Eyes Green escrita por Creeper, Lya


Capítulo 6
Final de semana


Notas iniciais do capítulo

OIIIIEEEE! SENTI SAUDADES ♥
DESCULPEM A DEMORA >.< !
Vocês serão muito bem recompensados, tá?
Tudo bem??? Espero que sim ^-^
Boa leitura ♡!!!



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Finalmente o final de semana chegou (Até que em fim, a semana terminou. Vem "ni" mim, sexta-feira, sua linda. Eu to feliz, porque fim de semana começou ou ou ou)!
Não aguentava mais estudar! Tá...Convenhamos que eu não estudo pra valer. Permita-me me corrigir: Não aguentava mais acordar cedo para ir para o colégio fazer vários nadas.
Virei a noite de sexta-feira terminando de desenhar a sala do clube de pintura. Até fiz o capricho de pintar...
Foi trabalhoso, mas valeu a pena! Afinal, faça bem feito o que você tem que fazer.
Como eu dormi tarde, acordei 2:00 P.M., parecia um zumbi vagando pela casa!
Eu moro com minha irmã mais velha, Kenzie Alencar. Ela tem 25 anos.
Para minha sorte, ela é solteira, então eu ganho toda a atenção, isso é ótimo.
Caso estejam em dúvida, Kenzie não possuí o sobrenome "Miller" (parte de mãe) como eu.
Seu nome é Kenzie Alencar Gonçalves.
E o meu é Nathaniel Miller Alencar.
Por que?
É um pouco difícil de engolir, porém minha mãe não achou que sua primogênita fosse merecedora de carregar seu sobrenome.
Mamãe diz que mulheres não sabem cuidar de negócios e administrar empresas, diz que mulheres são ingênuas e se apaixonam fácil demais, consequentemente acabam se casando com o primeiro que encontram e esquecem de todo o resto (Ué! Alguém faça o favor de avisa-lá que ela é uma mulher, hellou!). Sinceramente, mamãe é uma tola por pensar desta maneira! Kenzie é muito mais do ela pode ver!
Já eu tenho o sobrenome idiota, pois mamãe viu em mim um grande futuro: Dono de empresas, administrador, responsável...O homem da família. Um homem de negócios.
Bem, ela também estava errada em relação a mim! Bem errada...
Falando em minha mãe, Vanessa Miller, ela atualmente mora no Canadá. Ela nem lembra que existimos. O trabalho é mais importante, afinal.
Bom, quando mais novo, eu ficava sentido de tocar nesse assunto, preferia evitar, pois ainda machucava pensar que pra minha mãe, nossa família atrapalhou a vida dela.
Antes de me ter, ela era modelo e estava treinando para ser atriz.
Eu ainda era bem pequeno quando ela divorciou-se de meu pai e se mandou pros Estados Unidos.
Então, meu pai, Cleiton Alencar, criou eu e minha irmã sozinho.
Admito, não foi tão fácil crescer sem uma mãe, era como se algo estivesse faltando. Papai tinha que cuidar de tudo sozinho, como as despesas da casa, despesas do colégio, despesas de duas crianças...Ele nunca deixou faltar nada para nós e o amor era abundante.
Quando fiquei mais velho e consciente, aprendi a não me importar tanto com a ausência da mamãe, já que na realidade...Ela não se importava conosco. Eu queria que se importasse, queria que fôssemos uma família. Mas, ela não fazia questão nenhuma.
Eu estava feliz com papai e Kenzie.
Eles cuidavam bem de mim, me davam atenção, me ensinavam tudo o que eu precisava saber, me amavam.
E pensar na minha mãe só me deixava pra baixo.
Então...Eu escolhi só ver o lado positivo da coisa.
Atualmente meu pai vive com nossa avó e é dono de uma padaria. Sabe, foi ele quem me ensinou a fazer doces deliciosos!
Minha mãe e meu pai se conheceram no colegial, começaram a namorar e foram morar juntos. Daí minha irmã nasceu, então eles tiveram que se casar.
Kenzie conta que eles eram felizes...Durante certo tempo. Até mamãe começar a se preocupar com sua carreira e deixar de dar atenção pra família. Convenhamos que minha mãe só pensava no dinheiro.
E ela não estava com meu pai por interesse, porque ele não tinha nenhuma fortuna.
Papai era da turma do fundão, desleixado dos jeans gastos que só andava de busão.
Mamãe era a prodígio mimada que usava salto alto e tinha casa com vista para a praia.
Fico me perguntando...Será que ela realmente o amou pelo o que ele era ou perdeu uma aposta? Há! Quem sabe?
Quando eu tinha 14 anos, mamãe decidiu me levar para morar com ela em outra cidade. Eu não fiquei muito animado. Afinal...Iria deixar tudo para trás. Amigos, família, colégio, lembranças...Além de ir morar com alguém que eu nem tinha muita intimidade.
Kenzie disse que seria legal, eu podia recuperar o tempo perdido. Ela era sempre otimista.
Mamãe disse que me ensinaria as coisas da vida, me daria ótimos estudos para que eu tivesse uma boa carreira e me transformaria em um homem que ela sempre sonhou. Só que...Eu não tava afim disso.
Mamãe também é super homofóbica. Então eu sempre escondi o fato de ser bissexual. Maaas...Eu não me interessava por nenhuma garota que ela me apresentava. Sabe...Ela tentava forçar um namoro entre eu e uma filhinha de papai, argh.
Enfim, no final do ano, nas férias de dezembro, eu voltei pra minha cidade natal para ficar com papai e Kenzie. Eu não entrei em contato com meus amigos, eu era um covarde. Eu fiquei apenas trancado em casa durante um mês.
Até que...Mamãe disse que no Natal sairiamos do país e iríamos nos mudar para o Canadá definitivamente.
Eu tinha assuntos inacabados e estava na hora de acertar-los.
Como por exemplo, me declarar para o meu melhor amigo...Gray.
Eu era apaixonado por aquele idiota, infelizmente.
Já era dia 25 e eu tinha poucas horas para falar com ele.
Liguei para Grazi, a irmã gêmea dele (um tanto receoso já que no passado ela gostava de mim e eu não lhe dei chances) e perguntei aonde ele estava.
Ela me disse que Gray estava na casa de um garoto chamado Drew e me passou o endereço.
Falando no Drew...Não o vejo faz um bom tempo, estou até com saudades! Ele podia ser estranho, mas era legal, ele era um gótico trevoso. Eu até lhe dei um selinho debaixo do visco no bar de Rose, mesmo ele tendo namorado. Pois é. Sou pegador.
Voltando...Eu me declarei pro Gray, ou morreria com esse peso.
Claro que...Eu levei um fora. Afinal, ele namorava com o Leonardo.
Assim, meu Natal foi bem depressivo. Quero dizer, deveria ter sido. Mas, por incrível que pareça...Me diverti como nunca. Gray, Leo e Drew mudaram meu Natal, foi o melhor da minha vida toda.
Amei o Gray desde os meus 11 anos...Mas, ele nunca me deu chances. Ele só pensava no Leo, seu coração batia pelo Leo, ele pertencia inteiramente ao Leo.
No dia que sucedeu o Natal (minha mãe não havia ido me buscar, houve alguns problemas), Leo me chamou para sair. Eu estranhei, mas aceitei. E...Ele pediu trégua.
Afinal, éramos inimigos mortais! Leo disse que o único motivo para nos odiarmos desde menores era o "Gray", porém o Gray estava com ele, então não tinha motivos para ficarmos querendo matar um ao outro.
Era a realidade...Eu havia perdido os jogos. O que me restava era aceitar.
Assim, eu e Leo nos tornamos amigos, tínhamos muito em comum. Pena que não pude curtir, já que no dia seguinte iria me mudar...Talvez para sempre. Bem, era o que eu pensava.
Quando eu estava com 16 anos, comecei a ter um lance com um garoto. Eu vou contar essa história depois, então não se esqueçam! Nosso lance foi o motivo pra minha mãe não querer mais olhar pra minha cara e me mandar de volta pro Brasil em um piscar de olhos.
E desde então eu moro com a minha maninha linda.
—Kenzie...-murmurei sonolento. Minha irmã estava na sala, de pijama, sentada no sofá, comendo uma tigela de cereal e assistindo desenho animado na TV.
—O Belo Adormecido acordou!-ela riu. Eu adorava sua risada.
Me joguei no sofá e deitei a cabeça em seu colo.
—Eu quero carinho.-franzi a testa.
—Que foi, manhoso?-Kenzie afagou meus cabelos.
—Pensei na mamãe. Isso me deixa deprê.-fiz biquinho.
—Não tem como não pensar...Você é a cara dela...-Kenzie acariciou meu rosto delicadamente.
—E você é a cara do papai...-a encarei.
—Bem...Não pense em coisas ruins...-Kenzie beijou minha testa, depois comeu uma colherada de seu cereal.
—Eu. Quero.-abri a boca e fechei os olhos.
E aquela desgraçada teve a audácia de cuspir o que ela havia comido na minha boca! Que nojo!
—QUAL É?! TENHO CARA DE PASSARINHO POR ACASO?!-cuspi tudo no chão e fiquei fazendo menção de vomitar.
Kenzie morria de rir por causa de sua vigarice.
—Cê vai limpar isso daí!-apontou pro cereal no tapete.
Franzi a testa. Era guerra que ela queria? Era guerra que ela teria!
Peguei a tigela que ela segurava e joguei o conteúdo em seu cabelo sem cerimônias.
—ORA, SEU...-ela se levantou irritada.
—Não me mata!-choraminguei e saí correndo.
—Vou te torturar até a morte e depois vou torrar sua alma no inferno!-Kenzie correu atrás de mim.
Dei um grito de guerra e pulei nas costas dela.
Kenzie tentava me tirar de suas costas, rodopiando e pulando, sem sucesso.
Até que alguém bateu na porta...
—Desce, tenho que atender!-Kenzie pediu ofegante.
—Me leva!-sorri de modo fofo, passando meus braços por seu pescoço.
Kenzie revirou os olhos e foi até a porta, a abriu e demos de cara com Gray e Leo.
—Ah, oi, garotos!-Kenzie sorriu docemente acenando.
—Que cês querem?!-franzi a testa.-Já não basta me incomodarem a semana inteira?
Eles me olharam calados.
—Que foi?-inflei as bochechas.
Eles se entreolharam e deram de ombros.
—Íamos te chamar pra sair!-Leo sorriu convidativo.
—Ah, pra mim segurar vela? Não, valeu.-revirei os olhos.-Kenzie, pode fechar a porta na cara del...
—BEM, ARTHUR, PARECE QUE SEREMOS SÓ NÓS TRÊS!-Gray virou-se e gritou propositalmente.
—A-Arthur?!-arregalei os olhos, surpreso.
—O que você disse?-Arthur apareceu, tirou seu headphone verde de suas orelhas e o colocou no pescoço. Ele enfim me reparou, me olhando pasmo.-Vocês não me disseram que era na casa dele!-ele olhou para Leo e Gray em choque.
—Ops...-Gray e Leo se fizeram de inocentes.
Saí das costas de Kenzie imediatamente e arrumei minha postura. Pigarreei.
Droga! Eu havia acabado de acordar! Estava com o cabelo todo bagunçado, olheiras horríveis e cheiro de colchão!
—Ui...Sem camiseta...-Leo provocou me olhando malicioso, em resposta ele recebeu um pescotapa de Gray. Ah, e eu estava vestindo só um shortinho curto que eu usava pra dormir...
Bem, eu sou gostoso, então esse não era um problema.
(N/A: Humildade mandou lembrança!)
—Então, quem é o ruivinho? Mais um doido pra esse hospício?-Kenzie passou o braço por meus ombros. Ela era quase da minha altura.
—Ele ainda não é doido como nós!-Gray disse rindo.
—Graças a Deus...-Arthur murmurou se escondendo atrás de Leo.
—Bem, maninha, eu vou sair, okay?-sorri de modo angelical.
Ela me olhou de maneira sugestiva.
—Não...Não é nada disso.-franzi a testa. Havia entendido seu olhar.
Kenzie sorriu debochada.
—Vou me arrumar!-falei empolgado.
—Tá, vai logo!-Gray entrou sem cerimônias (ele já era de casa) e bateu na minha bunda sem vergonha nenhuma. Reclamei, assim como Leo, que lhe deu um tapa na nuca.
Leo teve que puxar Arthur a força para que ele entrasse na minha casa.
Fui até meu quarto, tirei meu short e coloquei uma bermuda jeans, depois vesti uma camiseta cinza com uma estampa preta de uma caveira com uma coroa e por fim All Star brancos. Passei (lê-se abusei do) perfume e desodorante, lógico. Fui até o banheiro, lavei o rosto, escovei bem os dentes e dei aquela básica arrumada no cabelo.
—Sem chapinha hoje?-Kenzie apareceu rindo debochada. Sim, eu faço chapinha, me julguem.
—Não dá tempo...-passei água com creme no meu cabelo e depois o assanhei com as mãos. Dei uma olhada no espelho, fiquei me paquerando por um tempo. Sou tão lindo!
—Nath...-Kenzie disse com aquele tom de "mãe".
—Se vai falar que to interessado no Arthur...Para.-revirei os olhos.
—Eu ia falar pra você amarrar o cadarço ou ia tropeçar...-Kenzie olhava para meus pés.-Mas já que tocou no assunto...-abafou uma risada.
—Não gosto dele.-bufei.
—Não, é?-ela cruzou os braços e encostou-se no batente da porta do banheiro.
Mordi o lábio inferior repensando a resposta.
—Vou te dar um empurrãozinho...-Kenzie sorriu sapeca.-Você adora apostas, né?
—Sabe que sim.-suspirei. Esse era meu ponto fraco.
—O conquiste. Te dou o que quiser caso consiga.-Kenzie sorriu mais ainda.
—Isso é desonesto...-comentei sarcástico.
—Você quer conquista-lo de qualquer jeito, só estou te incentivando já que você é um covarde!-Kenzie deu um soquinho em meu ombro.
—Covarde, eu?-ri irônico.-Vou ganhar o que eu quiser? Sem restrições?-arqueei uma sobrancelha.
—É...-Kenzie revirou os olhos.
—Quero usar sua moto quando quiser!-coloquei as mãos na cintura.-E tem mais uma coisinha...
Kenzie fez uma cara de sofrida. Sua moto novinha era seu bebê.
—Eu sinto que você vai conquistá-lo...E mesmo assim estou deixando você pedir o que quiser.-ela relaxou os ombros.-Fechado!-me estendeu a mão, a apertei com gosto.
Kenzie saiu dali e encostou a porta, continuei a me olhar no espelho. Eu estava um gato!
—Ô NATHANIEL, TÁ ESPERANDO O BICHO DA SEDA FAZER A SUA ROUPA?!-Gray chutou a porta, me assustando.
—SAÍ DAQUI!-gritei histérico jogando uma escova de cabelo nele.
—VEM LOGO, CARAMBA!-ele me puxou bruscamente, me fazendo bater com a testa no batente.-Tchau, Kenzie!-disse adoravelmente enquanto eu reclamava de dor.
—Tchau, divirtam-se!-Kenzie acenou.-Não voltem tarde!
—Aff, pra que a pressa?-resmunguei arrumando meu cabelo.
—Arthur já quer ir embora!-Gray sussurrou nervoso.
—O que vamos fazer?-sussurrei.
—Nós vamos no shopping como pessoas normais fariam!-Gray revirou os olhos.
—Você esqueceu de um detalhe...-sorri travesso.-Não somos pessoas normais...-o encarei.
Ele me encarou sorrindo.
—Eu e Leo tivemos uma idéia, mas precisamos esperar que anoiteça...-sussurrou.
—Seja o que for...Eu topo!-sorri desafiador.
☆☆☆
Ao chegar no shopping (o motorista do Leo nos levou), decidimos dar um pulo no cinema pra ver se tinha algum filme legal estreando.
—"A volta dos que não foram"...-Gray estava lendo os cartazes.-"Crush Geek", "Meu cachorro e eu"...-ele fez cara de tédio.
—Os títulos são tão chamativos.-ironizei.-O único que parece bom é "O Mágico Reino das Ratazanas"...
—Sério? Vamos pagar pra ver um monte de roedores cantando musiquinhas dizendo como a vida é maravilhosa? Fosse assim, eu abria a tampa do bueiro, jogava ácido lá dentro e ouvia as ratazanas gritando que dá no mesmo.-Gray disse com a testa franzida.
—Mórbido.-Arthur comentou mexendo em seu celular.
Gray não batia bem as vezes. Acho que é a convivência com o Leo.
—Tá, e o que sugerem?-Leo bocejou se escorando no namorado.
—É um shopping, claro que tem algo de bom para se fazer!-revirei os olhos.
☆☆☆
Quem diria que Nathaniel estava errado! Gente, não tinha absolutamente nada para se fazer!
E pior o fato de não ter intimidade com o Arthur, então eu não sabia como agir ou qual nível de retardadice era permitido. Além de sermos velas do Leo e do Gray.
Até que algo fez meu olhos brilharam, meus lábios se curvaram em um sorriso, dei um gritinho animado e comecei a pular.
—Esqueceu de tomar seu remédio hoje?-Gray arqueou uma sobrancelha.
—Jogos! Vamos lá!-fiz manha apontando para um lugar todo escuro, somente com um jogo de luz colorido iluminando o ambiente (Bem chamativo!), a música eletrônica ecoando e os gritos de animação.-Eu quero ir, por favor!-fiz voz de criança.
—A não ser que tenha menos de 13 anos, não vão te deixar entrar.-Arthur disse com tédio.-Já fui aí com meu primo e nos barraram.-revirou os belos olhos verdes.
—Como não? Vão ter que deixar!-Leo disse confiante me puxando consigo em direção a área de jogos.
Tinha uma moça na entrada, ela estava com cara de tédio, mascando um chiclete de maneira irritante, seu cabelo inteiramente verde preso em duas maria-chiquinhas e mantinha uma postura desleixada.
Ela nos olhou de maneira debochada e riu discretamente. Li em seu crachá o nome "Paula".
—Sinto muito, rapazes...-Paula disse sem nenhum tom de culpa.-Mas vocês são grandinhos demais para entrar.
—Qual o problema de entrarmos?-arqueei uma sobrancelha.
—Vocês podem machucar as crianças.-ela começou a folear uma revista de fofocas.
—Pfff, eu tenho uma creche em casa, nenhuma se machucou até hoje por minha culpa!-Gray tomou a palavra, ele parecia ofendido.
—Mas que mentira...-estreitei os olhos. Eu soube que uma vez durante uma festa do pijama na casa do Gray, ele jogou a Grazi dentro da máquina de lavar.
—Quer ter uma creche comigo, bonitão?-Paula disse sorrindo de maneira sugestiva, largando a revista e ajeitando a postura.
Corre, minha filha.
Leo a olhou mortalmente e abraçou Gray por trás em menos de um segundo.
—Ele é meu, tá?!-Leo disse em alto e bom som, coisa que fez rir, adorava ver ele com ciúmes.-Meu na-mo-ra-do! Tá sendo atirada demais pro meu gosto!
Arthur revirou os olhos novamente e se afastou um pouco de nós, ele era bem na dele.
—A única coisa que eu quero ter contigo é distância.-Gray disse para Paula de modo malvado.-Não preciso de gente oferecida na minha vida!
—Nath, pode ir embora.-Leo provocou.
—Engraçadinho...-mostrei a língua azedo.
—Algum de vocês tem 13 anos? Não?! Então saíam!-Paula ergueu o tom de voz, brava por ter levado um fora.
—Não pode nos expulsar! Temos direito a diversão!-reclamei indignado.
—A preferência é das crianças.-ela revirou os olhos.-Vazem antes que eu chame o segurança.
—Poxa...Eu estava disposto a te dar meu número, gracinha...-me debrucei sobre o balcão e sorri charmoso.-Sabe, adorei a cor do seu cabelo...-sussurrei enquanto passava a mão por seu cabelo delicadamente.
—Prefiro os de olhos claros.-Paula disse se referindo a Gray e possivelmente Arthur.
Fiquei tenso ao pensar que ela estava afim de flertar com meu melhor amigo comprometido e meu ruivo (que ainda não sabia que era meu, mas era). Dei uma risada sarcástica super forçada e desviei o olhar por um segundo para não ter que olhar pra cara daquela desmiolada.
—E eu prefiro as com cabelo de verdade!-em um puxão rápido e preciso, arranquei uma de suas maria-chiquinhas.
Vi a expressão de Paula mudar de debochada para surpresa e irritada acompanhada de um grito histérico.
O QUE EU FIZ?!
Não deu outra, imediatamente saí correndo que nem um louco com aquele aplique na mão, pernas pra que te quero. Lógico que os garotos correram atrás de mim, exceto Arthur, que foi andando mesmo como se nem fizesse parte do grupo.
—EU VOU CHAMAR O SEGURANÇA!-ela esbravejou mais histérica ainda.
Parei de correr assim que a área de jogos saiu do meu campo de visão.
Respirei fundo e fiquei balançando o aplique.
—Nath!-Leo gritou.-Tá doidão?!
—Ah, qual é, ela deu em cima do seu namorado!-bufei apontando para Gray.
—Não to reclamando pelo fato de você ter arracando o cabelo daquela oferecida! To reclamando por ter nos deixado lá!-Leo penteou os cabelos para trás com os dedos.
—Você tá ferrado...-Gray riu recuperando o fôlego.
—Alguém pelo amor, interna o Nathaniel.-Arthur chegou calmamente.
—Vamos providenciar a vaga dele no hospício!-Leo riu.-Mas não hoje, temos muito o que fazer!
—Tipo se esconder dos seguranças do shopping?-Arthur arqueou uma sobrancelha e apontou para trás com o indicador.
Olhei por cima de seu ombro e avistei dois seguranças vindo em nossa direção.
—Tipo isso!-arregalei os olhos apreensivo.
—Eu tive uma idéia...-Arthur revirou os olhos. Ele olhou para os lados como se procurasse por algo e depois apontou com a cabeça para uma loja de fantasias.
—Saquei!-Gray deu um sorriso maléfico e me puxou até a loja, assim que entramos pude sentir o ar gelado do ar-condicionado e o cheiro de roupa nova.-Basta você se disfarçar!-me empurrou no meio dos manequins.
—Olha, eu dei a idéia, mas não significa que eu faça parte...Então, tchau pra vocês.-Arthur disse com tédio, já dando meia-volta.
—Aqui é um por todos e todos por um!-Leo o puxou de volta.-Vai fazer parte do seu ritual de entrada para nosso grupo!
—Ritual?-Arthur arregalou os olhos. Ri de sua reação.
—Isso mesmo!-Gray riu mexendo em algumas fantasias penduradas nos cabides. Comecei a roer minhas unhas, parando para repensar na loucura que havia feito. Ah, aquela Paula mereceu! Ela estava muito arrogante para meu gosto!
E como eu sabia que era aplique? Simples, estava bem mal preso e visivelmente (de perto, não foi a toa que me aproximei) diferente de seu cabelo natural. Afinal, sou primo de uma cabeleireira.
—Olá, posso ajudar?-uma garota baixinha super fofa apareceu de repente, ela tinha um sorriso meigo nos lábios incrivelmente rosados. Ela tinha os olhos cor-de-rosa (lentes), o cabelo cacheado e curtinho dourado e vestia uma roupinha de maid rosa.
Meu Deus, que vontade de aperta-lá!
—A gente tá querendo deixar esse cara irreconhecível!-Gray apontou para mim. Acenei bobamente, babando por seu jeito fofo.
—Ah, isso é fácil! Sou expert nisso!-ela deu uma risadinha.-Licença!-pediu para Gray dar um espacinho e começou a mexer nas fantasias.
—Seguranças a vista!-Arthur alertou apontando com a cabeça para fora da loja aonde os dois caras nos procuravam. Cerrei os dentes e arregalei os olhos, me escondendo atrás de meu melhor amigo.
—Aaaaah, se livra disso!-em desespero, dei o aplique para Leo e escondi minhas mãos.
Leo simplesmente jogou o aplique para bem longe como se fosse uma bomba que iria explodir.
—Nath, melhor você ir pro provador!-Gray começou a me conduzir até uma parte mais vazia da loja, onde se encontravam os provadores.-Você é muito doido mesmo, cara!-ele comentou se admirando no espelho do provador que eu estava escondido.
—Ei, você percebeu? O Arthur me ajudou!-eu disse orgulhoso.-Acho que ele vai com a minha cara!-falei animado.-Você viu como ele é lindo fora do colégio?-suspirei.
Gray revirou os olhos e fez cara de nojo.
—Parece que alguém gamou...-ele murmurou.
—Gamei nada! Só to falando!-cruzei os braços.-Acha que eu to cheirando bem? Vocês nem me deram tempo para eu me produzir!
—O que deu em você?-Gray me olhou indignado.-Falando assim, até parece que você e Arthur combinaram de "ficar" mais tarde!
—Acha que estou empolgado demais?-relaxei os ombros e me acalmei.
—Sim.-Gray riu.-Exageradamente.
Fiz biquinho. Poxa, eu realmente estava animado com aquele rolê! Principalmente por Arthur estar conosco, afinal, estamos falando do ruivinho dono dos lindos olhos verdes!
Aquela garota de antes veio até nós carregando uma caixa toda decorada por fora.
—Desculpem a demora!-ela disse com uma expressão de culpa.
—Moça, deixo ele em suas mãos!-Gray colocou as mãos na cintura e sorriu.
—Pode deixar!-ela sorriu também.-A propósito, meu nome é Alex.-piscou um olho.
—É apelido de Aléxia? Ou Alexsandra?-Gray arqueou uma sobrancelha.
Alex ficou confusa e olhou de mim para Gray.
—Ah, você tem um nome unissex!-comentei.
—Não. É apelido de Alexandre mesmo.-ela sorriu sapeca.
—Alexandre?-eu e Gray arregalamos os olhos e nos entreolhamos.
Alex piscou os olhos várias vezes, mais confuso que nós.
—Ué...Eu sou um garoto!-ele riu.-Sou muito fera quando o assunto se trata de fantasias ou transformações!
Gray o olhou de cima a baixo.
—Você saiu da onde? De um mangá yaoi? Do mundo de Love Stage? Só pode!-ele disse pasmo.
—Olha, temos um fudanshi aqui!-Alex brincou.-Pelo que eu saiba, saí da minha mãe...Mas as vezes prefiro acreditar que alienígenas me trouxeram!-ele segurou o queixo com o polegar e o indicador.-Aqui, uma foto minha para provar.
Alex pegou seu celular e nos mostrou uma foto sua sem a fantasia. Ele tinha os olhos cor de mel, vestia uma camiseta vermelha de banda, uma jaqueta jeans, calça rasgada, tênis de cano alto e estava segurando uma guitarra toda estilizada.
—Eu tenho uma banda.-ele sorriu envergonhado.
—Você é um fofo...-eu disse abobado. Queria colocá-lo em um potinho!
—Não diga isso, seu namorado pode ficar enciumado! Só não sei qual dos três é...-Alex disse arregalando os olhos e guardando seu celular.
—Nenhum! Estou Forever Alone!-falei de modo dramático.
—Sério?!-os olhos de Alex brilharam.-Poxa, jurava que tu era comprometido! Bonitão desse jeito deve tá passando o rodo em geral!-brincou.
Ruborizei e ri nervosamente, desviando o olhar.
—Quem derá...-falei baixinho.
—Ele tá de olho no ruivinho.-Gray deu um sorriso torto, sua frase estava cheia de malícia.
—Então vou te deixar irresistível para ele!-Alex começou a mexer na caixa com um sorriso maléfico.
—Boa sorte. Vamos enrolar os seguranças.-Gray acenou e saiu dali.
—Sente-se por favor.-Alex pediu apontando para uma cadeira encostada ali, obedeci.
—O que vai fazer comigo?-sorri.
—Segredo. Deixe o profissional trabalhar.-Alex riu pegando um estojo de maquiagem.
☆☆☆
Em 20 minutos, eu estava irreconhecível. Claro que os garotos não ficaram de fora, até Arthur foi obrigado a se estilizar.
Alex baseou-se no personagem Suzuya Juuzou do anime Tokyo Ghoul para fazer minha transformação.
Gray estava fantasiado de genderbend da Arlequina, ele adorou.
Leo estava fantasiado de príncipe, obviamente.
Tive um sentimento maravilhoso de nostalgia ao ver as fantasias dos dois, afinal, os vi vestidos assim no Natal em que eu iria embora do país. Em algum lugar, eu ainda tenho as fotos que tiramos em uma cabine fotográfica com as fantasias.
Sem que eu pudesse evitar, soltei uma risada sincera ao me lembrar daquele dia.
Suspirei calmamente e fechei os olhos tendo flashbacks, era uma sensação muito reconfortante.
—Tem certeza que eu preciso me vestir assim?!-ouvi a voz de Arthur, então abri os olhos para ver como ele havia ficado.
—Você está incrível!-Alex disse limpando o suor da testa.-Não acha, Nathaniel?-me olhou insinuoso.
Eu estava de queixo caído e sem palavras! Não conseguia desviar o olhar de Arthur.
—Pare de me olhar tanto e responda logo!-Arthur cruzou os braços e desviou o olhar.
—O Tutu tá super fofooo!-Leo disse com os olhos brilhando.
Arthur estava fantasiado de raposa, com direito a rabo e orelhinhas.
—Eu gostei!-dei um sorriso um tanto cafajeste.
—Eu não.-Arthur disse emburrado.
—Poxa...-Alex murchou.
—Ele está mentindo.-Gray cruzou os braços.-Sabemos que ele adorou!
Arthur arregalou os olhos e corou violentamente.
Como todo stalker que se preze, claro que irei tirar várias fotos dele quando ele estiver desprevenido.
☆☆☆
—Voltem sempre, adorei vocês!-Alex acenou docemente após todo o serviço ter terminado, ele nos entregou as sacolas com as roupas que estávamos antes de nos trocarmos. Ele até nos deu seu número e disse que podíamos sair qualquer dia, gente fina ele!
E, assim, saímos pelo shopping em busca de algo para se fazer!
Parece que os seguranças desistiram de nos procurar! Ufaaaa!
Foi muito divertido!
Então, bateu a fome depois de toda aquela correria. Fomos até a praça de alimentação, foi engraçado ver as crianças nos olhando admiradas, algumas com fascinação, outras com curiosidade.
Compramos batata frita e coxinha, junto com refrigerante e milkshake.
Enquanto procurávamos um lugar para comer em paz, Gray ficou inventando de tirar fotos. Mas não fotos bonitinhas, quando todo mundo tá preparado e planejado! Ele estava tirando fotos nossas desprevinidas.
—Gray, te faço engolir esse celular em um segundo.-ameacei.
—Vocês não querem tirar uma selfie comigo! Tenho que registrar os bons momentos, ué.-Gray riu vendo as fotos que havia tirado. Vou obriga-lo a me passar as fotos do Arthur.
—Não sou fotogênico.-Arthur murmurou.
Acabamos sentando em um banco do lado de fora de uma loja e logo começamos a comer. Eu estava sentado do lado de Gray e ele estava sentado ao lado de Leo, assim como Arthur.
—Não? Mas você já participou de uma sessão de fotos aos 7 anos para uma revista.-Gray disse simplesmente.
—Como sabe?!-Arthur arregalou os olhos e engasgou com seu milkshake.
—Ah...Só sou um stalker.-Gray deu de ombros.-Aprendi com minha cunhada.-sorriu inocente.-Tem muitas coisas que vocês não sabem sobre mim.
—Como por exemplo que você tem um travesseiro que batizou de "Leo" e fica beijando ele, né?-Leo ironizou, fazendo eu e Arthur segurarmos a risada.-Você fala dormindo, amor.-disse convencido.
Gray corou e desviou o olhar.
—Eu tenho um travesseiro. Você tem meu nome ta-tu-a-do no seu braço, estamos quites.-Gray piscou um olho e abraçou o namorado.
Sim, Leo tinha o nome do Gray tatuado no braço desde os 16 anos.
E eu sabia que Gray tinha um travesseiro batizado de Leo, mas não era só isso que tinha o nome do namorado. A lista é grande.
Olhei para Gray com os olhos semi-cerrados como se dissesse: "Traidor! Como ousa descobrir tais informações e não compartilhar comigo?!".
Gray apenas deu de ombros como se dissesse: "Ops!".
—Passado no passado! Minha mãe me obrigou a tirar aquelas fotos ridículas!-Arthur inflou as bochechas coradas.
—É...Mães são sempre exigentes!-comentei revirando os olhos.
—Total! Temos que fazer as vontades delas o tempo todo!-Arthur bufou.
—Elas querem que sejamos perfeitos.-reclamei.
—Isso é tão sufocante, não acha?-Arthur revirou os olhos.
—Demais, tsc!-murmurei.
Foi então que notei Leo e Gray nos olhando incrédulos.
—Que foi?-eu e Arthur perguntamos ao mesmo tempo.
—Os dois...Tão bonitinhos, tem tanto em comum!-Leo brincou.
—Nossas mães só são autoritárias...-Arthur cruzou os braços e fez biquinho.
Temos algo em comum, olha que beleza! Ponto pra mim!
Gray riu e me olhou insinuoso, do tipo: "Está dando resultado!".
Sim, a gente se comunica pelo olhar muito bem. Chamo de "conexão BFF".
—Eu quero ir pra casa.-Arthur disse pro Leo após ter ficado em silêncio por um tempinho.
—Ué, mas você vai dormir na casa do Nath, tem que esperar passar as horas!-Leo disse tomando seu refri.
Arthur arregalou os olhos e ficou pálido. Sou tão ruim assim, gente?
—É brincadeira...-Gray riu.
—Ou não...-entrei na onda.
Arthur abaixou sua cabeça e bebeu seu milkshake rapidamente de modo nervoso.
Gray me olhou novamente e depois apontou com a cabeça pro Arthur discretamente.
Franzi a testa confuso. Dessa vez a conexão falhou!
—Leo...Amor...Vem no banheiro comigo?-Gray disse manhoso.
Leo o encarou com um sorriso malicioso.
—Eu também preciso ir!-Arthur anunciou.
—Você não!-Gray disse.
—Como não?!-Arthur franziu a testa.-Vocês pretendem fazer algo indecente, né?-arqueou uma sobrancelha.
—Não, oras! Só quero compainha! Leo já tá de bom tamanho, você não precisa vir junto! Vocês dois fiquem aí, um pertinho do outro, juntinhos, sem a gente!-Gray se levantou apressado.
Encarei Gray como se pedisse por socorro, entrei em pânico. Ele tava doido de me deixar sozinho com o Arthur?! O que eu faço?!
Leo se levantou em seguida e ficou ao lado de Gray.
—Tutu, o Nath não morde!-ele segurou a risada.
Não garanto.
—Bye!-Gray deixou seu copo de milkshake do meu lado e me mandou uma piscadela discreta.
Ele e Leo saíram andando de mãos dadas empolgados. E eles foram pra direção contrária do banheiro.
Bati com a mão na testa. Esses dois são péssimos! Eles me pagam! Não tem como forçar um clima entre nós dois!
Um silêncio constrangedor reinou ali. Aquela área do shopping não era muito movimentada, coisa que não ajudava.
—Então, Arthur!-sorri nervosamente, tentando afastar aquele clima pesado.
Tá...Por que eu estava com medo de tudo dar errado? Por que eu estava tremendo? Por que eu estava medindo minhas palavras e ações? Mas que droga!
—Acho que devíamos nos c-conhecer melhor!-comi minha deliciosa coxinha de frango com catupiry para me distrair.-Somos colegas de classe, afinal...
—Nathaniel, eu não sou gay, ok?-Arthur disse duramente.
—Eu não quero te pegar!-falei incrédulo. Aquilo era mentira e verdade ao mesmo tempo.
—Não?-Arthur me encarou automaticamente.
—Não!-bufei.
—Agora está insinuando que não sou bom o suficiente pra você?-Arthur franziu a testa indignado.
—Não! Você é perfeito!-falei nervoso.
—E você quer me pegar?-Arthur arqueou uma sobrancelha colocando uma batata frita na boca.
—Sim!-eu disse impulsivamente.-Não!-consertei.-Que caralho de pergunta é essa?!
Espera aí...Impressão minha ou o Arthur estava ruborizado?!
—Por que você está vermelho?!-me aproximei.
—Não estou vermelho coisa nenhuma!-Arthur disse irritado.
Dei um sorriso de canto, já mais aliviado. Respirei fundo, ficando tranquilo.
—Bem...E você me pegaria?-perguntei como quem não queria nada.
—Claro que não!-Arthur disse de modo grosseiro.
—Garoto esperto.-ouvi uma voz que me fez arrepiar. Virei a cabeça automaticamente e encarei a criatura que havia acabado de sair da loja de cosméticos e estava segurando várias sacolas.
Aquela garota...
Dressa.
—Nath pode ter boa pegada, mas...Não se envolva com ele.-ela sorriu colocando as mãos na cintura.-Ou você vai conhecer o inferno.
—Bem que dizem que as coisas ruins nos perseguem...-sorri debochado.
Dressa devolveu o sorriso.
—Mesmo fantasiado, eu te reconheço, Nathaniel.-ela riu irônica.-Meu radar nunca falha.-se colocou na minha frente.
—Quem é você?-Arthur franziu a testa, a encarando.
—Andressa Barbosa. Ex do Nathaniel.-ela sorriu adoravelmente.

 


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Notas finais do capítulo

Comentem o que acharam XD!
Amores e amoras, lhes aviso que temporariamente a ♡Lya estará se afastando por causa dos estudos.
E, as férias estão chegando, eu planejei uma short-fic sobre o tempo do Nath no Canadá, porém não será narrada por ele ^-^, é surpresa!
Bem, eu não sei o que está acontecendo, mas não consigo colocar a imagem ;-;! Estou tentando, mas é impossível! Peço que tenham paciência!
Bem, por hoje é só!
Até semana que vem ^-^ :3 !
Bjs ♡.
—☆Creeper.



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