Psi-Cullen (Sunset - pôr-do-sol) escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 31
Capítulo 30


Notas iniciais do capítulo

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PdV de Caroline

Esme me diz: 

— Preciso avisar você filha de que nós vamos viajar talvez semana que vem se seu passaporte chegar.

— Tomara que até lá passe isso.

— Vai passar, não demora muitos dias.

— Mamãe... desculpe perguntar, não quero que você fique triste, mas você disse que meu irmão Edward tentou se matar, mas como, se vampiros são difíceis de matar?

— Sim, mas podemos ser mortos por outros vampiros e outras criaturas que possam nos dilacerar.

— Mas como meu irmão pretendia fazer isso? Por que? Ele não pensou em você, em como você se sentiria?

— Não, ele não deve ter pensado em mim, é claro. Ele só pensava em morrer também, pois acreditava que Bella estivesse morta. E não poderia mais viver sem ela. Nosso amor por nossos parceiros é muito intenso.

‘Ele foi procurar os Volturi para que eles o matassem, mas é claro que eles tentaram convencê-lo a se unir a eles ao invés de se matar. Seria um desperdício de um dom inigualável. Não queriam perdê-lo, mas Edward estava resolvido a acabar com a própria ‘vida’ provocando os Volturi fazendo uma aparição pública.

— Como ele pretendia fazer isso?

— Lembra quando você me viu brilhando no sol, filha? – aceno que sim e então ela continua. – Por isso não podemos aparecer em público em dias ensolarados. Edward pretendia se exibir para todos que estavam naquele dia festejando o dia de São Marcos (25 de abril) aparecendo sem camisa em pleno meio-dia.

— Mas ele não morreu, não é mãe?

— Não. Por sorte Alice conseguiu convencer Bella a ir para Volterra mostrar para meu filho que não estava morta e que ele não precisava se matar. Ela estava bem. Ela conseguiu salvar meu filho impedindo que ele aparecesse para todo mundo ver, o que certamente os Volturi não iriam tolerar, porque essa festa comemora-se a expulsão dos vampiros da cidade e a aparição de um deles bem ali não seria nada bom para sua reputação — Esme disse a palavra reputação de forma estranha.

— Mas porque só a Bella poderia parar Edward? Foi muito arriscado para ela, Alice não podia apenas explicar o que aconteceu?

— Não era tão simples assim. Ele não iria acreditar se não visse a própria Bella. Tudo por causa de uma visão mal-entendida, Bella pulou mesmo de um penhasco – Alice deve ter ficado apavorada ao lembrar que foi assim que Esme morreu. –...mas ela foi salva. Bella pulou mesmo de um precipício, mas apenas para ver a alucinação de meu filho, era só para se divertir, mas ela acabou se afogando por causa das ondas do mar. Jacob a viu e tirou-a da água.

Porém a noite quando meu filho tinha ligado para a casa de Bella e perguntou por Charlie, o pai da Bella, Jacob atendeu o telefone e disse que Charlie estava no enterro. Assim Edward pensou que fosse o enterro da Bella e foi para Volterra. Alice foi até a casa de Bella e contou que não era Carlisle no telefone, mas sim Edward e que ele pensou que ela tinha morrido. Tinham que ir agora para a Itália. Elas foram, mesmo tendo sido abandonada pelo meu filho Bella não podia deixar ele se matar sabendo que seria por causa dela e que não teria motivo, pois ela estava bem e viva.

— Edward abandonou Bella? Quando? Por que?

— Foi logo depois do aniversario dela em 13 de setembro de 2005, por causa de um incidente com Jasper.

— Incidente?

Esme pensa bem nas palavras antes de me contar o que aconteceu:

— Jasper é o mais novo vegetariano da nossa família, como eu lhe disse. Ele não está há tanto tempo nessa dieta quanto nós e por isso ele atacou  Bella quando ela cortou o dedo ao abrir o embrulho do presente – como a Bella conseguiu se machucar com papel? Que coisa boba. Seria uma coisa sem importância se os Cullen não fossem vampiros. Bella deveria ter tido mais cuidado!

— Só isso já o fez atacar?! – fico chocada e ainda com mais medo desse vampiro.

— A princípio era um pequeno corte no dedo, mas depois disso meu filho Edward arremessou Bella para longe de Jasper para protegê-la do ataque, mas ela acabou caindo em cima da mesa dos pratos que quebraram ao cair no chão e acabaram machucando ela ainda mais. Um pequeno ferimento se tornou um grande corte.

— Mas Edward não podia ter feito diferente? Ela era humana e frágil ainda.

— Sim, é verdade, e por causa disso todos nós ficamos atiçados pelo sangue dela.Todos menos Carlisle é claro, ele é médico e foi rapidamente ver o que precisaria fazer com Bella.

‘Nós outros saímos de casa enquanto ele cuidava dela e costurava seu braço machucado. Meu marido a levou para o escritório e cuidou dela lá enquanto eu limpava a bagunça que havia ficando na sala.’

— Como você conseguiu mãe? Não precisava fazer isso.

— Eu prendi a respiração, nós vampiros não precisamos respirar, você sabe. E isso é bom quando não podemos sentir o cheiro de alguma coisa como naquele dia. Eu devo ter passado mais desinfetante do que era necessário, mas não podia arriscar deixar qualquer vestígio do cheiro de Bella que pudesse nos levar a fazer alguma besteira. Não queremos e por nossa vontade jamais iremos atacar um ser humano. Eu tinha que limpar, não podia deixar o chão secar com aquele cheiro de sangue, aí sim que seria difícil tirar.

— Por falar nisso – eu me levanto de vagar para não me sujar mais. Odeio ter de me mexer com cuidado para não sangrar ainda mais, mas na maioria das vezes não adianta. Fazemos qualquer movimento, qualquer mudança de posição e o sangue jorra.  – Com licença, preciso ir ao banheiro.

— Claro, querida! Fique a vontade. Estarei aqui esperando quando você voltar.

...XXX...

 

Vou ao banheiro me trocar. É sempre assim tenho que me trocar várias vezes nos primeiros dias e depois não tanto. Detesto ficar coma sensação de estar suja e por isso venho me limpar sempre que acho que preciso. Esme deve perceber o cheiro e se eu não me sentisse desconfortável poderia pedir para ela se tenho que me trocar.

Mas é claro que eu não faria isso, não gosto de incomodar os outros com meus assuntos, quanto mais esse em particular. Sei que mesmo que eu não queira ela sabe como estou por causa do cheiro. Eu sei que ela sabe que eu sei que ela sabe.

...XXX...

 

Quando volto para o quarto me aconchego no colo de Esme novamente e bocejo, agora que estou limpa vou dormir um pouco:

— Estou com sono, mãe.

— Você quer que eu saia?

— Não, pode ficar. Eu estou bem. Você está bem?

— Sim, querida.

Durmo entre seus braços protegida de todo mal. Me sinto a mais feliz de todas as criaturas.

...XXX...

 

Acordei pouco depois do meio dia e Carlisle já estava em casa. Ele estava conversando com a esposa tão baixinho que eu nem ouvia, só percebi seus lábios se moverem e as expressões do rosto mudarem levemente. Como vampiros eles são congelados e a expressão no rosto muda pouco, aprendi com eles a ser ainda mais atenta as pequenas mudanças na face das pessoas.

Eles dois estão falando baixinho para não atrapalhar enquanto eu durmo e isso é muito gentil da parte deles. Fico muito comovida com o gesto, não preciso muito para me emocionar. Às vezes eu acordava de manhã e ouvia meu pai gritando com a minha mãe, parecia que ele iria chegar a bater nela, mas felizmente isso nunca aconteceu. Por isso é tão importante para mim que Esme e Carlisle se deem bem e se amem, eles nem imaginam o quanto isso significa para mim.

Esme percebe que eu estou acordada e me cumprimenta (sei que Carlisle também notou):

— Boa tarde, sweetie!

— Boa tarde, mamãe. Boa tarde papai.

— Boa tarde, criança!

— Se me dão licença - digo me levantando.

— Claro, querida. Vou a cozinha preparar o almoço  para você – logo depois que Esme diz isso meu estômago ronca e eu fico constrangida.

— Tudo bem filha, não se acanhe – diz Carlisle. – Não há nada errado, nós sabemos que você precisa se alimentar mais vezes do que nós.

— Quantas vezes vocês precisam caçar? – aproveito que ele tocou no assunto para tirar essa minha curiosidade.

— Geralmente uma ou duas vezes por semana. Até três se for preciso.

— Nós humanos precisamos comer geralmente três vezes por dia e os médicos recomendam até cinco ou seis pequenas refeições a cada dia.

— É porque vocês têm uma metabolismo diferente do nosso.

Vou ao banheiro tomar outro banho e depois vou almoçar. Dessa vez Esme preparou maçarão com queijo mussarela para mim.

...XXX...

 

Depois do almoço voltamos para o meu quarto. Enquanto Esme fica comigo, Carlisle está no escritório estudando. Eu me sinto mal por impedir que eles dois fiquem juntos:

— Ah, mamãe – Esme olha para mim, ela estava distraída pensando em outra coisa enquanto acariciava meus cabelos.

— Sim, filha?

— Mamãe, você queria estar com o papai agora e eu estou atrapalhando vocês dois ficarem juntos, pode ir mãe.

— Não é isso, querida. Você entendeu errado. Eu estava pensando na nossa viagem daqui alguns dias. Eu e seu pai não fazemos amor todos os dias e o tempo todo, os humanos não fazem.

— Mas vocês não são humanos, nem se cansam – tento não ficar ruborizada ao falar desse assunto.

— Sim, nós poderíamos mesmo, mas temos outros compromissos, não fazemos só isso da vida.

— Quando você diz outros compromissos se refere a mim? Eu os atrapalho – fecho os olhos triste.

— Não, sweetie. Eu me refiro a responsabilidade de seu pai com o hospital. Aliás ele está estudando nesse momento para fazer uma cirurgia amanhã. Foi por isso que eu me apaixonei por ele também e não iria pedir para ele deixar o trabalho que tanto ama por minha causa – sei que papai não precisaria revisar nada, ele tem a memória impecável e já deve ter decorado todos os livros que tem em casa.

Olho para minhas próprias mãos arrependida por ter pensado isso deles. Eles me escolheram porque querem ficar comigo, jamais eu seria um estorvo. Percebo meu anel crucifixo e me lembro de perguntar para Esme:

— Mãe, meu anel incomoda você?

Ela percebe a direção do meu rosto:

— Ah, você quer dizer seu anel de cruz? Não, absolutamente.

— Então não foi por isso que você não me atacou da outra vez que eu estava menstruada?

— Não; foi porque não quero lhe fazer nenhum mal, querida.

— Uau, mãe, você é muito forte, eu te admiro cada vez mais.

— Obrigada, meu anjo.

— Então... você e papai são de alguma religião?

— Não exatamente, querida. Seu pai era filho de um pastor anglicano quando humano. Pode-se dizer que somos mais ou menos anglicanos.

— E você mamãe era de qual religião quando humana?

— Eu era católica, mas não muito praticante. Ainda mais que meu ex-marido me proibia de ir à igreja. Então antes de ser transformada eu fiquei os últimos anos sem exercer minha fé.

‘Claro que eu rezava a noite e iria ensinar tudo ao meu filho, mas o destino o levou embora e me trouxe a essa vida. Não que eu reclame, estou bem hoje, mas naquele tempo eu não tinha mais razão para viver. Eu sabia que suicídio é pecado, mas Deus veria qual foi meu motivo e talvez me perdoaria. Eu só queria ver meu filho novamente. Mas quem eu encontrei, na verdade ele me reencontrou, foi o meu anjo médico, eu fiquei feliz ao revê-lo depois de tantos anos. Eu achava que nunca mais o veria.

— Eu também pensei que nunca mais a encontraria – diz Carlisle na porta do quarto e entrando para beijar a esposa.

— Agora posso levar a sua mãe, filha? – ele pede para mim. Nem precisa pedir permissão, quem teria que pedir permissão sou eu.

— Claro, papai. Obrigada por me emprestar a mamãe.

Esme não se sente uma coisa, um objeto para ser emprestado, ela sabe o que eu quero dizer.

— De nada, criança – Carlisle pisca para mim enquanto ele e Esme desaparecem do meu quarto.

‘O que eu vou fazer agora?’ me pergunto. Tenho uma ideia e ligo o meu computador. A tarde passa tão depressa que nem percebi, só  notei quando já estava escurecendo. Não ouvi nenhum barulho vindo do quarto ao lado. Meus pais são muito discretos quanto a isso. Me levanto e vou ao banheiro mais uma vez e quanto volto ao quarto Esme está me esperando e me chama para jantar.

Não sei como eu consigo olhar nos olhos dela sabendo o que ela e papai acabaram de fazer, mas não foi nenhum crime. Quantas pessoas acabam de fazer isso e a gente nem sabe e quando sabemos fingimos que não sabemos? (vemos a prova quando a mulher engravida) Não há nada de errado nisso e eu a sigo normalmente para o primeiro andar.

...XXX...


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