Damon e Elena - Casamento de Mentirinha escrita por Emma Salvatore


Capítulo 4
O Noivado


Notas iniciais do capítulo

Oiii, gente!!!
Este é o cap do noivado e foi um dos que eu mais gostei de escrever!!!
Espero q gostem tbm!!!



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— Por que você fez isso? – perguntei, entrando furiosa na sala de Damon.

Ele apenas levantou os olhos para mim e falou com sua habitual voz fria:

— Elena, aquela porta existe porque eu não gosto de ser incomodado por ninguém enquanto trabalho. Inclusive por você.

— Damon, por que você demitiu a Eva? – perguntei ignorando sua reclamação.

— Quem?

— Eva Sinclair. Trabalhava aqui há cinco anos. Uma excelente profissional e me ajudou bastante nos meus primeiros dias na empresa – expliquei. – Por que você a demitiu, Damon?

— Ah, sim, estou lembrando-me dela – ele falou vagamente. – Meus motivos não te interessam, Elena. Se você não se lembra, esta ainda é a minha empresa.

— Ainda é a sua empresa porque eu aceitei me casar com você – enfrentei-o. – Não se esqueça de que eu posso jogar tudo ventilador sobre o nosso acordo.

— Você não vai fazer isso – ele disse simplesmente, encarando-me.

— E como você sabe? – desafiei.

— Porque eu acabaria com a sua vida num piscar de olhos – ele falou com voz calma e cortante.

Engoli em seco. Eu sabia muito bem que ele podia fazer isso.

— Saia, Elena – ele ordenou em voz baixa.

Num impulso, segurei sua mão.

— Damon, por favor, quaisquer que sejam os motivos para você ter demitido Eva, reconsidere. Ela tem três filhos e é viúva. Por favor, pense bem.

Ele afastou sua mão da minha e me olhou, não demonstrando nenhuma emoção.

— Saia, Elena.

Desta vez eu obedeci. Saí de sua sala com certa faísca de esperança. E estava certa por tê-la, porque, minutos depois, Damon chamou Eva para a sua sala e quando ela saiu, tinha um sorriso no rosto.

*

— Meu Deus! É nesse palácio que você vai morar durante um ano?! – Caroline exclamou maravilhada, quando chegamos à casa de Damon.

Confesso que eu também estava encantada. Nunca tinha entrado em uma casa tão luxuosa antes e nunca na minha vida imaginaria que fosse viver em uma. A mansão era coberta de vidro e reluzia à luz do sol.

Uma das empregadas abriu a porta para a gente e cumprimentou-nos com um grande sorriso. Ela nos guiou até a parte de cima, onde ficavam os quartos.

— O Sr. Salvatore mandou preparar esse para a senhorita – ela falou abrindo a porta de um dos quartos.

Levei um choque. Isso era um quarto ou uma casa? Porque, com certeza, era praticamente do tamanho de um apartamento pequeno.

— Meu Deus, Elena! – Caroline exclamou completamente maravilhada. – Você vai dormir aqui?! Ei, lembre-se de chamar as amigas, viu? Festa do pijama, essas coisas.

— Não acha que estamos meio grandinhas para coisas desse tipo? – perguntei, divertida.

— Não! – ela respondeu jogando-se na minha cama enorme. – Que delícia! Isso sim é um paraíso!

Ri e joguei-me ao seu lado. Percebi que ela não estava nem um pouco enganada. O colchão era de uma maciez que nunca tinha experimentado antes. Fechei meus olhos, deliciando-me com a sensação.

— Elena! Olha isso aqui! – Caroline gritou do outro lado do quarto.

Levantei-me correndo e fui ver o que Caroline gritara. Espantei-me ao dar de cara com um enorme closet cheio de roupas finas e sapatos caros.

— Meu Deus! – exclamei.

— Damon comprou tudo isso para você? – Caroline perguntou admirada.

— Não faço ideia – sussurrei olhando dos vestidos para os sapatos.

Estava impressionada. Por que Damon compraria tudo isso para mim?

Caroline saiu do closet e caminhou até o banheiro.

— Ah, Elena! Tudo isso é tão esplêndido! – ela suspirou alto já dentro do banheiro.

Fui para o banheiro e quando entrei, fiquei encantada. O piso e a pia eram de mármores, os espelhos eram grandes, a privada parecia um enfeite de tão lustrada que estava e a banheira... Nossa! Como eu estava desejando um banho ali.

— Vejo que gostou do seu aposento, Elena – Caroline e eu viramos assim que ouvimos essa voz.

Deparamo-nos com Damon encostado na porta do banheiro olhando para mim.

— Pensei que você fosse chegar mais tarde – sussurrei.

Ele deu de ombros.

— Mudei de ideia. E então, Elena, gostou das suas instalações?

Pude perceber um grande interesse na sua voz. Ele queria saber de verdade o que eu tinha achado.

— É... Perfeito! – respondi com um suspiro.

Damon sorriu.

— E o que achou do closet? – ele perguntou ainda sorrindo.

— Sobre isso. Damon, por que você comprou tudo aquilo? – perguntei numa mistura de surpresa e espanto.

— Elena, você vai ser minha esposa. Vai precisar se vestir apropriadamente – ele explicou como se fosse óbvio.

— Mas você está dando tudo isso para ela, não é? – Caroline perguntou. – Digo, quando tudo terminar, Elena levará os vestidos, os sapatos.

— Caroline! – repreendi. – O que eu faria com essas roupas caras?

— Isso você decide depois – Damon falou sem dar muita importância. – Mas durante esse ano, você vai usá-las. Assim como o vestido de noivado que encomendei para você.

— Que vestido? – perguntei um tanto chocada.

— Acabei de deixar em cima da sua cama – ele apontou para a cama.

Caroline e eu corremos até ela e vimos uma grande caixa de presente em cima.

Abri com cuidado e tirei o vestido de dentro. Prendi a respiração. Ele era lindo!

Era rosa e vinha até o joelho. Suas mangas compridas eram transparentes assim como a parte de trás. Borboletas enfeitavam cada parte do vestido.

— Meu Deus, Damon! – exclamei admirada. – É lindo!

Ele sorriu.

— Você que escolheu? – perguntei, ainda admirando o vestido.

— Não. Eu liguei para a loja e pedi o vestido mais bonito que tinha – ele explicou.

— Por quê? – perguntei sem entender.

— Porque a minha noiva precisa estar linda no dia do noivado – ele respondeu displicente. – A minha imagem também está em jogo, Elena.

— Você me acha bonita? – perguntei com cuidado para não gaguejar. Céus, o que estava acontecendo?!

Damon deu uma boa olhada no meu corpo como se estivesse examinando-o.

— Você com certeza não é feia – ele constatou com um olhar clínico sobre o meu corpo. – Mas também não é a mais bonita. Te dou uma nota oito.

— Bom – murmurei.

Ele deu um sorriso presunçoso. Ia falar algo quando foi interrompido pela chegada de uma empregada.

— Srta. Elena, tem alguém que deseja vê-la.

Quando a empregada afastou-se, surpreendi-me com Bonnie parada na porta do quarto.

— Oi, Elena.

— Bon! Você está aqui! – corri para abraçá-la e ela retribuiu.

— Bom dia, Sr. Salvatore, olá Care – ela cumprimentou quando nos afastamos.

— Vou deixar vocês. Elena, esteja pronta no horário, não gosto de atrasos. Nossos convidados irão chegar às 18h. Apresse-se se preciso – ele finalizou indo em direção à porta.

— Sr. Salvatore! – Caroline chamou e ele virou-se para ela. – O seu primo, Stefan, ele... Ele virá?

Damon apenas virou as costas e saiu, deixando Caroline sem resposta.

Ela olhou para mim.

— Sim, Care. Ele vem – respondi sorrindo.

Ela sorriu aliviada e logo disfarçou.

— Não que eu esteja esperando por ele ou algo assim.

— É claro!

— Ei, acho que estou perdendo alguma coisa aqui. Quem é Stefan? – Bonnie perguntou, confusa.

— É o primo e melhor amigo de Damon – expliquei. – E Caroline tem uma queda por ele.

— Eu não tenho...

— E como exatamente Caroline o conheceu? – Bonnie perguntou.

— No dia que anunciamos nosso noivado. Caroline tinha se esbarrado nele mais cedo.

— Elena, eu não tenho uma queda pelo Stefan! – minha amiga exclamou.

— E por que queria saber se ele vem ou não? – perguntei, arqueando uma sobrancelha.

— Porque eu... eu... eu... – ela gaguejou. – Ah, Elena! Ora! O assunto hoje é você! Afinal não sou eu que estou noivando! – ela mudou de assunto drasticamente e eu ri.

— Por falar nisso... Elena, me desculpa – Bonnie pediu. – Eu fiquei e ainda estou chocada pelo seu noivado com Damon e fiquei chateada por saber sobre isso junto com as outras pessoas. Mas então eu percebi que não deve ter sido fácil para você se apaixonar por alguém como Damon e, com certeza, você estava com medo da nossa reação. Então, você me desculpa?

Abracei-a sentindo um pouco de culpa. Eu não tinha me apaixonado por Damon. Estávamos nos casando por puro interesse de ambas as partes. Mas eu não podia contar a ela.

— É claro que eu te desculpo, Bon. Você tinha toda razão de se sentir daquele jeito. Foi uma surpresa!

Quando nos afastamos, ela falou com um grande sorriso:

— Então, vamos arrumar a noiva ou não? E eu quero saber de tudo sobre você e Damon!

Sorri e olhei para Caroline. E lá vamos nós com mais mentiras.

*

— Elena, você está...

— Linda! – Caroline completou a fala de Damon.

Ele a olhou. Fiquei um pouco incomodada quando percebi que seu olhar desceu por todo corpo da minha amiga.

— Você também não está nada mal, Srta. Forbes – ele comentou com um sorriso safado.

Caroline corou e afastou-se depressa, puxando Bonnie com ela.

Dei um tapa no braço de Damon e sussurrei:

— Não minha amiga, por favor.

— Por quê? Está com ciúmes, Elena? – ele perguntou em voz baixa, aproximando-se perigosamente de mim.

Afastei-me depressa e respondi:

— Não. Nosso acordo foi bem claro. É um casamento de fachada, portanto podemos nos envolver com outras pessoas. Só não acho certo, que de todas as mulheres do mundo, você queira dormir justo com a minha melhor amiga.

Damon deu uma risada sarcástica.

— Elena, acredite ser sua amiga não seria impedimento para mim – ele confessou, me deixando chocada. – Mas eu nunca me envolveria com minhas funcionárias. Não estou muito a fim de enfrentar um processo por assédio sexual.

— Você acaba de me dar uma excelente ideia! – provoquei.

— Que bom que gostou porque eu também poderia te processar por extorsão, já que vou te pagar uma mesada de 100 mil dólares – ele retrucou.

— Mesada essa que você ofereceu!

— Ah, mas é uma pena que não tinha mais ninguém na sala além de nós dois.

Droga! Odiava o fato dele sempre estar certo!

— Ei, casal! Ótima festa, hein! – Stefan cumprimentou, aproximando-se.

— Oi, Stefan – estendi minha mão, mas ele me puxou para um abraço.

Damon bufou.

— Com ciúmes, primo? – Stefan perguntou, quando nos afastamos.

— Claro que não! – Damon exclamou com convicção. – Só não precisava essa demonstração toda de carinho por uma pessoa que você mal conhece e que não durará na nossa família.

— Só porque você e Elena têm data certa para terminar, não significa que nós não possamos continuar amigos. Certo, Elena?

— É claro – sorri para ele.

— Como se isso também fosse durar – Damon murmurou alto o bastante para que ouvíssemos. Decidimos não ligar.

— Elena, aquela sua amiga, Caroline, ela está por aqui? – Stefan perguntou tomando cuidado para não demonstrar muito interesse. Ele falhara.

— Claro que sim! Vamos, vou te levar até ela! – puxei-o pelo braço e Damon exclamou:

— Espero que não façam nada na minha casa!

Stefan riu, antes de ser puxado por mim novamente.

— Fala sério, ele só pensa nisso? – reclamei. – Será que alguém gosta dele?

— Eu gosto dele – Stefan falou com um sorriso amigável.

Não falei mais nada e andamos em silêncio no grande e decorado jardim.

— Elena – Stefan tocou meu braço, parando-me. – Damon não é assim como você pensa. Você não faz ideia do que ele passou.

— Vários processos de assédio sexual? É, eu tenho alguma ideia – debochei.

— Elena. Estou falando sério – Stefan olhou para mim com algo repreensor no seu olhar. – Damon perdeu a mãe quando só tinha seis anos e, bem, vamos dizer que o tio Giuseppe não foi o melhor pai do mundo para ele.

— Por quê? – perguntei, curiosa.

Stefan pareceu pensar um pouco se deveria me contar. E então falou:

— Tio Giuseppe vivia enfurnado naquela empresa, dia e noite. Não dava a mínima atenção para Damon. Natal, Ação de Graças, se meus pais não o levassem para a minha casa, ele provavelmente nem saberia o que era isso. Com os aniversários dele era a mesma coisa. A minha mãe organizava tudo. Nunca vi tio Giuseppe aparecendo em qualquer uma dessas festas ou pelo menos desejando um feliz aniversário a Damon. Era como se nem tivesse filho.

“E então Damon cresceu. Quando fez 17 anos, ele começou a sair de casa e aproveitar tudo que o dinheiro podia comprar. Carros de luxo, festas e até mesmo mulheres. Todo dia ele chegava a casa com uma mulher diferente. E mesmo que ele não admita, acredito que foi para chamar a atenção do pai.”

— Ele conseguiu?

— Não. Tio Giuseppe era mais frio que um iceberg – Stefan respondeu um pouco triste. – Ele morreu dez anos atrás. Damon teve que parar com as festas e assumir a empresa. E sem que percebesse, se tornou praticamente a cópia do pai.

— Pelo visto, Giuseppe prestou atenção o bastante para saber que Damon não seria responsável o suficiente para tomar conta da empresa se continuasse daquele jeito – comentei, triste.

Ficamos por alguns minutos em silêncio. Não sabia direito o que dizer.

— Elena – Stefan chamou. Virei-me para ele. – Eu realmente espero que esse casamento se torne mais do que um acordo. Espero que você seja a mulher que consiga derrubar os muros de Damon e quebrar o gelo do coração dele. Estou torcendo para que vocês realmente se apaixonem.

Olhei para baixo. Não queria dizer a Stefan que Damon já estava danificado o bastante. Não me imaginava amando alguém tão egoísta e arrogante como ele. Infelizmente, Giuseppe tinha feito um bom trabalho.

Olhei para Damon ao longe. Imaginava se as coisas fossem diferentes. Se ele tivesse tido um bom pai. Será que ele seria desse jeito? Será que ele seria um homem melhor?

— Elena! – Stefan chamou, tirando-me dos devaneios. – É a Caroline ali, certo?

Olhei para o local para onde Stefan apontava. Definitivamente, era a minha amiga. Sorri para ele.

— Venha comigo – falei enquanto entrelaçava nossos braços, puxando-o.

Aproximei-me de Caroline, que conversava com Bonnie e outras duas funcionárias da empresa.

— Care! Você se lembra do Stefan, primo de Damon, certo? – falei com um grande sorriso, surpreendendo-a.

— Hey! – Caroline exclamou, alarmada e sem graça.

— É um prazer te ver de novo, Caroline – Stefan falou polido, pegando a mão da minha amiga e levando à boca.

Fiz um sinal para Bonnie e para outras saírem. Acompanhei-as mirando ao longe o casal.

Não notei quando fui puxada por Damon.

— Vamos! Hora de conhecer o meu tio! – ele exclamou.

— O seu tio? Você o convidou? – questionei um pouco surpresa.

— Claro que sim! – respondeu. – Ele, mais do que ninguém, precisa saber que estou noivo e de que estamos felizes.

Dei um sorriso sarcástico.

— Seja boa atriz – ele sussurrou, enquanto aproximávamos de um homem alto, com olhos azuis e barba por fazer.

— Tio Zach, permita-me apresentar minha noiva, Elena Gilbert – Damon apresentou-me.

Botei o meu melhor sorriso e estendi minha mão para ele.

— É um prazer conhecê-lo, Sr. Salvatore.

Zach apenas olhou para a minha mão e falou duro:

— Então essa é a vadia mais duradoura?

— Como?

— Me diga, Elena – ele continuou ignorando meu espanto. – Quantas vezes você dormiu com ele? Duas, três... Espera, não me diga que foram cinco?

Como ele ousava? Apertei um pouco mais forte as mãos de Damon, que estavam entrelaçadas às minhas, exigindo que ele me defendesse.

— Tio Zach, estou com Elena porque gosto dela, quero estar com ela. Não é só o corpo dela que me atraí, é tudo nela. É uma pena que você não consiga enxergar isso – Damon falou com uma voz carregada de certeza, que se eu não soubesse que o tínhamos era mentira, teria acreditado nele.

— Pois eu não acredito, Damon – Zach retrucou. – Não acredito que você seja capaz de amar e nem de ser amado.

— Pois ele é – desta vez eu revidei.

Esse homem conseguia ser mais estúpido do que o próprio sobrinho.

Afastei-me dele depressa e fui seguida por Damon.

— Pista de dança – ele sussurrou enquanto segurava minha mão.

Nós fomos para a pista de dança e Damon colou nossos corpos. Apoiei minha cabeça em seu ombro e dei um suspiro. Só agora eu tinha me dado conta do que eu tinha falado.

Zach insinuara que não era possível Damon ser amado. E eu contestei-o. Não tinha dito com todas as palavras, mas... Eu tinha, de certo modo, afirmado que eu o amava. Afirmado que eu amava Damon. Eu não queria ter chegado tão longe na mentira.

— Não sabia que atuava tão bem – ele sussurrou no meu ouvido.

— O que você quer dizer? – perguntei.

— O que você disse ao meu tio – respondeu.

— Ah – tentei dar entender que não era nada demais. – Você sabe que é mentira, não é?

— É claro que eu sei, Elena – ele falou como se estivesse me dando uma bronca. – Não sou idiota!

— E você também foi um ótimo ator! – exclamei um pouco irritada. – Eu teria acreditado se não soubesse a verdade.

— Tenho esse dom. Sei como usar as palavras e fingir minhas emoções – ele gabou-se.

— Com certeza você sabe.

Ficamos calados, apenas aproveitando a música. Nossos corpos movimentavam-se como se fossem feitos um para outro.

Olhei por cima do ombro de Damon e percebi que Zach nos observava ao longe. Seu olhar era clínico, tentando captar qualquer imperfeição.

— Seu tio está nos observando – sussurrei.

— Eu sei. Por que você acha que estamos aqui, desse jeito?

Soltei uma risada sem alegria. É claro!

— Fico imaginando se algum homem da sua família presta. Além de Stefan, é claro – provoquei.

— E o que você sabe sobre a minha família? – ele perguntou, entrando no jogo.

— Conheço você há um ano e, bem, você já sabe o que eu penso. Seu tio consegue ser mais grosso e estúpido do que você. E o seu pai, bem, não era um homem que eu gostaria de conhecer.

Damon parou de dançar e me encarou.

— O que você sabe sobre o meu pai? – ele perguntou, bastante sério.

Oh, não! Percebi que tinha falado demais.

— Bom, eu sei o que falavam nas revistas – menti.

— Ele não aparecia frequentemente em revistas. Ele era reservado – Damon falou, seco. – Elena, o que você sabe sobre o meu pai?

Tentei pensar em alguma outra mentira, mas o olhar de Damon sobre mim estava me deixando nervosa.

— Elena – ele aproximou-se. – Me diga a verdade. O que você sabe?

Percebi que não teria como mentir.

— Stefan me contou tudo – confessei sem olhar para ele. – Stefan me contou como seu pai te tratava e como você sofreu por causa dele.

— Filho da mãe! – Damon exclamou com raiva.

— Damon, eu sinto muito mesmo – afaguei seu rosto.

Ele tirou minhas mãos imediatamente e apertou-as.

— Eu não preciso da sua piedade, Elena – ele cuspiu essas palavras. Sua raiva era mais do que evidente.

Senti que ele apertou mais os meus pulsos e eu sussurrei:

— Damon, por favor, você está me machucando.

Ele não me soltou.

— Damon, tem gente olhando – tentei mais uma vez e dessa vez ele puxou meus braços e envolveu-o em seu pescoço, continuando a dança.

— Se você contar alguma coisa para alguém, eu acabo com a sua vida. Prometo que faço de você uma pessoa inferior a um inseto. E puxarei sua família com você para o fundo do poço – ele ameaçou baixinho, sua voz deixando claro a sua raiva.

— Eu não pretendia...

— Não importa para quem. Nem para as suas amigas, nem para sua família. Fui claro?

Ele apertou meu corpo contra o seu de um jeito mais rude.

— Sim – afastei-me dele. – Você não deveria nem me ameaçar, Damon. Eu nunca iria revelar essa história. Você não me conhece tão bem quanto pensa.

Ameacei me afastar, mas depois voltei.

— Seu tio tem razão. Você não é capaz de amar e muito menos de ser amado – despejei.

Afastei-me depressa dele e não pude ver sua expressão.


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Notas finais do capítulo

E então, o q estão achando???
Amn, estarei postando mais dois caps!!!
Espero q estejam gostando!!!



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