Mudando De Vida escrita por Ray Shimizu


Capítulo 2
Entrando numa fria


Notas iniciais do capítulo

Oie! Eu estou de volta! Boa leitura! :)



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— Touya… - Aya olhou para o rapaz que apareceu e suspirou aliviada. - Vá para meu quarto, precisamos conversar.

— E onde fica seu quarto? - perguntou gaguejando, estupefato.

— Meu quarto é o número dezoito do último andar. Estou indo fazer uns exames, daqui a pouco volto pra lá.

A atriz desapareceu no corredor e Touya ficou parado em frente ao elevador. Se aquela era Aya, realmente a menina com quem havia acabado de conversar era outra pessoa. Precisava pedir desculpas para Hitome, porém, não tinha coragem de fazê-lo naquele momento e também precisava conversar com a verdadeira Aya.

Touya acatou o pedido da moça e foi esperar por ela no quarto indicado. Ao entrar, viu sobre o criado mudo uma bolsa, que era basicamente igual a da Hitome. Mesmo modelo, mesma cor. Sem o menor pesar, abriu e começou a revirar o conteúdo. E ali confirmou. As bolsas haviam sido trocadas.

Precisou de alguns segundos para entender o que estava acontecendo, a ficha caiu de uma vez. Sentou na poltrona que ficava em um canto e esperou Aya voltar.

Touya trabalhava como manager há mais de sete anos. Era o responsável pela agenda e a preparação da carreira dela. Antes trabalhou para outros artistas, no entanto, escolheu se desafiar aceitando gerenciar artistas mais novos, que precisariam mais de atenção, afinal Touya era conhecido por sua alta competência.

Modéstia a parte, se quisesse, ele poderia facilmente seguir a carreira artística e se tornar um ídolo, tinha boa aparência, um cuidado especial pelo cabelo sempre arrumado com creme ou gel, alto, um rosto delicado ao mesmo tempo em que era másculo. Enfim,  atraente e bonito. Para completar o combo perfeito, gentil. Mesmo assim, nunca se interessou.

— Meu Deus! O que eu faço agora… - sentado, Touya começou a divagar, entrando em desespero. Lembrou-se de ver Aya, a verdadeira, em uma cadeira de rodas, com o rosto todo ralado, um dos braços enfaixado, e as pernas cobertas por um lençol.

Sem muito tempo para entender, seu celular começou a tocar. Não se surpreendeu em ver que era um dos produtores do dorama ao que Aya iria participar. Suspirou antes de atender o celular, já suspeitava que viriam problemas.

— Senhor Kirisame, eu acabei de ver na TV que a senhorita Natsume sofreu um acidente no shopping. Como ela está?

— Bem... – Touya meditou no que devia falar, porque sabia o que estava por vir. A verdade era que estava em pânico, mas não poderia demonstrar. Como seu trabalho era auxiliar Aya da melhor forma, se controlou ao máximo para não ter um ataque de pânico a qualquer momento. – Ela está fazendo uns exames, mas não aparenta ter acontecido nada de grave.

— A filmagem do acidente no shopping pareceu ter sido bem grave. – o produtor não estava muito convencido nas palavras de Touya, ainda assim, não tinha muito que fazer. - O motivo da minha ligação é o seguinte: As gravações deverão começar daqui duas semanas, acredito que é tempo o suficiente para a recuperação dela, certo?

— Pra ser sincero, eu precisaria ver os resultados dos exames para afirmar, porém, pelo que os médicos disseram, ela poderá ter alta se nada aparecer na radiografia. – estava mentindo na cara larga. Não tinha conversado com médico nenhum e a atriz estava longe de estar bem. Sem embargo, queria ganhar tempo porque sabia que se falasse não iriam substituí-la. E Aya ficaria arrasada, já que era a chance dela de decolar na carreira.  

— Entendo, amanhã conversamos então. Melhoras para senhorita Natsume.

— Obrigado, até amanhã. – o manager desligou o telefone e se afundou na poltrona. Ocupando a mente em se lamentar, Aya voltou para o quarto, levada por um enfermeiro.

Touya levantou-se de prontidão, ajudando o homem a tira-la da cadeira de rodas e depositá-la na cama.

— Seus exames devem ficar prontos dentro de poucas horas, mais tarde o médico virá fazer uma visita. – o enfermeiro disse calmamente. – Se precisar de qualquer coisa, é só tocar a campainha que fica do lado da cama, está certo?

— Certo. Muito obrigada.

Aya e Touya assistiram o enfermeiro deixar o quarto, logo a seguir trocaram olhares, esperando cada um começar a falar.

Aya estava visivelmente angustiada.

— Eu não vou conseguir filmar o dorama nesse estado... – lágrimas se formaram e ela começou a chorar. – Eu acho que minha perna e meu braço estão quebrados... Além de a minha cara estar toda arranhada.

A moça temeu pela carreira. Dedicou-se muito para poder chegar até ali. Até se submeteu a pequenas cirurgias plásticas para poder se sentir perfeita, afinou levemente o nariz e suavizou o contorno da mandíbula. Abusava da maquiagem para aparentar ser mais branca, além de constantes cuidados com pele e cabelo. Atualmente, tinha o cabelo naturalmente preto, porém, já havia mudado várias vezes de cor para comerciais, que mesmo tendo sido todos de cidades pequenas, ela fez com muito apreço. Naquela última semana tinha conseguido fechar contrato com uma grande produtora e seria a primeira vez que trabalharia como protagonista. E naquele momento tudo estava prestes a ruir. Sabia que perderia o papel. E aquilo poderia jogá-la a um esquecimento eterno.

A jovem atriz encarou Touya, ele foi como um anjo que caiu do céu. Tinha terminado o contrato com um artista e estava procurando um rosto novo, para testar sua capacidade e foi onde conheceu Aya.

— Escuta, você precisa ter calma. Os exames ainda não saíram, mas mesmo que você não possa trabalhar agora, ainda terá uma longa carreira pela frente. – tentou acalmá-la, mesmo que as palavras servissem para ele mesmo. No entanto, não adiantaria deixar a garota mais angustiada, preferiu nem tocar na ligação que o produtor do dorama havia feito há poucos minutos.

— Você sabe que não é assim. Os artistas são esquecidos facilmente pelas pessoas. Esse dorama ia chamar bastante atenção pra mim, se eu me saísse bem. Mas agora... – Aya chorava como criança, sentia o rosto arder, as lágrimas percorriam as feridas, e a dor no peito de ver a carreira jogada no lixo era exasperante.

— Você tem muitos fãs, tenho certeza que você vai se recuperar logo, e seus fãs te darão suporte! – enquanto falava, lembrou-se de algo que acontecera de manhã, pegou o celular e assim que achou o que queria, mostrou pra ela. – Olha só, muitos te amam! Hoje mesmo tiraram fotos com você nesse café, e olha quantos comentários!

Aya enxugou as lágrimas e desconfiada olhou para a tala , afinal não tinha ido a nenhum café naquela manhã.

— Essa não sou eu! – pegou o aparelho das mãos de Touya e olhou para as fotos, realmente parecia com ela, ela mesma teria se confundido, se não fosse o fato de saber que não tinha pisado naquele lugar.

— Como não é você? – se sobressaltou. – Você saiu cedo hoje, disse que tinha um compromisso e que ia tomar café em algum lugar no caminho. – se não era Aya, só podia ter sido a Hitome, pensou.

— Não fui em nenhum café! De manhã eu fui levar meu carro pra lavar, e depois fui direto ao shopping. E lá, me acidentei!

Quando terminou de relatar, se lembrou de uma coisa estranha. Enquanto estava no shopping, havia visto uma garota exatamente igual a ela, que estava sentada em um banco, parecendo ofegante, e repentinamente o chão começou a tremer. Sem pensar acabou indo salvar a garota, empurrando-a para longe do “monumento” que havia desmoronado.

— Eu sei quem é! – exclamou.

— Eu também. Acabei de vê-la aqui no hospital.

— Sério?

— Olha, sei o que está pensando. Não é boa ideia! – pareceu ler a mente dela através de sua expressão óbvia.

— Mas é uma ótima ideia. Colocamos ela no meu lugar e eu não serei substituída! Quer dizer, serei… Mas será por mim mesma! E assim que eu melhorar é só destrocarmos os papéis! Essa garota tirou foto com meus fãs, e ninguém percebeu que não era eu! Ela vai me salvar!

— Você não deve estar pensando direito. Isso que você está querendo fazer é maluquice e completamente ilegal! Se alguém descobre estamos ferrados! Ela pode ser igual a você, mas ela não teve a preparação que você teve! Provavelmente ela nem sabe atuar.

− Touya, você sabe que se eu realmente quebrei minha perna e meu braço, eu não voltarei a trabalhar por pelo menos durante um mês! Isso é tempo suficiente de eu perder toda minha carreira e todo seu esforço! Do mesmo jeito que você me preparou você pode prepará-la!

Não importava o que Touya dissesse, a atriz estava irredutível, Hitome era a pessoa que iria salvar a carreira dela de ir para o buraco.

— Suponhamos que você realmente esteja certa, que ela possa atuar e ocupar o seu lugar. O que te faz pensar que ela aceitaria? O que propõe é crime!

— Primeiro porque eu salvei a vida dela. Ela me deve. Segundo porque ela não vai fazer de graça. O cachê proposto foi muito bom, e se ela aceitar ela pode ficar com metade.

— Você está louca?! – quase sofreu um enfarte com aquelas ideias.

— Touya, pensa comigo. Eu tenho uma chance com ela, sem ela eu já era! Você sabe! Você tem experiência e sabe que eu estou falando a verdade. Se eu não fizer esse papel agora, eu posso me esquecer da carreira de atriz. Nos esforçamos muito para eu conseguir ser protagonista desse dorama!

— Você está exagerando, Aya. É verdade que sua carreira pode cair, mas não significa que você esteja acabada.

— Se eu fosse famosa que nem a Midori Suzuki, tudo bem. Mas eu já sou meio desconhecida. Imagina se eu ficar um mês fora dos holofotes.

A discussão sobre a substituição de Aya por Hitome permaneceu por um bom tempo, ainda assim, Touya não conseguia gostar da idéia.

— Preciso pensar um pouco sobre essa loucura. – necessitava uma trégua daquela discussão.

Ouviram o barulho da porta se abrir, era um senhor.

                                                                                                 

— Minha filha! Como você está?! – sem pedir permissão, ele abraçou Aya, e parecia chorar de preocupação. – Eu liguei o dia todo pra você, mas você não atendia... O hospital me ligou falando o que tinha acontecido!

A atriz ficou perdida, não conhecia aquele senhor que a abraçava com tanto afeto. Em seguida, como se uma luz a iluminasse, se deu conta de que só poderia se tratar do pai de Hitome.

De fato, aquele simpático senhor era Makoto Hinomura, pai de sua sósia. Um homem relativamente alto, com cabelos grisalhos e um olhar bondoso.

— Pai? – arriscou ao mesmo tempo em que sentia uma dor no braço ao ser abraçada, deixando escapar um leve reclamo.

— Desculpe! Você deve estar sentindo muita dor! – se afastou. – Como isso aconteceu com você? E... Quem é esse? – fixou em Touya.

— Ah... – não soube o que dizer, não podia dizer que era seu manager, e também não queria se revelar como Aya. – Sabe, ele é meu namorado...

Os olhos de Touya se arregalaram e calado, abaixou a cabeça. O que aquela garota estava pensando?

— Minha filha... Por que não me apresentou antes? – pareceu chateado. – Sabe que eu não sou contra você namorar e ele até parece um bom partido.

A moça foi inventando desculpa atrás de desculpa, no fim só torcia para não ser desmascarada. Enquanto Makoto fazia várias perguntas, o médico entrou e cumprimentou rapidamente curvando-se em uma reverência, para logo dar o resultado dos exames.

— Senhorita Hinomura, você não sofreu nenhuma lesão grave, nada de traumatismo craniano e nenhum órgão danificado. Porém, sua perna e seu braço que ficaram presos sob os escombros estão fraturados. Não será necessária intervenção cirúrgica, apenas o gesso e repouso absoluto serão suficientes...

— Doutor, quanto tempo? – era o que Aya realmente queria saber.

— Não tenho como dar uma previsão exata, mas como você é jovem, acredito que dois meses. E terá que fazer fisioterapia também, já que vai ficar muito tempo sem se movimentar.

Ouvir aquilo a deixou bem desanimada, mas ela ainda contava com seu ‘Ás’ na manga.

Depois de mais algumas perguntas, o médico se foi.

— Filha, eu vou voltar pra casa para preparar as coisas pra você. O médico havia me dito antes que amanhã você poderá ter alta, mas repouso absoluto.

Deu um abraço em Aya, tomando cuidado com o braço fraturado. Assim que a porta se fechou, Touya se pronunciou.

— O que te deram nesse hospital? Você tem ciência do que fez?

— Touya, se ela vai ficar no meu lugar eu vou ficar no dela, isso não é óbvio?

— Mas eu não concordei com nada disso e nem Hitome! E outra, ela também pode ter alta amanhã.

— Por isso você tem que convencer ela hoje!

— Você fez isso de propósito, não é? – bufou, dando-se por vencido. Iria entrar naquele plano. Só rezava para que tudo desse certo.

— Tá bom, eu vou falar com a Hitome.

O homem não sabia ao certo onde estava se enfiando, mas já não tinha mais volta. Então desceu até o quarto de Hitome. Bateu na porta e entrou. Nisso se deparou com a mesma em pé, vestida com as roupas que usou pela manhã, pronta para partir.

— Onde você vai? – perguntou Touya.

— Não que seja da sua conta, mas pra casa. A médica acabou de me dar alta.

—Você não pode. – disse rapidamente. – Eu vim aqui pra falar com você sobre algo muito importante.

— Como assim eu não posso?

— Escuta...

Touya fez Hitome se sentar na cama e explicou tudo para a garota, a confusão de ambas as identidades, do acidente, e que precisaria que elas trocassem de lugar.

— Ah... Não posso. Eu realmente estou muito grata por ela ter salvado minha vida, mas falsidade ideológica é crime, e eu tenho que ajudar meu pai no restaurante. – Hitome não tinha intenção alguma de ficar no lugar de Aya, aquilo parecia encrenca certa. – E eu não tenho experiência em ser uma celebridade. Desculpe, mas não posso ajudar.

Touya suspirou - afinal ele pensava a mesma coisa -, mas o circo já estava armado.

— Seu pai esteve aqui, ele foi até o quarto de Aya, ele acha que ela é você. – resolveu contar a verdade, já que teria que fazer uma hora ou outra.

— E você não desmentiu? – perguntou incrédula.

Começaram a discutir, aquilo estava muito errado na mente da garota. Ela não ia fazer parte daquela farsa.

— Eu vou voltar pra casa e você vai comigo! Você vai falar a verdade! – Hitome no fundo tinha dó de Aya, mas não podia compactuar com uma mentira daquele porte.

— A Aya se dedicou muito, ela precisa muito de você! Não seja sem coração com quem te salvou! – apelou.

— Você já pensou que se eu aceito? Posso arruinar a carreira dela de vez. Eu não sou atriz! Eu vou cagar com o dorama inteiro!

Touya ficou surpreso, não era comum uma garota usar aquele tipo de palavreado, para não dizer palavrão.

— Mas com você ao menos ela tem uma chance. Se ela perder esse papel, pode ser o fim da carreira dela! Por favor, ao menos pense um pouco! Você é a salvação dela. E eu não vou te deixar na mão, eu vou te treinar! Você precisa aceitar.

Sem ter mais argumentos e sem esperança de conseguir convencê-la, como seu último recurso, ajoelhou em forma de súplica, quase aos prantos. Só não agarrou as pernas de Hitome porque esta se afastou.

Olhando para Touya, até pensava em considerar, apesar de achar que não devia.

— Olha... Vamos fazer o seguinte...

— Aya? – a porta mais uma vez havia sido aberta e era um rosto bem familiar.

— Akira? – Hitome ficou surpresa. O que seu colega do primário fazia ali?

— Espera... – o alto e belo rapaz, usando uma roupa de grife, entrou no quarto e chegou perto de Hitome, quase encostando seu nariz no dela. – Hitome?

— Akira... Acho que você está enganado, essa é a Aya mesmo. – Touya suava frio, não poderia ser possível que ele já soubesse de cara que ela não era a atriz, até o pai havia se confundido.

Akira Sanada foi colega de infância de Hitome. Sempre estudaram juntos. Ele sempre fora muito popular entre as garotas por ser extremamente bonito e bom nos esportes. Fazia as meninas todas se derreterem, mas quando era para falar com Hitome, era sempre de uma forma mais grosseira.

Atualmente, um dos artistas mais populares do Japão.

— Tem certeza? – Akira encarou a moça mais uma vez. Analisou cada detalhe do rosto feminino, até mesmo a rodeou, e assim que voltou a ficar de frente, sentenciou – Não... Não é. É a Hitome. Elas até são parecidas, mas a Aya é bem mais bonita e elegante. Esta aqui é só uma versãozinha falsificada.

Irritada com aquelas palavras rudes, Hitome levantou-se da cama e deu um tapa no braço de Akira.

— Desde sempre mal educado!

— Isso só prova que tenho razão. – Akira ignorou o tapa dado e continuou a falar. – E onde está a Aya verdadeira? Soube do acidente e que ela estaria nesse hospital.

— Akira, você pode voltar depois? Eu estava no meio de uma conversa importante com ela.

— Acho bom ele ficar, assim ele bota juízo na sua cabeça!

— Como assim?

Touya foi obrigado a mais uma vez abrir o jogo, contar da farsa, e prontamente Akira foi contra.

— Touya, você não tem noção de como isso vai dar errado. A Hitome é uma péssima atriz, pra você ter uma noção, ela só fez dois papéis na escola, de árvore e de grama. E eu não vou querer atuar com essa versão falsificada.

— Akira, eu já disse que vou treiná-la e também será mais fácil pra você, já que vocês são amigos de infância.

— Amigos? Estávamos mais para inimigos. – só de lembrar-se da infância, Hitome já começava a ficar com raiva. – Ele vivia puxando meu cabelo, roubando meus lanches e escondendo as minhas coisas. – ela enumerava nos dedos, lembrando-se de cada ação de Akira. – E só para você saber, eu não sou versão falsificada de ninguém! – apontou – Mas ele está certo, eu não tenho capacidade de atuar.

— Vocês não estão entendendo. Não estou falando pra fazerem isso por vocês, é pela Aya. Akira, você sabe como é difícil ter oportunidades quando se está começando! E Hitome, você deve uma por ela ter salvado sua vida! Vamos ao menos tentar.

— Olha, eu preciso pensar. Amanhã respondo, tá bom? – Hitome cogitou em aceitar, devia mesmo a Aya por tê-la salvado. – Agora vou pra casa dormir.

— Você não pode ir pra casa, em tese você só terá alta amanhã e está com a perna e o braço quebrado. – Touya deteve Hitome de partir.

— O que? – Hitome bufou. – E pra onde eu vou? Eu já tive alta e não posso dormir aqui.

— Fique no apartamento da Aya. É perto daqui inclusive. Eu te levo.

— Você vai mesmo entrar nessa roubada? – Akira encarava os dois. – Touya, eu não vou falar nada pra ninguém se decidir que vão em frente com isso, tudo bem. Mas eu vou avisando que a probabilidade de descobrirem é grande. A Hitome é meio boba. Não tem metade de inteligência da Aya. E como eu já havia dito, ela fez árvore e grama no teatro da escola.

— Se não for pra ajudar, cala a boca!

Hitome esbravejou irritada com o desdém de Akira, devido a isso, decidiu:

— Quer saber, eu aceito ficar no lugar da Aya e ninguém vai descobrir!


          Continua...


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Notas finais do capítulo

Como eu havia dito antes, queria escrever uma história na qual parecesse aqueles doramas os japoneses, coreanos, chineses, etc fazem. Então tentei aproximar um pouco incluindo algumas coisas no vocabulário. Vou explicar pra vocês:
Dorama/Drama: Basicamente eles tem um formato de novela, porém tem algumas diferenças, geralmente os doramas são mais curtos ( tendo em média 26 episódios, e a novela brasileira passa dos 100). Além do enredo ser diferente.
Manager: Manager é aquele que cuida do artista, arruma agenda, etc.

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Olá! Estou de volta! Nem demorei pra atualizar! XD
Queria novamente agradecer a todos que estão me ajudando nesse meu projeto! Sem vocês eu não sei o que seria de mim! Recebi reviews maravilhosos, e conto com vocês para comentar novamente... o que gostaram, o que não gostaram... e o que esperam para o próximo capítulo!
Qualquer duvida podem me mandar MP!
Beijo :)