Replies escrita por FicwriterInformal, Ellaphin


Capítulo 2
Capítulo Um - Família Beaumont


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo será totalmente igual ao da primeira versão
Não terá nenhuma diferença
Mas mesmo assim, para quem não leu, ou leu e deseja ler novamente: Boa leitura



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[23/04/2013]

Família Beaumont – A mais estranha da rua.

Frio era a palavra para resumir aquele final de dia. Poucas pessoas estavam na rua, assim como poucas estavam em suas casas. Todos daquela rua nobre e sofisticada haviam viajado para o mais longe que podiam na época de inverno.

De longe, aquela rua era a mais fria. A temperatura era igual para todas as ruas, mas por que justamente aquela era a mais fria? Ninguém tinha uma resposta para isso. Nem mesmo uma senhora que aparentava ter setenta anos, que sabia (ou achava que sabia) solucionar todas as perguntas, conseguia responder isso.

Eles culpavam logo a última casa da rua. A maior, a mais aconchegante, mas também, a mais misteriosa. Alguns vizinhos contam que viram magia negra saindo dela. Outros nem haviam visto, mas concordavam para terem o que conversar.

Isso não os preocupava, eles gostavam de ter a fama de vizinhos dos Beaumont, assim conseguiriam mais atenção das ruas vizinhas.

Algumas crianças gostavam de espionar pela janela, mas não aguentavam e saíam correndo. Eles tinham medo. Outras crianças contavam que se espionasse pela janela, iriam ser acertados por um feitiço das trevas onde iriam acabar morrendo.

Mas não era isso que realmente acontecia. Aquela família nem se importava com o que as outras falavam. Os Beaumont não temem de algum trouxa qualquer, até porque, são bruxos. Bruxos sangue puros, e se orgulham disso.

Enquanto os vizinhos arrumaram uma forma de fugir dali, a nobre família apenas ficava em silêncio prestando atenção em suas respectivas atividades. Adeline Beaumont (antes Lamartines) tocava piano, enquanto seu marido Richard lia o Profeta Diário. Seu filho mais velho, Noah, estava planejando alguma coisa contra sua irmã mais nova, eles haviam acabado de brigar. Por último, Clarisse (ou apenas Clary), estava ocupada penteando o cabelo de sua boneca.

—O que você está fazendo, filha?- perguntou Richard olhando a filha brincar.

—Estou penteando o cabelo da boneca que o senhor me deu. –ela respondeu sem olha-lo.

—Já escolheu um nome a ela?- ele perguntou novamente olhando o Jornal. Já tinha perdido interesse no assunto, só estava falando para quebrar um pouco daquele silêncio infernal.

—Sim, eu já escolhi- ela falou sorrindo. O sorriso dela era algo que todos poderiam considerar cruel ou intimidador- O nome dela será Penélope.

Nesse exato momento, Adeline parou de tocar piano e Richard deixou que o jornal caísse sobre a mesa de centro, que até o momento ele usava para apoiar seus pés.

Os dois olharam fixamente para a menina, mas ela nem os olhava. Parecia mais concentrada em continuar penteando o cabelo da boneca. Ela não sabia em como esse nome poderia ser perigoso.

—Mude esse nome, agora- vociferou o homem.

—Por quê?- ela perguntou.

—Já falei, mude esse nome.

—Eu não vou mudar enquanto você não me der uma resposta. –ela indignou.

Ele bufou. Aquele jogo que ela estava fazendo era para conseguir uma solução para alguma dúvida. Ela sempre fazia isso, e eles não se surpreendiam pelo temperamento forte da filha. Ela sempre foi assim, talvez porque tivesse puxado a personalidade dos familiares de Adeline. Todos naquela família têm uma personalidade bem forte.

Não adiantaria eles tentarem contraria-la, até porque, não conseguiam. Ela sempre ganhava.

Richard olhou para a esposa pedindo ajuda. Ela apenas o olhou com aquele típico olhar de “ela não irá nos obedecer, deixa-a quieta”. Mas não tinha como não concordar. Clarisse nunca obedece quando não quer então será bem mais fácil eles a deixarem em paz.

Então finalmente tiveram uma ideia.

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Clarisse dormia abraçada a boneca. Essa boneca era agora sua melhor amiga. Ou pelo menos, a única. Tinha sete anos, ainda tinha amigos imaginários e falava com seus ursinhos de pelúcia, mas essa boneca era diferente.

De repente, a porta do quarto se abriu. Clarisse continuou dormindo, ou pelo menos fingindo. Ouviu passos se aproximando lentamente de sua cama, então ficou um pouco tensa, tentando imaginar quem seria. Nesse exato momento, uma mão começou a puxar sua boneca. Ela acordou rapidamente, e viu apenas seu irmão.

—O que você pensa que está fazendo?!- ela gritou.

Ele bufou. Seu plano tinha ido por água a baixo.

—Nunca te ensinaram que é feio tentar roubar as coisas das pessoas?- ela indignou- Sorte sua que eu não estou de mau humor ao ponto de te expulsar do meu quarto através de tapas.

—Você e essa sua mão fina não iria conseguir me tirar do quarto “a tapas”- ele falou rindo.

—Não me desafie, só tenho isso a falar a você. –ela falou ainda irritada- Saiba que da próxima vez que você tentar roubar alguma coisa de mim, eu vou acabar revidando.

—Estou morrendo de medo- ele falou rindo ao sair do quarto.

Ele deveria saber que sim, ele deveria ter medo.


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Notas finais do capítulo

Falem o que estão achando ^^
Isso me motiva, e muito
Espero que tenham gostado ♥