São Francisco escrita por Dri Viana


Capítulo 17
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Bom dia meninas!

Segue mais momentos a sós do nosso jovem casal no apê da amiga da Sara.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/727804/chapter/17

Enrolado numa toalha e com Sara usando um roupão nós saímos do banheiro.

—Essa nossas "atividades" me deram fome, sabia?

—A mim também. - Sara concordou comigo e disse que ia ligar para um restaurante delivery que sua amiga e ela costumam sempre pedir comida pra elas.

—Você pelo visto frequenta muito o apê da sua amiga, né? - Interpelei enquanto via Sara revirar uma gaveta atrás do número do restaurante que ela não sabia de cabeça e nem tinha salvo o número em seu celular.

—Muito! Às vezes venho dormir aqui com ela. Ela é minha melhor amiga. Lembra da amiga que eu te mencionei que ia dizer que encontrei o DiCaprio e tirei aquela foto no museu de cera?

—É ela?

—É. Ela se chama Kimberly, mas eu só a chamo de Kim. Achei o número do restaurante.

Vindo se acomodar na cama onde eu estava sentado, Sara discou o número do restaurante do seu celular e fez o nosso pedido.

—Em uma hora eles vem entregar. - Ela contou depositando o celular no chão sobre o tapete que havia ali.

—Hum... Pra onde sua amiga viajou? - Quis saber me deitando na cama e trazendo Sara junto comigo.

—Miami. Ela me convidou pra ir, mas o meu namorado nerd tava vindo então... Tive que recusar o convite dela.

—Você queria ter ido com ela?

—Não, porque eu queria muito te ver.

Eu sorri gostando demais da resposta dela.

—Tem um detalhe que eu não te contei.

—Qual?

—Durante você tá na cidade, a minha amiga muito gente boa, disse que a gente pode vir aqui sempre que quisermos pra ficarmos juntos com privacidade. Ela me emprestou o apê dela.

—Sério?

—Sim! A gente pode escapulir algumas vezes da pousada e vir pra cá para ficar sem ter o meu pai nos monitorando.

—Isso é muito bom. Um esconderijo só nosso?

—Totalmente nosso!

...

—Já não era pra essa comida ter chego, não? - Consultei meu relógio.

Estávamos na sala com a TV ligada porém no mudo.

—Eles deram uma hora, Grissom. Só tem quarenta minutos que eu liguei. Espera que eles não atrasam.

O toque do celular dela ecoou pela sala do apartamento.

—Ah não! Quer apostar quanto que é o meu pai de novo?

Otávio tinha ligado não fazia nem meia hora.

—Não vou apostar porque certamente é ele.

—Que saco!

Sara saiu do meu colo. E sentado na poltrona onde estava acomodado, eu observei minha namorada ir até o sofá vestida somente com a minha camisa que mal cobria completamente suas nádegas e atender seu celular.

—Oi, pai!

Ela disse me olhando e revirando os olhos.

Eu sorri de sua insatisfação ao atender a ligação.

Pelo que puder entender Otávio quis saber onde estávamos agora. Sara lhe inventou que estávamos indo almoçar num lugar e depois que íamos ao cinema assistir um filme que ela queria ver. E segundo ela, após isso a gente ainda iria passear só mais um pouco e só então voltaria pra pousada.

Seu Otávio não era fácil. Cada vez mais eu ia me convencendo e percebendo isso.

Ele fazia marcação cerrada em mim. As vezes quando estava com Sara na pousada, eu podia sentir seu olhar de algum canto nos espiando.

Sem contar também, que ele não conseguia ser amável comigo. Sempre estava na defensiva e me olhando como se eu fosse um inimigo.

—Meu pai sinceramente já tá exagerando.

As palavras aborrecidas de Sara me despertaram dos pensamentos acerca do pai dela.

—Eu tô tentando levar na boa esse jeito dele, mesmo me incomodando as vezes. Tenta fazer o mesmo. - Aconselhei minha namorada enquanto ela voltava e se acomodava em meu colo.

—Tá difícil.

—Bater de frente com ele só vai piorar, Sara. Deixa quieto.

—Eu queria ter essa sua paciência, sabia? Mas infelizmente eu não tenho. Vou pedir pra minha mãe conversar com ele de novo pra ele dar uma maneirada nessa marcação toda. Tá demais isso.

—Você que sabe.

Eu não ia me meter nessa confusão e arrumar discussão com o pai dela. Ele já não gosta muito de mim.

Alguns minutos depois o nosso almoço chegou e acomodados no chão da sala do apê nos deliciamos com um almoço saboroso. A sobremesa foram dois cup cake de chocolate. Um pra mim e outro pra Sara. Sendo que o meu, a minha namorada colocou uma velinha que ela encontrou no armário da cozinha e acendeu. Aos risos nós cantamos parabéns pra mim de novo. E ao fim apaguei a velinha.

—O que você pediu ao apagar a vela?

—Isso é segredo, sabia?

Olhei com divertimento pra ela antes de dar uma mordida naquele bolinho.

—Ah, me conta vai. O que custa? Eu te conto o meu pedido no dia do meu aniversário.

—Então conta primeiro.

—Eu pedi que em dois meses te encontrasse.

Estreitei meus olhos nela e vi Sara espremer os lábios pra não rir do que disse.

—Que engraçada! Você pediu uma coisa que ia acontecer de qualquer forma, não é? Conta outra! O quê pediu de verdade, Sara? Ou eu não te conto meu pedido.

—Tá! Eu conto. Mas você vai contar o seu primeiro. Porque eu lancei a questão antes de você, esperto. Então desembucha você primeiro.

OK! Ela tá certa. Foi ela quem trouxe esse assunto primeiro a discussão. Foi ela quem me abordou primeiro. Então é justo que eu responda sua pergunta primeiro.

—Tá bem!... Eu pedi... - Só espero que ela não ache tolo meu pedido. Ou pior ainda, ache ridículo e me zoe por isso. _... Que você também esteja do meu lado no meu próximo aniversário... E no próximo... E no próximo... Até eu tá velhinho e você também.

Eu queria passar o resto da minha vida do lado dela e esse foi o modo que encontrei de dizer a ela isso.

—Você tá brincando comigo, né?

—Eu pareço tá brincando? - Replique com seriedade. Nunca tinha falado tão sério como naquele momento.

—Hum... Não, você não parece tá brincando mesmo.

—E eu não tô mesmo!... Mas e você, o que pediu?

—Passar o meu próximo aniversário com você!

...

Depois do almoço a gente limpou a pequena sujeira que causamos na sala e com o serviço feito ficamos ali na sala mesmo, deitados no sofá namorando pra relembrar nossos namoros no sofá de minha casa.

—É uma pena que na pousada não tenha sofá pra gente namorar assim.

—E mesmo se tivesse, a gente não ia poder namorar por causa do meu pai.

—É verdade! Mas que bom que temos esse sofá e esse apê pra namorar. Juro pra você que eu já tava pensando que ia voltar pra Vegas sem a gente ter feito nada.

—Até parece que eu ia deixar.

—Sentiu muita falta de fazer amor comigo? Porque eu senti tremendamente falta de fazer com você.

—Sério que tá me fazendo essa pergunta, Gil?... As duas vezes que a gente já transou aqui não te deixou claro que eu senti falta disso?

—Deixou! Mas eu quero ouvir escancaradamente da sua boca isso. Sentiu falta?

—Senti, seu pervertido!

Ela socou meu braço e entrelaçou suas pernas na minha enquanto eu me encontrava sobre ela no sofá.

—Sabia que eu tomei muito banho frio por sua causa ao longo desses meses?

—Mentira!

—Te juro que é verdade.

Ela gargalhou.

—Não ri que não é engraçado.

—É sim. - Ela passou a mão pelo meu rosto ainda sorrindo.

Ela fica tão linda sorrindo... Zangada... Irritada... Enfim, de tudo quanto era jeito a minha garota insuportável ficava linda.

—Que foi? Por que tá me olhando assim?

—Porque você é linda demais.

—Aposto que vai conhecer garotas mais bonitas e interessantes que eu quando entrar na faculdade. A propósito, você nem me contou se passou na prova.

—Vai sair no domingo agora o resultado.

—E acha que vai passar?

—Sim. E duvido que na universidade eu encontre garota mais linda e interessante que a minha irritante namorada.

—Irritante é você!

Ela golpeou meu braço zangada.

Eu sorri.

—Sara, escuta bem o que vou te dizer agora... Eu... Não tenho olhos... Pra nenhuma outra garota... Além de você. Não duvide disso nunca.

—Eu não duvido, quatro olhos.

—Não uso mais óculos pra me chamar assim.

—Mas pra mim você vai ser sempre o MEU quatro olhos... - Ela beijou meu queixo. _Nerd... - Agora beijou um lado do meu rosto. _...Estranho. - O outro lado agora. _... Sem graça. - Meus nariz. _...Chato. - Meus olhos. _...E bobo. - E ao final dessa fala beijou a minha boca.

Nosso beijo ali marcou o início de mais uma sessão de amor nossa ali mesmo no sofá.

Em determinado momento, eu a fiz ficar em cima de mim e tive a visão mais espetacular dela se mexendo em um sobe e desce sobre de mim.

Eu ia gravar pra sempre na minha mente a imagem do rosto dela sendo consumido pelo prazer de cada movimento seu em cima de mim, naquele nosso terceiro ato de amor ali. 

Eu já tava próximo, então inverti mais uma vez nossas posições e deixei Sara por baixo. Meus movimentos dos quadris se intensificaram e em poucos segundos eu chegava junto com Sara ao terceiro orgasmos nosso.

Levou um breve instante pra gente se recuperar dessa terceira atividade nossa.

—E acabaram-se as nossas camisinhas.

—Fizemos muito bem uso do seu presente.

—Demais!

Escutamos um celular tocar por ali.

—É o seu, Gil. - Sara me murmurou.

Ainda sobre Sara e dentro dela, eu apanhei o aparelho celular do tapete do chão. Vi no visor que era uma vídeo chamada da Cath.

—É a Cath.

—Atende!

—É vídeo chamada. - Contei me retirando de dentro da minha namorada e posteriormente, saindo de cima dela pra me sentar no sofá. _Fecha os botões da blusa e atende pra mim a chamada enquanto vou ao banheiro jogar essa camisinha fora e me vestir.

—Eu atender?

—É, atende pra mim. Vai!

Entreguei na mão dela o aparelho e saí da sala pelado e levando comigo minha cueca e a calça pra vestir no banheiro.

Coisa de poucos minutos, eu retornei pra sala e minha namorada estava deitada no sofá vendo TV. O meu celular estava sobre a mesinha de centro.

—Ela desligou?

—Eu terminava de me ajeitar e a ligação parou. Esperei sua amiga ligar, mas isso não aconteceu. E chegou uma mensagem aí.

Apanhei o celular, me acomodei com Sara no sofá e chequei a mensagem. Era do Jim me parabenizando pelo aniversário. Mandei uma resposta pra ele. Depois retornei a ligação pra Catherine.

No segundo chamado vi a imagem sorridente da minha amiga tomar a tela do celular. E pela quarta vez naquele dia eu escutei a tal música de parabéns, só que agora na voz de Cath e da tia Lilly que aparecia lá no fundo.

Após sua cantoria minha amiga me felicitou pela data e contou que me comprou um presente, e que ia me entregar quando eu voltasse.

—E aí, como está sendo o seu aniversário aí?

—Muito bom!

Melhor impossível!

—Tô vendo pela sua cara e a da Sara. Onde vocês estão?

—No apê de uma uma amiga da Sara.

—Ah, já entendi! - Minha amiga tinha um sorriso malicioso nos lábios. _Os dois estão tendo uma comemoração íntima, né?

—Catherine não seja indiscreta. - Eu ralhei sem graça com ela que riu assim como Sara que riu ao meu lado.

—Olha, ele ficou sem graça. Sara, ele também fica assim na hora H?

—Catherine!

Eu não tava acreditando que aquela sem noção da minha amiga perguntou isso.

—Ele não fica nenhum pouco, Catherine.

—Ei, Sara! Pára de contar a nossa intimidade pra ela.

—Qual é o problema? Sou sua amiga, Gil. Além do mais, eu te conto a minha intimidade.

—Sem eu pedir ou ser do meu agrado.

Ela caiu na risada.

—Inclusive a Sara quer te fazer uma reclamação. Aproveita agora e diz o que você queria dizer a ela.

—O que quer me dizer, Sara?

—Nada, Catherine. É graça dele.

Eu já ia derrubá-la pra minha amiga, quando Catherine disse que ia ter que desligar pra fazer umas coisas. Nos despedimos e a a chamada foi encerrada.

—Por que não disse pra ela?

—Porque não achei conveniente. Ela poderia não gostar. Fala você com ela, diz que eu não gostei de saber que ela te conta coisas íntimas dela e que pedi pra você falar pra ela parar com isso.

—Tá bom então. Achei que ia querer dizer você mesma.

—Eu até faria, mas depois ela poderia não gostar nada disso então, melhor não!

—Hum...

—A gente tem que começar a se arrumar pra ir. São duas da tarde já.

—Já? Queria ficar mais um pouco aqui com você pra fazermos amor mais uma vez.

—Quanta energia! Nós já fizemos três vezes e ainda quer fazer uma quarta vez?

—Essas três vezes não mataram nem metade da minha saudade de você.

—Seu tarado!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Até o próximo capítulo, que é o do jantar.

Beijos.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "São Francisco" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.