Os vampiros que se mordam 2 escrita por Gato Cinza


Capítulo 22
O silêncio dos inocentes


Notas iniciais do capítulo

AVISO:

Todos os capítulos de Outubro estão programados, boa leitura.



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MESES DEPOIS.

Elena ainda estava no hospital e tinha algo muito errado com ela. Descumprindo uma promessa feita contra sua vontade, Matt se viu obrigado a ligar para Bonnie que havia mudado o número e até então só ele tinha seu novo contato.

— Tem alguma coisa errada com a Elena – ele começou sem rodeios, ainda estava irritado com ela.

“Que tipo de coisa?” – pelos sons que ouvia, Matt tinha certeza que a bruxa estava em um lugar público.

— Klaus tentou sequestrá-la, sofreram um acidente e o sangue de vampiros não está a curando.

“Ela ainda está viva?”

— Claro que está, mas muito fraca.

“Quem está cuidando dela? O médico?”

— Doutora Fell.

“Diga a Meredith que Elena está amaldiçoada, o sangue dela é tão inútil aos vampiros quanto os deles é para ela”.

— Você amaldiçoou a Elena?

“De que outra maneira eu ia mantê-la a salvo estando fora da cidade? Diga a Dra. Fell que precisa tratar Elena como os outros médicos tratam seus pacientes, sem truques de mágica”.

— Não estou entendendo, o que quer dizer com isso?

“Só repita minhas palavras para Meredith que ela vai compreender. Se tiver outra novidade, me liga”.

— Tenho outra, precisamos de você e te queremos de volta.

“Tchau, Matt”. – E desligou.

O quadro médico de Elena era complicado, mas aos poucos ela começou a se recuperar. Klaus estava impaciente com aquela demora, queria ter uma longa conversa com Elena. Ele tentou transformar outro lobisomem em híbrido, mas não funcionou. Tinha alguma coisa errada com o sangue de Elena e ele tinha que descobrir o que. Conversou com a médica e descobriu para seu desgosto que ela usava verbena e era mais esperta do que aparentava. Os amigos de Elena estavam igualmente desinformados.

Os dias se arrastaram em semanas e a garota acordou numa madrugada. Depois vários dias de exames e aquela tortura em ficar deitada, foi que deram permissão para ela receber visitas. Seu primeiro visitante foi Stefan á quem ela contou que meses atrás quando estavam se preparando para o retorno ás aulas, fazendo o tradicional trote dos veteranos...

Bonnie e Matt haviam a resgatado do poder de Klaus e a deixado em casa, depois de tê-la deitado em sua cama, Bonnie lhe deu um copo com sangue de vampiro para que se recuperasse rápido e informando que devia ficar em casa pelas próximas 24 horas á fim de não morrer acidentalmente ou coisa do gênero. Depois que Elena estava recuperada, Bonnie deu para ela um frasco estranho com liquido brilhante:

— O que é isso? – ela quis saber.

— Proteção – respondeu a bruxa – Não gosto da idéia de que precise deixar minha vida para salvar a sua, então vou garantir que esteja protegida por muito tempo. Beba, é seguro.

Hesitando, ela bebeu o liquido vermelho que tinha gosto de nada.

— Quanto tempo leva para fazer efeito?

— Não sei.

Elena abriu a boca para perguntar do que era feito tal poção de proteção, mas acabou vomitando sangue. Correu para o banheiro e ficou lá por um bom tempo, quando saiu estava se sentindo tão fraca quanto estava ao chegar em sua casa.

— Acho que isso significa que está fazendo efeito – informou a bruxa – Seu organismo vai rejeitar o sangue dos vampiros e seu sangue será um veneno para eles.

— Me amaldiçoou?

— Não, te dei uma maldição em forma de poção... Não me olhe assim, Elena. Estou te mantendo segura e nem tente reverter o que eu fiz, é perene.

— Por que faz isso? Por que ficou tão má?

— Má? Usei um pouco dessa magia estranha que me deixa doente para selar sua casa. Enfeiticei um amuleto e escondi aqui dentro, qualquer sobrenatural que entrar aqui será humano. Estou fazendo por você o que você se nega á fazer, não estou sendo má, estou sendo amiga.

— Como assim?

— Assim. Simples como quebrar todas as regras e arcar com as consequências. Durma Elena. Precisa descansar, o Matt vai dormir aqui e amanhã você decide o que fazer com sua vida, eu sugiro que guarde sua proteção em sigilo o máximo de tempo possível, Klaus não vai ficar nada feliz quando souber que inutilizei seu sangue.

Stefan ouviu o relato da namorada, tinha que agradecer á Bonnie por seja lá qual proteção deu á Elena. Quando saiu do hospital, a jovem dormia, ele se encontrou com os amigos no Mystic Grill que estavam á espera de noticias, já que apenas ele teve permissão para vê-la, Dra. Fell recomendou que não esgotassem a sua paciente. Interrogado por Damon, o irmão mais novo informou do estado de Elena e repetiu o que ela contou sobre a proteção de Bonnie.

— Como ela ousa? – perguntou Klaus que ouviu a conversa e se aproximou da mesa – Onde está aquela bruxa má do leste?

Ninguém soube informar, por que Bonnie estava fora do radar por tempo indeterminado. Irritando com isso, Klaus tentou forçar a memória de Stefan, sem muito sucesso por que ao fazer isso tudo o que viu foi Bonnie e como um escudo telepata, Klaus foi lançado bem longe sem que ninguém o tocasse.

Havia um estranho na cidade e Stefan tinha certeza que o estranho era um caçador de vampiros devido seu interesse pelos acontecimentos misteriosos naquela cidade. Curiosamente ele tinha atraído o interesse de Alaric, as razões ainda eram desconhecidas, por que o professor tinha se tornado evasivo e cauteloso em relação aos vampiros, em outras palavras, paranoico. Damon culpava os Originais pela paranoia do amigo, desde que inadvertidamente os Salvatore libertaram a família Mikaleson de seus esquifes, que Alaric já não conseguia ser o mesmo. Finn e Esther Mikaelson haviam causado danos permanentes no caçador-amigo, Alaric ficou morto por quase oito horas, seu anel tinha dado defeito e foi a equipe de Dra. Fell – com auxilio de muito sangue de vampiro – quem conseguiu salvá-lo. Mas ele não era mais o mesmo. Felizmente Elena já tinha saído do hospital e terminava de se recuperar em casa.

— Connor Jordan – disse uma voz familiar á Damon – Seu clube não é bem vindo à minha cidade.

— A bruxa – respondeu o caçador – Eu achei que estivesse fora de alcance.

— Não contra os inimigos de meus amigos, menos ainda contra aqueles que ameaçam minha família.

— Então espalharam a notícia, eu não queria ter chegado tão longe, só estava me defendendo.

— Não se justifique para mim, Connor Jordan, no seu lugar faria o mesmo e é por isso que eu peço que vá embora da minha cidade.

— Ou o que? Vai me fazer algo repulsivo e contra sua natureza? Sabe que magia não funciona comigo, não sabe?

— E você sabe que existe mais de um meio de acabar com um homem, não sabe?

Connor a encarou com mesmo ar ameaçador que encava seus inimigos mais poderosos e saiu do Mystic Grill, onde estava há espera de Alaric. Bonnie olhou ao redor e sorriu quando seus olhos encontraram os de Damon.

— Senti sua falta – disse ela.


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