Stolen Moments escrita por STatic


Capítulo 8
A Death in the Family


Notas iniciais do capítulo

Oláaa amores! Então, muito obrigada todo mundo que ta lendo e comentando, amo ler o que vocês tem a dizer e fico muito feliz que estejam gostando. Eu acho maravilhoso como algumas pessoas estão se identificando com a relação de mãe e filha aqui, é muito legal hahahsjala E obrigada a Elo (que é sempre um amorzinho nas mensagens) que fez uma recomendação lindíssima! Eu amei demaais, muuuito obrigada!!

Recadinho: Eu sei que demoro a atualizar e isso é muito chato, mas é a vida, prioridades existem. O motivo de eu ter feito essa história algo sem ordem cronológica, foi essa liberdade de nada ser continuação e ninguém ficar curioso morrendo hahhskajl As vezes eu até tenho alguma coisa pronta, mas não posto porque não acho que esteja legal o suficiente e eu não quero que vocês leiam algo ruim e que eu não gostei. Tira todo o objetivo de escrever para mim. Então, a promessa de vir correndo aqui sempre que eu tiver algo para vocês continua! Eu não me importo que me cobrem, sintam-se a vontade (as vezes até me da o empurrãozinho necessário), mas sejam legais. Eu sou sensível. Juro. Não desistam de mim.

Então tá, é isso. Esse capítulo está bem curtinho, mas não queria ficar longe mais tempo, então... Espero que gostem!




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Kate POV

Eu ainda tinha lágrimas nos olhos enquanto subia para o meu apartamento. Uma mistura de frustração, raiva e dor que eu já devia ter me acostumado, mas que ainda assim me deixava na beira de um penhasco, empurrando-me em uma direção ou outra.

Durante todo o tempo em que eu sentara ali, ouvindo-o falar sobre o que havia descoberto, eu havia tentado controlar as lágrimas. O turbilhão de emoções que eu sentia tornava a tarefa próxima ao impossível, mas eu não o deixaria me ver chorar. Não ali, não naquele momento e não por isso.

Castle havia passado de todos os limites. De todas as coisas que ele havia feito quando eu disse para não as fazer, aquela havia sido a pior. Não ficar no carro, não me escutar ou parar de falar em momentos inapropriados eu poderia lidar, poderia perdoar. Droga, mesmo seu comportamento infantil e malicioso – uma mistura bizarra e charmosa –, eu era capaz de perdoar. Mas dessa vez o maior limite havia sido passado, a traição máxima e eu não conseguia lidar com ela.

Eu lutara contra as malditas lágrimas até mesmo no caminho até meu apartamento, ainda não me permitindo quebrar, porque eu sabia que no momento em que começasse, não iria parar e eu realmente queria minha casa, o conforto que somente ela poderia oferecer.

Quer dizer, qual era o problema dele? Eu sabia que ele tinha problemas em se manter em sua própria vida, cuidar de suas próprias coisas, mas a proporção e a quantidade de vezes e a força em que eu havia dito para ele se manter fora daquilo não haviam sido suficientes? Eu não havia sido clara o suficiente? Ele era assim tão egoísta? Eu odiava pensar que sim.

O elevador finalmente parou e eu caminhei os poucos metros até minha porta, destrancando-a enquanto finalmente uma lágrima conseguiu escapar. Eu estava orgulhosa de mim mesma por ter aguentado tanto tempo, esperado até não ter ninguém por perto. Eu tinha certeza absoluta que ele havia notado a maneira que tentei me controlar. A dor, pelo menos. A raiva, por outro lado, eu não fizera tanto esforço.

Mais lágrimas escaparam quando pensei na maneira em que havia dito que estávamos acabados e me virei para ir embora. Sequer lancei um olhar para trás, mas ainda assim pude sentir seus olhos queimarem minhas costas, sabendo como estavam seus olhos: Cheios de pena e arrependimento. Bom, eu não precisava daquelas coisas e por que havia de me preocupar com seus sentimentos quando ele não pode fazer o mesmo por mim?

Aquela única coisa, tão pequena, mas tão importante! E ainda assim, ele havia ido contra e revirado o caso mais importante de toda a minha vida. O caso que já havia trago dor o suficiente. Eu havia colocado tudo aquilo para trás – ou era o que eu gostava de pensar – por mim e por minha mãe, dando uma chance a vida. E agora a ferida estava ali, aberta novamente, exposta para todo mundo ver, menos cicatrizada do que gostava de imaginar.

Limpei o rosto com a palma da mão e fechei a porta atrás de mim depois de entrar. Pendurei o casaco e a bolsa e caminhei direto para minha cozinha, abrindo uma garrafa de uísque e servindo um copo.

Com o copo em uma mão e a garrafa em outra, caminhei até a sala. Parei perto do sofá, tomando um gole grande, sentindo com satisfação a garganta queimar. Era bom. Aquilo era algo que eu podia sentir e controlar. 

— Isso não vai ajudar muito, sabe. – Uma voz conhecida disse e eu dei um pulo. Grande policial, Kate.

— Mãe! – Quase gritei, olhando para a figura sentada no chão com um livro no colo, apenas a luz de um abajur a iluminando. Caminhei até o interruptor e acendi o restante das luzes.

— Oi! – Ela respondeu, sorrindo para mim como se fosse a coisa mais normal do mundo ela estar parada na minha sala enquanto eu não estava em casa.

— O que você está fazendo aqui? E por que o silencio? – Minha voz ainda estava alta, a incredulidade obvia.

— O que quer dizer? Eu vim ver minha filha preferida!

— Eu sou sua única filha. A chave de emergência é para emergências, sabia? – Perguntei, tirando os sapatos aos chutes, mandando-os para o lado. Ela me observou com olhos desaprovadores. Me sentei no sofá e continuei, apontando para o copo. – Talvez ajude mais que um pouco.

— Talvez. – Disse, apesar de eu saber que ela não concordava. – Caso difícil?

Suspirei. – Algo assim.

Ela fechou o livro e virou um pouco para o lado, afim de me ver melhor.

— Nem Castle conseguiu faze-lo melhor?

Eu dei uma risada meio exagerada. – Castle? Castle é um idiota. Completo idiota, egoísta, enxerido e idiota.

— Tudo bem, então Castle é um idiota... O que ele fez para merecer o título?

— Eu não quero falar sobre isso. – Sacudi a cabeça.

— Sério? – Levantou as sobrancelhas e eu sabia que não tinha escolha. No final das contas, aquilo não afetava somente a mim. Minha mãe havia passado por seus piores anos, lidando com a morte do marido e com a nova profissão da filha, assistindo enquanto eu me afundava cada vez mais. Ela havia se perdido e se encontrado, apenas para me ajudar a fazer o mesmo e eu jamais manteria algo relacionado aquilo escondido dela.

Olhei para o lado, sentindo os olhos arderem novamente, o conhecido nó na garganta retornando.

— Ele mexeu no caso. – Disse de uma vez, voltando a olhar para ela, esperando que ela entendesse do que eu falava.

— Você quer dizer o caso...

— O caso do meu pai.

— Oh. – Disse, parecendo confusa e assustada. – Por que?

— Por que ele é um intrometido idi...

— Idiota, é, eu acho que passamos por isso. – Ela me interrompeu. Observei enquanto ela se levantava de seu lugar no chão, caminhando de um lado para o outro como se tivesse como objetivo furar um buraco no meu piso. – Por que ele faria algo assim? Você não disse para não se meter? Não contou o que aconteceu? Por que ele continuou mesmo assim?

— Eu não sei, curiosidade talvez.

— Bom, isso é cruel. – Disse e eu notei como sua voz tremia. Droga.

— Mãe... – me levantei e dei um passo em sua direção, parando quando ela se virou para mim, os olhos brilhando e começando a ficar vermelhos.

— Ele... ham, ele achou alguma coisa? – Sua voz tinha um pavor e esperança contida.

Fechei o espaço entre nós e peguei sua mão que tremia levemente, guiando-nos até o sofá. Me sentei ao seu lado, segurando sua mão enquanto contava sobre o que Castle havia dito.

Ficamos em silencio por alguns minutos, ambas perdidas em nossos próprios pensamentos, até que ela se mexeu ao meu lado.

— O que isso significa? – Perguntou, a voz baixa, mas controlada.

— Eu não sei. – Era verdade. Eu não tinha a menor ideia do que aquilo queria dizer.

— Quer dizer, você... Você vai voltar a investigar?

— Não! – Quase gritei em minha tentativa de assegurá-la. – Eu estou bem assim.

— Não está. – Disse com firmeza.

— Não, mas estou bem o suficiente. – As lagrimas teimosas retornaram e eu não tentei impedi-las dessa vez. – Eu só não consigo entender porque ele fez isso.

— Querida. – Minha mãe disse e me puxou para perto, me envolvendo em seus braços e eu finalmente chorei de verdade, deixando toda a montanha russa que haviam sido as últimas horas me dominar.

— Eu havia dito não, contado para ele o que esse caso havia feito comigo, onde havia me levado e mesmo assim...

Chorei por mais um tempo, me sentindo estranha e descontrolada, mas não lutei contra isso. Após um tempo, a exaustão tomou conta e eu me deitei no sofá, a cabeça apoiada no colo da minha mãe. Senti seus dedos brincando com meus cabelos imediatamente.

— Eu me abri com ele. Um pouquinho só, mas foi algo.

— Eu sei.

— E eu ameacei também! Eu avisei o que aconteceria se ele tocasse no caso.

— Você avisou.

— E ele fez mesmo assim.

Ela não disse nada agora, apenas continuou mexendo no meu cabelo.

— Eu realmente pensei que ele se importava. Isso é uma droga. Grande.

Seu corpo vibrou embaixo do meu enquanto ela ria. Do que, exatamente, eu não poderia dizer.

— Talvez ele só estivesse tentando ajudar... Você o conhece, ele não causaria mal de propósito. Principalmente a você. Vocês vão ficar bem. – Ela disse aquilo com a voz de quem tem certeza absoluta.

— Se não tivermos que nos ver novamente.

— Para o bem dele? – Ela perguntou, rindo um pouco e eu estava feliz por ela conseguir rir daquilo. E estava feliz por ela ignorar que a chave de emergência era para emergência e ter entrado ali, por estar ali exatamente no momento certo.

— Para o bem dele. – Concordei com um pequeno sorriso.

Permanecemos em silencio por mais um tempo, pensando o que aconteceria dali para frente.

— Então nós agora odiamos Richard Castle? – Ela voltou a falar.

— Odiamos.

— Quanto?

— Se ele nos oferecer café, iremos negar.

— Ódio mortal, então.

— É.

— Certo. Por enquanto.

Minha mãe tinha essa ideia – embora fosse cuidadosa em não demonstrar demais – que Castle e eu não podíamos ser separados por muito tempo. Não importava o quanto brigássemos, de um jeito ou de outro, em algum momento, nossos caminhos se cruzariam novamente. Era enlouquecedor e eu não pensaria nisso naquele momento.

— Por enquanto. – Revirei os olhos enquanto concordava.


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Notas finais do capítulo

Até a próxima!
Me contem o que acharam?
Beijo! ♥



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