São Francisco escrita por Dri Viana


Capítulo 16
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Ana e Bruh, vocês acertaram. Parabéns!



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Puxei de dentro do embrulho o pacote de preservativo e olhei pra Sara logo em seguida.

—Camisinha??

—Vai dizer que não gostou?

—É claro que eu gostei. E vou gostar muito mais se disser que a gente vai fazer uso desse presente hoje de preferência agora.

—Pois é exatamente isso que vai acontecer, quatro olhos!

Sorri com a resposta dela. Mas no instante seguinte as palavras dela, meu sorriso se desfez quando eu me lembrei de algo.

—Espera aí, Sara... Você não disse que estava "naqueles dias"?

Ela apertou os lábios e vi que um sorriso queria escapar deles.

—Isso foi outra mentirinha que eu inventei. - Ela contou com um sorriso matreiro.

—Como é? Então, você não tá...

—Não!

—Por que mentiu?

—É que você tava muito 'saidinho' e me tentando. Então, eu queria te manter longe de mim pra gente só transar no dia do seu aniversário. Queria que esse momento fosse mais um presente pra você. Aí, tive a ideia de inventar sobre estar "naqueles dias". Mas eu não tô.

—Quer dizer que me enganou duas vezes?

—Foram mentirinhas inocentes.

Eu sorri. Mal podia acreditar que ia matar por completo a minha saudade dela naquele dia.

—Vem!

—Pra onde?

—Pro quarto, Grissom. Ou será que não quer fazer logo uso desse pequeno presente na sua mão? - Ela apontou o pacote de preservativo que eu segurava.

—Ma é claro que quero. - Confirmei ficando de pé.

—Então vem.

Ela segurou na minha mão e saiu me levando apartamento adentro. Seguimos por um pequeno corredor e paramos em frente à uma porta.

—Você vai esperar aqui fora só um instante, beleza?

—O que você tá aprontando, Sara?

—Você vai já saber. Espera.

Ela entrou no quarto e eu fiquei do lado de fora, maquinando o que minha namorada devia tá armando. Ela estava muito cheia de surpresas demais.

Esperei poucos minutos até escutar Sara dizer pra eu fechar os olhos que ela ia abrir a porta e eu ainda não podia ver o que ela fez. Como ela pediu, eu fechei os olhos e desse modo minha namorada então me guiou pra dentro quarto.

—Tá, agora pode abrir. - Ela me disse após pararmos de andar. E assim eu o fiz.

Ao abrir os olhos eu encontrei o quarto iluminado por velas que estavam espalhadas pelo cômodo todo.

—O que isso te lembra?

Olhei pra ela e sorri.

—A nossa primeira vez!

—Resposta certa, quatro olhos!

Ela socou meu braço e sorriu.

—Eu queria que aquele dia fosse especial pra você. - Expliquei com um sorriso nos lábios e lembrando daquele dia enquanto deslizava a mão pelo rosto de Sara.

—E foi!... E, agora, eu quero que hoje seja tão especial pra você quanto foi a primeira vez pra mim.

—A primeira vez também foi especial pra mim. E tenho certeza que hoje vai ser assim também.

Seus lábios se juntaram aos meus num beijo suave e calmo, bem como foi no começo o primeiro beijo que trocamos meses atrás. Era tão bom beijá-la assim devagar, sem qualquer pressa. Assim como era bom beijar também de forma mais rápida e urgente. A verdade, é que beijar a minha namorada era bom de qualquer jeito e forma.

Eu era louco por ela e por seus beijos!

Devagar e ainda com nossas bocas unidas naquele beijo, eu fui me deitando na cama com Sara por cima de mim.

Nossos lábios se separaram pra recuperarmos o ar e vi as mãos de Sara trabalharam em me despir da camisa que ela me deu de presente. Em poucos segundos a peça já não mais se encontrava em mim e sim, caída no chão.

—Sabe que por incontáveis vezes eu sonhei com você nesses meses?

Eu sorri todo bobo diante da confissão que ela me sussurrou a milímetros da minha boca e enquanto deslizava a mão pelo meu rosto.

—E eu com você. Eu tava quase enlouquecendo de saudades suas, Sara.

Admití e vi minha namorada sorrir. Em seguida, ela tomou a iniciativa do nosso beijo pela segunda vez.

O macacão xadrez que ela usava, a minha calça e as nossas peças íntimas  foram tiradas de maneira lenta por nós e jogadas no chão do quarto.  Completamente nus, eu inverti nossas posições e fiz questão de beijar cada pedacinho do corpo de Sara que eu senti falta de tocar, de beijar. Como eu disse pra ela, eu tava quase enlouquecendo já de saudades dela. Um mês a mais e eu não suportaria.

Apanhei o pacote vermelho de camisinha que ela me deu, rasguei-o e tirei um preservativo de lá.

—Por que morango? Alguma razão especial? - Questionei com curiosidade enquanto colocava o preservativo e fitava Sara deitada nua na cama.

—Razão nenhuma. Só tinha esse na farmácia que fui ora. E como eu estava com preguiça de ir em outra, comprei esse mesmo.

—Hum... E a gente vai usar todo esse pacote hoje? - Me acomodei sobre Sara. No pacote estava escrito que vinham três unidades de camisinhas.

—É a minha intenção.

Ela sorriu-me e eu sorri em retribuição. Depois a beijei e fui me insinuando pra dentro dela bem devagar. E quando já estava inteiro dentro, comecei a mover meus quadris lentamente.

Céus!

Que saudade enorme que eu tinha de fazer amor com ela. Era bom demais!

Não conseguia me ver compartilhando com nenhuma outra mais um momento desses. Sara foi a minha primeira garota e eu queria que ela fosse a única com quem eu faria amor pro resto da minha vida!

Com ela eu queria viver pra sempre! Passar todos os meus aniversários, os dela e tantas outras datas importantes. Porque ela é a garota que eu amo e tenho certeza, que amarei pra sempre!

...

Deitado com Sara em meus braços após termos feito amor instantes atrás, eu comecei a rir ao me ocorrer um pensamento ali.

—Que foi?

Sara levantou a cabeça do meu peito e me questionou ao ouvir meu sorriso ecoar pelo quarto do nada.

Eu ri ainda mais um pouco antes de parar pra explicar a ela a razão daquilo.

—Eu pensei do nada que seu pai ciumento como é de você comigo, certamente ia surtar se soubesse que nós já transamos.

Apesar de rir daquela situação, eu não queria nem me imaginar nela. Meu sogro sabendo que eu e a filha dele já tivemos relação.

—Surtar é pouco! Ele ia sei lá... Pirar o cabeção legal!

Nós caímos na risada juntos disso que Sara disse.

—Não quero nem imaginar o que ele faria comigo se soubesse disso.

—Acho bom mesmo você nem querer imaginar isso, pois eu sei bem o que ele faria. E posso te garantir, não ia ser nada bom pra você.

—Ah, é?! E o que ele faria comigo? - Por pura curiosidade, eu me arrisquei em perguntar.

—Vamos dizer que eu seria a primeira e única garota com a qual você transou na sua vida.

Arregalei os olhos e vi Sara explodir em gargalhada escondendo o rosto em meu peito nu.

—Tá dizendo que ele...

—Te caparia, Grissom. - Ela contou ainda aos risos e levantando o rosto  do meu peito.

—Você não tá falando sério, tá?

Aquilo era absurdo. Em que época o pai da Sara pensa que estamos?

Quando eu ia dizer novamente algo pra minha namorada, vi a mesma explodir em uma nova gargalhada que ecoou pelo quarto inteiro.

Eu ia contestá-la da razão pela qual ela ria assim, pois não tinha nada de engraçado ali. Mas nem tive chance disso já que Sara contou que o que havia dito sobre seu pai me capar, era apenas brincadeira sua.

—Não acredito que tava me zoando, Sara.

Ela já ria tanto que seus olhos estavam úmidos.

—Você realmente acha que meu pai faria isso, seu bobo? Claro que não! Óbvio, que ele ia surtar, mas não a esse ponto. - Ela explicou passando uma das mãos pelos olhos.

—Nossa que alívio tão grande eu tô sentindo agora, que você nem faz ideia.

Sério, eu tava aliviado mesmo por ter sido só uma brincadeira. Imaginar que aquilo podia ser verdade, foi assustador.

—Sua cara de pavor, foi muita engraçada, Grissom. Você precisava se ver.

—E você adorou se divertir as custas do meu pânico, né? - Questionei-a invertendo nossas posições na cama e deixando Sara sob mim.

—Confesso que adorei mesmo. Mas sabe que seria terrível, além de um desperdício enorme, se meu pai corta-se fora o seu... Amiguinho aí de baixo.

—Eu que o diga! - Pronunciei fazendo uma careta engraçada que fez Sara sorrir. Logo depois a gente se beijou.

...

—Sabe que toda vez que entro no meu banheiro pra tomar banho só lembro daquele nosso banho juntos. - Revelei a Sara enquanto tomávamos banho na suíte do apê da amiga dela. Fazia um calor horrível na cidade.

—Foi divertido aquele banho.

—Eu diria que foi mais do que divertido. Foi delicioso! A gente podia repetir a dose aqui e agora.

Encostei Sara na parede do banheiro tendo a água do chuveiro caindo nas minhas costas. E sem esperar por sua resposta, eu beijei minha namorada com urgência. Momentos depois a gente já estava fazendo amor ali exatamente como fizemos em meu banheiro meses atrás.

—Eu te amo tanto... Tanto, Sara... Que não me imagino... mais sem você... minha garota insuportável! - Murmurei de maneira entrecortada em seu ouvido antes de ser tomado de maneira arrebatadora pelo prazer absoluto do nosso momento de amor.


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Notas finais do capítulo

Pra quem não é e nem sabe ser romântica a Sara até que soube ser muito bem agora.

E o que dizer dessa declaração final do quatro olhos, hein?

Beijos e até o próximo capítulo.



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