Stolen Moments escrita por STatic


Capítulo 7
Knockdown


Notas iniciais do capítulo

Oláa! Adivinha?? Euzinha aqui! Hoje foi meu último dia de férias e tentando não terminá-la tendo sido totalmente inútil, vim com capítulo novo. A sugestão para esse capítulo foi da Staty e depois da Lee e eu amei demais, sério! Espero que tenha ficado como imaginaram e espero que gostem! Obrigaada!

Muito obrigada pelos comentários sempre incríveis e todo mundo que ta acompanhando e que favoritou, isso é muito legal e significa muito.
Certo, boa leitura! Espero que gostem!

PS: Desculpem a demora! É aquilo de sempre, assim que eu tiver algo legal para postar, eu venho correndo para cá. Obrigada pela paciência hahaha



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Kate POV

— Ele me beijou. – soltei no segundo em que ela abriu a porta. Sem esperar por um convite, eu passei por ela e entrei na casa. Uma vez lá dentro, virei-me novamente para a figura chocada ainda parada na entrada.

— Kate! Olá, eu estou ótima, como vai você? Isso é ótimo, por que não entra? – ela fingiu uma conversa, fechando a porta dramaticamente e girando nos calcanhares, me encarando com as sobrancelhas erguidas.

Eu não estava lá com muito animo para aquilo. Eu estava, na melhor das hipóteses, confusa. Confusa e apavorada. Castle e eu nos beijamos e eu não sabia o que pensar sobre aquilo, nem mesmo o que sentir, o que levava meu cérebro a uma onda de letargia e confusão.

Não bastasse aquele caso. Aquele caso, o caso de uma carreira, de uma vida, que podia – e havia – me feito perder o controle em diversas ocasiões. Nós estávamos progredindo, chegando em algum lugar, e, embora eu não tivesse a menor ideia de onde, sabia que estávamos. E Castle estava lá, exatamente como deveria ser.

Assim como estava lá hoje, quando precisávamos salvar Espo e Ryan. Castle estava lá, com seus lábios e suas mãos e seus olhos e seus braços. E seus lábios. Lábios tão quentes e macios que pareciam terem sido feitos sobre medida para os meus, um encaixe perfeito.

Como todo o resto, aquilo era perfeito. E apavorante. E confuso ao extremo. Quer dizer, eu deveria ter gostado daquilo? E tinha Josh... Deus!

Dei um passo em direção a minha mãe, que ainda estava parada em frente a porta esperando por uma reação minha. Parei bem em sua frente e segurei seu rosto com minhas duas mãos, olhando-a diretamente nos olhos, tentando faze-la entender a seriedade daquilo.

— Castle me beijou. De verdade. Lábios e língua e tudo aquilo. Me beijou.

Com isso – graças aos céus – ela havia saído de sua interpretação ruim de nós mesmas. Seus olhos se arregalaram um pouco e boca se abriu em um O perfeito, a surpresa obvia ali. Constatando que ela havia se focado o suficiente, eu a soltei, refazendo meus passos para trás.

— Tudo bem. – ela soltou a respiração. Pareceu lutar para encontrar o que dizer e então passou por mim, indicando que eu deveria segui-la.

Uma parte de mim esperava que ela sorrisse ou fizesse um de seus comentários engraçadinhos, mas não foi o que ela fez. Ela continuou andando até a cozinha, o rosto concentrado, tentando encontrar o que dizer primeiro e eu a amei ainda mais por isso. Ela não havia me provocado porque sabia que aquilo era sério, era real. Mais do que uma ideia, aquilo havia de fato acontecido e o que eu sentia era tão real quanto. Minha mãe sabia mesmo de tudo.

— Castle te beijou. – repetiu após virar-se para mim novamente. Ela estava apoiada no balcão e eu me poiei em uma das cadeiras, completamente incapacitada de me sentar.

— Sim. – respondi e depois pensei melhor. – Ele me beijou, eu o beijei... nós nos beijamos, mas sim. É.

Eu me enrolei, mas ela pareceu ter entendido.

— Como foi que isso aconteceu? Quer dizer... Vocês conversaram? Ele disse algo, ou...

— Nós estávamos tentando nos disfarçar.

— Se beijando? – sua voz era cínica, mas eu podia entender isso.

— Bom, funcionou!

Ela revirou os olhos e eu fiz uma careta, antecipando o que viria a seguir. Eu podia lidar com aquilo, não tinha sido para aquele tipo de conversa que eu havia ido até ali, no final das contas?

Minha mãe abriu a geladeira e tirou um vinho de lá, servindo a nós duas.

— Eu vou precisar de detalhes. – disse enquanto pegava sua taça e ia em direção a sala.

Eu nem precisava pensar uma vez.

— Certo. – concordei, pegando minha taça e quase abraçando a garrafa com o braço livre enquanto novamente a seguia.

Ela se sentou no sofá e eu me sentei ao seu lado, ficando em silencio.

— Estamos prontas. – concluiu e aquele era o mais claro convite que eu receberia. O mais paciente também, então comecei a falar.

Falei um pouco sobre o caso e o que havia acontecido a Ryan e Esposito, até chegar na parte com o segurança. Ela escutou a história sem interromper sequer uma vez, o que mostrava quão interessada e imersa estava.

— Se o segurança nos visse, ele avisaria a quem estivesse lá dentro e não ia acabar bem... Então Castle me beijou. O segurança se aproximou, eu apaguei o cara, nós entramos e tiramos os meninos de lá.

Finalizei minha história e tomei um longo gole do vinho, esperando sua reação.

— Eles estão bem? Kevin e Javier? – perguntou, a preocupação evidente. Assim como os dois eram irmãos para mim, eles eram como filhos para minha mãe e eu sabia que ela os amava profundamente.

— Eles estão. Um pouco de ego ferido, mas vão ficar bem. – pausei. – Nós sempre ficamos.

— Certo. – concordou e ficou calada por um tempo, a expressão pensativa e concentrada. Eu tinha a desconfiança que ela estava repassando tudo na cabeça e preparando as perguntas.

Deixei a taça de vinho agora vazia e deslizei para o chão, me sentando perto dos pés dela, aguardando. Alguns minutos depois, ela se moveu e eu esperei que falasse.

— Como foi?

— Eu acabei de te contar. – desviei.

— Não isso! O beijo! Seu e do seu escritor. – esclareceu.

— Eu achei que já tínhamos combinado que ele não é meu escritor.

— Você combinou, não eu. Agora desembuche!

Respirei fundo uma vez e me virei um pouco, levantando a cabeça para poder olhar para ela.

— Foi perfeito. – respondi e, incapaz de conter o sorriso e como a grande covarde que eu era, escondi o rosto no sofá antes de poder encará-la novamente. – Foi doce e gentil, mas meio agressivo, desesperado. Apenas... Perfeito, eu não sei.

Enquanto eu tentava esconder meu sorriso, Johanna não fez lá muito esforço para esconder o dela e parecia que o rosto ia se partir ao meio a qualquer segundo.

— Eu estou tão feliz! – ela riu, juntando as mãos em frente ao rosto. – Já tinha passado da hora. E então?

— O que?

— Ele é bom? Castle beija bem? Ele parece alguém que beijaria bem. – divagou, mas respondeu como se fosse a coisa mais óbvia do mundo sua pergunta.

E novamente eu escondi meu rosto, evitando seu olhar enquanto sentia o calor subir para minhas bochechas, sabendo que devia estar vermelha demais agora. Sinceramente, eu fazia o leão covarde de o Magico de Oz parecer um super-herói.

— Vamos, Katie.

— Sim. Sim, ele beija. – um suspiro involuntário escapou e eu me amaldiçoei por dentro. Sério? – Ele tem os lábios mais macios e perfeitos e é forte e... Perfeito.

— Caramba.

Finalmente tomei coragem e a olhei, fazendo a confissão que tive medo de fazer até para mim.

— Foi o melhor beijo da minha vida.

Minha mãe sorriu, um sorrisinho feliz de quem teve um sonho realizado. Ela parecia muito satisfeita consigo mesma e não fazia o menor sentido. 

— É o que acontece quando se beija alguém que você ama de verdade.

Senti meu rosto cair imediatamente. Eu não amava Castle. Ele era meu parceiro e era atraente, claro, mas amor? Não... Aquilo era absurdo. Certo?

— O que? Eu não o amo, isso é ridículo. Você é ridícula. Isso é...

Me afastei do sofá um pouco, sentando-me ereta e virada para ela. Era estupida a posição em que estávamos, com ela tão mais alta que eu, mas funcionava.

— Totalmente verdade? – ela completou minha frase.

— Não... – disse e desviei os olhos. – Ele é meu parceiro e eu me importo com ele, mas não o amo. De jeito nenhum. Não.

— Essa é uma forte negação. – murmurou, mas pareceu deixar para lá. Ao menos por agora. – E então?

— O que?

— O que isso significa?

— O que quer dizer? – perguntei.

Ela suspirou. – Kate, vocês se beijaram. O casal que movimenta a economia da delegacia em apostas, finalmente se beijou! O que acontece agora?

— Eu não sei. – quase sussurrei. Eu fora até ali para ela me dizer o que fazer! Não havia me preparado para o interrogatório com perguntas que eu não sabia responder.

— Vocês se beijaram! – repetiu. – Não podem simplesmente não falar sobre isso.

— Não podemos?

Ela me cutucou com o pé. – Vocês precisam conversar.

— Mas e se... – hesitei. – E se não foi nada para ele? Se ele não estiver sequer pensando sobre isso? Castle provavelmente está apenas aliviado que conseguimos salvar os garotos e que foi só isso, um bom disfarce.

Eu disse isso e sabia imediatamente que estava mentindo. Eu havia visto o rosto dele quando nos afastamos. Havia escutado o que tinha dito depois e olhado em seus olhos quando tudo acabara e estávamos seguros novamente, no fundo da ambulância. Não havia sido apenas um disfarce. Não para mim, não para ele.

— Nem mesmo você acredita nisso. – ela sacudiu a cabeça e eu sorri.

Me aproximei do sofá novamente. Coloquei meus braços no assento e deitei a cabeça neles, olhando minha mãe.

— Sabe o que ele disse depois que nos afastamos? – perguntei após um minuto. Ela esperou. – Ele disse “isso foi incrível”. Com o rosto corado e totalmente adorável.

Eu podia sentir o aspecto sonhador que eu estava agora, como uma garota de quinze anos e queria me bater. Qual era o meu problema?

— Claro, ele também disse que estava se referindo ao golpe que eu acabara de dar no outro cara. – revirei os olhos. Castle não era tão sutil quanto gostava de pensar.

Johanna riu depois de me observar por alguns segundos. – Vocês são patéticos.

— Ei! – reclamei, ofendida.

— Vocês dois são tão diferentes, mas quando se trata disso – apontou para mim – são idênticos. Um casal de medrosos, apavorados em deixar o outro saber o que sente mesmo quando é tão obvio!

— Não é tão obvio. - discordei. 

— É bastante óbvio.

Fechei os olhos, tentando pensar. Após alguns minutos de silencio, voltei a olhar para minha mãe.

— Eu tenho o Josh. Isso é uma bagunça.

Ela sequer pensou um segundo.

— Você devia apenas terminar com ele. – disse como se fosse óbvio.

— Mãe... – comecei, mas o que tinha para ser dito?

— Querida, eu sei. Ele é um bom homem e você gosta dele, mas...

— Ele não é o Rick. – finalizei por ela em um sussurro amedrontado.

Ela me olhou, parecendo bastante satisfeita. – Exatamente. Vocês merecem mais.

Suspirei. – O que eu faço depois?

— Fale com ele. Rick. Eu sei que falar sobre os seus sentimentos está bem baixo na sua lista de habilidades, mas você pode fazer isso, eu tenho certeza. Você precisa. Vai dar tudo certo e eu vou estar aqui para a próxima sessão.

Pensei por um momento e depois sorri. – Certo. Eu vou tentar, obrigada.

— Sem problemas, querida. – ela brincou com os meus cabelos e eu fechei os olhos novamente.

— Eu vou conversar com Castle. – disse, tentando parecer mais certa e corajosa do que me sentia.

— Isso ou você pode enfiar sua língua na garganta dele novamente, também funcionaria.

Tentei esconder o sorriso quando ela disse isso e permaneci com os olhos fechados.

— Você é impossível. – comentei.

— E estou certa. – adicionou.

— E está certa. – concordei.

Johanna Beckett estava sempre certa.


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Notas finais do capítulo

Me contem o que acharam?

Beijo!



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