Replies escrita por FicwriterInformal, Ellaphin


Capítulo 3
Capítulo Dois - Expresso de Hogwarts


Notas iniciais do capítulo

Esse teve mudanças
Nem tantas, mas teve
Alguns nomes mudaram... Não estranhem
Também mudarei os nomes no tumblr da fic
Okay?
As personalidades não são as mesmas, por conta do problema que eu já havia relatado, mas se precisarem, falo novamente.
Boa leitura ^^



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[01/09/2022]

Expresso de Hogwarts.

Desde que Alison havia entrado naquele trem, não olhou para praticamente ninguém. Não tinha coragem de encarar todas aquelas pessoas, que a olhariam como pena.

Não é legal receber um olhar de “Sentimos muito se a sua amiga desapareceu”.

Sua melhor amiga, Clary, havia desaparecido. Não se sabe exatamente o dia, onde ou por quê. Sentia-se culpada, mesmo não tendo nenhum tipo de culpa. Na verdade, nem ela mesma sabe se tem culpa ou não.

Clarisse tinha um jeito complicado de se lidar. Não sabiam quando ela estava triste, feliz ou com raiva de uma pessoa. Talvez nem ela mesma soubesse. Por isso que era tão complicado e ao mesmo tempo, tão emocionante ser amiga de Clarisse Beaumont.

Mesmo que muitas pessoas não pensassem o mesmo.

Tirou de sua bolsa aquele papel amassado, onde só havia poucas palavras. O último que recebeu de sua melhor amiga desaparecida. “Não me procure, não busque resposta. Estou bem, eu juro”.

Ainda não tinha uma teoria totalmente formada em sua mente. Desaparecer de repente, mandando apenas essa carta. Ela ter fugido era uma possibilidade. Mas logo Alison pensou que se ela não deu nenhuma pista, é porque ela não quer ser encontrada.

Mas e a pessoa que a perseguia?

Ainda há muitas dúvidas. Pouquíssimas delas tem uma resposta. Ou até mesmo, nenhuma.

Lembrou-se de Sarah, pensou se a garota também havia recebido esse bilhete. Aliás, pelo que soube as duas estavam trocando cartas durante as férias.

Mas sabia que aquele pedaço de papel não adiantaria muita coisa. Era só um papel. Não tinha respostas, não tinha teorias. Nada tinha lógica.

Foi interrompida completamente de seus pensamentos por uma entrada na cabine. Uma garota, que logo reconheceu. Seu rosto era familiar por conta de algumas aulas juntas. Seus cabelos eram pretos, que batiam até o ombro. Olhos azuis, profundos, que passavam frieza. Pele pálida, com algumas sardas pelo seu rosto. Thalia, sexto ano, Lufa-Lufa.

—Com licença, posso me sentar aqui? –Thalia perguntou.

Alison assentiu, embora tenha ficado um pouco desconfiada.

Muitos queriam informações. Não era tão incomum o fato de pessoas procurarem as amigas mais próximas a Clarisse para descobrirem qualquer merda e acrescentarem ou tirarem várias informações disso, até surgir os boatos.

Assim que a garota se sentou no banco da frente, um silêncio permaneceu no local. Alison nem ligava, ela preferia ficar em seu silêncio.

—Sinceramente, eu pensei que você não iria vir esse ano à Hogwarts. –Thalia comentou.

Alison a encarou, confusa.

—Como assim? –Alison perguntou.

—Acontece que quando eu descobri o que tinha acontecido com a sua amiga, eu jurava que você não viria à Hogwarts. –ela respondeu- Não que eu esteja falando que você é medrosa, claro que não. Mas como vocês eram bem amigas, pensei que você gostaria de se afastar a coisas que lembram a ela...

—Por que eu faria isso? –Alison indagou- Ela não está morta. Apenas desapareceu, mas logo retornará. Eu tenho certeza disso.

—Eu acho que não. –respondeu Thalia. Não estava gostando de ser contrariada, mas ainda continuava calma- Se ela fosse retornar, já teria retornado no mesmo dia que desapareceu. Ninguém fica guardando uma pessoa por tanto tempo em um local sem que faça alguma coisa.

Alison começou a pensar no que a garota ia falando.

—Até porque, tem uma diferença entre ser sequestrada ou fugir. –Thalia continuava falando- Se ela tiver sido sequestrada, é porque alguém está bem chateado com ela ao ponto de fazer isso. Se ela tiver fugido, é porque ela fez algo de errado e está com medo disso levar consequências a ela...

—Como você pode ter tanta certeza? –Alison argumentou, revirando os olhos- Você não era amiga dela. Não pode chegar criando suas próprias teorias. Ninguém aqui sabe o porquê dela ter sumido, então se eu fosse você, ficava na sua antes de acabar se arrumando em algum problema.

—Eu ainda não vou mudar o que eu penso. –Thalia falou, mas ainda parecia bem calma- Clary não era uma rainha do bem, todos nós sabemos disso, inclusive você. O que aconteceu com ela, com certeza deve ter sido consequência de alguma ação.

—Não me faça acreditar que você está envolvida com isso. –disse Alison, parecendo já ter se cansado de tentar contrariar o que a garota falava.

—Eu não tenho nada haver com o desaparecimento dela. –ela respondeu- Mas estou fazendo minhas próprias buscas, a respeito do assunto. Se você souber de alguma coisa, pode me contar. Eu sei que não sou amiga dela, nem nada do tipo, mas quero tentar desmentir os boatos falsos que andam circulando. Quero tirar minhas próprias conclusões.

—Eu não vou te falar mais nada, até porque eu não sei de mais nada. –respondeu Alison sem paciência.

Thalia deu de ombros e saiu da cabine. Finalmente, Ali podia ficar um pouco em paz, sem qualquer tipo de interrogatório a respeito de sua amiga. A garota desaparecida.

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Sarah parecia ser a garota mais quieta daquele vagão, o que não era típico dela. Sempre ia conversando, animada e festejando que finalmente voltaria à Hogwarts. Mas também, ela sempre ia com Clary.

Embora todos conversassem baixo, ela nem dava atenção, apenas olhava pela janela. Tentava imaginar o lugar em que Alison havia se metido. Elas tinham que estar juntas, principalmente nesse momento.

Enquanto olhava para janela, só conseguia pensar. Pela primeira vez, sentiu-se livre para tentar entender o motivo de Clary ser a líder. O que ela sempre fez de tão especial para ser a líder?

Era tão óbvio. Clary era o centro das atenções, sempre. Não tinha um momento em que não falassem o nome dela. Alison estava sempre sendo reconhecida, também tinha seu nível de reconhecimento. Era tão manipuladora quanto Clary. As duas tinham essa semelhança, e todos já haviam reparado nisso. Mas enquanto a Sarah? Ela era reconhecida apenas como “amiga da líder”. E no momento, “amiga da garota desaparecida”.

—Por que eu permiti que isso acontecesse? –ela perguntou a si mesma, em voz baixa.

—Permitiu o que?

Logo reconheceu aquela voz. Levantou sua cabeça rapidamente, mesmo que já soubesse quem é. Noah Beaumont, o irmão de Clary.

Ela só tinha reconhecido a voz. Ele estava bem mais diferente do que na última vez que se viram que no caso foi na plataforma 9 ¾ no último dia de aula. Assim como a irmã, tem cabelos loiros e uma pele bem branca. A diferença é que ele tem olhos castanhos, enquanto Clarisse tem olhos azuis.

Ele no momento está no sétimo ano. Então ela já sabia o que isso significa. Ano que vem não o veria mais. Por um momento, ela considerou essa hipótese como algo ruim e doloroso, mas logo percebeu que talvez estivesse ficando maluca.

—Não, nada. –ela respondeu – Estou aqui com esses garotos... Simpáticos.

Os garotos que estavam naquele vagão olharam para ele, como se pedissem que ele a tirasse dali.

—No momento eu ia procurar alguns amigos. –ele respondeu, meio sem graça- Quer vir comigo? Não terá só o pessoal do sétimo, têm pessoas de outros anos também.

Após receber olhares daqueles garotos do vagão, como se implorassem que ela dê um fora, não pensou duas vezes.

—Qualquer coisa será melhor do que ficar aqui. –disse Sarah.

Eles riram. De fato, aquele vagão não era o mais divertido do trem.

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Todos conversavam animadamente naquela cabine. Coisa que não acontecia há muito tempo. Talvez para alguns, aquele ano seja o mais divertido. Em um lado, John Mason sentado ao lado de Elizabeth Ainsworth, enquanto conversavam sobre Quadribol.

John é um adolescente do sétimo ano. Cabelos loiros negros, olhos castanhos escuros, pele bronzeada. O que muitas garotas consideravam atraente, enquanto outras, apenas mais um moleque qualquer. Ele é da Grifinória. Elizabeth (ou apenas Effy) é uma adolescente do sexto ano. Morena de cabelos negros longos e ondulados e olhos azuis. Ela é da Lufa-Lufa.

E no outro banco, Scorpius Malfoy e Rose Weasley, para variar, discutindo. Scorpius é do sexto ano. Cabelos loiríssimos e olhos azuis acinzentados. Como seu pai, ele está na Sonserina. Rose Weasley é do sexto também. Cabelos ruivos e ondulados, enquanto seus olhos são castanhos esverdeados. Ela é da Grifinória, assim como seus pais.

—Você é simplesmente a pessoa mais irritante que eu já conheci, Weasley. –ele reclamou.

—Enquanto você é simplesmente o dobro da minha capacidade ser a pessoa mais irritante que você já conheceu, Malfoy! –ela retrucou.

—Se vocês quiserem brigar, saiam da cabine, por favor. –pediu John, ao revirar os olhos.

—Brigar? Quem disse brigar? Estamos realmente muito calmos, não percebe? –ela indignou.

—Eu não gosto de brigas, me sinto triste vendo as outras pessoas brigando. –disse Effy- Por favor, não briguem. O ano mal começou, e vocês já estão assim?

Scorpius e Rose se encararam por alguns segundos, até que Noah e Sarah entraram na cabine. John e Effy agradeceram mentalmente, sabiam que Scorpius e Rose começariam a gritar um com o outro.

—Olá gente. –cumprimentou Noah.

—Oi! –todos falaram.

Não sabiam por qual assunto começar. Sentiam-se desconfortáveis em tocar em alguns assuntos, com medo de que Noah encarasse como se estivessem tentando dar pressão a ele para que contassem alguma coisa sobre sua irmã.

Sentindo esse clima tenso, Rose falou que precisava urgentemente procurar Lily, enquanto Scorpius precisava procurar Albus. Assim, os dois saíram discutindo da cabine, o que não era surpresa a todos.

—Pensei que você iria hoje com a Alison. –disse Noah à Sarah.

Antes que ela respondesse, Elizabeth fez uma pergunta:

—Qual Alison? –ela perguntou- Desculpa, é que há muitas com esse nome aqui em Hogwarts, eu acho.

—É uma garota com cabelos castanhos e olhos azuis, da Sonserina. –disse Noah- Ás vezes o olhar dela dá medo, para ser sincero.

—Você acha isso, cara? –perguntou John- Por exemplo, eu a acho gata. Vai me dizer que você não concorda comigo.

—Ela é bonita, realmente. –ele respondeu- Mas no momento, eu estou interessado em outra.

Nesse exato momento, por algum motivo, Sarah corou um pouco. Pelo menos ninguém percebeu, estavam mais interessados em olhar Noah, esperando que ele falasse a pessoa que ele está secretamente interessado.

—Que bom! –disse Effy- Eu acho tão fofo quando as pessoas estão apaixonadas. Conte-nos, quem ela é?

—No momento é segredo. –ele falou corando um pouco- Mas fiquem tranquilos, no futuro vocês saberão.

—Falando nisso, preciso logo avisar uma coisa. –disse John- Enquanto eu entrava no trem, eu me esbarrei com uma garota extremamente bonita do mesmo ano que a gente. Eu não sei como nunca reparei nessa garota antes.

—Como ela é? –perguntou Effy- Talvez se nos contar os traços dela, a gente possa reconhecer.

—Certo... Ela tem cabelos loiros ondulados nas pontas, olhos castanhos esverdeados, queixo fino, lábios nem tão pequenos, mas nem tão grandes. Meio baixa...

—Já sei quem é. –disse Sarah- É a Dominique Weasley. Você está gostando da prima da Rose.

—Nossa, ela é um sonho. –ele falou.

Todos ali riram. Não era nenhuma novidade ele estar gostando de alguma garota

   -Mas você realmente está gostando dela, ou é apenas um interesse? –perguntou Noah- Porque eu não sei se você sabe, mas gostar de sentir uma atração física não é a mesma coisa.

   John pensou um pouco.

   -Sinceramente, eu não sei. –ele deu de ombros- Eu nunca conversei com ela, apenas trocamos alguns olhares. Mas eu tenho vontade de conhecê-la melhor. Weasleys sempre tem boa conversa.

—Sempre? –perguntou Sarah- Então você já conversou com outras Weasleys antes?

—Claro. –ele respondeu- Roxanne e Molly. Rose também parece ter uma conversa boa. Se eu fosse o Scorpius, aproveitaria.

“Tão ridículo... Não deve ter maturidade ainda. Fica falando de garotas que tem boa conversa, sendo que nem ele tem”, pensou Sarah, mas preferiu não comentar absolutamente nada.

Talvez essa fosse sua maior diferença de Clarisse.

Clary falava tudo o que pensava, e depois não se arrependia. Sarah preferia não falar, deixando tudo para si mesma.

Achar que tinha conseguido novos amigos, deixava-a estranha. Nunca teve outros amigos, sem ser Alison, Clary e uma outra menina, que nem se falavam mais atualmente.

Por algum motivo, Sarah se sentia mais livre esse ano.

Livre da pessoa que sempre a deixou presa.


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