Damon e Elena - Casamento de Mentirinha escrita por Emma Salvatore


Capítulo 3
Primeiro Encontro




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— Sr. Salvatore! É sempre uma honra recebê-lo! – o mâitre saudou assim que entramos no restaurante.

— Claro que é – Damon disse indiferente. – Onde está nossa mesa?

O mâitre nos acompanhou até a mesa e nos desejou bom apetite.

— Damon, será que você não é educado com ninguém? – perguntei um pouco chateada.

— O que foi agora? – ele perguntou entediado.

— O mâitre te saudou com tanta animação! E você foi tão indiferente! – exclamei.

— Elena, eu não preciso que as pessoas me lembrem de que sou importante – ele disse com sua habitual voz fria.

— Então talvez precise que te lembrem do quão desagradável você é - retruquei. – Pode deixar esse trabalho comigo.

Ele apenas deu de ombros.

— Vamos lá, Elena. Fale tudo o que precisa falar sobre mim. Você sabe muito bem o que eu penso de você. Quero ouvir o que você pensa de mim.

Ele olhou-me parecendo realmente interessado. Entrei no jogo dele. Resolvi falar tudo.

— Você é frio, arrogante, acha que está acima de tudo e de todos, trata as pessoas como um lixo, não se importa com sentimentos de ninguém e sinceramente, duvido que você seja capaz de sentir alguma coisa. Quando fui contratada para trabalhar na sua empresa, me animei por conta do salário, mas logo minha animação morreu ao perceber o tipo de pessoa para quem eu estava trabalhando. Você é totalmente repugnante, egoísta e insensível. E com certeza, nunca na minha vida você seria minha escolha para um casamento.

Quando eu terminei, não consegui identificar a expressão de Damon. Ele não estava indiferente, isso eu posso dizer. Talvez, de alguma forma, eu conseguira atingir algum ponto sensível dele.

— Senhores, os cardápios – um garçom aproximou-se, entregando-nos os cardápios.

— Obrigado – Damon respondeu.

Arregalei os olhos.

— O que foi? Surpresa? – Damon perguntou depois que o garçom se afastou. – Acha que o poderoso Damon Salvatore não consegue dizer um "obrigado" a uma pessoa inferior a ele?

Talvez tenha sido impressão minha, mas a voz de Damon parecia carregar um pouco de dor.

— O que você vai pedir? – perguntei olhando para o cardápio, decidindo ignorar sua pergunta.

Ele olhou para o próprio cardápio e respondeu com a sua usual voz fria:

Filetto di manzo. E supondo que você nunca veio aqui, pedirei o mesmo para você.

— Ah, certo – concordei, sem saber exatamente o que eu iria comer.

— Vou pedir vinho também. Você teria alguma preferência? – ele perguntou.

— Não. Não sou de beber vinhos – respondi.

— Ok.

Damon fez nossos pedidos e nós ficamos calados por alguns minutos. Até que eu me lembrei de algo que vinha me incomodando a tarde toda.

— Damon, que história é essa de que não vou mais trabalhar depois do casamento? – perguntei demonstrando minha irritação.

— Elena, você tem que concordar que seria estranho você trabalhar para mim depois que casarmos. Eu pagaria o salário para minha própria esposa? Não faz sentido – ele respondeu sem se abalar.

— Damon, nós só vamos ficar casados por um ano. Depois disso como você acha que eu vou fazer para me sustentar e sustentar minha família? Eu não rica como você, Damon! – exclamei, preocupada.

— Contrariando todas as suas acusações de que eu não me importo com ninguém, Elena, eu já preparei uma excelente carta de recomendação sobre você para ser entregue a uma excelente empresa de New York. Acredite, eles não deixam passar nenhuma recomendação minha – ele falou sem me encarar.

Não sabia o que dizer. Damon realmente tinha planejado tudo isso para mim? Espera, ele se importava comigo?

— Você se importa comigo? – perguntei, encarando-o firmemente.

Seus olhos azuis voltaram-se para os meus castanhos e ele respondeu:

— Talvez.

Nosso intenso contato visual foi interrompido com a chegada dos nossos pratos.

— Só isso? – perguntei abismada olhando para o prato à minha frente. – Damon, você paga uma fortuna em um restaurante para só comer isso?

— Elena, não seja mal educada. Isso é um Filette Di Manzo. Um prato especial, fino e vindo da Itália – ele informou com seriedade.

— Damon, pizza também veio da Itália e enche mais a barriga do que esses pratos finos – retruquei.

Damon riu. Pela primeira vez, eu ouvi sua risada verdadeira. Não um riso forçado ou uma risada fria. Era uma risada de verdadeiro divertimento.

— Apenas coma, Elena – ele falou, ainda divertido.

Obedeci. Levei uma garfada à boca e arrependi-me instantaneamente de ter criticado a comida.

— E então? Pizza ainda é melhor? – Damon perguntou, zombeteiro.

Não, com certeza não. Aquilo estava realmente divino, mas não podia dar o braço a torcer.

— Sim – respondi. – Pizza é muito melhor.

Damon riu mais uma vez e me serviu de vinho.

Eu bebi um gole e me senti no Paraíso. Meu Deus, como eu vivi tanto tempo sem isso?!

Bebi mais um gole e suspirei de olhos fechados deliciando-me com o sabor do vinho em minha boca.

Quando abri os olhos novamente, levei um susto.

— Oh, não! – sussurrei, abaixando minha cabeça e jogando meus cabelos por cima do meu rosto.

— O que foi? – Damon perguntou sem entender.

— Esse garçom que está passando agora com a bandeja de champanhe – Damon olhou para o lado e o viu. ­– Ele já foi meu namorado. E não foi um término muito bom. Ele não pode me ver aqui! Principalmente com você!

— Por que não? Ele vai te ver comigo de qualquer jeito quando nos casarmos. Sairá em todas as revistas e em todos os jornais, Elena.

Arrisquei uma olhada e percebi que ele já tinha ido. Recuperei minha compostura e traguei mais um gole de vinho.

— Elena, por que esse rapaz não poderia nos ver juntos? – Damon insistiu na pergunta.

Hesitei um pouco, mas então achei melhor responder:

— Porque o motivo para eu tenha terminado, foi justamente porque eu não quis ter certas intimidades com ele, se é que me entende.

— Você diz transar? – Damon perguntou, sem nenhum pudor.

— É – respondi, abaixando o olhar, um pouco envergonhada. – Nós namoramos por dois anos, mas ainda não me sentia pronta para dar esse passo. E ele era muito insistente. Não aguentei a pressão que ele fazia e então terminei com ele. Eu não queria que ele me visse com você, porque bem, todos sabem a reputação que você tem.

Damon pareceu ignorar a última frase e me perguntou, parecendo muito interessado:

— Elena, me responda uma coisa. Você é virgem?

Olhei para baixo pensando se deveria respondê-lo ou não. Eu não tinha motivos para responder essa pergunta tão pessoal. Nosso casamento era de mentira e até onde eu sabia, não éramos nem amigos.

— Elena? – ele insistiu.

Mas então pensei que talvez ele pudesse tentar alguma coisa durante esse ano de convivência. E não, definitivamente eu não queria dormir com Damon Salvatore. Então decidi responder de uma vez:

— Sim, Damon. Sou virgem.

Ele gargalhou.

— Uau! Me diga, Elena, quantos anos você tem? 20, 25...

— Tenho 27 anos.

Sua risada aumentou.

— Você tem 27 anos e ainda é virgem? Nossa! – ele caçoou.

— Damon, sabe, eu acho que você deveria falar mais alto porque eu acho que o mâitre ainda não escutou – reclamei, realmente chateada.

Damon continuou a gargalhar e eu estava ficando cada vez mais irritada.

— Escute, isso pode parecer banal para você, mas a minha primeira vez é algo muito especial para mim. Eu estou me guardando para a pessoa certa, para alguém importante. Porque, diferente de você, eu não quero que seja só sexo, só algo carnal, eu quero que os sentimentos estejam envolvidos. Eu quero amar a pessoa e sentir que também estou sendo amada. E se alguma vez passou pela sua cabeça pervertida que vou me entregar a você, saiba que está muito enganado.

Percebi que o sorriso morreu na boca de Damon. Não sabia dizer se meu discurso tinha o afetado de algum modo ou se ele estava apenas decepcionado por eu não estar disposta a entregar minha virgindade a ele. Acreditava mais na segundo opção.

Longos minutos de silêncio se passaram, enquanto estávamos absortos em nossos pratos.

Quando terminei, pedi em voz baixa:

— Podemos ir? Estou cansada.

Damon apenas assentiu e pediu a conta.

Quando saímos do restaurante, Damon envolveu sua mão em minha cintura e eu passei o braço por seu pescoço.

Andamos assim até o seu carro, onde antes de abrir a porta para mim, ele fez algo totalmente inesperado. Ele me beijou.

Apesar de ter sido pega de surpresa, eu não o afastei como eu deveria ter feito. Eu correspondi.

Sua língua pedia passagem em minha boca, enquanto suas mãos apertavam-me contra seu corpo, incentivando-me a ficar mais perto.

Minhas mãos passeavam por seus cabelos negros bem cortados, enquanto minha língua permitia alegremente a passagem da língua dele.

Paramos o beijo quando o ar ficou escasso.

Estava bem claro que nós dois estávamos frustrados com o término do beijo.

Com um sorriso cordial, Damon abriu a porta do passageiro e eu entrei calada.

Ele entrou do outro lado e deu a partida no carro.

— Tinha um paparazzi à espreita – ele explicou.

— Ah – falei um pouco decepcionada.

Queria que ele tivesse me beijado por iniciativa própria e não porque havia um paparazzi à espreita.

Então eu pensei, eu não queria que Damon Salvatore me beijasse em qualquer circunstância. Eu, pelo menos, não deveria querer isso. Não tem nem meia hora que eu afirmei que não dormiria com ele! Como agora eu poderia estar pensando em beijá-lo?!

Céus, o que estava acontecendo comigo?

Sem que eu percebesse, chegamos à minha casa.

— Bem, nos vemos amanhã então – falei, abrindo a porta.

Antes de eu sair, porém, Damon me puxou e me beijou novamente.

O beijo foi uma mistura de calmaria e intensidade que nunca tinha experimentado antes.

Afastamo-nos e eu sussurrei:

— Você tem que me ensinar a ver esses paparazzis.

— Não tinha nenhum agora, simplesmente quis te beijar – ele falou displicente. ­– Boa noite, Elena. Até amanhã.


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Notas finais do capítulo

E então???



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