelas palavras com nó na gargante e segurando as lágrimas.

— Tanto faz. — Damon caminhou até meio da sala.  — Só não se esqueça Elena de todos os momentos em que eu estivesse nessa maldita vida miserável ao seu lado. Quando Stefan preferiu fugir com Klaus, ou toda a merda que ele decidiu fazer era eu que estava lá. Esse cara péssimo aqui que você odeia agora. 

— E não esqueça você Damon de que todas as vezes que tentei te resgatar desse mar de mágoas e coisas ruins da sua vida e você me chutou para volto. — Elena foi a sua frente sendo segurada pelo braço por Stefan. — Não se esqueça de que quando eu voltei era você a pessoa pela qual eu fui atrás e simplesmente me deu as costas.

Damon ouviu aquelas palavras engolindo-as a seco e sentiu alguma coisa dentro de sí, parecia muito com sentimentos pelos quais estava fazendo questão de não sentir. Elena era sempre a pessoa pela qual podia mudar seu estado de humor drasticamente, era a unica pelo qual podia fazer seu coração bater forte e ao mesmo tempo quebra-lo por completo. 

Ele encarou Stefan com tanta raiva naquele momento, o culpando por todas as vezes pela qual perdeu sua felicidade por causa do irmão. Era desta forma que ele assistia aquele momento, assistia Elena o deixando e o vendo como um mostro e novamente nos braços de Stefan. 

— Está feliz não está? — ele olhou para Stefan diretamente. 

— E porque eu estaria? 

— Você conseguiu Stefan. — ele agora olhava ao mesmo tempo para Elena. — Sempre vai ser o Stefan não é? Era isso que queria me dizer naquele dia, porque desde que tomou aquela cura você ficou diferente. Eu percebi como você olhava para ele sempre que se encontravam.

— Damon isso não faz maior sentido. — Elena não aceitava suas palavras. — Eu escolhi você. Eu estava com você e estávamos muito felizes e você me disse que a cura não mudaria nada nossa relação, que isso não mudaria o fato do nosso sentimento. 

— Para com isso Elena. — Damon soltou um riso por raiva. — Para de ficar negando, para de ficar mentindo para mim e principalmente para você mesma. Vocês dois sabem muito bem do que estamos falando aqui.

— Damon eu a perdi no momento que ela se apaixonou por você. — Stefan o lembrou. — Elena escolheu você porque ganharam uma ligação que ela nunca terá comigo. Então você deveria parar de inventar coisas, se esconder atrás dessa humanidade desligada e encarar que agora ela está bem aqui. 

— Então vamos jogar limpo? — Damon parecia querer fazer um jogo ali. — Quero que olhe nos meus olhos e seja honesta Elena, e me diga o que naquela dia você se referiu a estar confusa sobre nós, me diga honestamente que depois da cura você não voltou a nutrir sentimentos pelo Stefan? 

— Damon? — Stefan não queria ter que ouvir aquilo 

— Não! — ele negou com gesto com a mão. — Diga Elena, diga a verdade e eu saberia que estou sendo um tolo e eu juro que te pedirei perdão por toda a merda que fiz desde que voltou. Mas, seja honesta e diga para mim, você ama o Stefan? 

Elena olhou para ele e as palavras pareciam não surgirem naquele momento. Ela ficou com uma expressão de ansiedade e desespero naquele momento, era como se soubesse exatamente o que Damon queria com aquelas perguntas, ele sabia exatamente como ela se sentia por dentro. O silencio então predominou por alguns segundos até que Damon balançou a cabeça e começou a rir de forma incrédula, deixando todos ali inclusive Stefan bastante apreensivo. 

— Eu sabia. — Damon concluiu minutos depois. — É ele. 

— Damon... — ela tentou se aproximar e tocar sua braço mas ele esquivou. 

— Não! — ele gritou andando para trás. — Não vai mais fazer isso Elena. Eu pensei que tínhamos conseguido construir algo juntos, eu mudei por você Elena. — Damon gritou completamente transtornado. — Eu quis ser melhor por você. 

— Damon? — ela parecia querer chorar naquele momento. — Não diga isso. 

— Ela é toda sua Stefan! — Damon saiu sem pensar duas vezes e ainda ouviu Elena o chamar e mesmo assim não foi o suficiente para querer continuar ali. 

Elena sentou no sofá completamente devastada e sem rumo. Era como se ela assistisse o filme de sua vida passando por sua cabeça, todas as coisas do passado voltaram ao mesmo instante em sua mente. Stefan ficou paralisado por alguns segundos, depois a encarou diretamente andando para centro da sala, como se buscasse qualquer resposta para o que acabasse de acontecer ali. 

— Por que não disse? — ele questionou. — Por que não lutou por ele? 

— Eu não posso ok? — ela não aguentava mais e começou a chorar. — Eu não posso mais fazer isso Stefan. 

— Elena.... — ele se abaixou em sua frente segurando suas duas mãos logo levando seus dedos a enxugar suas lágrimas.

— Eu não quero que ele seja alguém melhor por minha causa. — ela conseguiu conter o choro e falar. — Eu não quero que a vida dele passe a depender do que eu vou fazer ou falar. Eu não quero ter torcer para ele não ser mal com você ou com qualquer pessoa que eu ame. 

— Elena, ei me escute — ele segurou seu rosto. — Não precisa se preocupar com nada disso ok? Não precisa colocar isso sobre seus ombros. Damon é desse jeito por escolha dele e se você amar ele e não for suficiente, você fez tudo que foi necessário para salva-lo. 

— Eu não posso. — ela abaixou a cabeça chorando ainda mais. — Eu não posso mais 

— Claro que pode. — Stefan segurou pelo queixo e ergueu seu rosto. — Se o amor por ele for o suficiente para você então lute. Só não desista dele por causa disso. 

— Stefan? — ela o olhou nos olhos 

— O que? — ele estava muito aflito por vê-la assim. 

— Eu posso mais amar o Damon. — ela finalmente disse. — Porque eu amo você. 

Stefan ficou parado por alguns segundos até a soltar por um instante, se inclinando para trás levantando novamente. Levou as mãos sobre sua cabeça e ficou tentando encontrar o sentido naquelas palavras. Ele sonhou tanto em ouvir aquilo que agora que finalmente poderia ouvir era como se estivesse perdido. 

— Stefan? — Elena ficou o encarando totalmente preocupada com sua reação. 

— Por que? 

— Por que? — ela estava com uma mistura de sensações e riu por aquela pergunta. — Stefan, quando eu tomei aquela cura tudo mudou para mim. Minha vida estava baseada em viver pelos meus extintos, pelas sensações que se misturavam com vampirismo e quando tudo isso acabou, era como se eu me assistisse sentada naquela carro na entrada perto da ponte voltando para casa. Era eu a antiga eu voltando para todos. — Elena levantou e se aproximou. — Quando eu virei vampira tudo tinha mudada para mim, era como se a morte fizesse parte da minha nova fase e antes eu apenas tinha ela como uma forma de recomeçar a vida. Você me trouxe a vida de volta Stefan naquele dia, naquele dia pelo qual nos conhecemos e eu apenas tinha me esquecido disso. 

— Eu.... — ele não conseguia dizer nada. 

— Eu só queria estar com você, te abraçar, contar sobre meu dia ou saber o que você iria fazer amanhã e depois. — Elena pois as mãos sobre sua nuca o puxando para si. — Eu não podia dizer como me sentia, porque eu mesma não entendia como isso tudo podia acontecer. Mas, se eu falar para Damon o que ele queria ouvir eu também estaria mentindo. 

— Eu chorei. — Stefan começou a falar. — Não teve uma noite em que eu não imaginei como poderia ser nossas vidas se você estivesse aqui. Quando te colocamos naquele caixão eu sabia que uma parte minha tinha partido com você, eu nunca poderia viver Elena sabendo que você não estaria mais aqui. — Stefan sentiu uma vontade de chorar. — Era bom vê-la aqui mesmo que isso custasse ter que assistir você tendo uma vida feliz com Damon, porque ele era um cara melhor por você e eu achei que merecia isso. Você merecia conhecer um lado dele pelo qual eu sabia que existiu um dia, o Damon podia ser um bom homem para você. 

— Stefan.... — Elena levou as mãos para seu rosto acariciando sua bochecha. — Eu o amo exatamente pelo fato de que não importa como ou onde você sempre colocaria minha felicidade em primeiro lugar. Seu extinto sempre foi de me proteger.

— É sim. — ele sorriu 

— Eu te amo. — ela disse novamente. — Eu o amo tanto e não quero que tenha raiva de mim ou que pare de viver sua vida também. Eu preciso que seja feliz. 

— Eu te amo Elena. — o corpo dele estremeceu completamente ao falar. — E me perdoe por isso, mas eu desejei que você nunca tivesse partido. Eu desejei que corresse para meus braços, eu desejei que sussurrasse que me amava e que tudo ficaria bem novamente. 

— Stefan..... — ela aproximou ainda mais e seus lábios estavam perto de seu ouvido agora. — Eu te amo! 

— Não diga isso. — Stefan fechou os olhos e era como se cada átomo de seu corpo borbulhasse por ela. 

— Por que não? — ela se afastou confusa. 

— Eu não quero ter que ter você na minha vida e assistir a destruição do meu irmão. 

— Eu o amo também. — ela afirmou. — Mas eu entendo que é diferente agora. Eu amei o Damon sim, porque tivemos uma conexão completamente diferente, porque ele me resgatou na escuridão da minha morte e me deu uma direção. — ela dizia enquanto caminhava pela sala apertando seus braços. — Eu o odiei também. Odiei quando ele te deixou para morrer ou todas as vezes que ele foi egoísta o suficiente, mas isso me fez ama-lo ainda mais. O vampirismo me ensinou que a intensidade com que uma pessoa faz algo e isso te liga a ela, quer dizer que ainda mais estarão conectados. 

— Eu sempre soube que ele foi bom para você Elena, ele esteve por você todas as vezes que eu não pude.

— Sim, é verdade. — ela novamente voltou para sua frente. — Mas é você Stefan. Foi você que me salvou naquele dia esbarrando em mim. Foi você que me trouxe a luz da vida quando eu me sentia perdida, foi capaz de me fazer sentir algo, de amar. — ela o puxou pela mão. — Você tocou meu coração, pegou a minha mão e me mostrou o caminho para viver. E mesmo que eu sinta tudo pelo Damon com toda intensidade que foi, na cura e na minha vida humana eu sei, eu sempre soube que era você. 

— Elena.... — ele tocou seu rosto e seu coração ficou apertado. — Eu amo você demais. Se me disser que me quer, eu juro eu não pensaria duas vezes para voltar para você. Só que preciso ter certeza de que se eu ter você novamente, eu não irei te perder outra vez. 

— É você. — ela sussurrou e sorriu. — É você Stefan, sempre vai ser você! 

Eles se abraçaram tão forte que se comparava com a existência de todo o universo, apenas colocada naquele único momento. Não importava o passado, não importava se existia a mão do universo ou não na vida deles. Stefan soube naquele instante que o tempo ter passado foi somente a confirmação de que precisava, para saber que Elena sempre seria a mulher de sua vida e que esperar por seu amor valeria todo segundo de sua mera existência. 

Do lado de fora pela porta principal que dividia a casa, Damon estava ali ouvindo cada palavra da conversa dos dois. Ouvir Elena dizer tudo aquilo, ver como eles se amavam completamente foi um choque total para qualquer resto de humanidade que lhe restava. Naquele momento Damon deixou toda a escuridão tomar conta de sua alma, ele sentia que não precisava ser bom porque não importava o quanto tentasse, ele nunca seria o suficiente para ter o amor de Elena. Este era o fim daquela estada para ele, a partida da Elena já havia acontecido a muito tempo naquele dia, quando a deixou naquele caixão e dançaram sua última canção, era como se todo o amor que nutriu por ela por tanto tempo, tivesse morrido com ela naquele dia e se perdido no espaço de tempo entre a distante e a magia feita. 

Ele partiu sem ser percebido pelos dois, entrando em seu carro e preparando o som em um alto volume. Damon soube que agora a escuridão era sua aliada e que não sentiria mais nada a partir daquele momento, ele não poderia se mentir sentir outra vez porque poderia morrer por amor a qualquer pessoa e seu coração já estava quebrado demais para se recompor outra vez. 


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