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Capítulo 4
Capítulo Dois - Conhecimento e Teorias


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Espero que gostem ^^



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»♥«

                [01/09/2022]               

Conhecimento e Teorias

 

Todos os alunos falavam animadamente em seus respectivos vagões. Era praticamente impossível encontrar um vagão onde estivessem falando baixo. Quase impossível.

Em um dos últimos vagões, Susan e Cerenna precisavam falar o mais baixo que podiam. Ninguém poderia ouvir aquela conversa. Embora todos os alunos estivessem passando a cada três minutos em frente à cabine, elas ainda conseguiam manter o que falavam em segredo.

—Suas férias foram divertidas, Susan? –perguntou Cerenna.

—Com certeza foram melhores que as do ano passado. –respondeu Susan.

Cerenna e Susan são sextanistas, ambas da Sonserina. Susana Pervensier Rosier (ou apenas Susan) possui pele clara, cabelos loiros, com alguns fios castanhos escuros nas raízes. Olhos verdes acinzentados, baixa, por volta de 1.60, seios pequenos, lábios carnudos que escondem um sorriso amável e gentil, todavia falso. Enquanto Cerenna têm longos cabelos escuros, que descem em cachos até as costas. Seu rosto é bonito, branco como a neve, e os olhos azuis claros e brilhantes. As bochechas do rosto são destacadas e a boca bem desenhada. Cerenna tem um corpo belo, curvilíneo.

As duas não são melhores amigas, mas também não são rivais. Sempre dividiram o dormitório, então as duas se conhecem melhor do que ninguém. Sabem seus segredos e seus passados. Mal andam juntas, geralmente estão em seus cantos.

O maior motivo pelo qual elas começaram a conversar foi uma coisa em comum: as duas odeiam Clarisse Beaumont. Clarisse dividia dormitório com elas, assim como Sarah e Alison. Começaram essa rivalidade desde o primeiro dia de aula, em que Clary disse alto que não queria ninguém mexendo em suas coisas. Alison riu, parecendo não se ofender. Susan por outro lado, achou que a garota estava supondo que ela faria algo. Cerenna conversava com Sarah, e comentou o que tinha achado de Clarisse.

Mas pelos olhos de Susan, aquilo não era amizade. Aquilo era manipulação, falsidade, uma mentira. Cerenna passou a perceber isso também, por causa da forma em que as três agiam uma com a outra. Cinco anos com essa “amizade” que sempre foi o motivo de muitos alunos começassem a se sentirem feios, fracassados e idiotas. O que não era verdade.

Clarisse fez que Sarah parasse de falar com Cerenna no segundo ano. Sarah sempre soube dividir muito bem sua amizade com Clary, e sua amizade com Cerenna, mas uma hora, Sarah deixou ser influenciada.

Elas lembraram que a própria Sarah já sofreu com os comentários da amiga dela. Sarah sempre foi a mais alta, com cabelos ruivos e olhos azuis. Uma pele com algumas sardas e um rosto meio fino.

—Uma pergunta. Como soube sobre o acontecimento da Clarisse? –perguntou Cerenna.

—Fofocas se espalham rapidamente. –comentou Susan- Ninguém aqui nessa escola não está sabendo desse acontecimento. Dá para ter uma ideia disso de acordo com a alegria de todos.

—Concordo plenamente. –disse Cerenna- Aliás, soube que a Alison e a Sarah não estão indo juntas esse ano? Thalia me contou que Alison está em uma cabine sem ninguém, enquanto Sarah estava até então no vagão de uns garotos, mas foi com o irmão da Clarisse para uma cabine com alguns outros alunos.

—Interessante. –disse Susan, pensando no assunto- Pelo visto, essas duas ficam completamente perdidas sem a guia de uma líder. Será bem fácil de manipular a cabecinha inútil delas.

—Olhando pelo lado bom, será mais fácil conseguirmos informações sobre a Clarisse. –comentou Cerenna- Eu ouvi uma aluna chamada Callie conversando com a Thalia, ela comentou que acha que a Alison ou a Sarah estão envolvidas no desaparecimento da Clarisse.

Susan começou a refletir sobre essa teoria.

—Faz até sentido. –disse Susan- Mas eu tenho certeza que outras pessoas também estão envolvidas.

—Como há tanta certeza? –perguntou Cerenna.

—Intuição. –respondeu Susan- De qualquer forma, se as duas tiverem alguma coisa haver com o caso de Clarisse, é melhor que continuemos com nossas investigações o mais distante possível daquelas... Garotas.

—Eu até gostaria de continuar aqui conversando com você sobre isso. –disse Cerenna olhando seu relógio- Mas preciso urgentemente ir falar com um garoto do sétimo ano.

—Tudo bem, pode ir.

—Até mais tarde.

Cerenna pegou suas coisas e saiu da cabine. Então aproveitando isso, Susan pegou um livro e começou a ler. Sabia que mais ninguém iria naquela cabine, pelo resto da viagem, então teria muito tempo para pensar sobre suas estratégicas, em paz.

Pelo menos, ela iria fazer isso até uma pessoa entrar na cabine. Scott Samuel Cavendish, mesma idade, mas é da Corvinal. Sua pele é pálida, embora tenha algus poucos rastros de bronzeado. Seus olhos são castanhos de um tom claro, mas também não chega perto do ambar. Seu cabelo é castanho, cortado curto. Não é alto, mas também não é tão baixo.

Os dois nunca se falam, então ela estranhou o fato dele ter entrado ali sem pedir licença nem nada. Até porque, ela sendo purista, faz o máximo que pode para tentar manter distância dele, por ele ser nascido trouxa.

—Oi? –ela falou- Não sabe pedir com licença, garoto?

Naquele momento, ele se assustou e a olhou confuso. Pelo visto, não havia percebido que ela estava ali. Suspirou aliviado em ver que era “apenas” ela.

—O que foi? –ela o encarou. Estava mais confusa do que nunca. –Com licença, caso não tenha percebido, eu estava ocupada até você entrar. Então seria pedir muito se você recolhesse algumas coisas e fosse a outro vagão?

Ele não respondeu, estava concentrado pensando em outra coisa. Ela bufou, sabia que tirar aquele garoto de seus pensamentos seria complicado. Ela estranhou completamente o comportamento dele.

Pensou em ela própria juntar suas coisas e sair dali, não estava nem um pouco a fim de dividir a cabine com ele. Enquanto ela juntava suas coisas, de repente, ele falou:

—Eu a vi.

No momento, ela o olhou fixamente. Quem ele viu? Embora ela não estivesse com nenhuma vontade de puxar assunto com ele, ficou curiosa em relação a pessoa que ele viu.

—Quem você viu?

Depois de cinco segundos, ele levantou a cabeça e a olhou nos olhos.

—Clarisse Beaumont.

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Alguns amigos conseguem ficar em um mesmo ambiente sem conversar nem nada e mesmo assim, nenhum se sente desconfortável por isso. Esse caso não é diferente para Pietra e Genevieve.

Genevieve (ou apenas Gene), uma aluna da Grifinória em seu sétimo ano.  Cabelos castanhos e levemente enrolados na altura dos ombros, olhos verdes, lábios cheios, pele não muito pálida, mas pelas horas que passa ao sol já começa a ser marcada por leves – e eternas – queimaduras. É adoravelmente baixa, com 1,55 de altura.

Pietra, uma aluna da Corvinal também no sétimo ano. Tem uma altura média, de mais ou menos 1,67. A pele é branca, quase pálida, e os cabelos longos pretos dão um enorme contraste. Os olhos são a parte que mais chamam a atenção, de um verde claro, duas esmeraldas. O corpo é cheio nos lugares certos, em uma forma de ampulheta. Anda sempre bem arrumada, no estilo que outros chamam "engomadinha".

Gene estava com seus pés na poltrona da cabine, tentando fazer um desenho de Pietra. Ela havia cismado que tinha que desenhar a amiga para mostrar lealdade. Mas a cada linha errada, ela amassava a folha e jogava em algum lugar. Uma hora, acabou jogando o papel acidentalmente em Pietra, que estava concentrada lendo.

—Ai! –exclamou Pietra.

—Desculpa. –disse Gene- Estou muito chateada. Não consigo te desenhar de jeito nenhum. O que eu faço?

—Já tentou tirar uma foto? –perguntou Pietra, sem dar muita atenção ao assunto.

Genevieve ficou ainda mais estressada. Pegou uma das folhas amassadas que estava ao seu lado e jogou novamente em Pietra.

—Ai! –disse Pietra fechando o livro- Conte-me, qual o problema dessa vez?

—Eu quero conseguir desenha bem. –reclamou Genevieve abaixando a cabeça.

Pietra se levantou e sentou-se ao lado de Genevieve a abraçando de lado.

—Você desenha muito bem. –disse Pietra- Seus desenhos são lindos. Se você não conseguiu me desenhar, é porque eu sou bem complicada, admito. Então que tal você começar por desenhos menos complicados... Como um vaso de uma flor.

—Você não é complicada, é apenas bonita demais. –disse Gene- E eu não vou tentar desenhar uma flor. Todo mundo desenha isso, eu não quero ser todo mundo.

—Então você poderia tentar desenhar uma flor diferente. Por exemplo, uma flor amaldiçoada ou com uma das pétalas faltando. Talvez até uma flor mágica.

Gene ficou pensando um pouco, mas logo abriu um enorme sorriso.

—Tive uma ideia! –exclamou Genevieve- Muito obrigada Pietra, você é incrível.

—De nada. –disse Pietra voltando a sua poltrona e voltando a ler um livro.

Dessa vez, Genevieve não jogou nenhuma bolinha de papel nela.

 

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Alison havia se cansado de ficar ali sozinha. Decidiu que iria procurar por alguém. Para ser mais específica, ela está procurando por Sarah. Sua “melhor amiga” desde que começaram em Hogwarts.

Não conseguia acha-la em lugar nenhum. Foi duas vezes no vagão da Sonserina, mesmo assim, não a viu no lugar onde elas sempre ficavam.

Então havia desistido completamente. Por que Sarah de repente havia parado de falar com ela? Elas não se comunicavam desde o dia do desaparecimento de Clary, e isso já estava deixando-a angustiada.

Ouviu risadas vindas de uma das cabines. Logo percebeu sendo de Sarah. Não sabia como se sentir, uma de suas melhores amigas havia desaparecido e a outra estava a ignorando completamente.

Entrou na cabine sem pedir licença. Todos que estavam presentes ali a olharam confusos, mas ela encarava apenas Sarah.

—Sarah, precisamos conversar.

Embora não tivesse entendido porque Alison parecia tão chateada, levantou-se e foi até fora da cabine para poder conversar com ela.

—Pode fal... –disse Sarah.

—Eu não sei por onde eu começo. –disse Alison cruzando os braços- Nossa melhor amiga está desaparecida, nós não nos falamos há dias, e você decide que é um ótimo momento para me ignorar? Pensei que nós erámos amigas...

—Eu também pensei que eu era amiga de Clary, mas eu me enganei. –interrompeu- Alguns dias antes do desaparecimento dela, ela me mandou uma carta perguntando se eu havia conseguido consertar o meu rosto. Quando ela falava isso entre nós três, você nem me defendia. Eles ali me falaram que eu posso ser quem eu quiser. O próprio irmão dela me falou que o que ela fazia comigo era completamente errado, e que eu sou bonita do meu jeito, e que não será ela nem ninguém que irá determinar isso. Por acaso você já falou isso para mim? – Alison não respondeu- Já até sei a resposta. Estou feliz por esse ano não ter mais preocupações, você deveria estar também.

Sem deixar que Alison respondesse, Sarah voltou para onde estava. Alison não sabia nem como reagir em relação a aquilo. Não só porque ela havia acabado de perder uma amiga, mas também pelo fato dela achar que Sarah está envolvida de alguma forma com o que aconteceu com Clary.

Pensou em falar então com Lea. Saiu andando desesperada atrás de Lea, se esbarrando em todo mundo. Uma hora acabou caindo, juntamente com outra pessoa.

—Desculpa... Eu não te vi... – disse Alison ajudando a garota a se levantar.

—Não tem problema. –a garota respondeu.

Cabelos loiros, olhos azuis, pele pálida.

Alison se espantou com a extrema semelhança da garota com Clary, não podendo deixar escapar sua reação.

—Clary?! –exclamou.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado ^.^
Comentem o que estão achando, isso me motiva a escrever sz