Miss Shadow escrita por Botiné


Capítulo 3
Um Adeus Para Um Velho Amigo


Notas iniciais do capítulo

OI AMORES!
Então, eu só queria dizer que eu gosto muito de comentários, tá? Eu não cobro eles, mas eles me incentivam muito.
Só dizendo!
Espero que gostem do capítulo!



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Passaram-se alguns dias desde que eu e Stark nos conhecemos. Naquele dia o céu estava nublado e chovendo. Eu amava chuva. Era o clima perfeito de um dia perfeito. Nada naquele dia parecia dar errado, e por incrível que pareça, o dia seguiu minhas expectativas.

Logo pela manhã recebi o e-mail que me deu a segunda grande chance de realizar meu sonho (não que eu tivesse me arrependido de recusar permanecer em New York, mas tenho que admitir que foi uma grande chance desperdiçada, e eu não poderia cometer o mesmo ‘quase erro’ de novo. Porque, dessa vez, poderia me arrepender.)

Os S.T.A.R Labs estavam querendo me contratar. Estavam desenvolvendo um acelerador de partículas que mudaria a história da Ciência. Eu estava cansada de New York, do Homem-Aranha, do trânsito e de Peter. Fora que, como a típica cientista em ascensão que eu era, estava muito empolgada para aquilo, o meu sonho de profissão sendo realizado. Juntando tudo isso ao fato de que queria sair de New York o mais rápido possível, não havia muito no que pensar.

E Central City só fica a 2 horas de New York, então o que tinha a perder? Se sentisse falta vinha visitar o Peter, já havia sido emancipada pelo orfanato desde que tinha entrado na faculdade.

Quase tudo já tinha sido preparado para a viagem, e só faltava a parte mais difícil de todas: me despedir de Peter. Havia adiado aquele momento ao máximo e evitado Peter, mas estava na hora.

Parei em frente a sua casa e por um momento pensei em desistir, mas respirei fundo me enchi de coragem e toquei a campainha. Abaixei a cabeça e fiquei encarando meus pés enquanto esperava por Peter. Escutei a porta abrindo e olhei para cima. Quando fiz isso, vi que quem tinha vindo me atender não tinha sido o próprio Peter, ou a tia May. Quem tinha vindo me atender era Gwen Stacey.

“Hey, está tudo bem?” perguntou-me Gwen de forma simpática. O que eu mais odiava nela, sem dúvida, era o fato de que não conseguia odiá-la, nem mesmo por um segundo. É difícil odiar alguém que, toda vez que fala com você, é completamente simpática, sorridente e educada. Era como uma espécie de feitiço. Essa era a única explicação que me ocorria.

“ Hum… Oi, Gwen. Tá tudo bem, sim. O Peter está? Eu preciso falar com ele, e é meio urgente.” Gwen continuava sorrindo, assim como eu, e bem no momento que abriu a boca para me responder, Gwen pareceu ver alguma coisa atrás de mim, e seu olhar se encheu de pânico.

Por reflexo, olhei para trás, e me surpreendi ao perceber que não havia nada.

“Ahn... Gwen, tudo bem? Você está meio pálida.” Ela se virou pra mim e voltou a sorrir, porém, dessa vez, seu sorriso estava cheio de nervosismo.

“Ah! Claro, está tudo bem? Porque não estaria?” em seguida, Gwen soltou mais um riso nervoso. Provavelmente, isso foi para que eu me tranquilizasse, mas isso só me deixou mais alerta.

“Sinceramente, você parece que viu um fantasma.”

“Na verdade, eu vi uma aranha. Enorme. Muito grande mesmo. Fiquei apavorada. Morro de medo de aranha.” Em seguida deu outra risada nervosa. Essa mania de Gwen ficar dando risadas nervosas já estava me deixando irritada, mas resolvi esquecer aquilo, principalmente por não querer ser intrometida.“Ah! Esqueci que ainda estamos aqui fora! Venha, entre!.”.

“Obrigada.” Murmurei “Então, e o Peter?” Aparentemente, o fato de eu estar perguntando sobre Peter a deixava ainda mais apreensiva, e tenho que reunir toda a minha força para não perguntar o motivo daquilo

“O que tem ele?” perguntou Gwen, meio temerosa.

“Onde ele está? Tenho um assunto urgente pra falar com ele.”

“Ah, sim. Certo. Ele está no banho, daqui a pouco desce.”

“OK...”  Eu me sentei no sofá e o desconforto presente naquele silêncio era quase palpável. Nós duas não tínhamos assunto algum para discutir, e nem nos conhecíamos bem. Ficamos assim por cerca de dez minutos até Peter finalmente descer.

Ele estava lindo. Nunca admitiria para ninguém, mas eu já tive um leve precipício por Peter. Porém eu via que ele não sentia o mesmo e, por isso, resolvi enterrar esse sentimento e seguir em frente. Obviamente, esse precipício às vezes se manifestava de novo, e eu tinha que me esforçar para enterrá-lo de novo. Eu sou racional o suficiente para perceber que qualquer esperança de um relacionamento romântico com Peter era ilusão minha.

Assim que Peter parou na minha frente, o clima ficou ainda mais tenso, e nenhum de nós tinha ideia do que fazer. Era sempre assim quando brigávamos, não sabíamos mais como agir um com o outro, mas isso não acontecia há muito. Fora o fato de que eu estava o evitando há dias, e ele provavelmente não gostaria do motivo. E provavelmente brigaríamos de novo.

“Hey Pete.”

“Isso é tudo que você tem a me dizer? ‘Hey Pete’ depois de duas semanas, duas semanas, me ignorando e evitando, tudo que você me diz é um ‘hey Pete’?” ele estava furioso. Eu também não estava exatamente feliz, ele me troca, não fala mais comigo me ignora por meses e exige coisas de mim? Quem ele pensava que era?

“O que você queria que dissesse? Hein, senhor estressadinho?” eu disse, sem conseguir conter o sarcasmo em meu tom de voz.

“Queria que se desculpasse por ter sido uma completa idiota carente e ciumenta comigo na última vez que nos vimos, no mínimo.”

“O que? Você não pode estar falando sério...” ele nunca havia falado algo assim pra mim, nem mesmo quando nossas brigas eram frequentes.

“Peter! Olha com quem você esta falando, é a Alice! Sua melhor amiga, sua irmã que te ajuda e apoia em tudo! Como você pode dizer uma coisa dessas?” Gwen interviu, ela, como eu, não estava entendendo muita coisa. A diferença era que eu praticamente chorava, mesmo que não fosse fazer isso na frente deles.

Ele sabia o quão importante era pra mim e estava me destruindo, porque era a única pessoa que conseguiria. Foi o único que deixei entrar e, pelo visto, não foi minha melhor ideia.

“Não, o deixe desabafar, Gwen. Ele precisa disso há anos. Eu sou realmente insuportável. Só arrumo problemas para ele. carente e ciumenta ao extremo. A pior amiga que ele poderia ter, se é que em algum momento fui amiga dele.” Continuava encarando Peter que por um momento pareceu fraquejar, mas logo voltou a sua posição impassível “Foi o que pensei. Foi um erro ter vindo até aqui.” Fui em direção a porta e parei com a mão na maçaneta. Virei-me por cima do ombro e falei:

“A propósito, consegui um emprego em Central City. No Star Labs. Vou trabalhar na construção do acelerador de partículas. Um avanço da Ciência. Vou realizar meu sonho. Não que você ligue, mas eu vim te contar, isso e me despedir. Tchau Peter.”

Ao passar por aquela porta me sentia vazia. Lágrimas escorriam, mas eu não lhes dava importância. Simplesmente segui em frente sem olhar para trás, sem ver que ele estava me vendo ir embora. E também estava chorando.


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Notas finais do capítulo

Espero que vocês tenham gostado!
Esse capítulo, como todos os outros, foi betado pela Cherry Pitch.
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