No Time For Love escrita por Unhas Roxas


Capítulo 6
Conversa de pai e filho




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     -O que houve?

     Me virei e vi Anna, completamente vestida para o Capture a bandeira, com o Arco Dourado em uma das mãos, uau. Depois que adimiti para mim mesmo que estava apaixonado por Anna, ela passou a ser muito mais lida do que já era.

     -Ótimo! Agora que a Barbie 2 chegou ai mesmo que não vamos conseguir nenhum dos dois!

     -Clarisse esta teimando que não podemos ter Percy e Nico no mesmo time!

     -Vocês sabem que temos sete minutos para terminar essa discução? –Disse Percy, mas apenas Nico o ouviu.

     -É claro que podemos ter os dois! –Disse Anna.

     -É claro que é injusto! Dois filhos dos três grandes, e a filha de Apolo com o arco especial! Injusto.

     Aquela chata discução continuou durante os sete minutos, até que Quiron chegou e disse que se Atena tinha se aliado aos dois primeiro, ela tinha sim direitos de ficar com nós dois, mesmo que fosse injusto.

     Com a discução não houve tempo para que nenhum dos dois times repassasse as estratégias. Então, pelo o que eu lembrava, eu e Percy iríamos viajar nas sombras até o campo inimigo e capturar a bandeira. Um plano simples, fácil de lembrar e que sempre dava certo.

    Estávamos em nossas posições, eu, Percy e Anna, que insistiu que eu deveriam levá-la, tendo como um ponto a seu favor o Arco.

     De longe ouvimos a batalha começar, e segundo Annabeth deveríamos contar até dez antes de chegar à banteira.

     -Prontos? –Eu perguntei.

     -Sim. –Os dois responderam, Percy segurou meu ombro e Anna me deu a mão. Se eu não fosse tão competitivo, teria ficado um idiota.

     Corremos em direção a uma arvore e a tempo de não bater nela e viajamos pela sombra... Estava demorando de mais para termos apenas viajado para o outro lado do bosque.

     Abri meus olho e me deparei com meu pai e Perséfone, sentados em seus tronos. Percy e Anna estavam tão confusos quanto eu, e Anna apertava forte a minha mão. Soltei discretamente.

     -Olá papai. Perséfone. –Fiz uma breve reverencia e meus amigos imitaram.

     -Olá querido! –Disse Perséfone.

     -Acha que eu sou idiota? –Perguntou meu pai. Ele estava com raiva.

     -É claro que não.

     -Acha que eu não vi as mãozinhas dadas?

     Essa eu não respondi, sabia que ele tinha visto. Anna estava super vermelha do meu lado, e tinha acabado de se afastar.

     -Todos nós vimos, amor. –Perséfone e sua voz enjoada, respnderam por mim. Não que eu não gostasse dela, mas sabe como é, ela é minha”madrasta”.

     -Eu não te proibi? –Explodiu meu querido pai.

     -Sim. –Eu disse baixo, mas ele ouviu.

     -Sim, o que?

     -Sim, senhor.

     Percy e Anna não estavam entendendo nada. Mesmo assim eu me senti um menininho de dez anos levando bronca do pai.

     -Se eu te vir de novo com essa garota...

     -O que?! –Gritou Anna, infelizmente não há tempo de perceber a besteira que havia feito.

     -Não fale comigo dessa maneira, filha de Apolo. –Meu pai gritou.

     -Para pai! –Dessa vez eu gritei. –Não fale com Anna assim.

     Meu pai veio em minha direção devagar, mas eu não recuei, continuei firme um passo a frente de Anna, tentado parecer bem mais corajoso do que me sentia. Ele parou a um palmo de distancia de mim. Eu não estava nem ai, já estava no inferno mesmo; respondi:

     -Não tenho culpa que você preferia que Bianca estivesse viva no meu lugar. Pelo menos agora ela esta mais perto de você. –Eu continuei encarando.

     Ao sentir que tinham falado dela, Bianca, apareceu no grande salão do palácio de Hades, o que fez com que os altos muros de defesa que eu tinha construído dentro de mim desmoronassem. Eu sabia que ela tinha certos privilégios, mesmo morta, assim como todos os filhos de Hades. Ela me visitava em sonhos e podia visitar nossos pai e mãe. Mas até então eu nunca havia a visto como um fantasma.

    Eu iria continuar falando, mas minha garganta fechou. Era como se todo aquela antiga tristeza tivesse voltado com força total.

     -Bianca? É você mesmo? –Perguntou Percy também em choque.

     Bianca apenas fez que sim com a cabeça, nenhum mortal pode falar com os mortos, exceto eu. Percy começou a ir em direção à minha irmã, eu o parei.

     -Não vai conseguir tocá-la. –Eu disse tristemente. Ele parou.

     Meu pai já estava um tanto mais calmo. Tentei recomeçar a converça.

     -Me desculpe pai. Eu não pude me impedir de me apaixonar, quando percebi não tinha mais volta. Mas acredite, eu nunca faria nada para te prejudicar, nunca.

     Meu pai revirou os olhos, eu tinha vontade de socá-lo, mas aquela imagem de Bianca estava me deixando tão mal que mesmo que tentasse, não conseguiria. Ele olhou para mim com tristeza, mas no fundo dava para perceber que ele até tinha ficado feliz por mim.

     -Que seja. Agora suma da minha frente antes que eu te deixe permanentemente preso aqui em baixo. –Ok, essa era a minha deixa.

     -Tchau pai. Persófone. Tchau... Bianca...

     Continuei olhando minha irmã, naquele estado tão deprimente por mais uns sete segundos. Segurei meus dois amigos pelo braço e voltamos para o acampamento.

 

 

     Uma metade do Acampamento estava em festa, a outra metade nem tanto. Nós tínhamos parado bem em cima da linha divisória entre os campos do capture a bandeira. Obviamente o jogo já havia acabado.

     -Perceu Jackson! Nico di Ângelo! Onde é que vocês estavam?! Perdemos o jogo por causa de vocês! –Gritou Annabeth. –Vocês sabiam que nossas defesas eram fracas.

     Annabeth poderia gritar a noite inteira, eu estava em choque, nunca iria ouvir o que estava dizendo. Parecia que Percy e Anna também.

     -Nico? Cara, você ta legal? –Perguntou Percy olhando para mim.

     -Sabe? Acho que eu preciso ir para o meu chalé, tchau.

     Eu fui andando para o meu chalé, deixando pra trás todos, eu queria ficar sozinho.

     Foi como naqueles momentos emos da vida, quando nós ficamos deitados em nossas camas olhando para o teto ouvindo uma musica que deveria te alegrar, mas acaba te deixando mais pra baixo ainda, mas nós não mudamos de musica por que queremos nos sentir assim. Quando estamos desesperadamente precisando de alguém, de um amigo, mas gritamos para nós mesmos e para todos que o que precisamos é ficar sozinhos. Um momento onde qualquer filho de Hades, poderia sentir a vida desaparecendo de dentro de si próprio.

     E foi assim que terminou o meu domingo.

 

 

     P.O.V. Anna

 

     -O que foi aquilo? –Perguntei a Percy.

     -Olha, pelo que eu entendi, Hades esperou Nico viajar novamente pelas sombras, para levá-lo até o seu palácio no submundo. Hades estava brigando com Nico por ter se apaixonado, muito obviamente, por Anna, algo que ele, Hades, já tinha proibido Nico de fazer, e que provavelmente vai prejudicar Hades.

     -Tá. –Eu processei tudo o mais rápido que pude. Continuei. –Mas e aquela garota, é a irmã dele?

     -Bianca? –Perguntou Annabeth sem entender nada.

     -É sim a irmã dele.

     -Então deixa eu ver se entendi. Hades estava brigando com Nico por se apaixonar por mim, ok. Mas por que ele ficou daquele jeito, parecia que ele... também estava morto.

     -Imagine estar no reino dos mortos e encontrar sua irmã-fantasmas vagando por lá. Não seria muito agradável. –Respondeu Percy, ele também estava triste.

     Ninguém respondeu nada, foi ai que percebemos que todos tinham parado a comemoração para saber da fofoca. No mesmo instante as pessoas começaram a cochichar entre si.

     -E vocês não tem mais o que fazer não? Vão comemorar! Circulando. –Disse Quiron dispersando o pessoal. –Me contem, com detalhes o que aconteceu. –Ele nos falou.

 

***


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Notas finais do capítulo

Sorry! Ta atrasado mas ta bom!